Agora que o Orçamento de Estado está arrumado, o CDS voltou às luzes da ribalta.
Ontem, de uma só penada e em concorrência, Paulo Portas foi ao Mário Crespo e Pedro Mota Soares foi, de Audi, à RTP.
Um e outro explicaram coisas. Um e outro agarraram de cernelha
* as questões que lhes foram colocadas, mais Portas do que Soares. Um e outro explicaram-se, mais Soares do que Portas. O trabalhinho ficou em dia e agora espera-se que Portas apareça mais, até porque já meteu uma perninha na economia (embora virtual) e não se prevêem, para já, novas notícias más.
Confesso não ter retido grande coisa daquilo que fui ouvindo interpoladamente na RTP e na SICn, embora tenha reparado que o nosso Ministro de NE e de Estado tenha repetido sem cessar a cassete que tinha engolido. Reparei que ele confirmou, à revelia do Ministro Gaspar, que afinal houve um "
desvio colossal" e não um "
desvio ... colossal" e reparei também que desse desvio nunca realçou o caso
BPN nem o da
Madeira.
De Soares só consegui reter que, até para se aplicar uma medida que ele sempre defendeu (redução das pensões de sobrevivência no caso de se acumularem com outros rendimentos), teve de evocar uma Lei que já está em vigor há alguns anos, coisa parecida com as justificações que o levam a entrar no seu Audi todos os dias atirando a culpa do luxo que goza para os que o antecederam.
Continuamos sem mais matéria de discussão e, se não fosse a Obra a meter as mãos na maçonaria, os jornais já tinham falido de vez.
*Cernelha: arte de pegar o boi sem ser pelos cornos
LNT[0.015/2012]