[0.609/2008]Onda de assaltos [
I ]
Hoje de manhã ouvi a questão que o
RCP estava a colocar aos seus ouvintes e que se prendia com a concordância, ou não, de um adicional que nos disfarçam na conta da electricidade e que se destina a apoiar energias renováveis.
Posta a questão desta forma poder-se-à pensar que sim, que é de concordar com o fomento das energias renováveis. Mas a questão é tão dissimulada quanto os 35€
(pode duplicar para o ano) que nos fazem pagar desta forma. A questão não se prende com o fomento das energias renováveis mas com o abuso inacreditável de cobrar uma taxa para subsidiar uma empresa privada.
Porque não incluir também uma taxa para fomento da indústria do calçado em pele de abutriu ou de empresas de reciclagem de preservativos?
Primeiro privatizou-se o sector com as habituais balelas da concorrência, do mercado livre e da salvaguarda dos direitos dos consumidores. Agora taxam-se os consumidores para subsidiar os custos que a EDP
(empresa privada) deve efectuar para se manter no mercado e desenvolver novas actividades de que depois tirará novos benefícios a distribuir pelos seus accionistas.
Pode ser que Portugal ainda não seja a Nação da total pouca-vergonha mas que para o ser acelera o passo, não existe qualquer dúvida.
LNT