São cinco da tarde. Saí da tua casa. Olha a rua cheia de tempo para gastar. Pára ao pé da minha porta. Pergunta por mim. Diz o meu nome. Deixa-me ouvir.
Que coisa não se encontra aqui? Se nós quisermos? Que coisa será?
Alguém para abrir a porta. Atrás dos dias. Vestida de preto e branco. Um cheiro de carne. Um sobretudo para despir. O som de um primeiro andar. Madeira encerada. Uma carta. Um corredor com fim.
Se eu pudesse. Já.
Miguel Esteves Cardoso
O amor é fodido
LNT
[0.203/2014]
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