quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Despachemos esta merda e vamos para casa

Assembleia da República - ObrasQue medo, vêm aí os populares. Despachemos esta merda e vamos para casa.

Quando a Assembleia da República deu conta de que haveria uma manifestação contra o OE2013, o PM comeu metade do discurso e os deputados da maioria guardaram a viola no saco com medo de que o cheiro a povo lhes chegasse às narinas.

Verdade, verdade, é que tanto faria piarem loas ou impropérios como estarem calados porque, para o bem e para o mal, a coisa já está decidida no Plano Merkel em curso e era um incómodo ter de ouvir a gritaria da rua.

Assim foi melhor. Os ratos, ratam e se poderem ratar ganhando meio-dia de ponte sem terem de ser confrontados com o hálito do povo, a fondue de queijo gamado saber-lhes-á melhor.

Como muito bem diria Ulrich da tribuna reservada aos boçais sem mandato: aguenta, aguenta.
LNT
[0.545/2012]
Abóboras
A minha relação com o BPI termina aqui.

Hoje mesmo encerrarei a minha conta (com mais de 40 anos) naquele banco.

Já não os aguento mais e prefiro ter o dinheiro enterrado, a tê-lo na mão de Fernando Ulrich.

Mal por mal, o juro é quase o mesmo e ainda ganho por não ter de pagar os impostos que o Ministro Gaspar cobra.
LNT
[0.544/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCIX ]

Castelo de Lisboa
Castelo de São Jorge - Lisboa - Portugal
LNT
[0.543/2012]

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O plano

Ana VidigalMil vezes se falou nesta barbearia que a eleição do PSD, com Passos Coelho para Primeiro-ministro, só poderia resultar naquilo que aí temos.

Passos Coelho e, julgo com mais reticências, Paulo Portas tinham um plano que assentava na mitigação da Constituição da República Portuguesa baseado no discurso salazarento referido hoje por Galamba.

Um acerto de contas com a democracia, a liberdade e o sonho dos portugueses de serem tão europeus como qualquer alemão, francês, inglês, holandês ou dinamarquês.

O PSD tomado por Passos Coelho, Gaspar, Borges e outros que tal sonhavam, e disseram-no, na revisão da Constituição, na privatização daquilo que garantia Estado (EDP, REN, TAP, CGD, etc.), na terminação do SNS e SS e na morte matada do Estado Social.

Têm-no feito de forma covarde. Perceberam que a maioria dos portugueses não queriam ir por aí e foram buscar à esquerda do PS os ódios de estimação para conseguirem todas as desculpas (a que o PCP agora chama de pacto de agressão) que lhes deu cobertura para as tomadas de posição que o actual poder tem estado a tomar.

Cumpre-se assim o plano. Empobrecer para dominar. Desempregar para controlar. Destruir para impor.

O plano que sempre esteve presente na eleição de Passos Coelho (veja-se o programa eleitoral do PSD) resume-se na expressão "Além da tróica".

Com ou sem K
LNT
[0.542/2012]

Aguenta, aguenta

JogadorO que aqui se acha é que Fernando Ulrich aguentaria que os portugueses sacassem o seu dinheiro do BPI e arranjassem um banco onde os seus dirigentes estivessem mais preocupados com o bem-estar dos clientes.

Idem para as acções do Banco.

Aguentaria o banqueiro-político-comentador ou seria mais um dos que ameaçava pôr-se a milhas?

Eu penso que ele aguentará.

Podemos fazer o teste e aceitam-se apostas desde já.
LNT
[0.541/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCVIII ]

Sé de Lisboa
Sé - Lisboa - Portugal
LNT
[0.540/2012]

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Surdinas [ LXX ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Ninguém percebeu o fino sentido de humor de Álvaro quando Álvaro anunciou que devíamos exportar o Pastel de Belém?
LNT
[0.539/2012]

Yes, minister

Bezerro de OuroNo final da passada semana fomos bombardeados, nos canais informativos, com doses maciças de propaganda oriunda da sala do senado da Assembleia da República.

Tratou-se de uma acção violenta de catequização orquestrada para fazer chegar ao cidadão a imagem de um País imaginário governado por pressuposta gente de bem que se estava a dirigir a uma plateia amorfa e concordante. Nem a Assembleia Nacional conseguiu, alguma vez, passar imagem tão alucinada. Nem mesmo no tempo do Partido Único, da repressão, do controlo e da censura, se tinha observado tanta subserviência.

Os cidadãos assistiram ao espectáculo triste da imposição do pensamento único e retiveram em percepção que os seus votos são mera perda de tempo. Sentiram uma afronta ao esforço de eleger e frustraram-se com o sacrifício para sustentar o ócio de tanta gente de cabeça baixa e sem chama.

Foi um espetáculo deprimente de acomodados e venerandos deputados dispostos a aplaudir todas as meias verdades e fantasias proferidas por gente, alguma sem qualquer mandato de representação, que não lhes admitiu a ousadia de uma questão ou a mínima manifestação de desacordo.

Digamos que foi deplorável, para usar só uma expressão suave para tanta ignomínia.
LNT
[0.538/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCVII ]

Túmulo de João das Regras
Cão de guarda - Túmulo de João das Regras - Lisboa - Portugal
LNT
[0.537/2012]

sábado, 27 de outubro de 2012

Da vida

ACIMEUma das grandes mentiras do Portugal de hoje é a de que os milhares de jovens licenciados que estão a emigrar, o estão a fazer para ocuparem, nos países de acolhimento, lugares compatíveis com o seu grau de habilitações.

Fazem-no para qualquer emprego, tal como o fizeram recentemente estrangeiros, no Portugal da imigração que, nessa altura, desenvolveu teorias xenófobas contra os que aqui vinham buscar sustento.

Londres está a abarrotar de licenciados portugueses que estão a aviar gelados e hamburgers.

Outras cidades e países também. Basta que essa função seja melhor paga do que uma licenciatura para conseguir um emprego de 500€ atrás do balcão numa loja de perfumes num qualquer centro comercial em Portugal.

Há pouco víamos cartazes xenófobos a atacar engenheiros croatas e ucranianos que acarretavam tijolos na nossa construção civil e hoje gostaria de saber onde anda essa gente que os afixava e que, certamente, terá de esconder as tatuagens de suásticas para guiar um táxi numa qualquer capital estrangeira.

Sei do que falo. Lembro-me de campanhas que ajudei a implementar quando trabalhei com o José Leitão, era ele Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas.

A vida ensina aqueles que não querem aprender com o conhecimento dos outros.
LNT
[0.536/2012]

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Da arte de enrolar

PortasPaulo Portas foi à Assembleia da República informar que os Ministros dos Negócios Estrangeiros não estão nas reuniões do Conselho desde o tratado de Lisboa.

Grande novidade!

O que não explicou foi porque é que o MNE Português não faz diplomacia activa na Europa, ao contrário do que se passa com outros países como Espanha, França, Itália, Grécia, Irlanda, etc.

Teve o tempo de antena que quis para mostrar os beijos e abraços ao PSD. As facas não estavam à vista pero que las hay, las hay e adivinhavam-se em muitos casacos apertados.
LNT
[0.535/2012]

A insustentável política do Ser

SetasSó há um caminho: Enricar enormemente os ricos, desenricar os riquinhos, empobrecer os que se safam e matar os miseráveis.

Quem não quiser seguir este caminho que se exile emigre, que transite para a economia paralela, ou que se constitua opositor ao pensamento único, passando a inimigo público.

Para percorrer esse caminho é necessário que os cidadãos transmitam no exterior a imagem de submissão e compreensão, única forma de combater a imagem de luta política e de descoordenação existente no Conselho de Ministros. É igualmente necessário que se disponham voluntariamente a não exercer os seus direitos constitucionais, pelo menos até que a Constituição seja substituída por uma nova que uma parte do Conselho de Ministros os ideólogos radicais fundamentalistas então a elaborar.

A declaração de princípios político-ideológicos tem por fundamento filosófico o Gaspar-Borgismo, secção estalinista, e por objectivo a criação de uma sociedade sem qualquer outra classe, para além da classe dominante, que beneficiará dos recursos sonegados aos servos da gleba.
LNT
[0.534/2012]

Surdinas [ LXIX ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Hoje precisei de uma nota de 100€ para uma coisa que que cá sei e que nada adianta aqui explicar e, ao fim de correr 5 bancos, consegui perceber que a lógica do Ministro Gaspar é formatada pela dos banqueiros deste País.

Disponíveis havia notas de 5, 10, 20, 50 e de 200€, tendo uma das instituições bancárias também dito que tinha algumas de 500€. De 100, nem vê-las ...

Confirma-se que a coisa anda pelos extremos. Enriquem ou empobreçam porque sobre o entre”, nickles!
LNT
[0.533/2012]

A lógica social na perspectiva do lambreta do CDS

AudiPodemos e devemos cortar aquela parcela do subsídio de desemprego que dá para um maço de cigarros.

Ao fazê-lo contribuiremos para que os nossos pobrezinhos sejam mais saudáveis.
LNT
[0.532/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCVI ]

Olof Palme
Sven Olof Joachim Palme - Suécia
LNT
[0.531/2012]

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Imagens literárias

FolhaImagem náutica
Enquanto o comandante do navio adornado aguardava que se salvasse parte do espólio, as autoridades marítimas mandaram instalar os discos nas cordas para evitar que os ratos se passassem para terra firme.

Imagem florestal
As folhas amarelecidas de maduro caíam por terra não resistindo à secura do caule da árvore que se mantinha de pé devido à teia de raízes que já não a sustinham convenientemente mas que ainda lhe permitiam sugar todo o soro que restava.

Imagem celeste
O tordo chumbado na asa conseguia manter colossalmente o equilíbrio de voo embora intercalasse os avanços com ligeiras quedas para ganhar balanço.

Outras imagens
Há aparentemente enorme desvio entre o que os portugueses acham que devem ter como funções sociais e os impostos dispostos a pagar para assegurar essas mesmas funções
.
LNT
[0.530/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCV ]

Ali
Vontade
LNT
[0.529/2012]

Saúde pública

Bota


Disclaimer(s)


Este Governo prejudica gravemente a sua saúde
e a dos que o rodeiam.




Ser por ele governado pode prejudicar
o esperma e reduz a fertilidade.




(estes avisos deveriam ser afixados em todos os telejornais)
LNT
[0.528/2012]

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pirrónicos

Cabeça QuadradaQuando fiz a minha formação em computação (coisas do século passado) prejudiquei a nota final de curso por ter confrontado quem tinha de me avaliar com uma questão que eu conhecia bem.

Em determinada altura da defesa do meu trabalho final desenvolvido a partir do enunciado que me tinha sido dado para solucionar, resolvi dizer que nele não estavam contemplados todos os parâmetros necessários pelo que a solução por mim apresentada, embora certa, seria inexequível se fosse levada à prática. Faltava ali a equação de uma questão relacionada com a frequência simultânea e com a repetição de uma rotina.

O teórico professor puxou de toda a sua sabedoria para me calar, e argumentou com a máxima dos canhenhos de que: - “uma rotina que funcione para um funciona para um milhão”.

Falei-lhe de microssegundos e de outras coisas com que não vos irei maçar e multipliquei esses microssegundos pelo milhão e pelo número de vezes que essa rotina teria de correr.

Não gostou e, como era comum naqueles tempos (hoje ainda há muito disto) quando assim acontecia, em vez de reequação saiu punição.

Se Gaspar, Coelho, Portas, Borges e o resto da camarilha equacionassem todos os parâmetros (o que lhes exigiria que, no mínimo, conhecessem os portugueses e tivessem feito na vida qualquer coisa útil para além de ensinar as teorias dos outros) perceberiam o que quer dizer a palavra inexequível que hoje se ouve repetidas vezes.

Mas eles continuam certos da sua sabedoria e no caminho da experimentação. Enquanto não forem ao empirismo não descansarão e tudo será inútil porque, mesmo quando a coisa rebentar - como diria Sampaio, em vez de aprenderem, irão continuar a culpar os outros para se desculparem da sua falta de senso.

Nós cá estaremos para pagar, como já iremos pagar em 2013 os custos do autismo levado a cabo quando, contra tudo e todos, teorizaram o OE de 2012.
LNT
[0.527/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCIV ]

P1/74
P1/74 - Granja do Marquês - Sintra - Portugal
LNT
[0.526/2012]

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Surdinas [ LXVIII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Será que, depois da TAP ser comprada com dinheiros colombianos, o slogan da ainda nossa companhia de bandeira deixará de ser: - Fly TAP - para passar a ser: - Trip TAP - ?
LNT
[0.525/2012]

Montarias

BusDevo ao ministro Gaspar a redescoberta dos transportes públicos lisboetas, coisa que não usava desde o tempo em que andava a gastar, à minha conta, uma enormidade na minha fraca educação.

No Metro, ainda há uma semana, à falta de caras expressivas para olhar, entretinha-me a observar as unhacas coloridas que os pés descalços femininos tinham para mostrar. Fazia as viagens a comparar cores, tamanhos, perfeições (ou imperfeições) e dava por mim a chegar ao destino sem nunca concluir o que tanta cor, tamanho ou perfeição significaria para a vida de quem assim se mostrava.

Numa semana tudo se alterou, tudo ficou muito mais inexpressivo, como continuam a ser inexpressivas as caras que andam no Metro de Lisboa. As cores, tamanhos e perfeições escondem-se agora em botas de montar. Tudo mais igual, mais coiro, menos cor, menos tamanho e com igual perfeição. Não fossem umas (botas) terem esporas e outras não, nada me conseguiria entreter nas viagens que o ministro Gaspar me fez redescobrir.
LNT
[0.524/2012]

Espantemo-nos

Sinal de somaDe vez em quando descobre-se que dois mais dois são quatro. Isto, usando-se linguagem algébrica porque, como se sabe em economicês, dois mais dois pode ser o que qualquer cientista económico venha a determinar (se duvidam questionem, muito devagarinho, o Ministro Gaspar que ele explica como conseguiu ter os resultados que teve com as adições subtractivas que andou a fazer este ano).

Ontem as entradas dos telejornais eram sobre o espanto devido ao aumento da dívida externa depois de se ter pedido, externamente, dinheiro emprestado.

No meu tempo aprendia-se, na instrução primária, coisas tão simples como a adição, onde, p.e.:
1.000.000+78.000+Juros=1.078.000+Juros logo, um valor superior à primeira parcela

Notas:
1- Os pontos entre os números são só para facilitar a leitura
2- Os valores apresentados são só para facilitar a leitura
3- Deve substituir-se a expressão juros pelo respectivo valor numérico para que a adição se possa concretizar
4- Como a adição detém, entre outras, a propriedade de comutatividade, a ordem das parcelas não altera o seu resultado
LNT
[0.523/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCIII ]

São Jacinto
São Jacinto - Aveiro - Portugal
LNT
[0.522/2012]

segunda-feira, 22 de outubro de 2012