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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Imaginem

CoelhoEm resposta à frase de Passos Coelho, que as televisões e as rádios passam à exaustão desde a jantarada de ontem:
"Imaginem o que seria um Governo com um projecto de mudança profunda na sociedade portuguesa e volte a pôr o país a crescer… Imaginem o que seria ter Manuel Alegre Presidente da República?"
só pode ser atirada uma outra:
Imaginem o que seria um Governo com Passos Coelho à redea solta… Imaginem o que seria ter Cavaco Silva Presidente da República?
LNT
[0.493/2010]

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Acerta o passo, coelho

Cartaz interdito


Agora que o PSD "finalmente ouviu Sócrates" chegou a altura de despachar o parceiro de tango para retornar ao fandango.

Manuela Ferreira Leite conseguiu explicar a Passos Coelho que o que se passou há uns meses no PSD não foi a sua derrota, mas só a demonstração de que ela vale mais na sombra do que ele com dez Sóis apontados.

Passos Coelho recolheu à toca, conforme tem sido patente nos últimos dias, possivelmente para tossir o engasgo que a estratégia desastrada que traçou lhe está a provocar.

Mesmo que venha a ganhar as eleições seguintes tem o destino marcado pelas sombras que mandam no seu Partido. A pouca rodagem com que ascendeu aos holofotes não lhe trouxe a sabedoria necessária para localizar a voz que o atormenta.

Ao contrário de todos os outros, ainda não percebeu o que o fez não ter assento na Assembleia da República.
LNT
[0.392/2010]

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os passos do coelho

CoelhoAos coelhos de galinheiro ninguém percebe. Aos outros, àqueles poucos que fazem a toca no campo e não estão com mixomatose, reconhece-se uma marcha rápida, embora errante, com pinchos à direita e à esquerda próprios de quem pretende despistar os galgos que os perseguem.

O resultado é conhecido. Normalmente, se a corrida for curta, conseguem safar-se na trajectória, dada a velocidade que atingem e a agilidade nos saltos erráticos. Se a corrida for mais longa, a conclusão será diferente e, entre uma chumbada certeira desferida por caçador que lhes reconhece a cadência do desvio, ou o abocanhar do cão de caça que lhes apanha os trejeitos, acabam na panela ou em molho vilão.

Esta constatação deveria ser lição de vida a outros coelhos que iniciaram bem a corrida e se conseguiram safar mas que, ao prolongarem a correria desenfreada, começam a dar sinais de que acabarão esfolados.
LNT
[0.309/2010]

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Cries & Whispers

Lágrimas e SuspirosMesmo em período de defeso há sempre a possibilidade do Governo ser demitido.

Mesmo neste período em que o Presidente da República não pode dissolver a Assembleia da República e assim sendo, não pode convocar eleições, há sempre a possibilidade do Governo ser substituído. Basta por exemplo que o Orçamento que vai entrar na Assembleia da República não seja aprovado ou que o Primeiro-ministro entenda pedir a sua demissão (embora Sócrates não seja Durão Barroso, nem tenha tido nenhum convite – que se saiba – para ocupar um lugar de destaque num qualquer organismo internacional).

É por isso mesmo que vamos ver em breve um Coelho a engolir um sapo, coisa imprópria para coelhos dado serem, em princípio, herbívoros.

À pala disto o País prepara-se para mergulhar num mar de lágrimas (de crocodilo) e suspiros. De um lado o excelentíssimo Presidente que promulga, sem concordar, para chorar de arrependimento imediato, do outro o excelso líder da oposição a dizer que sim com a mão e a abanar a cabeça em negação, como se nada mais pudessem fazer.

Na quarta-feira abram-se as hostilidades com o pressuposto de que delas sairemos tão amigos como dantes.
LNT
[0.305/2010]

domingo, 28 de março de 2010

Rangel/Rabbit

Roger RabbitOs parabéns vão para Passos Coelho que conseguiu, como muito bem lembra o João Espinho, 60% dos votos do PSD. Quer isto dizer que a Social-democracia portuguesa de hoje está somente representada pelo Partido Socialista, que os barões, os sulistas e a linha Lisboa/Cascais do PSD ficaram na oposição, que os Cavaco-Leitistas-Pachequistas se reduziram a margens Brancas (embora sonantes em São Bento, nas televisões e no Abrupto) e que os Rangel-Barrosistas-Jardinistas têm a representação dificultada pela ausência de voz no "Contnente", embora se adivinhem estridentes em Bruxelas e na Pérola.

Ainda bem. Agora as coisas começam a ser mais claras caso, claro, o liberalismo de Passos Coelho seja mais do que a conversa que o fez ascender à liderança do PPD/PSD.

Aguardamos a desnacionalização urgente da CGD, a desnacionalização dos funcionários públicos e as restantes medidas de aperto que o PS não teve coragem de fazer incluir no PEC.

Passos Coelho está de parabéns pela vitória.

Espero que tenha sucesso nesta sua passagem pela liderança da oposição e desejo-lhe muitos e bons anos nessa condição.
LNT
[0.121/2010]

sexta-feira, 26 de março de 2010

Estilhaços

Cartaz proibido - PSD

O desconjuntado “maior partido da oposição”, que tudo faz para manter esse título, vai hoje a votos de militância e quotas pagas.

Ao contrário do que tentam fazer crer as suas extensões comunicacionais impressas em letra de jornal, não foi o universo com as quotas pagas que foi sondado mas sim a Nação Lusitana continental que, tal como eu e mais uns milhões, não tem quotas popular-democratas para pagar, nem o cartão das setas, nem as mordomias que a aurícula direita do centralão tem na oposição.

Por isso aquela sondagem que hoje está a tentar influenciar os barões, baronetes e outros membros da desavinda família laranja é mesmo só: - Um instrumento de contra-informação, um macatrefeano monumento ao apelo do voto no cheiro do poder.

Os irmãos laranja vão hoje a votos em busca de mais um líder de transição, como já disse o mago-sábio professor da televisão. Basta-lhe um voto a mais numa minoria para liderar o próximo ano de fratricídio. As mãos já não têm dedos que cheguem para contar tanto senhorio da messe da Buenos Aires.

Venha então de lá o senhor que se segue e esperemos que o escolhido, se chegar a ser poder, não troque a Nação pela União.
LNT
[0.119/2010]

sexta-feira, 19 de março de 2010

Coelho ao Sol

Facas laranjaO Sol dá hoje como certa a vitória de Passos Coelho, por maioria absoluta, na disputa pela liderança do PSD.

Diz o on-line que "esta é a conclusão da sondagem realizada pela Pitagórica para o SOL junto de militantes sociais-democratas".

As minhas questões sobre este lixo que vai enchendo as primeiras páginas de alguns jornais acrescentam mais e mais dúvidas sobre o que nos andam a vender como notícias. Nesta a que me refiro as dúvidas incidem na falta da ficha técnica da "sondagem/amostragem" no on-line, para podermos ter uma ideia do tamanho da palhaçada ensaiada e da credibilidade do universo consultado que o jornal apela como: "junto de militantes sociais-democratas".

Das duas três. Ou o Sol teve acesso à base de dados dos militantes do PSD e fica por saber quem lha deu (e já agora com que purga), ou o Sol julga que sondou militantes do PSD e dá como certo o incerto, ou o SOL recebeu a encomenda da capa de hoje.

Esta "comunicação social" (assim mesmo, entre aspas) já mete nojo.
LNT
[0.111/2010]

terça-feira, 16 de março de 2010

Ó Rita Maria

Cartaz silêncioO que é que o esclarecimento (como a Rita Maria lhe chama) do Vítor Dias tem a ver com a realidade do que se passou no Congresso do PSD?

Os deveres de lealdade que existem nos diversos partidos democráticos e que estão consignados nos seus estatutos são um acto comum (e legal).

Agora, em nenhum Partido Político (e penso que isto inclui o PCP embora não possa garantir, por os desconhecer) haverá uma norma que proíba os seus militantes de falarem e de darem pontapés nos berços dos seus lideres, como foi o caso da cláusula aprovada no último Congresso Nacional do PSD.

Claro que o Vitor Dias tentou logo o aproveitamento da coisa para atacar o PS, como nunca deixa de fazer (esquecendo-se sempre de olhar para o que tem na sua casa de "paredes de vidro" - onde só por imposição deixaram de votar de mão no ar para escolherem pessoas), se necessário comparando aquilo que não é comparável e estranho que a Rita Maria tenha caído na patranha estalinista do costume. Sabe-se que para o PCP o grande adversário é o PS, coisa que lhe ficou de tempos em que foi preciso defender as liberdades na Fonte Luminosa.
LNT
[0.107/2010]

segunda-feira, 15 de março de 2010

Já chegámos à Madeira

MagritteNão terminou especialmente bem o megacomício que o PSD promoveu este fim-de-semana em Mafra.

Ou por outra, o megacomício correu bem porque conseguiu sacar o tempo de antena e de propaganda que Manuela Ferreira Leite nunca obteve no decurso da sua triste passagem pela liderança do Partido Social Democrata, mas o Congresso correu mal porque mostrou, uma vez mais, um PSD incapaz de fazer os trabalhos de casa e a irresponsabilidade dos candidatos à liderança que revelaram impreparação para liderarem os seus processos.

Alberto João já tinha dado o sinal quando se vingou de Passos Coelho indo-se sentar ao lado de Paulo Rangel. Mostrou bem a prepotência que todos lhe conhecemos e a intolerância à crítica. Não sei se votou positivamente a norma da asfixia estatutária que há muito aplica na Madeira, mas deve ter ficado a rir-se por ter visto aprovado, em Congresso Nacional e em conluio com todos os candidatos à liderança, uma regra que nem o PCP se atreveria a incluir nos seus estatutos.

Faz o que eu digo, não faças o que eu faço, lema velho de Ferreira Leite que parece ter seguimento no senhor que se segue. Ninguém ouviu, anteriormente à aprovação da proposta de Santana Lopes, qualquer reparo ou demarcação pública que alertasse para a cláusula da vergonha.

A impreparação foi evidente e a politiquice mais uma vez se impôs quando tiveram de reagir perante um País indignado que os fez declarar a intenção de revogar o que o Partido tinha acabado de aprovar sem que qualquer um deles se tivesse manifestado.

Isto passou-se num Congresso que tinha sido convocado para analisar e votar meia dúzia de pontos dos seus Estatutos. A matéria não lhes mereceu estudo nem sequer leitura.

Fica a chamada de atenção para o que esta gente será capaz de fazer quando e se tomar o poder. Para quem tanto tem apregoado a asfixia/claustrofobia, com base em rumores e boatos, ficamos conversados.

A direcção cessante, o seu mentor JPP e o futuro líder do PSD bem podem continuar a propagandear a condição de paladinos da liberdade de expressão. Todos eles são coniventes com este atentado à democracia e todos eles deixaram bem patente aquilo de que serão capazes no País.

Impreparados, prepotentes, censores, politiqueiros e irresponsáveis.
Contra factos não há argumentos.

(Também publicado no Cão como Tu)

LNT
[0.103/2010]

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O magano do canito

CanitoQuando o homem apareceu na televisão atrás do palanque, feito Dom Sebastião, a anunciar que se oferecia ao sacrifício de salvar a Pátria a partir das rendas de Bruxelas que entretanto ganhou, o magano do canito, a quem deve encanitar o nome de Rangel, tapou o focinho com as patas e deixou escapar um suspiro.

Eu, que lhes conheço as manhas, ao canito e ao Rangel, passei-lhe a mão pelo pêlo e tugi-lhe de mansinho que não se amofinasse. Aquilo era mais uma massada de cherne, coisa de mau cheiro mas de substanciais calorias, um caldo que mais tarde ou mais cedo se vai entornar.

Nada de novo. Brincadeiras e safanões de meninos guerreiros. Mais um chuto no berço.

O raio do animal, que é fino como um alho, enroscou-se aos meus pés, de costas viradas à pantalha e adormeceu.

Já não havia mais nada para ver nem ouvir.
LNT
[0.065/2010]

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

(Atos 9.1-22)

CavaloO homem anda a dar recados para a família através do megafone que lhe puseram na mão.

Anda em Bruxelas, por Estrasburgo, ou lá por onde é, a refilar com os custos e as despesas embora seja um dos convivas no banquete orçamental e, assim de mansinho como quem fala das coisas que lhe pagam para falar, mete os slipes e as peúgas que devia pôr-de-molho na saponária privada, na máquina de lavar comunitária.

Não se descose, o coiso, o que deixa Coelho aos passos e Branco a guiar, nervoso, e a ler o Novo Testamento:

"Saulo, fervoroso defensor da tradição judaica (e por isso talvez mesmo um zelote), foi enviado a Damasco para fazer face à agitação dos seguidores do "Caminho".

Foi durante esta missão a Damasco que Saulo tomou o partido dos cristãos que perseguia anteriormente. Foi aqui que Saulo, indo no caminho de Damasco, já perto da cidade, viu um resplendor de luz no céu que o cercou, e caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?". Saulo muda de lado.

A esta mudança de partido ele fez corresponder uma mudança de nome. Abandonou o nome Saulo e, deste momento em diante, fez-se conhecer como Paulo."

LNT
[0.062/2010]

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Blasfémias e pecadilhos

CarasTem dias em que publico coisas bizarras mas devo informar que as substâncias ilegais estão proibidas nesta barbearia. Isto ainda não é a baiuca do bloco.

Às vezes é do excesso de trabalho ou do stress com altos níveis de adrenalina e muita cafeína à mistura, outras por qualquer descarga de bílis, subida de açucares ou coisa que o valha, mas nunca esses níveis me colocaram, até hoje, em grau de delírio Nobel que transforme O Livro num manual do mal e da crueldade, ou possa fazer, de uma tomada de café, um 31 tal que me leve a afirmar que Rangel não tem hipóteses de suceder a Leite porque tem origem no partido da democracia-cristã. (para manter isto ao nível religioso)

É tão verdade uma como a outra afirmação e se Saramago tem desculpa porque depois dele já outros, tão ou mais loucos e parciais, ganharam o mesmo prémio, já Azevedo Neves revela ingenuidade por não saber ainda que o valor dos votos internos do PSD muitas das vezes mede-se em euros e não em origens.

A política e a escrita sem pontuação, nos tempos que correm, perderam todo o seu encanto alucinante e passaram à categoria de alucinogénios.
LNT
[0.667/2009]

Rastos:
USB Link ->
o Público ≡ Caim - Saramago
-> 31 da Armada ≡ Vamos tomar café? - Afonso Azevedo Neves

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Boa conversa

Lacrau
Já alguém reparou que quando se fala do senhor seguinte no PSD quase todos os jornais apontam comentadores políticos, nadadores do Tejo e liberais defensores da privatização da Caixa Geral de Depósitos e é raro que se lembrem de Bruxelas, mesmo estando a Bélgica aqui tão tão perto, ao virar da esquina das duas horas de vôo?
LNT
[0.620/2009]

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Call Center

Telefone Call Center – Bom dia, fala Manuela, em que me pode servir?
Utente – Bom dia, Manuela. Comprei uma televisão Para Som Digital que, embora funcionasse aos solavancos, tinha estereofonia audível mas agora passou a transmitir só em mono. Trata-se de alguma avaria da vossa emissão?

Call Center – Não, não é uma avaria. A nossa empresa implementou um sistema renovador mais fiável que consiste em terminar com os solavancos que V.Exª bem identificou, tendo com isso conseguido que, embora em mono e sem efeitos especiais, o silêncio da verdade fosse mais audível. Ganham a empresa e os utentes porque, os primeiros garantem uma fidelidade não distorcida na comunicação e os segundos podem economizar na aquisição de aparelhos de recepção, conseguindo com isso atingir elevados padrões de audibilidade do silêncio, embora mono, como disse.

Utente – Mas já comprei o aparelho e o contrato com a vossa empresa garante-me som estereofónico.
Call-Center – Rasgue o contrato, caro utente. Rasgue-o, porque agora está melhor servido.
Posso ser-lhe útil em mais alguma coisa?
LNT
[0.559/2009]

(também publicado no Blog SIMpleX)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Comparar o impossível

Avião de papel Vejo por aí algumas referências à composição das listas do PSD para as legislativas que as comparam à composição das do PS. O ponto de referência comum reside no facto de tanto umas como as outras excluírem os "incómodos" mas ninguém até agora, por distracção ou com intenção, fez notar tratarem-se de situações diferentes.

Senão vejamos:

As exclusões feitas nas listas do PSD aconteceram com militantes que concorreram ao Congresso Nacional e que representam efectivamente, porque sufragados, uma parte da sua militância que atingiu percentagens não displicentes. Deveriam ter sido considerados em proporção com os resultados do Congresso.

No caso do PS a actual direcção do Partido não tinha ponto de referência uma vez que os militantes da Corrente de Opinião Socialista (para referir somente os que têm sido apontados) não tiveram presença organizada no último Congresso Nacional.

Isto marca toda a diferença e, embora não justifique o que o bom senso determinaria, isto é, que o PS tivesse incluído alguns dos militantes da COS nas suas listas mostrando com isso abertura à diversificação de opiniões que sempre o caracterizou, torna incomparável o sucedido no PSD e no PS
LNT
[0.555/2009]

(também publicado no Blog Eleições2009/o Público

A bilha da marmeleira

Menina da bilha laranjaConfesso que se há coisa que me não tira o sono é a composição das Listas do PSD.

Gostava que fossem mais compostinhas, é verdade, com mais pluralidade, é verdade, e também é verdade que gostaria de vê-las mais fresquinhas, digamos assim. Não porque viesse a alterar o meu sentido de voto, porque sei bem ao que o PSD vem, mas porque me parece que um Partido Cherneira tem um valor importante na estimulação da democracia. Gostaria de ver Passos Coelho dissertar da bancada da oposição com propostas de privatização da Caixa Geral dos Depósitos ou a propor a extinção do Serviço Nacional de Saúde, por exemplo, para que pudesse haver contraponto ao socialismo democrático, à social-democracia, ao marxismo (estalinista ou trotskista) e aos ex-democratas-cristãos, actuais herdeiros da doutrina feudal da lavoura.

Como já disse, a coisa não me tira o sono mas era bom que acordasse meio mundo que ainda não entendeu o que o poderá acontecer se for estabelecido o eixo Pátio dos Bichos/Piscina de São Bento, havendo já no ar o cheirinho às salarizarices salazarentas que olham para a Assembleia da República como se fosse a Assembleia Nacional e para os nossos representantes eleitos como lacaios do levanta-e-senta à voz da ordem mecânica de um Call Center ou do seu tradutor.
LNT
[0.554/2009]

sábado, 1 de agosto de 2009

A verdade do silêncio

LaranjadaA técnica de nada dizer já fez escola. Se nas Europeias tanto fez, nas Legislativas a coisa fia mais fino e tem a espessura de uma folha de papel para que passe pelos pingos da chuva sem se molhar.

O rasganço das Leis faz-se em silêncio para que, se houver oportunidade, os retrocessos possam ser carta jogada sem discussão, até porque discutir é custoso a quem gosta de impor.

A sala dos tabus do Pátio dos Bichos é um armazém de soluções empoeiradas à espera que no cadeirão de São Bento se sente uma porta-voz. No fundo, o que se deseja, é um upgrade da hierarquia de tempos idos.

Silêncio para não se saber o que é o casamento, não se perceberem as intenções da interrupção voluntária da democracia, não se comunicarem os congelamentos do pré e, com a verdade me enganas, voltar tudo à lei da rolha. Silêncio para, se a coisa lhe for favorável, agitar de novo a tanga.

Na Buenos Aires há maus augúrios que importa não revelar, para surpreender.

Nada que no exercício do poder anteriormente ensaiado não se tivesse já feito.
LNT
[0.543/2009]

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Verdade

VerdadeO que é realmente verdade para o PSD é que o vocábulo verdade é usado como um sound byte e não como um princípio para obtenção do poder. Santana Lopes já o usou quando se intitulou Menino Guerreiro e o uso que lhe deu é conhecido.

Ferreira Leite usa-o com a mesma convicção com que denunciou a mentira Santana Lopes a quem agora afaga ao colo, com igual convicção com que criticou Chão de Lagoa onde agora se propõe bailar com Alberto João e com que criticou os cornos de Manuel Pinho sem nada ter para dizer sobre a catrefada de boçalidades que Jardim anuncia para reduzir a Constituição Portuguesa a um Bolo de Caco.

A verdade dos cartazes e da propaganda já não representa só a pantomima do rasga/não rasga, do constrói/não constrói, ou da moeda-má/moeda-boa como se tivesse o poder feiticeiro da fada madrinha que lhe permite transformar ratos em corcéis e abóboras em carruagens. É uma fantasia repetida mil vezes para fazer acreditar que Santana Lopes e ela própria são gente credível, gente a quem se reconhece obra e progresso em resultado dos muitos cargos que exerceram anteriormente.
LNT
[0.518/2009]

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Rasgar, repudiar e romper

Cartaz PSDSó foi necessário que os eleitores tivessem penalizado o Governo para que Manuela Ferreira Leite, igualmente em forte penalização (ao nível da que aconteceu com Santana Lopes), começasse a relembrar aos portugueses o seu estilo arrogante e autoritário. Bastou-lhe o cheiro do poder para perder a compostura de humildade ensaiada desde a sua chegada à fraca liderança do PSD para que ódios antigos, contas por ajustar e ressabiamentos diversos começassem a dar sinal de si. É bom que assim seja porque será este caminho que vai avivar a memória para a sua desastrosa passagem pela Educação, Congresso PSLcom os resultados conhecidos, e para o seu mandato interrompido nas Finanças onde primou pela venda de tudo que havia para vender, incluindo os incobráveis do fisco que ainda hoje estamos a pagar a alto custo, o achincalhamento, a desvalorização e o congelamento do sector público e a execução da famosa política da tanga que levou o seu mentor a abandonar o lugar de eleição em troca de boxers mais confortáveis, enquanto ela varria para baixo do tapete a mentira do deficit resolvido que acabou por ser desmascarada por Bruxelas.

Manuela prepara-se agora para rasgar, repudiar e romper mais quatro anos de vida dos portugueses, anunciando a política da terra queimada e o retorno à tanga interrompida, enquanto se desfaz em mel com aqueles a quem acusou de tudo e a quem recusou solidariedade, companheirismo e apoio num momento em que o cherne já se servia nos banquetes da infâmia do Iraque ao compasso dos primeiros acordes de cavaquinho na rambóia dos cartazes impossíveis.

O cheiro a bafio começa a evadir-se dos armários trancados há anos. Já se vêem em muitas varandas as colchas traçadas a arejar, enquanto que a corte empoa cabeleiras e prepara o beija-mão para a festa da reentre. Pode ser que se enganem e que em vez do tango da tanga se abra o baile com uma valsa.
LNT
[0.486/2009]

Rastos:
USB Link
->
DN ≡ Manuela também quer "rasgar" na educação
-> Blog ≡ #e09