segunda-feira, 26 de maio de 2014

O que se diz

Europeias1- O grande vitorioso – Marinho Pinto
2- O vitorioso de sempre – PCP vestido de CDU
3- O pouco vitorioso – PS que sozinho tem mais 4% que toda a direita (e que segundo Pacheco Pereira perdeu as eleições)
4- O pouco derrotado – o PSD+CDS que tiveram menos 12% que nas últimas europeias
5- Os grandes vitoriosos - os abstencionistas que são praticamente tantos como os das últimas europeias principalmente se se considerarem os números de população residente actual e que se limitam sempre a dizer mal e a ausentarem-se das responsabilidades.

É assim Portugal. É assim o respeito que se tem pelos 3 milhões e tal de pessoas que não desistem de votar.

Boas noutes e beijinhos à prima.
LNT
[0.180/2014]

domingo, 25 de maio de 2014

Resultados on-line

Europeias 2014Os resultados eleitorais podem ser acompanhados on-line em:

http://www.europeias2014.mai.gov.pt

Neste momento (ainda decorrem as eleições) só é possível acompanhar a abstenção (neste momento - 19:00 horas - anda pelos 70%) e está previsto que os resultados oficiais só comessem a ser divulgados pelas 22:00 horas.
LNT
[0.179/2014]

sábado, 24 de maio de 2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Na recta final

Europeias 2014Agora, na recta final, há que sacar da caneta e dizer-lhes aquilo que todos os dias ouvimos de toda a gente, mas que é necessário fazer ouvir a quem se esconde nos gabinetes ou atrás de um ecrã de televisão.

Isto está pior, muito pior!

No Domingo teremos finalmente possibilidade de os fazer ouvir e poderemos contribuir para que “isto” fique melhor na Europa fazendo, em simultâneo, que por cá se perceba, mesmo estando-se lixando, que este pior, este empobrecimento e esta escravidão a que nos sujeitam, não tem a nossa aprovação.

Se é verdade que a campanha de pouco serviu para nos esclarecer, também o é que não apagou da nossa consciência o resmungo de que, como está, não pode continuar.
LNT
[0.177/2014]

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Farsantes

Cão/Coelho

Felizmente a campanha está a acabar. A nossa sanidade merecia menos massacre. Vimos de tudo, menos do que interessa, ou seja, nada vimos de propostas que alterem o panorama europeu para que a nossa vida melhore em todo o Continente e consequentemente em Portugal.

Preferiram andar no vazio a repetir a sua indigência. Desde a habitual escusa das responsabilidades no empobrecimento que nos impuseram, descartando noutros as malfeitorias de que são autores e responsáveis, até ao repetir incessantemente que um homem de 90 anos, que evidentemente não está na disputa e que faz parte da História que nunca terá lugar para eles, fosse fazer campanha para a rua.

A culpa é nossa que demos a estas abéculas, a esta rufiagem sem qualquer estatuto, a possibilidade de se sentirem representantes dos portugueses.

No Domingo temos de correr com esta malta, para já da Europa, e dar-lhes um sinal claro de que estamos fartos da forma alarve com que olham para nós.
LNT
[0.176/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDVI ]

ACIME
ACIME - Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas - Portugal
LNT
[0.175/2014]

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Adelante

Gatos pretosO PCP, desculpem, a CDU, desculpem mais uma vez, o PCP, porque só é CDU em períodos eleitorais em que, pelo sim, pelo não, esconde a sua bandeira não vá alguém lembrar-se de outras bandeiras que se erguiam antes da demolição do muro que separava as democracias da ditadura, tem uma peculiar forma de conseguir queimar a terra onde todos nós poderíamos viver melhor caso o PCP não fosse um incendiário permanente.

Sabemos que o método anda de braço dado com a sobrevivência porque todas as conquistas que o PCP (agora CDU porque estamos em tempo de votos) defende foram conseguidas pelo Partido Socialista, embora na altura em que foram conseguidas tenham contado com a oposição do PCP, ou CDU, conforme estivéssemos ou não em período eleitoral.

E é fácil perceber o instinto de sobrevivência que faz o PCP (ou a CDU conforme o contexto já explicado anteriormente) atacar sempre o PS quando pretende defender o que sobra daquilo que o PS construiu em Portugal e está em fase de terraplanagem pela direita radical que o PCP (ou a CDU) sempre ajudou a guinar ao poder desde que Portugal é democrático.

É que se o PCP (ou a CDU. idem) permitir que se perceba que aquilo que sempre recusa de início vindo do PS e que depois reivindica como sendo sua obra se juntar à constatação de que nunca construiu nada, porque nunca foi poder para o construir, pode acontecer passar a ter o único fim de ser o promotor da Festa Anual da Atalaia.

Ainda assim, e mal, por mal, o PCP (ou a CDU, conforme a época) tem a utilidade de ser o depósito de votos desperdiçados que, mesmo tendo pouca ou quase nenhuma utilidade, sempre são úteis para não serem desperdiçados em coisas piores.
LNT
[0.174/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDV ]

Albufeira
Albufeira - Algarve - Portugal
LNT
[0.173/2014]

terça-feira, 20 de maio de 2014

Novo jornal online

Tenho andado distraído e só agora dei pelo surgimento de um novo jornal online que, pelo pouco que folheei, me parece ser de seguir de perto.

Deixo o link e os votos de sucesso, prometendo voltar ao assunto assim que tiver uma ideia mais esclarecida sobre a sua linha editorial.

Para já, o Estatuto Editorial (de que transcrevo os dois primeiros parágrafos) dá garantias de jornalismo orientado por linhas humanitárias e de independência que me são caras.
"Jornalistas Sem Fronteiras é um jornal online de âmbito internacional e uma equipa de profissionais da comunicação social independentes de poderes económicos, financeiros e políticos e que orientam o seu trabalho segundo os interesses, valores e direitos do Ser Humano, pela defesa e sobrevivência do Planeta em que vivemos.

A matriz da actividade profissional de Jornalistas Sem Fronteiras é a Declaração Universal dos Direitos Humanos."
LNT
[0.172/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDIV ]

Anjos
Anjinhos - Papudos (com suásticas e tudo)- a estrear por aí
LNT
[0.171/2014]

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A CNE e o OMO

Não pagoA CNE anda nesta fona de ameaçar os blogs e as redes sociais com as punições que poderão advir para os identificados com nome de BI e para os outros que inventam nomes ou se apresentam como anónimos e carinhas de flores ou de bonecos nos Facebooks e quejandos, se ousarem fazer propaganda no período de adormecimento que antecede as eleições.

Entretanto fecha os olhos à barrela televisiva da nossa celta ministra da Fazenda, do rapazito Moedas e do dentuças branqueado que deixou de ser irrevogável assim que lhe deram um palacete e um título nobiliário na treta governativa desta triste República de barões e baronetes.

Igualmente entende que o OMO gasto com a saponária de um Conselho de Ministros destinado a falar de Sócrates e uma magna reunião dos chantagistas internacionais que se andam a banquetear com o que nos devia entrar na boca, são acções correntes sem fins lucrativos e que não exercem qualquer influência sobre os papelitos a botar nas urnas.

Não será caso para nos sobressaltarmos com este branco mais branco, não há, e fazermos uso do constitucional direito de desobediência civil?
LNT
[0.170/2014]

You must remember this. A kiss is just a kiss,

Beijosa sigh is just a sigh. The fundamental things apply. As time goes by.

E as eleições do próximo Domingo não são mais do que um kiss e um sigh.

Um kiss, porque o que interessa é responder à questão coelhinha do "está melhor, ou está pior". Não lhe responder, ou responder dizendo que está melhor é dar-lhe ânimo para continuar a sacar para encher almofadas que lhe permitam dormir descansado em vez de trabalhar para que nós possamos dormir sem medo de acordar com a mão dele metida no nosso bolso.

Um sigh, porque independentemente de ser o Francisco, o Manel, a Maria ou a Vanessa a eleger para o bem-bom de Bruxelas, o que importa é haja um suspiro nos grupos do Parlamento Europeu de modo a que os donos da Europa baixem a bolinha nas suas pretensões hegemónicas.

You must remember this e deixarem-se de ruisinhinhos unicamente destinados a libertar pretensões, himself.

Lembrem-se do que Rick "apesar de..." fez no final e do "round up the usual suspects" que o Louis Renault decretou para permitir que a bela Ilsa Lund partisse com Victor Lazlo para Lisboa.

What the *** are you playing, Sam?
LNT
[0.169/2014]

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O inacreditável preto e branco

SócratesParece que Sócrates estará presente na habitual descida do Chiado com que o PS conclui as suas campanhas eleitorais.

Isto, segundo o Público (e outros, alguns que até habitualmente primam pelo bom senso e que no geral se recusam a ver tudo a preto e branco), deveria provocar espanto. Leio que há quem entenda que as críticas anteriormente dirigidas a algumas acções promovidas pela direcção Sócrates eram um combate a TODAS as acções da direcção Sócrates. Até há quem queira fazer passar que essas críticas culpabilizavam a direcção Sócrates por todos os males do Mundo, incluindo os que advieram da actual crise especulativa mundial.

Nada mais falso, nada mais preto e branco. Sempre houve quem, assumindo a sua condição de homem livre mesmo estando filiado num Partido, nunca tivesse deixado de criticar aquilo com que não concordava mas sempre se colocou na defesa do Partido por entender que sem o PS, mesmo apesar de alguns erros históricos aqui e ali cometidos, Portugal nunca teria chegado ao desenvolvimento social a que chegou, estado que agora está a ser desbaratado pela direita radical instalada na Europa e em particular, em Portugal.

A crítica dentro do PS nunca fez com que, em alturas de defesa do Partido, os socialistas deixassem de agir a favor do seu Partido. Nunca baralharam o Partido que construíram, com as suas direcções. O Partido é aquilo que a sua Declaração de Princípios anuncia e é o conjunto dos seus militantes.

Se é verdade que algumas das acções do anterior Governo foram criticáveis, muitas outras foram de grande valor e umas e outras são inegavelmente melhores do que o terrorismo social provocado pelo ultrarradicalismo instalado no poder.

O Partido Socialista não tem no ADN o apagamento da sua História e os seus líderes terão sempre lugar no corredor da memória do Rato que liga a sala da direcção do Partido ao salão nobre onde se reúnem os militantes para trabalhar a favor de Portugal e do bem estar dos portugueses.

Estranho seria se um anterior Secretário-geral se recusasse ou fosse impedido de participar em defesa desses princípios.
LNT
[0.166/2014]

Nouvelles e novelas

Cavaco China
O Terreiro do Paço engala-se para receber nuestros hermanos na final da Luz. Os turistas são aos magotes. O paquete lá está, ao fundo da rua dos Bacalhoeiros, a despejar para a Augusta rua de Lisboa gente de países docemente intervencionados porque os seus governos não permitiram colossais assaltos ao poder.

Por cá o PIB, caído há muito, só agora é capa de jornal para comprovar que tudo isto que tem sido apresentado como milagre foi só conseguido pelo saque autorizado a esta gente mergulhada no pote.

Na China também continua o cruzeiro, mas ao contrário de cá, os nacionais arreganham para cima os cantos da boca, em sorriso, e os estrangeiros arreganham-nos para baixo, devido ao treino de abocanhar. (aquela gravatinha laranja é como o algodão)

Bom fim-de-semana. Aproveitem a praia antes de terem de pagar para lá poder ir.
LNT
[0.165/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDII ]

Fernando Pessoa
Metro - Lisboa - Portugal
LNT
[0.164/2014]

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Tende cuidado

BandarilhasAnda por aí na rua um gadelhudo rufião de garrafa na mão e bandeirola ao ombro pronto a arregaçar as mangas e a atirar com um sócrates na tola de quem lhe faz frente.

Normalmente anda acompanhado por um tipo de óculos com voz esganiçada que também tem um bolso cheio de sócrates para atirar às ventas de quem passa.

Se os virem por essas ruas fora, afastem-se. Se por acaso se cruzarem com eles ao lusco-fusco apressem o passo e deixem-nos a socratinar com os seus próprios botões.

Aquilo é tudo de má raça (como diria o presidente). Não são flores que se cheire.
LNT
[0.163/2014]

Truques

EstatísticasCansado da conversa da treta que por aí vai, deu-me para mergulhar em 2009 e sacar que o PSD obteve nas últimas europeias 31,71% e o CDS 8,37% (logo, 40.08%). O PS obteve 26,58%.

Segundo os truques do costume faz-se saber que o PS poderá ter este ano mais uns 3% que a soma da coligação no poder, fazendo crer que se trata de uma vitória de pirro porque a alternância entre PSD e o PS exigiria que o PSD fosse fortemente penalizado dado ser poder.

Propositadamente esquecem-se os resultados que o CDS obteve em 2009. Aí reside o truque da propaganda, curiosamente também propagandeada pela esquerda dando boleia a facções do próprio PS, onde se esconde que os tais 3% significam uma desastrosa derrota dos partidos da coligação de direita que estão no poder.

Houvesse um CDS na esquerda portuguesa e já tudo seria diferente, mas a esquerda à esquerda do PS sempre conseguiu ser mais aliada à direita para derrubar o centro-esquerda do que a própria direita.
LNT
[0.162/2014]

quarta-feira, 14 de maio de 2014

O caneco

Taça UEFA Europe Ligue

Tchim, tchim!
Fica para a próxima
LNT
[0.161/2014]

Voltando aos assuntos sérios

Águia

Águia

Águia
Águia

Águia

Águia
Águia

Águia

Águia
Águia

Águia
LNT
[0.160/2014]

Novas do terceiro mundo

PiercingA CNE tem toda a razão.

Neste 1640 da demagogia populista de 2014 temos sorte pelo FMI e resto dos senhores dos “mercados” (e o veículo elevador designado por Conselho de Ministros) não terem exigido que as eleições fossem adiadas para não incomodar as suas reuniões.
LNT
[0.159/2014]

Todos os direitos adquiridos são iguais embora uns sejam mais iguais do que outros

Pássaros praiaAlertado pelo meu vizinho João Gonçalves chego ao conhecimento da alarvidade que se prepara para, na senda do “vivermos com as nossas posses”, nos retirarem também a possibilidade de gozar, de borla, um pouco de Sol e um mergulho no mar.

Mais um avanço nestas preia-mares que se destinam a retirar-nos o pé para nos afogar.
LNT
[0.158/2014]

As badaladas do Caldas

Bébés chinesesQuando no Caldas soarem as badaladas de 1640 e o fogoso cavalo dos dentes brancos se voltar a transformar num rato, quando o brilhante atrelado laranja voltar a ser a abóbora retornada em que se transformou há muito, só vai sobrar o sapatinho de cristal e a procura do pezinho que lhe sirva.

Nós, os personagens desta fábula da treta, desta fantasia de estarmos melhor por estarmos mais purificados e pobres, voltaremos a ser os servos e os nossos filhos vão ter de continuar a servir os príncipes no carrego da chinela que lhes garanta uma formosa gata borralheira.

Enquanto isto, o inclino* de Belém anuncia no Império do Meio que gostaria de ver uma linha alada directa entre o Mar da Palha e o Rio Amarelo sem sequer tentar saber as razões que levaram a companhia de bandeira a abandonar a rota de Taipa. Pouco lhe interessa, a demagogia que o assiste é sempre mais forte, e como o seu sonho é, à laia do homem da Indústria e das Imperiais, diminuir a taxa de desemprego exportando os desempregados nem que seja para uma roleta chinesa que controla a natalidade preferindo importar gente já formada a ter que a formar, não hesita no sound byte.

Aguardemos as badaladas, as mais sérias que soarão no dia 25, para ver se os ratos e as abóboras tomam consciência do desprezo que por aí lhes têm.

Este 1640 dos ratos do Caldas sem defenestração anunciada será aquilo que nós quisermos, sendo certo que a praga se propagará caso não se blinde o pote que lhe continua a encher a prosápia.

*para evitar que os habituais correctores ortográficos que abundam por aí venham chamar à atenção, declara-se que a palavra foi escrita com o propósito que tem.
LNT
[0.157/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDI ]

Bengala águia
e espero voltar a ser feliz mais logo
LNT
[0.156/2014]

terça-feira, 13 de maio de 2014

Contrafeito

Quasimodo
Inda outra muita terra se te esconde
Até que venha o tempo de mostrar-se;
Mas não deixes no mar as Ilhas onde
A Natureza quis mais afamar-se
Esta, meia escondida, que responde
De longe à China, donde vem buscar-se,
É Japão, onde nace a prata fina,
Que ilustrada será co a Lei divina.
Os Lusíadas (canto X)
Voltamos ao início. Compraram-no numa loja chinesa e agora é vê-lo, já em fim de validade, a regressar às origens. Podia ficar por lá, embora, por ser um produto descontinuado, lhe reste pouco mais que um carregamento das pilhas.

Como todos os outros produtos contrafeitos parece o que não é e a própria etiqueta que lhe pespegaram contém produtos inconseguidos. Ninguém pode dizer que foi enganado porque as características do trebelho nunca deixaram dúvidas quanto à origem do fabrico. O chip marado, a repetição em loop do “consensual com ele”, a certeza de nunca se enganar e raramente ter dúvidas, o respeitinho exigido, o gatilho rápido contra os adversários e a surdez de Tiananmen são características que só enganam quem nunca se importou de comprar coelho por lebre.

Se a nossa electricidade já foi sino-nacionalizada, mais pintelho, menos pintelho, deveríamos exigir a contrapartida de arcarem com os resíduos tóxicos. Uma questão de negócio, uma melhoria na qualidade das nossas trocas comerciais, embora sejamos fracos na gestão de contrapartidas, vide os negócios submersos do demagogo-mor.

No fundo tudo isto é um desperdício. Pagámos a ida para a passeata, devíamos ter deixado clara a cláusula de que a volta só se desse daqui a dois anos. Lucrávamos nós que compensávamos o prejuízo e lucravam os nossos amados golden-líderes que passavam a dispor de mais um ocidental que os idolatrasse, agora que o ideólogo maoísta está de abalada do poleiro europeu.
LNT
[0.155/2014]

Já fui feliz aqui [ MCD ]

Orlando
Orlando - USA
LNT
[0.154/2014]

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Quando os vencedores não o são porque só há perdedores (e predadores)

MagritteTudo parecia garantido, inclusive a pouca penalização nas eleições que se aproximam. O País governamentalizado roçava-se pelas paredes e esfregava-se preguiçosamente nas árvores rugosas no coça-coça da comichão das costas com a esperança de que, para além dos que se espreguiçavam pelos gabinetes do poder e pelas luzes dos tempos de antena que arregimentam, choveriam uns quantos votos a evitar a tal hecatombe que fizesse das europeias um sinal esmagador de descontentamento.

Aí, aparece Marcelo pelo lado dos não muito derrotados, a dizer que a derrota está mal calculada e que provavelmente a sondagem pouco penalizadora (como se os 3% a mais do principal partido da oposição não fosse uma valente sova porque representa mais três por cento do que a soma dos dois partidos que ainda gostam de ser chamados de maioria) não pode corresponder à realidade.

Aí, aparece pelo lado da oposição não muito vencedora a rapaziada de facção a defender teses da situação e a impingir a "não alternativa" para ver se a vitória esperada é tão frouxa que ainda reste hipótese de conseguir, apesar de uma vitória, a queda dos vencedores e a ascensão da facção no ano que vem.

Aí, nós a vê-los, nós a senti-los e nós a cheirá-los, nós com os bolsos vazios e sem a vidinha regalada da gente que nunca vê rua a não ser quando uma televisão os mostra numa loja de electrodomésticos, temos de lhes ser desobedientes e dizer que já basta o que basta e que andamos fartinhos do seu paleio estafado em letras de colunas pouco lidas ou de conversetas televisivas muito asseadas mas cada vez menos ouvidas.

A coisa vai ter de ir lá com aqueles que queremos, porque o nosso querer anónimo é o que manda e porque para o exercer basta um X confidencial e sem argumentos. Vai ter de ser só isto, embora saibamos que os engajados analistas hão-de fazer crer que, mesmo uns tendo ganho e os outros perdido, só houve derrotados.
LNT
[0.153/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXCIX ]

FAP
Museu da FAP - Sintra - Portugal
LNT
[0.152/2014]

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Do espanto

landingSó me resta ficar espantado perante o espanto demonstrado na sequência das declarações de Coelho de que irá aumentar impostos a todos, caso o Tribunal Constitucional chumbe a anterior tentativa de aumento de impostos só para alguns.

Passos Coelho e a sua rapaziada nunca souberam fazer mais do que aumentar impostos (directamente ou através de cortes), umas vezes ilegalmente, quando o fizeram só para alguns, outras colossalmente dirigidas a todos. O objectivo de empobrecimento anunciado tem de ser atingido e nunca se destinou a ser coisa transitória que proporcionasse meios para fomentar o desenvolvimento.

As reformas de que fala não são, nem nunca foram, acções de desenvolvimento, de qualidade, ou de melhoria mas somente medidas para disponibilizarem mão-de-obra excedentária disposta a vender-se barata e a fazerem de travão ao consumo que, cada vez mais, tem de ser satisfeito com produtos importados dado que a produção nacional para consumo interno foi aniquilada.

O anúncio de novos impostos destina-se unicamente, para além de condicionar o Tribunal Constitucional e de dividir portugueses uns contra os outros, a retirar dinheiro da economia fazendo dele sumaúma para atafulhar almofadas.

E ainda se espantam?
LNT
[0.151/2014]