Porque é que o PCP e as suas correias de transmissão não podem cantar vitória
Porque aquilo que se passou em Lisboa (a Manif dos prof.s) só resultou porque estavam lá muitos mais dos que têm por formatada, como democrática, a ideia da Ministra da Educação. E essa ideia, a de quero, posso e mando, só resulta da ideia estalinista da cultura democrática.
O PCP e as suas correias de transmissão deveriam entender que a falta de cultura democrática de quem exerce o poder e que obriga, num País democrático, 100.000 pessoas a virem para a rua dizer que não querem essa cultura de estalinismo, é a mesma que as leva a repudiar aquilo que ainda se observa nos residuais regimes Cubano e da Coreia do Norte.
É essa mesma cultura estalinista que formata, no seu âmago, outros que hoje se reclamam das mais amplas liberdades e que os distingue dos que não prescindem da liberdade para julgar a falta de democracia daqueles que, até por disciplina partidária, os deveriam encobrir. A cultura democrática não é uma esponja. Por isso mesmo não haverá disponibilidade para, na rua, no Porto a 15, fingir dar razão a quem não tem autoridade cultural de reclamar uma cultura de solidariedade, que não merece.
O PS tem de perceber que a cultura democrática tem de fazer parte dos curricula dos que escolhe para governar o País e que o exercício do poder, quando exercido pelo PS, tem de ser coerente com os seus princípios.
Não o entender é tão ilógico como ver uma Zita Seabra a defender os princípios do PSD, ou um Vital Moreira a fazer a defesa dos princípios do PS com a mesma veemência com que há pouco defendiam, enquanto seguidores do pensamento e da cultura de Estaline, o pensamento único e coerente.
LNT
Rastos:
-> Escaninho - Ricardo Batista (RB)
-> Cogir - José Manuel Dias