domingo, 13 de outubro de 2013

da Dissimulação

Haverá algo (ou alguém) mais ridículo do que abandonar os fatinhos às riscas (tipo Al Capone) só para parecer que se é o número dois de um Governo sem número um?

Há. Em Portugal há!

O Capone sempre foi aquilo que foi, nunca foi um trambiqueiro.
LNT
[0.377/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXCVII ]

Néné
Albarraque - Sintra - Portugal
LNT
[0.376/2013]

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

OMO lava mais branco

Papel higiénicoMuito se gosta, em Portugal, de justificar uma javardice com outra para ensaboar a primeira na tentativa de a branquear.

Por exemplo:

- Se falarmos na gatunagem que enriqueceu lambuzando-se nas gorduras e no lombo do BPN (sem esquecer que tão gatuno é o que rouba como o que fica à porta), surge logo alguém para falar da nacionalização e desviar as atenções dos bandidos e dos que se aproveitaram dos favores da bandidagem;
- Se falarmos de submarinos e da negociata que conseguiu ter corruptores engavetados na Alemanha sem que os corrompidos portugueses apareçam, surge logo alguém para falar das intenções anteriores e desviar as atenções de quem efectivou a compra.

Agora, com as pensões de sobrevivência, o truque é estampar a cara do adormecido Constâncio em tudo quanto é comunicação e rede social, para justificar que os sobrevivos não tenham aquilo que lhes é devido.

Nem sequer me vou dar ao trabalho de voltar a explicar que a pensão de sobrevivência é parte integrante do acordo estabelecido com a Segurança Social, que se banqueteia mensalmente com parte dos salários de quem trabalha, que não tem gerido devidamente os fundos que os trabalhadores (e as entidades patronais) entregam nas suas mãos. Também não vou perder tempo a explicar, uma vez mais, que aquele dinheiro não é do Estado embora tenha sido usado pelo Estado para tapar todos os buracos que apareceram.

Basta-me pedir que sejam mínima e intelectualmente honestos e que deixem de fazer de estúpidos todos os que não aceitam o branqueamento das golpadas que nos conduziram ao estado em que nos encontramos e que parem de tentar esconder o saque que não para de se fazer.
LNT
[0.375/2013]

5 - Blogoditos - 5 [ I ]

Blogs
Porque o PSD sempre foi assim. Algo muito semelhante à célebre curva do estádio José Alvalade, onde se concentram os adeptos do Sporting que vaiaram Figo e Rui Patrício, e que ao mínimo desaire acenam com lenços brancos em exigência à despedida imediata de treinadores.
Pedro Correia

Dia após dia, esta gente dá, em uníssono e de forma metódica, continuação ao massacre a que têm sido sujeitos os juízes do Tribunal Constitucional, perante o silêncio ensurdecedor do Presidente da República.
Miguel Abrantes

Afinal o"penta" do líder do CDS na noite das autárquicas referia-se não às minúsculas câmaras que arrecadou, mas aos cortes - a única "reforma do Estado", não vale a pena disfarçar mais - que vão ser aplicados aos trabalhadores investidos em funções públicas, no activo ou não.
João Gonçalves

Muitas tradições tratam certos objectos como entidades especiais devido ao significado que esses objectos acumularam no processo de partilha de uma história comum das pessoas nessa tradição.
Porfírio Silva

Se o comportamento de Machete tivesse alguma coisa de grave, em que língua, viva ou morta, existente ou por inventar, conseguiríamos descrever o comportamento de Passos, Portas e Cavaco?
Valupi
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.374/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXCVI ]

Ericeira
Ericeira - Portugal
LNT
[0.373/2013]

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Macaquices

Chimpazés
Dizem-me que um macaquinho fugiu da jaula onde vive no Zoológico de Lisboa e surripiou o manuscrito de página e meia onde Portas fazia, há quase um ano, as anotações para o primeiro fascículo da Reforma do Estado.

Dizem-me também que esse macaquinho estava a ser treinado para exercer comportamentos humanos de higiene, nomeadamente nos rituais pós necessidades fisiológicas.

LNT
[0.372/2013]

Reality Show

Coelho
Não vi nem verei, porque detesto reality shows, a encenação madura que a RTP passou ontem tendo por protagonista um artista de segunda categoria.

Dizem-me que não foi um espectáculo de ilusionismo porque o coelho da cartola andava à solta pelo palco e o influente (e activo) mágico da farsa manteve-se na regie da marquise do Possolo.

No entanto gostaria de saber quais foram os critérios de escolha dos figurantes e quem escreveu o guião das falas e deixas com que eles tiveram de alombar.
LNT
[0.371/2013]

Deixem-nos Trabalhar, forças do bloqueio!

AbóboraOntem, na espreitadela breve que tive oportunidade de dar aos serviços noticiosos da comunicação social que temos, calhou-me em sorte ouvir pela voz das sumidades do costume que se não tivéssemos a Constituição que temos o Tribunal Constitucional não teria tido oportunidade de se pronunciar pela inconstitucionalidade das inconstitucionalidades que este Governo tem decretado.

É importante tomar nota destes apontamentos produzidos com ar sério e solene por gente tão sábia porque não fica bem a uma Nação milenar desprezar as la paliçadas da elite que lhe saiu em sorte.

Dizem esses sábios que a melhor forma de resolver a questão é rever a Constituição (eles já nem sequer se questionam sobre a apreciação geral que os portugueses têm sobre o desempenho do Tribunal Constitucional nesta fase de governo presidencial).

Pouco faltará para que venham exigir a extinção do Tribunal Constitucional e já agora da própria Constituição seguindo a máxima cavaquiana do: "Deixem-nos trabalhar, forças do bloqueio!".
LNT
[0.370/2013]

Já fui (irei ser hoje) feliz aqui [ MCCXCV ]

Miguel Telles da Gama
Passing through the red - Miguel Telles da Gama - Lisboa - Portugal
LNT
[0.369/2013]

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Também nas aves

Pombos Gaivota

Ontem constatei que os pombos de Lisboa se julgam gaivotas. Deixaram de passarinhar no Terreiro do Paço para se pavonear alegremente no areal do Cais das Naus.

No entanto, os brilhos de lantejoula não enganam quem os observa. Tirando a habilidade de se empoleirarem nas orelhas do cavalo de Dom José, coisa que as gaivotas não conseguem por terem barbatanas nas patas, os pombos (excluídos os pombo-correio que tem GPS nos bicos) são aselhas por natureza e molengas por se terem deixado domesticar por quem lhes enche o bandulho de milho.

Os pombos da minha cidade que se julgam gaivotas, ao contrário dos ratos de Lisboa que dominam todas as artes de sobrevivência, morrem à beça sem perceberem que as ondas do Tejo não toleram plumagens sem gordura e que as gaivotas, por quem se querem fazer passar, têm goela grossa que lhes permite engolir peixes-aranha sem se asfixiarem.

Quando constatei publicamente aquilo que os pombos de Lisboa se julgam, disse-me João Castro que: "A convivência permite a troca do conhecimento" e que lhe parecia que estes pombos também comiam peixe. Até pode ser que comam, até pode ser que tenham adquirido esse conhecimento, mas isso não lhes faz ter o bico forte, nem boiarem nas vagas criadas pelos transatlânticos que raspam o Cais das Colunas.
LNT
[0.368/2013]

Reflexos

MagritteComo tudo teria sido diferente se tivéssemos um poeta ao leme em vez de termos um contabilista daqueles que nunca erram, raramente se enganam e que dissimulam para não reconhecer que não sabem fazer contas.

Na altura andavam uns a olhar para o umbigo e outros para a braguilha. Agora, uns e outros estão vasectomiazados e lamentam-se da esterilidade.

Há coisas irreversíveis e normalmente assim são as coisas relacionadas com as mutilações, excluindo as relativas às regenerações das lagartixas.
LNT
[0.367/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXCIV ]

Tejo, Cruzeiros
Entradas e saídas - Lisboa - Portugal
LNT
[0.366/2013]

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Mais um piparote nas orelhas do Vice

Piparotes
«Nestes últimos dias, medidas que estavam previstas e descontadas há vários meses, (...), foi apresentado no espaço público de uma forma que contrai as expectativas da generalidade dos agentes em vez de recentrar essas expectativas»
Pedro Passos Coelho
Dado que quem apresentou as medidas no espaço público foi Paulo Portas coadjuvado por Maria Luís, Coelho fez saber uma vez mais que o choque de expectativas tem um responsável directo.

Continua o braço de ferro na paz podre que Cavaco Silva impôs a esta gente.
LNT
[0.365/2013]

Palhaçadas

PalhaçoSabe duma coisa, Miguel Sousa Tavares. A tontaria com que ontem disse na SIC que (cito de cor) "já não bastava pagar as pensões aos vivos como ainda ter de pagar as pensões dos mortos" (em relação às pensões de sobrevivência) é tão válida como o vendedor do seu jipe agora lhe retirar o pneu sobresselente por ter passado a entender que o carro que lhe vendeu só precisa de quatro pneus para andar (embora o preço que pagou incluísse o pneu sobresselente).

A pensão de sobrevivência é a garantia de que os agregados familiares não perdem tudo com a morte de um dos seus elementos. É parte integrante, tal como o pneu sobresselente é da sua viatura, do contrato acordado com quem se abona impreterivelmente com parte do seu vencimento mensal.

Imagino o que não o ouviríamos dizer se uma companhia de seguros com quem tivesse feito um PPR não lhe pagasse o prémio acordado.
LNT
[0.364/2013]

Lisboa das naus a ver navios

Cais das ColunasVivo numa cidade em que o Outono de hoje festeja 30º centígrados. Perto do local onde aguardo que me reformem, estende-se um mar de pedra até ao Tejo e adivinha-se uma alteração profunda à qualidade de vida no local. Tive oportunidade de hoje, em dia de greve do Metropolitano de Lisboa, ter feito por aí uma caminhada forçada e ter ficado magnificamente agradado com a abertura daquele passeio ribeirinho.

O senão, e não é pouco senão, duas reentrâncias feitas no percurso pedestre que não apresentam qualquer protecção e se revelam armadilhas fatais. Complementa-se o senão com um outro relativo ao caminho de escape aos estaleiros de obra que mereciam, por parte das empresas construtoras, melhor cuidado e sinalização.

Reparo feito, fica o convite ao passeio ainda incompleto na Ribeira das Naus.

É um percurso fantástico de descontração e contemplação que se estende do Terreiro do Paço até ao Cais do Sodré, tão agradável que até consegue amortizar os imensos incómodos que a greve selvagem do Metro produzem aos alfacinhas e aos milhares de visitantes de Lisboa.

Nota: O direito à greve é inquestionável. O direito ao transporte que os utentes do Metro de Lisboa têm também o deveria ser, até porque a grande maioria desses utentes tem o passe antecipadamente pago e não recebe nestes dias qualquer contrapartida, nem reembolso.
LNT
[0.363/2013]