[0.696/2008]
Rosa Rodrigues cor de chumbo
A educação evoluiu de forma significativa em Portugal. É um facto inegável que hoje há muito mais licenciados que anteriormente, que para exercer o cargo de recepcionista de hotel é necessário ter um curso superior de hotelaria ou similar, que para se ser empregado de balcão num banco é necessário ser-se economista ou gestor, ou que para se ser Deputado é obrigatório ser Dr. ou Eng. e frequentar uma universidade política de verão.
O novo-riquismo insano instalado decreta todos os dias, por intermédio de uma máquina ciente de que o emprego é escasso, que para se ser alguém pouco importa a habilitação profissional e o currículo do saber-fazer, uma vez que se elegeu a habilitação escolar como pedra diferenciadora.
Trata-se de centrar a questão numa escala de comparação com os nossos vizinhos e é incompreensível que um País decente não possa contar nas estatísticas de desemprego com, pelo menos, digamos, uma percentagem de 60% de licenciados. É imprescindível valorizar o nosso universo de mão-de-obra disponível e aumentar o índice de qualificação dos nossos desempregados.
Quem não estiver de acordo com estas metas é retrógrado, está parado no tempo, não apresenta perspectivas de futuro.
Quem não vir uma evolução positiva e significativa na nossa malha educacional e nos métodos de ensino é incapaz de perceber porque é que, sendo hoje a taxa de retenção escolar a mais baixa desde sempre, a de chumbos-de-vida aumenta em sentido inverso.
LNT
6 comentários:
Para um licenciado, o rastreio (e a ordenação) curricular já se faz desde há muito tempo pela... Universidade; ou, melhor dito, como sabemos, uma coisa é o canudo tirado no público, outra bem diferente é se calhou no privado.
Para o Secundário, o mesmo começará a suceder em breve, com a seguinte, terrível, deprimente perguntinha: concluiu o Secundário antes ou depois de 2007?
E outra ainda mais lixada: por acaso o seu curso não é das "Novas Oportunidades", não? "É que as vagas para almeida já acabaram, desculpe lá."
Já tinha saudades deste sentido caustico de análise Caro LNT.
Esta conversa de barbeiro a parecer taxista arrisca-se a fazer parte,um dia,do anedotário sobre o subdesenvolvimento.
Como fazer para sair da cauda da UE?:
- Estudo da OCDE
Portugal é 2º país de 27 com mais empregados sem qualificação:
"Cerca de 60 por cento da mão-de-obra em Portugal não tem qualquer formação específica, sendo apenas ultrapassada, entre 27 países ocidentais, pela Turquia, onde aquele indicador se situa nos 64%, revela um relatório internacional"
Começar por dar formação ou ir a Fátima rezar para que algum distraído venha aqui investir em fábricas onde a mão-de-obra seja comparável à Guatemla? Ao Haithi?
Qual seria a razão para que se fizessem investimentos em Portugal?
- A nossa posição no centro da Europa?
- O baixo custo da distribuição dos produtos até aos mercados consumidores?
- A fartura de matérias primas de baixo custo, e sem custos de transportes elevados?
- Extraordinária pujança do nosso mercado interno baseadfo numa pirâmide demográfica, quase de pernas par ao ar!
Vá lá sr. Barbeiro, do alto da sua visão hirsuta, esclareça-nos.
O que escolhe?
Dar formação por todos os meios e apostar na Educação, ou vai já a Fátima?
MFerrer
Ou vamos pura e simplesmente abandonar a ideia d esair d
O MFerrer, que parece muito preocupado com os taxistas, já reparou que fala de formação e não de habilitações literárias?
É que existe nesta terrinha de NS Fátima muita gente que confunde as coisas, sabe, e que está convencida que se fizer muitos habilitados literários saímos da tal cauda de que MFerrer fala.
Mesmo que sejam licenciados com elevado grau de iliteracia
Ainda bem que o Int. já descobriu que de facto eu refiro "formação" e que as chamdas "habilitações literárias" podem ser muitas outras coisas igualmente interessantes.
A questão da opinião poder ou parecer provir de um taxista é uma frase feita. Vc sabe isso mt bem. Mas posso mudar,se preferir, que tal "barbeiro de bairro", como o origianl se auto-denomina.
Ultrapassada esta máxima questão, que tal se se discutisse o conteúdo da opinião do "barbeiro" ?
O seu negativismo?
O derrotismo precoce?
A vontade de tudo denegrir e nada salvar? Ou,
Como sair da espiral de ignorância/pouca produtividade/baixo investimento/baixos salários/grande desigualdade social/ignorância...
Desde já os meus agradecimentos.
MFerrer
Foi ao seu Blog, Mferrer, para ver o que você escreve mas não consigo lá ler nada.
Tenho pena porque parece-me que seria preferível lê-lo a ter de escrever aquilo que você quer ler-me.
Conversa de barbeiro a minha, claro.
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