#BarbeariaSrLuis
[0.020/2022]
Penso que nunca fica mal estudar qualquer assunto antes de
se debitarem os “achismos” e “parece-mes”
cada vez mais frequentes. E não estou a falar dos Faces, Blogs, ou de outras redes sociais,
mas dos avençados das televisões que odeiam assim ser tratados por não aguentarem
a verdade.
Ver esses avençados escandalizados por a Assembleia da
República, eventualmente, não eleger um deputado da extrema-direita para
Vice-presidente, demonstra o conceito que essa gente tem do que é uma
democracia e do valor que nela representa o boletim de voto.
Dá-se por isso quando falam das eleições sem se coibirem de
chamar indigentes aos cidadãos que votam diferente deles.
Não lhes ficaria mal estudar o Regimento da Assembleia. De
cor, tenho ideia que, pelos artigos vinte, se especifica a forma de eleição dos
membros da mesa da AR que, como se sabe, são eleitos por sufrágio secreto.
Passa pela cabeça de alguém votar em quem se não reconhece idoneidade para o representar?
É isso que qualquer eleitor faz quando se dirige a uma urna com um voto na mão?
Alguma vez um eleitor vota contra a sua consciência só para que na Assembleia
da República haja uma representação política que abomina?
E, embora não pareça, esta eleição interna do Parlamento pode
ter consequências que vão para lá da mera representação. Basta lembrar que
os vice-presidentes da AR podem substituir o Presidente da Assembleia da República
e que este, por sua vez pode, em caso catastrófico, substituir o Presidente da
República, embora o PAR, num caso destes, fosse substituído, em princípio, pelo Vice do seu Grupo Parlamentar.
Não falamos de coisa pouca e só de pensar que, por absurdo, poderíamos
deparar-nos com um ex-terrorista a exercer o cargo de Presidente da República é
coisa que fará pensar seriamente qualquer deputado antes de depositar o seu
voto na urna.
Talvez seja preferível que o terceiro vice-presidente da AR
nunca seja eleito, o que não inviabilizaria o funcionamento do Parlamento, a
pôr em risco as instituições democráticas.
Para guia deixo o Regimento da Assembleia da República.
Pela primeira vez vai haver um Orçamento de Estado aprovado
por maioria absoluta obtida por sufrágio directo, popular, universal e secreto.
Lembram-se certamente, até pela polémica trocista criada pelos
comentadores e políticos, de Costa ter acabado um debate com a imagem da capa do
Orçamento de Estado.
Dizia-se então que aquilo tinha sido um erro crasso e a
galhofa ouvia-se por ele ter passado a mensagem de que competia à
universalidade dos eleitores explicar aos então eleitos que estavam errados
quando chumbaram o último OE na Assembleia da República.
Agora não há dúvidas e os comentadores podem engolir o sarcasmo.
Todos os Deputados, à excepção do Grupo Parlamentar do PS,
estavam errados.
Os portugueses, em democracia directa, aprovaram o OE por
maioria absoluta.
Só falta levá-lo de novo à Assembleia da República para o formalizar.
Cumpridor, não serei desobediente à
Lei idiota e não venho aqui apelar ao voto naquele Partido que já sabem ser meu
costume aconselhar, mas só reflectir sobre o poder real, no sentido de monarquia
absoluta que, a partir de depois de amanhã, o agora mudo, pouco selfie e minimamente
afectuoso residente na Real Quinta de Belém vai passar a ter, caso os eleitores
republicanos (e não só) entendam fundar uma salganhada dinástica com os votos
que depositarão, ou não, nas urnas.
Estamos na iminência de um golpe monárquico
que iniciará a nova dinastia dos Sousa, onde o Rei exibirá o seu cetro para fazer
os jogos de poder que maquiavelicamente sabe conduzir ao chamar ao Páteo dos
Bichos todos os jograis para, de entre eles, escolher o Bobo da Corte que
melhor o divirta.
É também nisso, que neste dia idiota
de reflexão, reflito, e refletindo alto, deixo escrito para apelar aos meus
poucos leitores que usem o seu voto para criar uma solução sólida e maioritária
que inviabilize a vichyssoise que se adivinha a ser servida nos
banquetes de Dom Marcelo I, a partir deste novo 31 de Janeiro.
Boletim referente ao Círculo de Lisboa |
Não me desagrada
este esquema de voto antecipado.
Entre muitas
outras vantagens, como as de permitir votar a quem não o poderia fazer no dia
30 e de, teoricamente, desanuviar as mesas de voto no próximo Domingo (embora
os números refiram que o “antecipado” seja absolutamente residual), resulta a
de demonstrar que o chamado “dia de reflexão” é o maior aborto legislativo hoje
existente.
Lamento que, tal
como se tem verificado com os agendamentos para a vacina Covid, muitos dos que
se inscreveram não estejam a comparecer o que provoca um desperdício de recursos
absolutamente inaceitável.
Embora a solução
não me desagrade, como disse no início do texto, prefiro o voto no dia das eleições
por considerar que esse é o dia da festa da democracia.
Claro que isso é coisa minha que voto por convicção e não para despachar um dever.
Pré-aviso de greve
O Sindicato
Independente dos RNA de Cadeia Simples e Senso Positivo (SIRNACSSP) comunica a
todos os seus associados da categoria SARS-CoV-2 que irão estar em greve de
contaminação no próximo dia 30 de Janeiro de 2022.
Prevê-se que nesse
mesmo dia se venha a realizar um plenário geral, entre as 18 e as 19:00 horas,
para decidir as acções de luta a realizar nos dias seguintes.
Até a Acácia do André o pode comprovar porque foi ao funeral de todos eles.
Nada é mais plural de
esquerda do que o PS.
Foi ali ao site da CGA e espantei-me com a minha aposentação aumentada.
E não foi coisa pouca, 12,25€/mês o que me fez entregar mais 3€/mês ao Fisco e vai dar ao Sr. Graça do café de bairro mais 8,40€/mês e ainda sobram 42 cêntimos para os aumentos de gasolina.
Quase meio mês de cafés gratuitos e uns trinta centímetros de deslocação automóvel.
Obrigadinho e beijinhos
Mas falhou
completamente na 2ª porque o PAN nunca terá o meu voto, falhou na 3ª e na 4ª
porque o PSD e o BE também não e falhou em mais uma data de coisas só voltando
a acertar quando meteu o Coiso em último lugar (teria preferido que ele - o
Coiso - nem tivesse tido lugar no boneco, mas isso era pedir demais ao
Observador)
O que é que isto
interessa? Nada, até porque se sabe que aquilo que anseio é ver o exacto OE que
não baixou à especialidade a baixar e, já agora, lá receber luz verde para ser
aprovado na volta ao plenário e entrar rapidamente em execução.
Leio e vejo por aí que anda muita gente com fornicoques por um alegado candidato a primeiro-ministro, coisa que me faz fornicoques a mim que no dia 30 estou a pensar votar só para os deputados à Assembleia da República, ter mostrado a capa do Orçamento de Estado no fim de um debate.
A coisa pode parecer
fora do contexto, mas é a mensagem mais clara que até hoje vi.
Pena não ter tido
legendas e haver quem se fique nos fornicoques para inventar que o “alegado” estaria alucinado pelo debate e por isso acenou com um documento “ainda
por cima reprovado”, que horror.
Se aquele trecho mudo tivesse legendas havia de se ler: “Se votarem no PS e lhe derem poder maioritário este documento é para ser aprovado e têm hipótese de dizer aos que o chumbaram que estavam errados”.
Reconheço que a
legenda seria demasiado longa, mas não custa nada fazer o esforço para a tentar
ler.
Ora, vamo lá a ver!
Sei que Costa não tem
de responder a Rio, nem mesmo quando ele se pika.
Mas aquela de Costa
não ter imediatamente explicado ao pikado que, em geral e em todo o Mundo, um
vôo de escala é mais barato do que um vôo directo, não há “vamo lá a ver” que o
safe de não ter ganho mais um ponto.
A demagogia (e a
ignorância) é sempre evitável, mas se for demagogia pikada só serve, no caso de
vôos, para acabar em aterragens forçadas.
Já agora fica um link para tentar entender porque que é que um vôo de escala é mais barato (e para
isso bastava referir que, em termos de deslocações, tempo é dinheiro) e quais
os encargos a que as empresas de aviação estão obrigadas no caso das escalas
não correrem bem.