Clarinho como água é que aquilo que aqui me tem feito andar a escrever nos últimos tempos resulta da minha condição de militante do Partido Socialista e do correspondente dever de defesa dos órgãos directivos do Partido a que tenho a honra de pertencer desde o tempo em que os animais falavam.
Não é de hoje. Já o fiz anteriormente quando denegriram internamente Ferro Rodrigues para que, quando ele cedeu, se apresentassem como santos salvadores e já o tinha feito noutras vezes em que foi necessário, o que agora pouco importa para o texto.
O que importa é anotar que o Secretário-geral do meu Partido está em funções sufragadas partidariamente e confirmadas pelo nacional e que a sua liderança institucional e política não está em causa. O que importa é perceber que o fogo “amigo” a que está a ser sujeito é o mostrar da cara (ainda não a mostram às claras porque continuam escudados num testa de ferro) dos “amigos” que, apesar de terem conduzido o Partido Socialista a uma das suas maiores derrotas e feito com que a direita portuguesa conduzisse os destinos de Portugal nos últimos anos com uma maioria absoluta que não pára de destruir a qualidade de vida dos portugueses, se mantém em lugares chave do PS e em parte importante do seu Grupo Parlamentar.
O actual Secretário-geral contou no primeiro mandato, e agora nesta metade do segundo, com a dificuldade acrescida de ser líder do maior Partido da oposição sob fogo intenso adversário que nunca deixou de evocar as razões que levaram os portugueses a desferir-lhe uma derrota colossal (e esse fogo inimigo tem sido sempre feito de forma cruzada pelos detentores do actual poder e pelos extremos de esquerda) e ainda teve de aguentar todas as manobras de denegrimento interno que ao longo do tempo foram patentes e que agora assumiram proporções vergonhosas.
Foi obra, obra especial porque, mesmo apesar de muitos dos que agora aparecem imaculados terem andado a formar partidos nas últimas eleições que desviaram votos do PS, conseguiu sair à rua e voltar a recolher o apoio dos portugueses que lhe deram nas últimas eleições uma vitória sobre toda a direita unida e a milhas de distância do único Partido de extrema-esquerda que ainda tem alguma relevância no panorama político português.
E foi isto que aqui quis, hoje, deixar lavrado, clarinho como água.
LNT
[0.208/2014]
Não é de hoje. Já o fiz anteriormente quando denegriram internamente Ferro Rodrigues para que, quando ele cedeu, se apresentassem como santos salvadores e já o tinha feito noutras vezes em que foi necessário, o que agora pouco importa para o texto.
O que importa é anotar que o Secretário-geral do meu Partido está em funções sufragadas partidariamente e confirmadas pelo nacional e que a sua liderança institucional e política não está em causa. O que importa é perceber que o fogo “amigo” a que está a ser sujeito é o mostrar da cara (ainda não a mostram às claras porque continuam escudados num testa de ferro) dos “amigos” que, apesar de terem conduzido o Partido Socialista a uma das suas maiores derrotas e feito com que a direita portuguesa conduzisse os destinos de Portugal nos últimos anos com uma maioria absoluta que não pára de destruir a qualidade de vida dos portugueses, se mantém em lugares chave do PS e em parte importante do seu Grupo Parlamentar.
O actual Secretário-geral contou no primeiro mandato, e agora nesta metade do segundo, com a dificuldade acrescida de ser líder do maior Partido da oposição sob fogo intenso adversário que nunca deixou de evocar as razões que levaram os portugueses a desferir-lhe uma derrota colossal (e esse fogo inimigo tem sido sempre feito de forma cruzada pelos detentores do actual poder e pelos extremos de esquerda) e ainda teve de aguentar todas as manobras de denegrimento interno que ao longo do tempo foram patentes e que agora assumiram proporções vergonhosas.
Foi obra, obra especial porque, mesmo apesar de muitos dos que agora aparecem imaculados terem andado a formar partidos nas últimas eleições que desviaram votos do PS, conseguiu sair à rua e voltar a recolher o apoio dos portugueses que lhe deram nas últimas eleições uma vitória sobre toda a direita unida e a milhas de distância do único Partido de extrema-esquerda que ainda tem alguma relevância no panorama político português.
E foi isto que aqui quis, hoje, deixar lavrado, clarinho como água.
LNT
[0.208/2014]
14 comentários:
Não tenho militância no PS e ando a dizer desde o ano passado que
António Costa deveria ter assumido a
oposição a António José Seguro no último Congresso.
Mais, não me agrada de todo a espécie de golpe palaciano
que agora se preparou para remover AJS da liderança. Só
que tudo isto é irrelevante em face dos resultados
desastrosos das últimas europeias e sobretudo da atitude
falsamente triunfalista que a direcção do PS tomou após
as mesmas. Por favor, não me venha falar da vitória do
PS. Qualquer pessoa com o mínimo de inteligência já
percebeu que não é com 31,4% que AJS vai construir
uma maioria, quanto mais absoluta, em 2015, isto se não
perder as eleições. O PS fez uma fraquíssima oposição ao
Governo de Direita nos últimos três anos, e o problema
não foi só a herança deixada pelo Governo Sócrates.
Portanto, o problema é político e não um problema
estatutário ou o que seja. Mais, as posições agora tomadas
pela direcção, como a ideia peregrina das primárias,
depois de AJS e outros terem ainda recentemente
defendido exatamente o contrário, só mostram o desnorte
de que foi tomada essa direcção. Espera sinceramente
que acreditemos que um Governo minoritário liderado por
AJS vá resistir aos embates da governação se a atual
direção não consegue agora manter a cabeça fria? É justo
o que está a acontecer? Não, não é, mas a vida não é justa
e mais injusto seria que Portugal tivesse que suportar
mais 4 anos de Governo da Direita só porque a
direcção do PS não é capaz de aceitar a evidência...
P.S. Não sei se considera este comentário como destrutivo, mas ele
é-lhe dirigido a si, e não me importa muito se
o publica ou não...
O meu caro eu entendo os seus principios, mas maior que um cego ´e aquele que não quer ver, se quer ver o PS perder as legislativas só por uma questão de consciência e estatutos está no seu direito, mas mais importante do que isso é o País José Seguro E Passos são farinha do mesmo saco, dois jotinhas incompetentes. Eu comprendo que a lógica e a razão dos Partidos não é amesma da sociedade civil, mas que diabo há que sair e ouvir o que se diz fora desse circulo partidário e Seguro não convence ninguém PONTO
A mim não me interessam nada essas intrigas.
Não vêm o que se está a passar? Seguro está à espera de quê para clarificar a liderança do ps? Das eleições antecipadas??
É uma verdadeira VERGONHA que está a fazer.
Se espera mais tempo não há nada nem ninguém que me convença que seguro não fez um acordo com o seu amigo passos.
Porque nem o mais inepto dos políticos pode ignorar o risco que se avoluma à medida que o tempo passa
Convoquem um congresso, bolas - estão à espera de quê?
(Não sou sequer simpatizante de qualquer partido do centrão)
Se Seguro continuar na liderança o PS sairá derrotado nas próximas eleições.
Seguro é igual a Passos. Um jotinha vaidoso e incompetente. Tem sido vergonhosa a atuação do PS enquanto oposição.
António Costa não fará figuras tão patéticas e deprimentes.
Tanta gente não PS a pronunciar-se sobre o PS.
Fico esclarecido.
e não, não considero os comentários destrutivos. São só comentários, uns mais anónimos do que outros.
Caro LNT
Os portugueses estão cansados, desmotivados e desiludidos. A vida tem sido madrasta. Seguro representou,de início, a esperança de uma oposição forte e combativa. Pura ilusão. Seguro quer, a todo o custo, manter-se na liderança, chegar a 1ª ministro.Está pouco preocupado com o povo.
Espero que não tenha ficado aborrecido por opinar sobre o PS e o seu líder, mas talvez fosse bom "descerem à Terra"
Fraca defesa a de alguém que apoia uma direcção que,
depois de mudar de opinião, quer realizar primárias
abertas a simpatizantes do PS, uma coisa que sempre fui,
e se puder votar nas ditas primárias não é difícil adivinhar
o sentido do meu voto. Não porque goste particularmente
de Costa, mas porque considero que AJS já mostrou que
não é capaz de ganhar as próximas eleições e quero um
candidato a PM que tenha pelo menos essa chance. É que
não sou contra as primárias, simplesmente contra a sua
oportunidade nesta altura e registo a incoerência de que
quem agora as defende sempre as rejeitou antes. Se o meu
caro ignora as opiniões de possíveis votantes do PS nas
primárias e legislativas, fá-lo por sua conta e risco...
Espero que a maioria dos militantes socialistas não o faça...
Caro anónimo (abro esta excepção para responder a um anónimo)
Diz bem. Os portugueses andam fartos desta maldita política que está a dar cabo das suas vidas.
Ainda assim foram às urnas e votaram num Partido acreditando que as suas vidas poderiam mudar.
O que lhes foi devolvido por esse Partido a quem deram uma vitória?
Uma bofetada a dizer que a vitória que eles construiram foi uma derrota e o espectáculo deplorável desse Partido, em vez de unir forças para satisfazer os seus anseios, abrir uma guerra fratricida pelo protagonismo.
É isto o que penso e aos conselhos de andar na rua e ouvir o que se diz só posso sorrir porque é isso que faço e não há quem não diga o que acabei de escrever.
Jaime Santos
Força. Venha votar connosco, se tiver condições para isso, que será bem-vindo, mas terá de se conformar com os resultados, sejam eles quais forem. A democracia é assim mesmo.
Eu que não sou militante PS, votante desde António Guterres, tenho hoje uma união de facto que dispensa notário, subescrevo o que diz. Aprendi imenso com a guerrilha suja que se expressava por aí. Estava escrito nas estrelas desde o início dos tempos, que alguém, Costa era a 1ª escolha, avançaria contra Seguro. Na verdade estava na calha a 2ª escolha, se falhasse Costa. Nas hostes de Costa houve a noção de que as eleições podiam ser antes de 2015, portanto tinha que haver um pretexto. Engraçado, na noite eleitoral, o BOSS, afirmou: "Não se muda uma liderança que vence", mas esta afirmação não durou mais de 24h. Apoio a 100% a decisão de Seguro. Seria bonito se se demitisse, então é que terias antecipadas a correr, para aproveitar o vazio de liderança. Até ao lavar dos cestos é vindima. Boa noite e boa sorte na barbearia.
M Conceição
Se as primárias se realizarem aceitarei naturalmente os
resultados como bom democrata e decidirei o meu voto
nas legislativas em função desses resultados. Mas registo
que quem me relembra da soberania do voto parece que se
dá mal com as críticas dos camaradas por um lado e dos
simples simpatizantes (como eu) por outro e parece
também querer lançar culpas a quem à Esquerda quer ter
intervenção cívica a nível partidário fora do quadro de
partidos vigentes (o Livre é mesmo uma lufada de ar
fresco, sabe?). Depois, lamento dizer-lhe, mas a ruptura
que quer agora fazer com o Passado vem tarde, deviam
tê-la feito em 2011. A falta de coragem não foi só de
Costa. O seu SG parece que disse que se anulou durante
três anos para manter a Paz no PS. Está bom de ver, a
culpa da fraca Oposição que fizeram parece que também
foi do Sócrates...
Jaime Santos
Como poderá compreender, este Blog é o meu blog e por isso o que aqui escrevo é aquilo que entendo como certo. Não me dou bem, nem mal com as críticas que queiram fazer aos textos que escrevo, mas não reajo especialmente bem a quem entende que as caixas de comentários que disponibilizo são para fazer insultos ou para comentar outras coisas diferentes do texto que está escrito.
Isto foi um aparte.
Em relação ao que me diz, penso que os cidadãos se devem agregar como muito bem entendem, seja em Partidos de referência, seja promovendo Partidos novos, seja não alinhando com uns ou outros. A liberdade de escolha sempre foi a minha luta. (incluindo num tempo em que se levava umas boas cacetadas por o dizer). Por isso, que fique claro que nada tenho contra o Livre e até penso que se crescer poderá ser um ponto de partida para futuras coligações de esquerda até agora impossíveis.
O que escrevi, penso que poderá reler e fazer-me o favor de entender, é que estranho, porque tenho provas disso, que gente que se diz próxima do PS e que agora está muito preocupada com a "maioria de Pirro" do PS tenha andado, ainda há 15 dias, com bandeiras do LIVRE às costas.
Estranho também que a sua preocupação com a "vitória menor" do PS e não com a "insignificância maior" dos resultados eleitorais do Livre.
Como já ando nisto há tempo suficiente para saber bem qual a ideia desses "próximos do PS" observo com alguma distância as lágrimas de crocodilo que vejo agora vertidas.
Adelante. O meu terreno é o corpo do Blog e não as caixas de comentários. Cumprimentos.
Não sei, nem quero saber, a quem se refere no texto
principal e agora no seu comentário, mas sugiro-lhe que
seja mais específico, se não quer ser mal interpretado.
Estará também a tomar a parte pelo todo e a ser
injusto. Devo desde já dizer-lhe que votei PS, não por
convição (a campanha de Assis e AJS não me
convenceu), mas porque considerei que um voto contra a
Direita teria mais impacto se fosse para o PS do que se
fosse para o Livre (um voto útil, se quiser). Os
resultados, que não me surpreenderam, mas que ainda
assim me dececionaram, deram-me apesar de tudo razão
na escolha de voto que fiz. Relativamente ao Livre, um
Partido com alguns meses, que não optou por demagogias
ou justicialismos à Marinho Pinto ter tido um resultado
que lhe permitiria em Legislativas eleger alguns deputados
em Lisboa e penso que também no círculo do Porto, onde
resido, não me parece nada, mesmo nada mal...
Já o PS ter tido o segundo ou terceiro pior resultado de
sempre em Europeias enquanto está na Oposição (depois
de Constâncio e Sampaio, se a memória não me falha, em
tempos de vacas gordas cavaquistas), depois de 3 anos de
carestia e destruição do aparelho produtivo pela Direita e
desta ter tido a maior derrota de sempre, irá concordar que
não é exatamente uma vitória brilhante... E que certamente
não chega para classificar os seus camaradas que se
limitaram a constatar o óbvio como desleais à Direcção ou
para lhes chamar 'testa-de-ferro', como fez acima
(e pouco importam os seus estados de alma, importa
se têm ou não razão). Quanto à razão porque os
resultados do PS me preocupam, parece-me óbvio,
não é? Eu quero uma solução de Governo alternativa
em 2015 e ela só pode ser liderada pelo PS, mas
infelizmente não por este PS (quem me dera que o PS
tivesse ganho com pelo menos 36-37% e que eu
estivesse satisfeito com o trabalho da sua direcção).
Dou de barato que a atual direção do PS tenha
trabalhado sob condições
particularmente adversas (mas qualquer direção
passada do PS foi sempre fustigada pelos comentadores
encartados à Direita e à Esquerda, é a vida, como diria
Guterres), mas fez escolhas políticas erradas (não está
aqui implícita qualquer crítica ao cáracter das pessoas e
sim à fraca qualidade do seu trabalho político) e os
resultados estão à vista. Como disse acima, pode parecer
injusto (e se calhar é mesmo) mas em Política o que conta
é aquilo que funciona... Cumprimentos.
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