sexta-feira, 29 de maio de 2009

Topete Vital

Vital MoreiraFinalmente o Camarada Vital resolveu dar um arzinho de apoio a este mui ilustre estabelecimento, marcando para o dia 8 de Junho uma ensaboadela geral, massagem turca e acerto de patilhas, bigode e topete.

O camarada Vital, diz o Público, confirma que "sem qualificação não pode haver melhor emprego" referindo-se às nossas colaboradoras depois de lhes reconhecer que "com umas mãozinhas como essas até arriscava cortar o cabelo à primeira".

Jubila-se nesta modesta casa. Puxa-se o lustro aos amarelos e engraxam-se as marquesas para que o nosso ilustre deputado europeu (que já o é asseguradamente) se sinta relaxado na vitória (sua/dele).
LNT
[0.416/2009]

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Imagem ≡ O Sítio dos Desenhos - Fernando Campos

Já fui feliz aqui [ DXLI ]

Centre George Pompidou
Centre George Pompidou - Paris - França
LNT
[0.415/2009]

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Oração

Star WarNeste País de Santos em que vivemos, o mesmo que tem Padroeira e comemora entre a sardinha assada e a sangria tinta os patronos populares, vamos assistindo, em directo e ao vivo, à canonização de uns e outros que agora, imbuídos de espírito e misericórdia, são bafejados com a unção digital da pureza imaculada.

Olho-os nos olhos (porque ainda têm lata de nos olhar pelas câmaras) e questiono-me sobre aquilo que será o Céu que os vai acolher.

Deus queira que nesse Paraíso não haja bancos.

Ámen.
LNT
[0.414/2009]

A utilidade da rubrica “Tempos de Antena”

o brilho de um sorriso
Sorriso
Das duas uma. Ou o MEP tem mais tempos de antena que os outros Partidos, o que não me parece possível (o que sei não ser possível) ou a Laurinda é mais visível que os outros candidatos às europeias. Sempre que calha abrir a TV e coincide com a rubrica “Tempos de Antena” lá está a Laurinda, o verde, o autocarro, os jovens simpáticos e aquela senhora da Casa Pia de que agora não recordo o nome.

Pode ser só coincidência (é coincidência, só pode) mas é uma realidade.

E isto quer dizer o quê? Pode querer dizer que há ali qualquer coisa que a faz sobressair dos outros que aparecem nos tempos de antena, porque agora, pensando melhor, tenho vaga ideia de já ter visto outras caras e outras cores. A minha sorte é que sei em quem votar e sei que votarei, senão o meu voto iria para Laurinda e a minha abstenção seria para ela e para todos os outros.
LNT
[0.413/2009]

Já fui feliz aqui [ DXL ]

Mértola
Mértola - Alentejo - Portugal
LNT
[0.412/2009]

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Corporativismos

Moura Guedes v Marinho PintoDentro do conceito de liberdade, um dos segmentos que mais estimo é o que respeita à liberdade de imprensa. Neste em especial, porque forma opinião, o seu exercício tem de ser enquadrado na responsabilidade, na ética e na isenção e seguir a deontologia estabelecida.

Não é pelo facto, ou não deveria ser, das notícias estarem sujas de tinta das rotativas que os jornalistas podem esquecer os princípios e os códigos de referência que os norteiam.

Vem isto a talhe de foice para recordar um acontecimento, já requentado, que se deixou maturar na esperança de o ver relatado, mas que a classe envolveu em blackout total.

O bate-papo esgrimido na passada semana entre Manuela Moura Guedes e Marinho Pinto não foi relatado nem analisado na comunicação social e não fosse a W2 com as suas funcionalidades, You Tube, redes sociais e blogs, teria morrido ali mesmo. A estação encerrou-o nas catacumbas da TVI, não o deu ao prelo nem ao formato electrónico e o silêncio absurdo tratou-o como se nunca tivesse acontecido.

Tivesse Marinho Pinto dito o que disse a outro interlocutor advogado, político, informático ou médico, as primeiras páginas não perdoavam e as colunas de opinião publicada não refeririam outra coisa. Como a questão se passou com uma jornalista nada sobrou.

Afinal há corporações onde a auto-censura se revela e se esquece o mesmo dever de informar sempre evocado em casos semelhantes, desde que com outros actores.

George Orwell continua actual.
LNT
[0.411/2009]

Já fui feliz aqui [ DXXXIX ]

Casa Velha
Casa Velha - Cacela - Algarve - Portugal
LNT
[0.410/2009]

terça-feira, 26 de maio de 2009

Curta explicação para uso dos comentários (act.)

Caixa de comentários

Quem não tiver uma identificação Google e quiser fazer comentários só tem de abrir a caixa de comentários, seleccionar a opção Nome/URL escrever o nome, escrever o comentário e clikar no "Publicar comentário".

Outra forma será abrir a caixa de comentários, seleccionar Anónimo, e depois de escrever o comentário assiná-lo e clikar no "Publicar comentário".

Parece que assim se resolve o problema da Albertina.
LNT
[0.409/2009]

Já fui feliz aqui [ DXXXVIII ]

Cidadela
Cidadela - Cascais - Portugal
LNT
[0.408/2009]

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Europeias 2009

Europeias 2009

A partir de hoje há uma nova entrada para o Blog Eleições2009/o Público através do Destacável on-line Eleições Europeias 2009.

Trata-se de uma página de abertura, com acesso a partir da 1ª página do o Público, com links diversos para textos do Eleições2009, outros Blogs, clipping de notícias, sondagens, destaques, imagens de campanha e recolha de comentários.

Mais uma iniciativa com a chancela de Paulo Querido.
LNT
[0.407/2009]

Rastos:
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Eleições Europeias 2009 ≡ o Público - Destacável -> Jornal o Público

Já fui feliz aqui [ DXXXVII ]

Casa de Malta
Casa de Malta - Minho - Portugal
LNT
[0.406/2009]

domingo, 24 de maio de 2009

Chou Chou

Bruni Sarkozi Filme
Habituados ao crispado em que vivemos olhamos com algum desprezo para o toque sensual, mesmo que seja propositadamente feito de política, amesquinhando o contacto para lhe retirar o prazer da vida e da ternura.

O toque, a sensualidade, até quando encenada por um canastrão, não consegue passar desapercebido e quando o olhar dos que se tocam faz pressentir paixão, percebe-se que o banho anunciado é um convite ao que lhes vai na alma.

O Presidente e a charmante chanteuse conseguiram passar um momento de vida ao derreterem-se em bom gosto.

Que me lembre, em Portugal, coisa semelhante só vi há uns anos, e não tão explícito, pelo menos não com aquela expressão de fome e tendresse, nos olhares de Bárbara e Manuel Maria e aí caiu o Carmo e a Trindade, que a moral lusa não permite tais arrojos.

Benditos!
LNT
[0.405/2009]

Também publicado, com mais redacção e acutilância, no Eleições 2009/o Público

IRS

SimpsonSão seis da manhã. Que difícil é a vida de contribuinte. Paga e além disso tem de estar seis horas a preparar papeis para poder declarar o IRS. Felizmente há um sistema que permite fazer estas coisas de madrugada e, diga-se, até funciona bem, mas a preparação dos números é de vomitar.
Brrhaaaa...
LNT
[0.404/2009]

Já fui feliz aqui [ DXXXVI ]

Cabanas de Tavira
Cabanas de Tavira - Algarve - Portugal
LNT
[0.403/2009]

sábado, 23 de maio de 2009

Manuelas

Alguém tinha de lhe dizer o que muitos milhares pensam mas que não conseguem fazê-lo porque Manuela Moura Guedes ataca escondida atrás de um vidro.

Marinho Pinto é desbocado, felizmente.

Restam poucos desbocados, nesta terra de recados, que tenham coragem para dizer cara a cara e perante toda a gente o que têm para dizer.

Manuela, por muito que arregale os olhos, não consegue ter razão.
LNT
[0.402/2009]

Colaborador da Semana [ LXXIII ]

Sonda AgemSonda Gem caracteriza-se pelo feitio escorregadio. De uma semana para a outra é capaz de passar de rosa a laranja dependendo das mãos que a agregam e das vantagens que sabe conseguir ao sabor dos números.

Sonda estranha que os comentadores nada estranhem quando oscila bruscamente e é assim que gosta de evoluir. Como habitualmente diz às suas colegas, o segredo do seu sucesso reside exactamente nessa dualidade.

Quando lhe perguntam se aprecia mais de um lado ou do outro, Sonda Gem sorri com expressão ingénua, encolhe os ombros numa arrepiação militante e deixa-se levar à sala de massagens onde produz milagres de volúpia e descontracção àqueles que satisfaz.

Sonda Agem é uma experimentada colaboradora desta casa e a sua versatilidade merece a distinção da semana.
LNT
[0.401/2009]

Já fui feliz aqui [ DXXXV ]

Jacarandás
Jacarandás - Lisboa - Potugal
LNT
[0.400/2009]

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Línguas de trapos

Olho de lobo Quando alguém quer fazer propaganda política abstrai, não especifica, não sujeita a apreciação aquilo que defende. Exemplo? - "a importância das boas e importantes medidas que o Governo adoptou nos últimos anos". O que aqui se lê é nada, porque só pretende passar a mensagem sublimar de que algo foi feito sem ter de o demonstrar. São técnicas antigas tão válidas como as usadas em seu contrário pelas oposições quando dizem "o Governo não tomou qualquer boa e importante medida nos últimos anos".

Claro que em termos de campanha é difícil fazer o enunciado, principalmente quando se não sabe ou não se pode fundamentar, mas se é uma linguagem de verdade que queremos usar, vamos ter de ser mais claros e concretos.

Façamos um pequeno exercício com a frase indicada acima:

Em vez de dizer: "a importância das boas e importantes medidas que o Governo adoptou nos últimos anos", digamos: "a importância das boas e importantes medidas que o Governo adoptou nos últimos anos no campo da educação", ou "a importância das boas e importantes medidas que o Governo adoptou nos últimos anos no campo da justiça", ou "a importância das boas e importantes medidas que o Governo adoptou nos últimos anos no campo da segurança", ou "a importância das boas e importantes medidas que o Governo adoptou nos últimos anos no campo da saúde", ou "a importância das boas e importantes medidas que o Governo adoptou nos últimos anos no campo da administração" e depois tentemos ainda acrescentar um "nomeadamente em" e rematemos com um "conforme se comprova pelos resultados apresentados em...".

Aqui sim, a porca torcerá o rabo, como diria o nosso muito sábio Zé-povinho.
LNT
[0.399/2009]

Já fui feliz aqui [ DXXXIV ]

Costa de Caparica
Costa de Caparica - Potugal
LNT
[0.398/2009]

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Correntes em série

Aqui há uns tempos e depois mais recentemente a Cristina Vieira, que nunca se esquece de mim por saber o que gosto destas correntes, e o Carlos Santos desafiaram-me para revelar algumas séries inesquecíveis que acompanhei na TV.

Confesso que sendo um televisão-dependente daqueles que têm sempre o ecrã ligado mas sem ver o que lá se passa e a maioria das vezes com o som em off e a música a sair por outras colunas, acompanhei noutros tempos séries memoráveis nos intervalos do não ver.

Twin Peaks, Allô allô, Hill Street Blues, Yes Minister, Upstairs Downstairs, The Invisible Man, Alfred Hitchcock, Miss Marple, The Fugitive, Cheers, Hercule Poirot, Soap, Mission: Impossible, The Thunderbirds, foram algumas delas.

Curiosidades satisfeitas, nada passo às vítimas seguintes, como de costume.
LNT
[0.397/2009]

Rastos:
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Contra Capa ≡ Cristina Vieira
-> o Valor das Ideias ≡ Carlos Santos

Já fui feliz aqui [ DXXXIII ]

Castelo de São Jorge
Castelo de São Jorge - Lisboa - Potugal
LNT
[0.396/2009]

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Paranóias

Copo de água

Desfilamos sempre a pensar nos sapatos que usamos, sempre a olhar para o passo seguinte, muitas das vezes com os olhos fixos no sítio de destino e, de repente, sem que tenhamos dado por isso, já não conseguimos dar outro passo tal o estado a que os sapatos chegaram e a visão encurtou.
LNT
[0.395/2009]

Pensamento

Morfeu
O Morfeu está triste e convoca a união da mente para voltar a rir no lápis do seu autor, o nosso querido António Sérgio Pessoa.

O Morfeu invoca a energia de cada um de vós apelando ao pensamento cósmico. Mesmo daqueles que, como o autor deste texto, pouco crêem. É a derradeira esperança para que o fio da vida não se quebre.

Não te deixes ir António Sérgio.
LNT

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Avivar a memória para entender [ III/III ]

Manuel Alegre - XIV Congresso Nacional do PS
(Com este Post encerro esta série de três textos (1 e 2) que entendi necessário fazer para reposição de verdades escondidas)

Manuel Alegre nunca traiu a confiança dos militantes que nele votaram para Secretário-geral do PS, nem a dos que elegeram os delegados ao XIV Congresso Nacional. Antes pelo contrário, defendeu muitas vezes praticamente isolado, aquilo com que se candidatou.

Manuel Alegre não traiu a confiança dos Delegados ao XIV Congresso que votaram as listas para os órgãos dirigentes do PS e das quais saiu a quota a ser considerada na construção das listas de candidatos a deputados que agora terminam o seu mandato. Antes pelo contrário, bateu-se na Assembleia da República, mesmo perante a oposição e silêncio de muitos dos deputados (há raras e honrosas excepções) que ainda lá estão pela sua quota.

Manuel Alegre nunca traiu a confiança dos cidadãos-eleitores que o elegeram deputado porque nunca votou contra o que estava disposto no Programa Eleitoral do PS. Antes pelo contrário, sempre se opôs a que o Programa Eleitoral, ainda em curso, não fosse cumprido.

Manuel Alegre nunca traiu a confiança de quem nele depositou a esperança de o ter na Presidência da República. Antes pelo contrário, mostrou uma coragem impar na nossa jovem democracia tendo levado até ao fim a sua determinação.

Manuel Alegre nunca traiu a confiança do Partido Socialista. Antes pelo contrário, cumpriu o mandato para que foi eleito e soube reconhecer o fim do ciclo que o elegeu sem cedências e sem abandonos.

Apesar de tudo isto e apesar das muitas deturpações e inverdades em todo este processo, incluindo a última falácia de que teria imposto três nomes para as próximas listas de deputados, o que já desmentiu categoricamente, Manuel Alegre mantém intacta a sua credibilidade e é um exemplo de coerência e verticalidade para toda a classe política.

Para os que gostam de falar em modernidade e visão de futuro e que se arrogam dessa modernidade sem que se lhes conheça qualquer contributo a seu favor, é bom que analisem o percurso feito por Alegre e possam concluir que também é a ele que se deve a consciencialização da nova política consubstanciada numa candidatura à Presidência da República independente, baseada em Movimentos de Cidadania que surgiram do nada.

Os caminhos estão traçados. Já não é possível aos Partidos fazerem aquilo que entendem sem considerar que o Mundo mudou e que há muito mais política para além daquela que se cogita nos gabinetes.

Agora é tempo dos eleitores se pronunciarem e de se assumir o seu julgamento. Alegre é um militante disciplinado. Não estará contra o Partido Socialista mas não lhe é exigível que assuma a responsabilidade daquilo com que não concordou.
LNT
[0.392/2009]

Avivar a memória para entender [ II/III ]

Manuel Alegre - XIV Congresso Nacional do PS

(a desenvolver em três textos também a publicar no Eleições2009/o Público)

Entendido o que anteriormente foi enunciado fica de imediato igualmente entendida a insensatez dos que ainda não apreenderam a democracia, porque os mandatos são para cumprir e os deputados não são (não têm de ser) mandatários de qualquer Governo, que entendiam que Manuel Alegre deveria ter abandonado a Assembleia da República (e até mesmo sair do PS) no decurso da legislatura que só agora termina com as próximas eleições legislativas.

Manuel Alegre defende coisa diferente de Sócrates, não é novidade e a novidade seria se, depois de terminado o Congresso, Alegre não mantivesse coerência no exercício do mandato de deputado que os militantes socialistas e os cidadãos eleitores lhe concederam. Concluindo, Manuel Alegre foi sempre honesto consigo próprio e com o PS e fiel ao mandato em que foi investido.

Alegre é um resistente, lê-se no seu passado e confirma-se no seu presente e como acredita que é no sufrágio universal que reside a única legitimidade dos estados democráticos sondou a vontade popular e tendo-se apercebido que havia outras vontades importantes para além das que faziam crer que só Mário Soares e Cavaco Silva estariam em condições de assumir a Presidência da República, aglutinou essas vontades, muitas das quais de seus camaradas de Partido e fez-se contar.

O resultado comprovou que a direcção do Partido Socialista incorreu num imenso erro ao tentar impor, contra a vontade dos seus, uma solução comprovadamente inadequada. Nem sequer estava em causa a pessoa de Mário Soares, figura querida de todos os socialistas, mas só o absurdo que esta nova candidatura representava.

Enquanto isto, no Grupo Parlamentar e salvo raras excepções, os deputados indicados pela quota de Manuel Alegre ou faziam silêncio ou até passavam a ser os seus maiores detractores.

Alegre resistiu mais uma vez. Explicou a quem o quis ouvir que havia, e há, outros caminhos a descobrir. Não só o explicou como o demonstrou apontando soluções e comprovando com a sua participação que pode existir diálogo nas esquerdas para além das mecânicas de coligação.

Chegados ao fim deste ciclo e antes de começar o próximo, isto é, antes de se iniciarem as campanhas eleitorais para novo ciclo, Alegre que já não fazia parte, por decisão própria, de qualquer órgão directivo do PS, reuniu-se com os seus camaradas da Corrente de Opinião Socialista (CNOS), falou e escutou, foi mandatado e uma vez mais cumpriu.

Na passada sexta-feira reuniu os seus camaradas da CNOS e companheiros do Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC) para lhes anunciar o fim de ciclo e reafirmar a sua condição de militante socialista com a mesma coerência de sempre.

As palavras finais da sua declaração não deixam dúvidas:
Não há ruptura com o PS
Não há abdicação nem retirada.
Há a decisão de continuar, sob outras formas, o meu combate de sempre pela renovação da vida democrática, pela cidadania e pelo socialismo democrático.
LNT
[0.391/2009]

Já fui feliz aqui [ DXXXI ]

Alka Seltzer
Alka Seltzer - Mézinha antiga - Por aí
LNT
[0.390/2009]

domingo, 17 de maio de 2009

Avivar a memória para entender [ I/III ]

Manuel Alegre - XIV Congresso Nacional do PS

(a desenvolver em três textos também a publicar no Eleições2009/o Público)


Se bem se recordam, com a saída de Ferro Rodrigues da direcção do Partido Socialista em resultado da decisão do então Presidente da República, Jorge Sampaio, de nomear Santana Lopes como Primeiro-Ministro na sequência da demissão de José Manuel Barroso, o PS convocou eleições internas a que concorreram Manuel Alegre, João Soares e José Sócrates.

Foi um processo dinâmico que catapultou o PS para a primeira linha de atenção e fortaleceu a democraticidade partidária. Basta recordar que outros grandes Partidos passaram a ter processos semelhantes.

O Congresso que se seguiu elegeu para os órgãos directivos do Partido Socialista, pelo método estatutário, segundo as quotas sufragadas nas listas, os membros directivos (que neste momento já não são os mesmos porque entretanto houve outros Congressos Nacionais) e a partir dessas quotas (digamos assim, para simplificar) foram propostos como candidatos a deputados os elementos do Grupo Parlamentar que ainda estão em exercício de funções.

Quer isto dizer que o actual Grupo Parlamentar do PS é ainda composto por deputados das sensibilidades concorrentes à direcção do PS no XIV Congresso Nacional.

Assim sendo, uma parte dos actuais deputados do PS são-no porque integraram as listas encabeçadas por Manuel Alegre e ele está na Assembleia da República por direito próprio sufragado pelos militantes do PS, pelos delegados ao Congresso Nacional e ainda pelos cidadãos eleitores em sufrágio universal.
LNT
[0.389/2009]

Já fui feliz aqui [ DXXX ]

Fuga das Galinhas
a Fuga das Galinhas
LNT
[0.388/2009]

sábado, 16 de maio de 2009

Os três nãos

Manuel Alegre
"Não lanço um Partido, não saio do PS e não farei parte das listas para deputados".

Mais uma vez Alegre agiu pela razão e pelo coração. Nota-se, basta ler a imprensa e os Blogs da direita para o perceber. Voltou a ser mais difícil ao PSD chegar ao poder, ficou mais difícil haver um Bloco Central.

Alegre está de bem consigo. E isso é bom porque quem está de bem consigo está de bem connosco.
LNT
[0.387/2009]
(Também publicado no Eleições2009/o Público)

1. Não sairei do PS – Ajudei a fazer este partido, a sua história é parte da minha história, posso não concordar com a prática e as políticas, mas reconheço-me nos valores e princípios do socialismo democrático.

2. Não formarei um partido para as próximas legislativas – Reconheço que há uma crise de confiança nos partidos cujo monopólio está a esgotar-se, há a necessidade de renovar a vida política, de cativar os jovens para a política e para a coisa pública, assim como de preparar novas soluções para a esquerda e para a democracia. Mas isso é um processo inseparável do processo social. Exige uma acção pedagógica e o reforço da cidadania. E não se fará sem ou contra o espaço socialista.

3. Não serei candidato a deputado – Fui convidado pelo Secretário-geral, com espírito de abertura e companheirismo, para integrar as listas do PS. Não seria digno impor condições ao Secretário-geral do PS. Só faço exigências a mim mesmo. E são essas exigências que me ditam a decisão de não me candidatar nas próximas eleições legislativas.

Não há ruptura com o PS
Não há abdicação nem retirada.
Há a decisão de continuar, sob outras formas, o meu combate de sempre pela renovação da vida democrática, pela cidadania e pelo socialismo democrático.
Manuel Alegre