quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Botão Barbearia[0.696/2008]
Rosa Rodrigues cor de chumboNariz vermelho

A educação evoluiu de forma significativa em Portugal. É um facto inegável que hoje há muito mais licenciados que anteriormente, que para exercer o cargo de recepcionista de hotel é necessário ter um curso superior de hotelaria ou similar, que para se ser empregado de balcão num banco é necessário ser-se economista ou gestor, ou que para se ser Deputado é obrigatório ser Dr. ou Eng. e frequentar uma universidade política de verão.

O novo-riquismo insano instalado decreta todos os dias, por intermédio de uma máquina ciente de que o emprego é escasso, que para se ser alguém pouco importa a habilitação profissional e o currículo do saber-fazer, uma vez que se elegeu a habilitação escolar como pedra diferenciadora.

Trata-se de centrar a questão numa escala de comparação com os nossos vizinhos e é incompreensível que um País decente não possa contar nas estatísticas de desemprego com, pelo menos, digamos, uma percentagem de 60% de licenciados. É imprescindível valorizar o nosso universo de mão-de-obra disponível e aumentar o índice de qualificação dos nossos desempregados.

Quem não estiver de acordo com estas metas é retrógrado, está parado no tempo, não apresenta perspectivas de futuro.

Quem não vir uma evolução positiva e significativa na nossa malha educacional e nos métodos de ensino é incapaz de perceber porque é que, sendo hoje a taxa de retenção escolar a mais baixa desde sempre, a de chumbos-de-vida aumenta em sentido inverso.
LNT

6 comentários:

Anónimo disse...

Para um licenciado, o rastreio (e a ordenação) curricular já se faz desde há muito tempo pela... Universidade; ou, melhor dito, como sabemos, uma coisa é o canudo tirado no público, outra bem diferente é se calhou no privado.
Para o Secundário, o mesmo começará a suceder em breve, com a seguinte, terrível, deprimente perguntinha: concluiu o Secundário antes ou depois de 2007?
E outra ainda mais lixada: por acaso o seu curso não é das "Novas Oportunidades", não? "É que as vagas para almeida já acabaram, desculpe lá."

CPrice disse...

Já tinha saudades deste sentido caustico de análise Caro LNT.

MFerrer disse...

Esta conversa de barbeiro a parecer taxista arrisca-se a fazer parte,um dia,do anedotário sobre o subdesenvolvimento.
Como fazer para sair da cauda da UE?:
- Estudo da OCDE
Portugal é 2º país de 27 com mais empregados sem qualificação:
"Cerca de 60 por cento da mão-de-obra em Portugal não tem qualquer formação específica, sendo apenas ultrapassada, entre 27 países ocidentais, pela Turquia, onde aquele indicador se situa nos 64%, revela um relatório internacional"
Começar por dar formação ou ir a Fátima rezar para que algum distraído venha aqui investir em fábricas onde a mão-de-obra seja comparável à Guatemla? Ao Haithi?
Qual seria a razão para que se fizessem investimentos em Portugal?
- A nossa posição no centro da Europa?
- O baixo custo da distribuição dos produtos até aos mercados consumidores?
- A fartura de matérias primas de baixo custo, e sem custos de transportes elevados?
- Extraordinária pujança do nosso mercado interno baseadfo numa pirâmide demográfica, quase de pernas par ao ar!
Vá lá sr. Barbeiro, do alto da sua visão hirsuta, esclareça-nos.
O que escolhe?
Dar formação por todos os meios e apostar na Educação, ou vai já a Fátima?
MFerrer
Ou vamos pura e simplesmente abandonar a ideia d esair d

Luís Novaes Tito disse...

O MFerrer, que parece muito preocupado com os taxistas, já reparou que fala de formação e não de habilitações literárias?

É que existe nesta terrinha de NS Fátima muita gente que confunde as coisas, sabe, e que está convencida que se fizer muitos habilitados literários saímos da tal cauda de que MFerrer fala.

Mesmo que sejam licenciados com elevado grau de iliteracia

MFerrer disse...

Ainda bem que o Int. já descobriu que de facto eu refiro "formação" e que as chamdas "habilitações literárias" podem ser muitas outras coisas igualmente interessantes.
A questão da opinião poder ou parecer provir de um taxista é uma frase feita. Vc sabe isso mt bem. Mas posso mudar,se preferir, que tal "barbeiro de bairro", como o origianl se auto-denomina.
Ultrapassada esta máxima questão, que tal se se discutisse o conteúdo da opinião do "barbeiro" ?
O seu negativismo?
O derrotismo precoce?
A vontade de tudo denegrir e nada salvar? Ou,
Como sair da espiral de ignorância/pouca produtividade/baixo investimento/baixos salários/grande desigualdade social/ignorância...
Desde já os meus agradecimentos.
MFerrer

Luís Novaes Tito disse...

Foi ao seu Blog, Mferrer, para ver o que você escreve mas não consigo lá ler nada.

Tenho pena porque parece-me que seria preferível lê-lo a ter de escrever aquilo que você quer ler-me.

Conversa de barbeiro a minha, claro.