terça-feira, 6 de novembro de 2012

Caleidesvaco

CaleidesvavoE no entanto existe!

Não se percebia muito bem para que serviria este Presidente da República mas agora já estamos informados.

Serve para inaugurar hotéis de luxo.

Tanto dinheiro tão mal gasto (não, não estou a falar do dinheiro gasto com o hotel).
LNT
[0.556/2012]

Há Leis mais iguais do que as outras

Vitor Gaspar
Vítor Gaspar garantiu que os cortes estruturais na despesa de quatro mil milhões que o Governo está a preparar poderão ser feitos sem alterações à Constituição.

Sabemos que sim, que não necessitam de uma revisão da Constituição.

Basta desrespeitá-la, como aliás já fizeram antes.
LNT
[0.555/2012]

Cedam o lugar

Gunter GrassOs despedimentos na Administração Pública serão tão eficazes para resolver as nossas questões como foi eficaz todo o tipo de anormalidades que se têm feito para continuar o descalabro crescente.

Não se trata de, como diz o sábio-experimentalista que está sentado na cadeira das finanças, saber quanto se quer pagar para se ter aquilo que se quer, porque cada vez se tem menos com o mais que se paga e começa a ser impossível sacar água de um poço que já tem o saibro à vista.

Trata-se, isso sim, de deixar de teorias empinados e de trabalhar a partir do conceito que nada é mais caro do que o desemprego, a emigração do conhecimento e o empobrecimento. É caro em todos os sentidos, principalmente numa sociedade onde já não reina o analfabetismo e a ignorância e que, por estar sujeita ao desgaste do miserabilismo, se retrai em felicidade, em natalidade, em investimento, em trabalho e em consumo.

Despedir na Administração Pública é pouco mais do que transferir as despesas de uma para outra rubrica do orçamento.

Sabemos ser terreno perigoso reformar refundar tendo por base a rentabilização das pessoas e a racionalização dos meios. Sabemos ser trabalhoso e difícil pegar numa multidão de pessoas que se tem tratado mal e devolver-lhe a dignidade pedindo em troca o que de melhor sabem fazer. Sabemos ser esforçado colocar gente capaz, com provas dadas, no comando das soluções.

Mas a vida é assim mesmo e se, por acaso, se tiver de chegar à conclusão que não basta ter habilitações e que é necessário haver know-how para se dirigir politicamente um País e um povo, então chegou o tempo de se reconhecerem as insuficiências dos experimentalistas e fazer tudo-o-que-for-preciso, custe-o-que-custar, para ir além da mediocridade resultante da impreparação.

Apelo à inteligência linear. Numa situação de emergência, como é aquela que estamos a viver, aponte-se para a produção dos tais quatro mil milhões em vez de se fazer mira de morte aos quatro mil milhões que se pretendem neutralizar. Soluções para o fazer não faltam, falta só inteligência e vontade para o fazer.

Como diz Seguro, esta questão é do Governo e é a ele que a compete solucionar. Se não sabem como, não são dignos de continuar à frente de Portugal.
LNT
[0.554/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXII ]

Obama 2012
Obama - 2012 - USA
LNT
[0.553/2012]

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ich liebe Dich


Já sabemos que no próximo dia 12 iremos ter a chefe no nosso convívio. Como bom aluno encomendei o marisco para que nada lhe falte e como aprendiz do Professor Marcelo (que anda numa fona para contactar os alemães saltando por cima da imensa chachelarina como se ela fosse um porta-chaves) mandei colorir o repasto a preceito.

Também já comprei as bandeirinhas para, com todos os meus clientes, amigos e familiares, ovacionarmos o cortejo fardado com os trajes usados no tempo dos Filipes e que agora Pedro, Paulo e Aníbal mandaram reforçar com joelheiras.

Vou gritar vivas agitados na esperança de que me seja atribuída uma reforma remunerada igual às que se usam no império continental porque me parece justo ter, nesta colónia do Sul, os mesmos cómodos.

Já ensaio o desenferrujar da língua alemã que aprendi nos meus tempos adolescentes em Albufeira. Quero usar as mesmas expressões de satisfação que usava, na altura, com as outras alemanhosas.

Sei que vos choco com esta cisma mas adoro a gorducha, sempre gostei de imperatrizes e rainhas gorduchas, tique que me ficou desde o tempo em que, noutra encarnação, dei vivas à partida de Maria Antonieta.

Aguardo a todo o momento a publicação do despacho que faça feriado municipal em Lisboa e Setúbal, à semelhança do que aconteceu com Ratzinger, uma vez que Merkel não Papa menos que ele.

Anseio o momento de me perfilar para lhe gritar a plenos pulmões e a passo de ganso:

Willkommen, Angela. Ich liebe dich.
LNT
[0.552/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXI ]

Muro de Berlim
Muro de Berlim - Alemanhas
LNT
[0.551/2012]

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Especificidades portuguesas

Pudim(ou a particularidade de um país onde há Primeiros Ministros e Secretários-gerais de centrais sindicais que fazem greve, uns da governação e os outros dos trabalhadores)

Um secretário-geral de uma central sindical, a quem só se conhece o trabalho de Secretário-geral de uma central sindical, pode fazer greve?

Não terá de cumprir um plano de contingência e de serviços mínimos?
LNT
[0.550/2012]

Mitigações [ II ]

Berbigão
Lembram-se de terem sido bombardeados esta semana com a boa nova de que a taxa de desemprego tinha diminuído?

E isto já para não falar de todos os outros que pura e simplesmente se “desarriscaram” dos Centros de Emprego porque não lhes valia de nada estarem inscritos (a não ser mais uma catrefada de chatices e gastos com transportes).
LNT
[0.549/2012]

Surdinas [ LXXI ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)
Hoje é o dia de fiéis defuntos.

Não poderíamos incluir também os infiéis e chamar os gatos-pingados para fazerem a cremação dos mortos-vivos que nos andam a infernizar a vida?
LNT
[0.548/2012]

FMI – Consultores & Comp.ª Ld.ª

PescaAo ser anunciado que o Governo contratou o FMI para a consultadoria sobre a reforma refundação do estado social português, é bom que os portugueses entendam duas coisas:

1ª - O Governo não tem competência e não reconhece competência a técnicos portugueses para fazer essa reforma. Uma vez mais fica explícita a desconfiança que esta gente tem em relação à tecnicidade portuguesa e ao conceito que têm das competências nacionais, preferindo a parolada habitual de consideram que o que vem de fora é melhor do que o produto nacional.

2ª - O Governo Passos Coelho/Paulo Portas vai, uma vez mais, buscar lá fora e neste caso ao FMI o bode expiatório para as medidas que sempre quis tomar mas que nunca teve coragem de assumir como suas. Quando chegar a altura de apresentarem as razões que o levaram a tomar as medidas que vão tomar (e que ditaram ao FMI, como aliás o têm feito com a tróica no intuito de irem para além daquilo que nos tinha sido imposto pelos credores) irão apregoar aos quatro ventos que estas medidas são-nos impostas pelos credores.

Mantém-se a ideia de destruir o estado social para que as suas funções passem para o privado ao mesmo tempo que o dinheiro arrecadado em impostos servirá cada vez menos como incentivo à melhoria dos cuidados sociais públicos.

Mantém-se igualmente a cobardia de não explicar que esse é um plano desta matilha que se alapou no poder na lógica de sugar o pote e distribuir os seus conteúdos pelas clientelas que a suportam, deixando o povo português entregue à caridade subsidiada com o dinheiro que até agora pagava direitos.

Passos Coelho já avisou que fará isso mesmo, custe o que custar, se necessário só com Paulo Portas, caso o PS não se mostre disponível para apoiar o ataque radical à Constituição.

António José Seguro já disse sonoramente que o PS não está disponível para os ajudar a concretizar o plano radical extremista que está em marcha. Cavaco continua mudo e quedo.

Resta-nos estar atentos e prontos para o que der e vier.
LNT
[0.547/2012]

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Despachemos esta merda e vamos para casa

Assembleia da República - ObrasQue medo, vêm aí os populares. Despachemos esta merda e vamos para casa.

Quando a Assembleia da República deu conta de que haveria uma manifestação contra o OE2013, o PM comeu metade do discurso e os deputados da maioria guardaram a viola no saco com medo de que o cheiro a povo lhes chegasse às narinas.

Verdade, verdade, é que tanto faria piarem loas ou impropérios como estarem calados porque, para o bem e para o mal, a coisa já está decidida no Plano Merkel em curso e era um incómodo ter de ouvir a gritaria da rua.

Assim foi melhor. Os ratos, ratam e se poderem ratar ganhando meio-dia de ponte sem terem de ser confrontados com o hálito do povo, a fondue de queijo gamado saber-lhes-á melhor.

Como muito bem diria Ulrich da tribuna reservada aos boçais sem mandato: aguenta, aguenta.
LNT
[0.545/2012]
Abóboras
A minha relação com o BPI termina aqui.

Hoje mesmo encerrarei a minha conta (com mais de 40 anos) naquele banco.

Já não os aguento mais e prefiro ter o dinheiro enterrado, a tê-lo na mão de Fernando Ulrich.

Mal por mal, o juro é quase o mesmo e ainda ganho por não ter de pagar os impostos que o Ministro Gaspar cobra.
LNT
[0.544/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCIX ]

Castelo de Lisboa
Castelo de São Jorge - Lisboa - Portugal
LNT
[0.543/2012]

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O plano

Ana VidigalMil vezes se falou nesta barbearia que a eleição do PSD, com Passos Coelho para Primeiro-ministro, só poderia resultar naquilo que aí temos.

Passos Coelho e, julgo com mais reticências, Paulo Portas tinham um plano que assentava na mitigação da Constituição da República Portuguesa baseado no discurso salazarento referido hoje por Galamba.

Um acerto de contas com a democracia, a liberdade e o sonho dos portugueses de serem tão europeus como qualquer alemão, francês, inglês, holandês ou dinamarquês.

O PSD tomado por Passos Coelho, Gaspar, Borges e outros que tal sonhavam, e disseram-no, na revisão da Constituição, na privatização daquilo que garantia Estado (EDP, REN, TAP, CGD, etc.), na terminação do SNS e SS e na morte matada do Estado Social.

Têm-no feito de forma covarde. Perceberam que a maioria dos portugueses não queriam ir por aí e foram buscar à esquerda do PS os ódios de estimação para conseguirem todas as desculpas (a que o PCP agora chama de pacto de agressão) que lhes deu cobertura para as tomadas de posição que o actual poder tem estado a tomar.

Cumpre-se assim o plano. Empobrecer para dominar. Desempregar para controlar. Destruir para impor.

O plano que sempre esteve presente na eleição de Passos Coelho (veja-se o programa eleitoral do PSD) resume-se na expressão "Além da tróica".

Com ou sem K
LNT
[0.542/2012]