[0.690/2008]
Já fui feliz aqui [ CCXCIV ]
Caminho para a Praia do Barril - Santa Luzia - Algarve
LNT
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
domingo, 7 de setembro de 2008
[0.689/2008]
Colaborador da Semana [ XLIV ]
Jusephina Atuarda nos Cantos é uma eficaz colaboradora desta loja. Gosta de diamantes e negoceia petróleo com os nossos clientes mais ricaços conseguindo vantagem para as partes cúmplices.
Atuarda nos Cantos é sabida, nunca toma o pequeno-almoço em chávena pequena.
Marca eleições para delegada de camarata e quando alguma colaboradora se atreve a fazer-lhe frente usa todos os recursos, fura as regras, manipula as câmaras de vigilância e garante à clientela que os mais puros quilates poderão continuar a ser trocados desde que não se façam ondas.
Jusephina é uma espertalhona, um caso sério na arte de se manter à tona. Nunca ganhou qualquer eleição com menos do que a percentagem das ditadoras.
Nos tempos que correm é uma colaboradora imprescindível.
Neste regresso de férias será a vitoriosa da semana.
LNT
Colaborador da Semana [ XLIV ]
Jusephina Atuarda nos Cantos é uma eficaz colaboradora desta loja. Gosta de diamantes e negoceia petróleo com os nossos clientes mais ricaços conseguindo vantagem para as partes cúmplices.
Atuarda nos Cantos é sabida, nunca toma o pequeno-almoço em chávena pequena.
Marca eleições para delegada de camarata e quando alguma colaboradora se atreve a fazer-lhe frente usa todos os recursos, fura as regras, manipula as câmaras de vigilância e garante à clientela que os mais puros quilates poderão continuar a ser trocados desde que não se façam ondas.
Jusephina é uma espertalhona, um caso sério na arte de se manter à tona. Nunca ganhou qualquer eleição com menos do que a percentagem das ditadoras.
Nos tempos que correm é uma colaboradora imprescindível.
Neste regresso de férias será a vitoriosa da semana.
LNT
[0.688/2008]
Quando nada se tem para dizer é preferível ficar calado
E ao enésimo dia o silêncio fez-se voz. Diagnosticou, enunciou e identificou, como deve fazer um líder da oposição, mas às soluções disse nada, pior, limitou-se a mencionar o que todos sabem e a informar que tudo faria diferente.
Quem não tem memória curta lembra-se que, quando Manuela foi situação, tudo fez igual, mas pior, mais incompleto e mais ineficaz. Manuela não disse o que faria se voltasse ao poder, mas sim que faria diferente, desigual, possivelmente distinto daquilo que fez quando (não) fez.
Nada de novo, portanto. Tal como se desconfiava, a oposição escolheu para a sua liderança mais do mesmo e não a alternativa ao status quo.
LNT
Quando nada se tem para dizer é preferível ficar calado
E ao enésimo dia o silêncio fez-se voz. Diagnosticou, enunciou e identificou, como deve fazer um líder da oposição, mas às soluções disse nada, pior, limitou-se a mencionar o que todos sabem e a informar que tudo faria diferente.
Quem não tem memória curta lembra-se que, quando Manuela foi situação, tudo fez igual, mas pior, mais incompleto e mais ineficaz. Manuela não disse o que faria se voltasse ao poder, mas sim que faria diferente, desigual, possivelmente distinto daquilo que fez quando (não) fez.
Nada de novo, portanto. Tal como se desconfiava, a oposição escolheu para a sua liderança mais do mesmo e não a alternativa ao status quo.
LNT
Rastos:
-> Povo Livre - Discurso de Ferreira Leite
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
[0.686/2008]
Pasmem!
O papel de um líder da oposição é falar. Se é oposição não pode governar, dificilmente poderá legislar e raramente poderá fazer qualquer outra coisa pelo seu País que não seja apresentar alternativas às políticas a que se opõe.
Em Portugal existe uma líder da oposição a quem não basta o papel de inutilidade funcional e que ainda se tornou notícia porque um dia destes vai falar na escolinha dos pretendentes a políticos do PPD/PSD.
Há três dias que a notícia é a de que Manuela Ferreira Leite vai quebrar o silêncio, o que cria uma onda de excitação sem par e abre todos os noticiários.
Há coisas fantásticas, não há?
LNT
Pasmem!
O papel de um líder da oposição é falar. Se é oposição não pode governar, dificilmente poderá legislar e raramente poderá fazer qualquer outra coisa pelo seu País que não seja apresentar alternativas às políticas a que se opõe.
Em Portugal existe uma líder da oposição a quem não basta o papel de inutilidade funcional e que ainda se tornou notícia porque um dia destes vai falar na escolinha dos pretendentes a políticos do PPD/PSD.
Há três dias que a notícia é a de que Manuela Ferreira Leite vai quebrar o silêncio, o que cria uma onda de excitação sem par e abre todos os noticiários.
Há coisas fantásticas, não há?
LNT
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
[0.683/2008]
De Cabinda ao Cuando-Cubango (act.)
Não deixa de ser revelador a falta de interesse que as eleições Angolanas despertam na comunicação social portuguesa.
DosSantos, paladino milionário da democracia africana, é bem o exemplo do chefe de estado respeitado pelo ocidente por dirigir uma democracia musculada que realiza eleições de 16 em 16 anos. As migalhas de generosidade que oferece à oposição justificam o silêncio psdêiano do jornalismo português sobre a campanha eleitoral angolana que decorreu no último mês.
Petróleo é como pão para a boca e o pão manda muito, até para quem tem por missão noticiar o que se passa no Mundo. Dos 34 Partidos concorrentes sabem-se vagas notícias do MPLA e menos da UNITA, o que é manifestamente pouco se considerarmos que Angola é a mais importante potência de Língua oficial portuguesa do continente africano.
LNT
ET. Foi há pouco informado (19:30 h) de que muitos Órgãos da Comunicação Social portuguesa (Público, Visão, SIC, etc.) não conseguiram obter o visto para fazerem a cobertura das eleições angolanas.
Como digo no texto, DosSantos é o paladino da democracia africana, um exemplar democrata... Estas eleições prometem.
De Cabinda ao Cuando-Cubango (act.)
Não deixa de ser revelador a falta de interesse que as eleições Angolanas despertam na comunicação social portuguesa.
DosSantos, paladino milionário da democracia africana, é bem o exemplo do chefe de estado respeitado pelo ocidente por dirigir uma democracia musculada que realiza eleições de 16 em 16 anos. As migalhas de generosidade que oferece à oposição justificam o silêncio psdêiano do jornalismo português sobre a campanha eleitoral angolana que decorreu no último mês.
Petróleo é como pão para a boca e o pão manda muito, até para quem tem por missão noticiar o que se passa no Mundo. Dos 34 Partidos concorrentes sabem-se vagas notícias do MPLA e menos da UNITA, o que é manifestamente pouco se considerarmos que Angola é a mais importante potência de Língua oficial portuguesa do continente africano.
LNT
ET. Foi há pouco informado (19:30 h) de que muitos Órgãos da Comunicação Social portuguesa (Público, Visão, SIC, etc.) não conseguiram obter o visto para fazerem a cobertura das eleições angolanas.
Como digo no texto, DosSantos é o paladino da democracia africana, um exemplar democrata... Estas eleições prometem.
[0.682/2008]
Curiosidades
João Fialho (mais conhecido nos Blogs por alentejodive – ex-Atribulações Locais) voltou aos blogs com o Photomics. João Fialho é, há muito, cliente e um bom compadre virtual desta loja sempre disponível para ajudar na divulgação de apontamentos e iniciativas interessantes.
Foi o caso do comentário que deixou no anterior "Já fui feliz aqui" onde, entre outras coisas, explica que o Parque Florestal de Monsanto em Lisboa, ao contrário do que muitos pensam era, até meados do século passado, um espaço desarborizado.
Aquilo que João Fialho diz pode ser comprovado na fotografia de Mário Novais sobre a construção do Viaduto Duarte Pacheco, parte da colecção fotográfica que a Gulbenkian disponibilizou no Flickr.
LNT
Curiosidades
João Fialho (mais conhecido nos Blogs por alentejodive – ex-Atribulações Locais) voltou aos blogs com o Photomics. João Fialho é, há muito, cliente e um bom compadre virtual desta loja sempre disponível para ajudar na divulgação de apontamentos e iniciativas interessantes.
Foi o caso do comentário que deixou no anterior "Já fui feliz aqui" onde, entre outras coisas, explica que o Parque Florestal de Monsanto em Lisboa, ao contrário do que muitos pensam era, até meados do século passado, um espaço desarborizado.
Aquilo que João Fialho diz pode ser comprovado na fotografia de Mário Novais sobre a construção do Viaduto Duarte Pacheco, parte da colecção fotográfica que a Gulbenkian disponibilizou no Flickr.
LNT
Rastos:
-> Photomics - João Fialho
-> Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian - Flickr - Estúdio Mário Novais
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
[0.680/2008]
Canalhas e canalhices
Aconteça o que acontecer, nunca ninguém conseguirá alguma vez fazer desaparecer a mancha que foi criada à volta de Paulo Pedroso, salvo se se conseguir provar que ele foi alvo de uma tramóia.
Por isso concordo com Ana Gomes e considero que, mais do que qualquer sentença para o indemnizar, é imprescindível que o Estado, depois de ter destruído a sua reputação com "erro judicial grosseiro", tome a iniciativa de utilizar os meios de investigação de que dispõe para incriminar quem montou a tramóia e aplicar as sanções devidas.
O mal menor foi a prisão de Paulo Pedroso, porque o mal maior decorre da acusação que, mesmo nunca demonstrada, lhe ficará para sempre colada à pele. Não é coisa pouca destruir o bom-nome de alguém e imagino que não seja fácil viver condicionado a uma suspeita.
Como diz Ana Gomes é necessário desmascarar os canalhas, desmontar a canalhice e comprovar a inocência de quem for inocente. Compete ao Estado apurar todos os factos não só para ilibar Paulo Pedroso das acusações, mas para comprovar a sua inocência.
Só assim se fará justiça embora as consequências pessoais e politicas que este caso comporta nunca possam vir a ser reparadas.
LNT
Canalhas e canalhices
Aconteça o que acontecer, nunca ninguém conseguirá alguma vez fazer desaparecer a mancha que foi criada à volta de Paulo Pedroso, salvo se se conseguir provar que ele foi alvo de uma tramóia.
Por isso concordo com Ana Gomes e considero que, mais do que qualquer sentença para o indemnizar, é imprescindível que o Estado, depois de ter destruído a sua reputação com "erro judicial grosseiro", tome a iniciativa de utilizar os meios de investigação de que dispõe para incriminar quem montou a tramóia e aplicar as sanções devidas.
O mal menor foi a prisão de Paulo Pedroso, porque o mal maior decorre da acusação que, mesmo nunca demonstrada, lhe ficará para sempre colada à pele. Não é coisa pouca destruir o bom-nome de alguém e imagino que não seja fácil viver condicionado a uma suspeita.
Como diz Ana Gomes é necessário desmascarar os canalhas, desmontar a canalhice e comprovar a inocência de quem for inocente. Compete ao Estado apurar todos os factos não só para ilibar Paulo Pedroso das acusações, mas para comprovar a sua inocência.
Só assim se fará justiça embora as consequências pessoais e politicas que este caso comporta nunca possam vir a ser reparadas.
LNT
Rastos:
-> Causa Nossa - Ana Gomes
[0.679/2008]
É tão fácil educar os filhos dos outros, não é?
Se uma sua filha de 17 anos lhe dissesse que estava grávida deitaria para o lixo toda a sua coerência?
Mesmo em política há fronteiras para o nojo. Quem o não compreender não compreende nada e quem cinicamente explorar o nojo não passa dum moralista imoral.
Talvez não seja só uma questão de embirração com os sapatos de Obama e insisto que se é isto a renovação da política, então não se justifica a política renovada.
LNT
É tão fácil educar os filhos dos outros, não é?
Se uma sua filha de 17 anos lhe dissesse que estava grávida deitaria para o lixo toda a sua coerência?
Mesmo em política há fronteiras para o nojo. Quem o não compreender não compreende nada e quem cinicamente explorar o nojo não passa dum moralista imoral.
Talvez não seja só uma questão de embirração com os sapatos de Obama e insisto que se é isto a renovação da política, então não se justifica a política renovada.
LNT
Rastos:
-> Defender o Quadrado - Sofia Loureiro dos Santos
terça-feira, 2 de setembro de 2008
[0.677/2008]
Já não se fazem cadeiras como antigamente
Filho: Pai, o homem morreu de velho?
Pai: Não filho, morreu do caruncho.
As cadeiras de hoje fazem-se em Universidades de Verão, sítios propícios a fazer de conta que são escolas, locais de trampolinagem onde se aprendem técnicas de genuflexão. Os docentes que lá vão explicam que os tabus são feitos de silêncio e que no silêncio, tal como na inactividade, reside a sabedoria de não errar.
Filho: Pai, a senhora é muda?
Pai: Não filho, é surda.
As disciplinas de hoje são matéria de mestre. Mastigam-se como se fossem fatias de bolo-rei, colhem-se como se fossem figos com pingo de mel na árvore, inibem-se como se fossem espaços aéreos reservados aos senhores da terra.
Filho: Pai, afinal nessas Universidades acham que o Governo é moeda boa, ou moeda má?
Pai: Antes pelo contrário, filho. Antes pelo contrário!
LNT
Já não se fazem cadeiras como antigamente
Filho: Pai, o homem morreu de velho?
Pai: Não filho, morreu do caruncho.
As cadeiras de hoje fazem-se em Universidades de Verão, sítios propícios a fazer de conta que são escolas, locais de trampolinagem onde se aprendem técnicas de genuflexão. Os docentes que lá vão explicam que os tabus são feitos de silêncio e que no silêncio, tal como na inactividade, reside a sabedoria de não errar.
Filho: Pai, a senhora é muda?
Pai: Não filho, é surda.
As disciplinas de hoje são matéria de mestre. Mastigam-se como se fossem fatias de bolo-rei, colhem-se como se fossem figos com pingo de mel na árvore, inibem-se como se fossem espaços aéreos reservados aos senhores da terra.
Filho: Pai, afinal nessas Universidades acham que o Governo é moeda boa, ou moeda má?
Pai: Antes pelo contrário, filho. Antes pelo contrário!
LNT
[0.676/2008]
De novo os super-heróis
Dei um salto ao Maputo, em visita de reconhecimento pós-férias aos devaneios do antropólogo-comendador de que sou mandatário, para verificação do caminho prosseguido durante a época de banhos e verifico que, tal como nas teorias desta casa, também por lá se considera que a esquerdice da orfandade continua na senda sistemática do líder moral carismático, agora de pigmentação diferente porque a coisa assim tem mais charme enquanto se lambem os dedos da gordura dos pastelinhos de bacalhau e das tapas de caviar servidas nos Pôr-do-sol das embaixadas que comemoram os dias nacionais.
Agora são Obamistas convictos os mesmos que em tempos se diziam Trotskistas ou coisa semelhante, depois de terem passado de moda as loas albanesas e os delírios que a Terra do Mel, esse purgatório fidelista, lhes apontava a passada larga na busca incessante de um qualquer Deus-homem.
Tal como JPT também aqui se questiona, entre pentes e escovas, o que será um Obamista e qual a mensagem de esperança que o Obamismo acrescenta ao pensamento.
De slogan em slogan, de discurso em discurso, de mezinha em mezinha e de deificação em deificação, o mundo-croquete segue atrás do Yes, we can, uma americanização do lusófono, Querer é Poder.
O Mundo avança para a Igreja Universal, é o que é. Tudo indica ter sido encontrado um reencarnado Bom-Pastor. Oxalá a desilusão não se venha a consumar uma vez mais.
LNT
De novo os super-heróis
Dei um salto ao Maputo, em visita de reconhecimento pós-férias aos devaneios do antropólogo-comendador de que sou mandatário, para verificação do caminho prosseguido durante a época de banhos e verifico que, tal como nas teorias desta casa, também por lá se considera que a esquerdice da orfandade continua na senda sistemática do líder moral carismático, agora de pigmentação diferente porque a coisa assim tem mais charme enquanto se lambem os dedos da gordura dos pastelinhos de bacalhau e das tapas de caviar servidas nos Pôr-do-sol das embaixadas que comemoram os dias nacionais.
Agora são Obamistas convictos os mesmos que em tempos se diziam Trotskistas ou coisa semelhante, depois de terem passado de moda as loas albanesas e os delírios que a Terra do Mel, esse purgatório fidelista, lhes apontava a passada larga na busca incessante de um qualquer Deus-homem.
Tal como JPT também aqui se questiona, entre pentes e escovas, o que será um Obamista e qual a mensagem de esperança que o Obamismo acrescenta ao pensamento.
De slogan em slogan, de discurso em discurso, de mezinha em mezinha e de deificação em deificação, o mundo-croquete segue atrás do Yes, we can, uma americanização do lusófono, Querer é Poder.
O Mundo avança para a Igreja Universal, é o que é. Tudo indica ter sido encontrado um reencarnado Bom-Pastor. Oxalá a desilusão não se venha a consumar uma vez mais.
LNT
Rastos:
-> Ma-Schamba - José Pimentel Teixeira - "obamista", ou da palermice
-> Mar Salgado - Nuno Mota Pinto - Infantilização do debate
-> Mar Salgado - Nuno Mota Pinto - O contexto
-> Mar Salgado - Nuno Mota Pinto - Os Problemas de Obama (I)
-> Mar Salgado - Nuno Mota Pinto - Os Problemas de Obama (II)
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