quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Comprar um cartão oferta na FNAC? pense duas vezes

Cartão Oferta FNAC




A FNAC está a comercializar um Cartão Oferta que não tem impressa a data de activação, nem a data de validade.



No entanto o cartão é válido por um ano podendo, segundo as letras pequeninas do seu verso, ser consultado o saldo e a validade em qualquer Loja FNAC.


Se deixar passar o prazo a FNAC fica com o dinheiro e não lhe dá qualquer contrapartida.





Cartão Oferta FNAC



A coisa funciona da seguinte forma. Quem quiser oferecer uma prenda de aniversário, passa pela FNAC e compra um cartão de Oferta por “xx” Euros. O aniversariante, na posse do cartão, passa a dispor de um crédito que se destina a adquirir produtos desse valor numa loja FNAC. No entanto o cartão não tem impresso o prazo de validade, nem o de activação e o aniversariante arrisca-se, como me aconteceu, a passar por uma Loja FNAC e informarem-no que o cartão está expirado e que o montante não pode ser usado (tendo revertido para a FNAC, claro).

Estamos claramente perante um caso de pagamento sem contrapartida e, apesar dos avisos impressos em letra miúda na parte traseira do cartão, perante um caso de insuficiente informação sobre a validade de utilização de um montante de que a FNAC se apropriou sem qualquer aviso.

Cartão Oferta FNAC
Tenho dois cartões nessas condições (verifiquei quando cheguei a casa). São dois casos (60 Euros, cada) em que a FNAC informa que perdi o dinheiro, como se o nosso dinheiro pudesse ter um prazo para poder ser utilizado. Reclamei num impresso próprio. Vou escrever no Livro de Reclamações. Possivelmente irei dirigir-me à Defesa do Consumidor. Aguardo para saber se, mediante o resultado das reclamações, irei recorrer às instâncias judiciais.

Entretanto deixo este alerta aos incautos. Se pensam oferecer um presente comprando um cartão Oferta da FNAC pensem duas vezes. Correm o risco de estar a fazer uma oferta do vosso dinheiro à FNAC sem que daí venha qualquer contrapartida para quem compra o cartão ou para quem o recebe como presente.

Aguardo para saber o resultado da reclamação e depois voltarei ao assunto para vos contar.

Entretanto espalhem, porque com isso farão serviço público e evitarão que outros sejam vítimas deste tipo de "acções agressivas de comércio".
LNT
[0.481/2011]

24 comentários:

lena disse...

Por essas e por outras ainda mais graves, cancelei o meu cartão FNAC e não tenciono sequer continuar a comprar livros na FNAC. A Bertrand, por exemplo, tem descontos e benefícios mais interessante e é uma livraria portuguesa. E para cd e dvd há também outras soluções.

Luís Novaes Tito disse...

Isto é um abuso inqualificável. Para já em relação à minha primeira reclamação informaram-me que o sistema informático que usam para gerir estes cartões não permite reactivá-los.
A informática tem a culpa de tudo... e entretanto ficam com o dinheiro dos incautos.

Maria disse...

Bom aviso, amigo Luís.
Já dei e recebi, vários cartões desses. Até hoje não tive problemas mas, é sempre bom saber, estas coisas.
Na Bertrand, onde sou mais assídua, nunca me aconteceu nada parecido.
De qualquer forma, obrigada pelo aviso.
Maria

Anónimo disse...

Não conheço o dito carão mas, pelo que expressa, pare-me ser um caso típico de contrato de adesão (as letras "pequeninas" no verso do cartão são sinónimo disso mesmo). Não me parece que vá ser necessário chegar à via judicial para resolver o caso.
Bastará, creio eu e sem prejuízo do sempre útil livro de reclamações, de redigir uma carta registada à empresa alegando que o "contrato/cartão" possui, claramente, um conjunto de clausulas abusivas e que a situação deverá ser reposta (120€) em 15 dias...
Penso que não demorará muito a resolver a questão...
digo eu...

Filoxera disse...

Agradeço o alerta.
Convém smepre saber...

Helena Araújo disse...

Vou repassar - isso é vergonhoso!

Anónimo disse...

Já comprei um cartão FNAC para oferecer e no acto da compra fui imediatamente informada da validade e a funcionária que me atendeu escreveu a validade no postal onde vai o cartão, advertindo-me logo que deveria avisar o aniversariante do prazo. Não acho que o problema seja da empresa FNAC e sim da loja ou do(s) funcionário(s) que não informou correctamente o cliente da validade. Acho bem que seja feita uma reclamação, mas sobre quem deveria ter informado das condições do cartão e não informou. No meu caso, eu comprei o cartão e, inclusivé, já recebi 2 de presente e nunca tive quaisquer dúvidas sobre a validade.
Patrícia

Luís Novaes Tito disse...

Patrícia,
É como lhe digo. O cartão não tem impresso qualquer data (nem de activação, nem de limite). Como diz trata-se de um cartão oferta e, como tal, quem o oferece pode fazer só a oferta do cartão e não do tal registo que diz que é feito à parte. Para além disso um registo feito à parte pode sempre perder-se.
É no cartão que tem de estar inscrita a validade. Observe todos os seus cartões bancários, por exemplo, e verá que nenhum deles omite essa informação. Claro que o problema é da empresa FNAC porque os cartões deveriam ter essa data. Se há empregados da empresa que para além do mais nem sequer fazem esse registo à parte, é outra questão, mas mesmo assim continua a ser um problema da FNAC que, no entanto, nunca tem problemas em ficar com o dinheiro dos seus clientes como é o caso que ocorreu comigo e o de muitos outros que se têm dado a conhecer nos muitos comentários e mails que este alerta já fez despoletar.
Acredite que nada tinha contra a FNAC, empresa de que sou cliente ainda antes dela existir em Portugal, mas este incidente e a forma como a FNAC tem lidado com ele, remetendo inclusive a culpa para um sistema informático que a faz apropriar-se do dinheiro dos clientes sem lhes prestar qualquer contrapartida, é inadmissível.

Anónimo disse...

Na minha opinião não estamos perante um problema. Está claramente escrito no cartão que a validade é 12 meses após ativação. Portanto ao oferecer o cartão como presente colocamos a data de validade com 12 meses para a frente. Cabe ao utilizador não deixar passar esse prazo, como por exemplo um produto que compremos no supermercado em que deixamos passar a data de consumo. Não iremos reclamar com o vendedor por termos deixado passar o prazo. Neste caso essa validade do cartão não pode estar impressa logo à partida, pois só começa a contar a partir do ato da sua compra.

Luís Novaes Tito disse...

O último anónimo tenta defender o indefensável. O que eu compro no supermercado é um produto. Se eu deixar passar o prazo deito-o fora porque é meu (já tive a contrapartida do meu dinheiro). No caso da FNAC o que se faz é depositar dinheiro para ser usado em consumo 8não foi fornecida qualquer contrapartida). Porque é tão difícil entender?

Mas o pior quando se tenta defender o indefensável é quando se compara o que é incomparável. O produto que compro no supermercado tem lá impresso a sua validade. É exactamente isso que não existe no cartão Oferta da FNAC.

A apropriação do dinheiro por parte da FNAC é um abuso inqualificável e veremos o que o fisco vai dizer sobre este assunto porque estamos perante uma entrada de dinheiro que, sendo para ser usada em consumo, logo com um IVA a 23%, não está a entregar ao Estado aquilo que seria o objecto desta transação.

Irei dando nota do percurso desta reclamação comunicada também à ASAE.

Anónimo disse...

Além do problema em discussão, acho que quem oferece esse tipo de cartões em vez de se dar ao trabalho de escolher uma prenda -- na própria loja onde compra o cartão -- é duplamente rude. Primeiro, porque está a dizer à pessoa a quem faz a oferta que ela não tem importância suficiente para justificar a perda de alguns minutos. Segundo, porque está a condicionar irracionalmente a escolha do presenteado. Se me derem dinheiro, pelo menos escolho o que realmente gosto e comprá-lo-ei onde entender. Dando-me um destes cartões estão a dizer-me -- inconscientemente: não me faças perder tempo, e agora gasta este mau sucedâneo de dinheiro onde eu te digo para o gastares.

Anónimo disse...

para o ultimo anonimo.
tens uma maneira de pensar muito estranha porque ao dar um cartao presente nao significa que a pessoa nao tenha tempo, ou nao queira ter trabalho a escolher. este cartoes foram criados para ser o usados pelas pessoa que o recebem, e para comparem o que quiserem, porque por mais amigos que sejamos nem sempre sabemos o que oferecer, por isso da-se um cartao independentemente de qual dor a loja.
no seu comentario diz que prefer receber dinheiro isso e que eu acho que a pessoa nem se deu ao trabalho de sair de casa.( e toma la dinheiro porque nao tenho tempo para escolher o quer que seija, e o meu tempo e muito precioso para gastar em escolher prendas para ti)

Anónimo disse...

Para que percebam que nem todas as entidades que oferecem vales presente funcionam da mesma maneira, posso dizer que tenho um cartão do El Corte Inglés, que me foi oferecido há mais de um ano, e que pura e simplesmente não tem validade.
Aqui há um mês atrás fui informar-me das condições do cartão oferta porque tive receio que expirasse e disseram-me que isso não acontece. O cartão vale sempre tanto quanto o montante que nele foi "depositado", sem nunca expirar, e até que seja atingido o seu limite, obviamente.
A posição da FNAC é arrogante e abusiva!

Cláudia Neto disse...

para saber o ponto de situação da reclamação, este link poderá ajudar
https://rtic.consumidor.pt/home?subtype=faq
cláudia

Luís Novaes Tito disse...

Agradecido pela dica, Cláudia.

nuno chaves disse...

Boa noite... este artigo não é recente, mas apenas o encontrei hoje. Concordo e subscrevo a sua opinião.
Visto ter dado consentimento para a partilha publica, usarei o seu artigo na integra, respeitando claro está todos os créditos. no blogue Página a Página em:
www.nososlivros.wordpress.com

Penso que não se importará que o faça....
Entretanto gostaria de lhe perguntar como ficou esta situação?
Boa noite e obrigado.

Luís Novaes Tito disse...

Nuno Chaves
Penso ter dado notícia mais para a frente mas aqui fica resumido:
A FNAC acabou por me enviar um novo cartão com o valor de 60 euros e nunca me deu qualquer resposta em relação ao outro.
Entretanto acabei por suspender (por inércia, confesso) a acção que tinha já dado entrada no juízo de litígios ... (já não me lembro do nome correcto).
Fiz mal, sei, mas achei que já não podia perder mais tempo com esta questão. A culpa destas coisas nos acontecerem é nossa. Deveríamos levar sempre estas acções até ao fim.

Quanto a usar esta prosa, esteja à vontade. Tudo o barulho que fizermos será pouco para defendermos os nossos direitos.
Abraço

nuno chaves disse...

Obrigado Luis, e ainda bem que as coisas se resolveram a seu favor.
Obrigado.

Anónimo disse...

Não li os comentários mas vou deixar isto aqui

Definição de enriquecimento sem causa:

Obtenção de uma vantagem patrimonial à custa de outrem, sem que para tal exista razão justificativa (art.º 473º e segs do CC).

Anónimo disse...

Já fiz exactamente a mesma reclamação por escrito ainda não obtive resposta, precisamos de divulgar estes casos, pode ser que a Fnac então se lembre de como devia tratar os seus clientes.

Gabbi disse...

Tomei conhecimento deste caso hoje. Li aqui um comentário em que alguém critica o facto de se dar como prenda um cartão presente em vez de escolher uma prenda. E que é melhor dar dinheiro. Ora bem, ontem tive uma festa de aniversário de 3 crianças. O meu filho e eu estivemos a escolher o presente que iriamos dar a cada um. Os 3 presentes era iguais, para não haver distinção. Tivemos a preocupação de escolher o presente que nos pareceu adequado e de pedir que fosse incluso em cada um deles o talão para troca caso os meninos assim o entendessem. Conforme vi as reações deles, verifiquei que uma das crianças (pré-adolescentes) pegou num mero envelope de cartão presente e começou a gritar com entusiasmo: Quem é que ofereceu isto? E quando o colega respondeu, gritou um grande e entusiasmado "Obrigado!". Fiquei atenta para saber como "param as modas" e apenas retive na memoria a imagem do envelope e do cartão. Logo, no proximo aniversário, vou pensar seriamente na hipotese de adquirir um cartão presente (a nao ser que saiba de antemao qual o presente esperado). O cartao presente pode servir até para várias pessoas oferecerem um valor e assim contribuir para a aquisição de algo mais dispendioso e/ou que seria dispendioso para uma só pessoa oferecer. Além do mais, dar dinheiro (como foi sugerido) em grande parte dos casos não me parece assim tanto adequado. Assim, há que fazer todas as perguntas e mais alguma no ato da compra deste tipo de cartão.

Anónimo disse...

Desta vez o burlado fui eu! Burlado não, o termo certo é roubado!

Deram-me um cartão oferta da FNAC em que no local onde devia estar inscrita a data de validade do cartão nada tem escrito....... Está em branco.....

Apresentei o cartão numa loja da FNAC para fazer um pagamento e disseram-me que o cartão expirou em Dezembro de 2014 e, por isso, os 15 euros que lá estão não são utilizáveis, revertem para a FNAC.

Mas, como é que eu poderia conhecer a data se ela não se encontra inscrita no cartão? Tenho que ser adivinho????

Mais grave, na FNAC ninguém dá resposta ao assunto!

Comprar mais alguma coisa a estes senhores?????? Nem sequer um palito!!!!!!!!!! Sinto-me vigarizado.

Anónimo disse...

Uma nota: Cambada de gente infeliz. Perder tempo a reclamar de um cartão que comprou numa loja, quando melhor que ninguém o titular dessa compra sabe quando comprou e sabe que a validade do cartão é de um ano? És triste. Compra uma caneta, um bloco de notas e uma calculadora e nao te chateia mais.

Nota2. Mas não compres na Fnac. Nao vá o talão nao ter data e depois la vais ter de gastar mais papel na fnac a fazeres figuras tristes outra vez.

Nota3. Desculpem o anónimo na assinatura, mas a vergonha alheia é tanta, que me Esqueci de assinar

Anónimo disse...

O dinheiro não tem prazo de validade; é um abuso e uma prepotência que devem ser combatidos.