Ainda não vi a explicação para o falhanço da transmissão em directo, via Internet, da BlogConf de ontem. Sem ela não poderei ir além de escrever que todos os que andam nesta vida sabem que existe a Lei de Murphy e que mesmo quem testa, testa, testa, pode ter resultados destes, mas que quem o não faz, tem-nos sem dó nem piedade. Foi pena, mas não foi condicionante ao sucesso da iniciativa.
Afinal o que se foi lá fazer, foi feito e há muito não se viam tantos escritos na blogosfera à volta de um evento seu. Dizem-me que os jornais não trazem notícia. Acredito, embora não tenha tido ainda oportunidade de os ler. Acredito porque os jornais continuam a julgar que estas actividades lhes fazem feroz concorrência. Falta de entendimento da realidade dos nossos dias, coisa que pagarão com rudeza por não se adaptarem às linguagens correntes.
O que importa retirar de ensinamento adquirido resume-se à evidência de termos meios comunicacionais alternativos com força e eficácia para a opinião cidadã. Um actual e previsível futuro Primeiro-Ministro disponível quase quatro horas para ouvir e responder, gente comum com maior ou menor apetência para a intervenção pública em contacto directo e a questionar o poder, como se isso fosse banal. Quem quis publicar on-line, fê-lo. Tiraram-se fotos, fizeram-se filmes, twittou-se, facebookou-se, choveram SMS, em resumo, executou-se rede social, comunicou-se sem barreiras, abriram-se os canais da interactividade, da participação e do envolvimento.
Foi muito bem conseguido e se o apagão da transmissão vídeo ainda é hoje notícia, resulta de haver quem se mantenha convencido da viabilidade da comunicação em canal de sentido único. Tinha sido melhor a transmissão como complemento, é um facto, mas não foi isso que nos levou lá.
LNT
[0.534/2009]
Afinal o que se foi lá fazer, foi feito e há muito não se viam tantos escritos na blogosfera à volta de um evento seu. Dizem-me que os jornais não trazem notícia. Acredito, embora não tenha tido ainda oportunidade de os ler. Acredito porque os jornais continuam a julgar que estas actividades lhes fazem feroz concorrência. Falta de entendimento da realidade dos nossos dias, coisa que pagarão com rudeza por não se adaptarem às linguagens correntes.
O que importa retirar de ensinamento adquirido resume-se à evidência de termos meios comunicacionais alternativos com força e eficácia para a opinião cidadã. Um actual e previsível futuro Primeiro-Ministro disponível quase quatro horas para ouvir e responder, gente comum com maior ou menor apetência para a intervenção pública em contacto directo e a questionar o poder, como se isso fosse banal. Quem quis publicar on-line, fê-lo. Tiraram-se fotos, fizeram-se filmes, twittou-se, facebookou-se, choveram SMS, em resumo, executou-se rede social, comunicou-se sem barreiras, abriram-se os canais da interactividade, da participação e do envolvimento.
Foi muito bem conseguido e se o apagão da transmissão vídeo ainda é hoje notícia, resulta de haver quem se mantenha convencido da viabilidade da comunicação em canal de sentido único. Tinha sido melhor a transmissão como complemento, é um facto, mas não foi isso que nos levou lá.
LNT
[0.534/2009]