Nos tempos em que se chamavam os nomes tradicionais às coisas dir-se-ia que o BPN foi um negócio da China. Nos tempos que correm chama-se negócio de Angola.
Despachou-se a salganhada ruinosa por 40 milhões sendo que o "custo do Estado com o BPN, descontando do preço de venda, ascende nesta data a cerca de 2,4 mil milhões de euros", com uma salvaguarda de brincadeira e acrescentando à ruína uma responsabilidade a prazo para o Estado dos "custos com a eventual cessação dos vínculos laborais dos trabalhadores das agências e/ou centros de empresa que venham a ser encerrados ou reestruturados num prazo máximo de 120 dias após as transmissões das acções".
O BPN foi, e continua a ser, um negócio maquiavélico para os contribuintes. Todos nós tivemos (e temos) de acarretar com os desfalques, com a má gestão, com os amiguismos, e com as outras trafulhices de toda a espécie, incluindo os favorecimentos de excepção, para que alguns lá fossem buscar aquilo a que agora, por serem "poupanças", se isenta de contribuição especial.
Este negócio acaba na mesma pouca-vergonha que o fez ser uma contaminação sistémica dos impostos que nos são exigidos com agravo sistemático e deixou a rir, na impunidade, quem se encheu “legalmente”.
A expressão "uns comem a carne e os outros roem os ossos" nunca foi tão bem empregue.
LNT
[0.315/2011]
Despachou-se a salganhada ruinosa por 40 milhões sendo que o "custo do Estado com o BPN, descontando do preço de venda, ascende nesta data a cerca de 2,4 mil milhões de euros", com uma salvaguarda de brincadeira e acrescentando à ruína uma responsabilidade a prazo para o Estado dos "custos com a eventual cessação dos vínculos laborais dos trabalhadores das agências e/ou centros de empresa que venham a ser encerrados ou reestruturados num prazo máximo de 120 dias após as transmissões das acções".
O BPN foi, e continua a ser, um negócio maquiavélico para os contribuintes. Todos nós tivemos (e temos) de acarretar com os desfalques, com a má gestão, com os amiguismos, e com as outras trafulhices de toda a espécie, incluindo os favorecimentos de excepção, para que alguns lá fossem buscar aquilo a que agora, por serem "poupanças", se isenta de contribuição especial.
Este negócio acaba na mesma pouca-vergonha que o fez ser uma contaminação sistémica dos impostos que nos são exigidos com agravo sistemático e deixou a rir, na impunidade, quem se encheu “legalmente”.
A expressão "uns comem a carne e os outros roem os ossos" nunca foi tão bem empregue.
LNT
[0.315/2011]