Daquilo que se vai sabendo, sabendo também que muito daquilo que se sabe são “bocas” para ver se pega, o empréstimo em tranches que aí vem é composto por, aproximadamente, um terço de dinheiro do FMI e o restante dos nossos amigos europeus. O FMI empresta os carcanhóis a juro razoável, os nossos amigos fazem negócio chorudo com o graveto que regateiam. O FMI gostaria de nos ver a produzir cereais, os nossos amigos gostariam que nós lhos continuássemos a comprar. O FMI gostaria de nos ver a apanhar peixe, os nossos amigos gostariam que apanhássemos o plástico do mar. O FMI gostaria de se ver livre de nós, os nossos amigos querem-nos sugar o tutano.
Dos 78 mil milhões, 12 mil milhões vão para os sistémicos e mais 35 mil milhões são para garantias (números redondos, porque para o comum dos mortais, mil milhões têm significado nulo por impossibilidade de imaginar o que representam). Mais uns quantos mil milhões são para pagar os juros do empréstimo. Os cidadãos pagam tributo feudal (ponto final). Entretanto continuam a chegar cartas com aumento dos plafonds de crédito ao consumo e ofertas de aquisição, em prestações, dos mais diversos néctares e prazeres.
No dia 5 vamos votar. Votar nos políticos, claro, porque os verdadeiros decisores não vão nessa cantiga.
Não é uma geração parva, mas o País inteiro.
LNT
[0.165/2011]
Dos 78 mil milhões, 12 mil milhões vão para os sistémicos e mais 35 mil milhões são para garantias (números redondos, porque para o comum dos mortais, mil milhões têm significado nulo por impossibilidade de imaginar o que representam). Mais uns quantos mil milhões são para pagar os juros do empréstimo. Os cidadãos pagam tributo feudal (ponto final). Entretanto continuam a chegar cartas com aumento dos plafonds de crédito ao consumo e ofertas de aquisição, em prestações, dos mais diversos néctares e prazeres.
No dia 5 vamos votar. Votar nos políticos, claro, porque os verdadeiros decisores não vão nessa cantiga.
Não é uma geração parva, mas o País inteiro.
LNT
[0.165/2011]