[0.005/2008]
Soltem os prisioneiros
Sentado, porque é assim que se deve esperar, tanto pela libertação dos reféns das FARC, como pela intercessão, ou uma única palavra, dos seus amigos do PCP, para que Chavéz tenha êxito na libertação que os bandoleiros colombianos anunciam.
Quedo-me sentado e quieto porque o que interessa é a libertação, seja por intervenção de Deus, ou do Diabo.
LNT
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
[0.003/2008]
Mensagens de esperança
Gostei do discurso de Ano-Novo de Sua Excelência. Tal como ele, também gostaria de estar convencido que há uma resposta positiva para as seguintes perguntas:
- Será possível reduzir a taxa de desemprego?
- Os sacrifícios da última meia dúzia de anos garantem um futuro melhor?
- Conseguirá o País aproximar-se do nível de desenvolvimento médio da União Europeia?
- Os Portugueses percebem para onde vai o País em matéria de cuidados de saúde?
Mas, apesar de gostar de estar convencido, mantenho a dúvida, coisa que se sabe fazer raramente parte das coisas que Sua Excelência tem.
Gostei em especial da sentença tipo «acordem» passada com a máxima - "é preciso trabalho e determinação de todos". Como o tenho feito desde sempre e os resultados são aquilo que se vê, aceito a sentença como boa e deu-me gosto ouvi-la.
Gostei da mensagem de Ano Novo, já o disse.
Inspirou confiança na capacidade e determinação dos Portugueses que "apesar da conjuntura internacional" não ser boa, já é coisa boa, embora sirva de pouco.
Fico a aguardar ansiosamente a mensagem de esperança que Sua Excelência lerá no princípio do ano de 2009.
Até lá é talvez melhor ficar a saber como a menina Reda Lapaite fez o calendário que a Maxim e a Torino Lamborghini nos prepararam para 2008.
LNT
Rastos:
Mensagens de esperança
Gostei do discurso de Ano-Novo de Sua Excelência. Tal como ele, também gostaria de estar convencido que há uma resposta positiva para as seguintes perguntas:
- Será possível reduzir a taxa de desemprego?
- Os sacrifícios da última meia dúzia de anos garantem um futuro melhor?
- Conseguirá o País aproximar-se do nível de desenvolvimento médio da União Europeia?
- Os Portugueses percebem para onde vai o País em matéria de cuidados de saúde?
Mas, apesar de gostar de estar convencido, mantenho a dúvida, coisa que se sabe fazer raramente parte das coisas que Sua Excelência tem.
Gostei em especial da sentença tipo «acordem» passada com a máxima - "é preciso trabalho e determinação de todos". Como o tenho feito desde sempre e os resultados são aquilo que se vê, aceito a sentença como boa e deu-me gosto ouvi-la.
Gostei da mensagem de Ano Novo, já o disse.
Inspirou confiança na capacidade e determinação dos Portugueses que "apesar da conjuntura internacional" não ser boa, já é coisa boa, embora sirva de pouco.
Fico a aguardar ansiosamente a mensagem de esperança que Sua Excelência lerá no princípio do ano de 2009.
Até lá é talvez melhor ficar a saber como a menina Reda Lapaite fez o calendário que a Maxim e a Torino Lamborghini nos prepararam para 2008.
LNT
Rastos:
-> Mensagem de Ano Novo;
-> Lamborghini;
-> Calendário Maxim;
-> Reda Lapaite.
terça-feira, 1 de janeiro de 2008
[0.001/2008]
Entrou de mansinho
Cumpriu-se a promessa.
2008 está aí, entrou de mansinho para se não dar por ele e trouxe coisas boas para alguns, p.e. a proibição de fumar nos espaços públicos, e coisas más, p.e. a proibição de fumar em espaços públicos, e ainda mais coisas boas, p.e. ter de renovar a carta aos 50 anos, e mais coisas más, p.e. ter de renovar a carta aos 50 anos.
2008 entrou de mansinho, com o aumento generalizado dos preços, incluindo nos produtos de primeira necessidade, p.e. o pão, os transportes, o gás e a electricidade, o que deve ter sido bom para muitos, dado os festejos com que comemoraram a sua chegada.
2008 entrou, lá isso entrou, até porque não havia forma de o fazer esperar e resta-nos, um ano mais velhos e mais sabidos, que seja ano de concretização de muitos dos nossos desejos, daqueles que temos e dos outros que nos desejaram. Principalmente espera-se que seja um tempo em que, mesmo com as calças largas e o cinto apertado, nos traga felicidade, esperteza e progresso e onde, sabendo melhor distinguir aquilo que importa daquilo que nos querem impingir, comecemos a preparar a tal felicidade e progresso que tarda em se concretizar.
Por aqui assim fica lavrado o primeiro Post do ano, que este ano por ser bissexto, implicará mais um dia na vossa sempre bem-vinda companhia.
LNT
Entrou de mansinho
Cumpriu-se a promessa.
2008 está aí, entrou de mansinho para se não dar por ele e trouxe coisas boas para alguns, p.e. a proibição de fumar nos espaços públicos, e coisas más, p.e. a proibição de fumar em espaços públicos, e ainda mais coisas boas, p.e. ter de renovar a carta aos 50 anos, e mais coisas más, p.e. ter de renovar a carta aos 50 anos.
2008 entrou de mansinho, com o aumento generalizado dos preços, incluindo nos produtos de primeira necessidade, p.e. o pão, os transportes, o gás e a electricidade, o que deve ter sido bom para muitos, dado os festejos com que comemoraram a sua chegada.
2008 entrou, lá isso entrou, até porque não havia forma de o fazer esperar e resta-nos, um ano mais velhos e mais sabidos, que seja ano de concretização de muitos dos nossos desejos, daqueles que temos e dos outros que nos desejaram. Principalmente espera-se que seja um tempo em que, mesmo com as calças largas e o cinto apertado, nos traga felicidade, esperteza e progresso e onde, sabendo melhor distinguir aquilo que importa daquilo que nos querem impingir, comecemos a preparar a tal felicidade e progresso que tarda em se concretizar.
Por aqui assim fica lavrado o primeiro Post do ano, que este ano por ser bissexto, implicará mais um dia na vossa sempre bem-vinda companhia.
LNT
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
[0.408/2007]
Festa
Fim-de-ano
Chegou o tempo da desinfecção e do banho.
As sempre estimadas colaboradoras preparam-se para o reveillon com refrescantes, retemperadores e perfumados duches que antecedem o apinocar para a festa de gala da meia-noite.
As máscaras, gaitinhas e línguas-de-sogra já estão atribuídas e o balneário enche-se de cinzeiros (espera-se que esta barbearia seja incluída no Mapa do Fumador – Portugal) para comemorar a adesão deste estabelecimento aos prazeres fumegantes no início do ano zero da lei anti-tabagista.
Como é sabido, à exclusão da sala de chuto em que, por motivos óbvios de saúde, não é admitido tabaco, todos os outros cómodos estão abertos às práticas de fumo.
O baile de máscaras, que comportará as mais diversificadas caraças, será requintadamente animado com fragrâncias frutadas da época capazes de disparar o sistema límbico ao ritmo da salsa e da lambada.
Para maior integração, serão distribuídos puros no bengaleiro do lobby.
Neste momento de preparação para o fim-de-ano, Dredy, a colaboradora da semana eleita como porta-voz pelas suas colegas, deixa-vos, estimados e dignos clientes, a mensagem que se segue:
LNT
Rastos:
-> Apdeites 2 (Mapa do Fumador - Portugal);
-> Apdeites 2;
-> Puros.
[0.407/2007]
Trutas
Até pode ser que a estória de Cadilhe não vingue, mas é um gozo ver o roer da corda às combinações que os comités centrais do bloco central fazem nos bastidores.
Os Pêésses substituídos pelos Pêéssedês belenenses no banco estatal, convencidos que o caminho da banca privada iria ser um passeio, correm agora o risco de tudo perderem porque alguém à margem das negociatas entendeu interromper-lhes o passeio.
Cada vez é mais claro que o esquema de rotação entre o poder político e o das empresas públicas assente nos ciclos eleitorais e tratado com contrapartidas em sedes obscuras, começam a fartar muito boa gente.
É interessante observar que, depois de se ter ventilado a hipótese de Cadilhe seguir para a CGD e mais tarde se saber que o indigitado era outro, Cadilhe apresente uma lista ao BCP.
Como as fronteiras entre as lideranças do bloco de interesses são cada vez mais ténues, já pouco se distinguindo a prática política das cúpulas de cada um deles, abrem-se caminhos para soluções fora desse bloco.
Como se irá reflectir politicamente este cansaço é uma incógnita a seguir com atenção no ano que vai começar.
LNT
Rastos:
Trutas
Até pode ser que a estória de Cadilhe não vingue, mas é um gozo ver o roer da corda às combinações que os comités centrais do bloco central fazem nos bastidores.
Os Pêésses substituídos pelos Pêéssedês belenenses no banco estatal, convencidos que o caminho da banca privada iria ser um passeio, correm agora o risco de tudo perderem porque alguém à margem das negociatas entendeu interromper-lhes o passeio.
Cada vez é mais claro que o esquema de rotação entre o poder político e o das empresas públicas assente nos ciclos eleitorais e tratado com contrapartidas em sedes obscuras, começam a fartar muito boa gente.
É interessante observar que, depois de se ter ventilado a hipótese de Cadilhe seguir para a CGD e mais tarde se saber que o indigitado era outro, Cadilhe apresente uma lista ao BCP.
Como as fronteiras entre as lideranças do bloco de interesses são cada vez mais ténues, já pouco se distinguindo a prática política das cúpulas de cada um deles, abrem-se caminhos para soluções fora desse bloco.
Como se irá reflectir politicamente este cansaço é uma incógnita a seguir com atenção no ano que vai começar.
LNT
Rastos:
-> Agência Financeira;
-> CGD;
-> BCP;
-> (referência) 2º Caderno de o Público - Blogues em Papel.
domingo, 30 de dezembro de 2007
[0.405/2007]
Imorais
Há comentários que identificam bem quem os faz.
Um tal All-facinha anónimo, como não podia deixar de ser, e artista na arte de meio-pensar já demonstrada em comentários anteriores resolveu deixar no texto sobre o assassinato de Benazir Bhutto o seguinte:
«Quem a matou também morreu, também lutou pelos seus ideais e pelas suas convicções. Também não deixou que o medo, os medos, lhe tolhessem a vontade. O seu exemplo também vai fazer escola. Cobardia?»
A imoralidade do comentário onde confunde assassinato com suicídio, vítima com criminoso, convicção com alucinação e cobardia anónima com coragem identificada, diz tudo.
É com esta matéria imoral que se moldam os terroristas.
pqp
LNT
Imorais
Há comentários que identificam bem quem os faz.
Um tal All-facinha anónimo, como não podia deixar de ser, e artista na arte de meio-pensar já demonstrada em comentários anteriores resolveu deixar no texto sobre o assassinato de Benazir Bhutto o seguinte:
«Quem a matou também morreu, também lutou pelos seus ideais e pelas suas convicções. Também não deixou que o medo, os medos, lhe tolhessem a vontade. O seu exemplo também vai fazer escola. Cobardia?»
A imoralidade do comentário onde confunde assassinato com suicídio, vítima com criminoso, convicção com alucinação e cobardia anónima com coragem identificada, diz tudo.
É com esta matéria imoral que se moldam os terroristas.
pqp
LNT
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
[0.403/2007]
Benazir Bhutto
Quem luta pelos seus ideais e pelas suas convicções pode perder muito, como foi o caso de Benazir Bhutto que por elas deu a vida, mas deixa certamente a lição de vida para quem, optando pela insubmissão, lhe sucederá.
Benazir nunca abdicou das suas razões e nunca deixou que o medo, os medos, lhes tolhessem a vontade nem nunca abdicou do seu direito de exercer a liberdade.
A cobardia de quem lhe provocou a morte só prova a razão da luta que Benazir travou.
A sua personalidade merece respeito e o seu exemplo é escola.
Só morre verdadeiramente quem cala e desiste de se bater por aquilo em que acredita.
LNT
Benazir Bhutto
Quem luta pelos seus ideais e pelas suas convicções pode perder muito, como foi o caso de Benazir Bhutto que por elas deu a vida, mas deixa certamente a lição de vida para quem, optando pela insubmissão, lhe sucederá.
Benazir nunca abdicou das suas razões e nunca deixou que o medo, os medos, lhes tolhessem a vontade nem nunca abdicou do seu direito de exercer a liberdade.
A cobardia de quem lhe provocou a morte só prova a razão da luta que Benazir travou.
A sua personalidade merece respeito e o seu exemplo é escola.
Só morre verdadeiramente quem cala e desiste de se bater por aquilo em que acredita.
LNT
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
[0.401/2007]
Recordes
Noticiava a televisão que este ano foram batidos todos os records de mensagens telefónicas (SMS e Compª).
Acredito, pelo número que recebi e pelo que observei.
Neste Natal também atingi um record pessoal. Não enviei um único SMS de Boas-Festas, nem um único cartão pelo correio. Limitei-me a boas-festas em caixas de comentários, a meia-dúzia de e-mails, a votos no corpo do Blog, a dois ou três telefonemas e às saudações verbais àqueles com que cruzei.
Não foi por indelicadeza, por desleixo ou qualquer outra razão especial, mas só porque este ano o tão evocado espírito do Natal andou arredio e as mensagens electrónicas e outras, limitaram-se à transmissão de pensamentos o que não contribuiu, nem para o enriquecimento das operadoras, nem para os scores da competição entre elas.
Diz o Rui Perdigão (de cuja arte me atrevi a fazer algumas adaptações livres) que é uma época de Merry Christmas and Happy New Year neste tempo de provincianismos e estranhas modernidades.
Concordo, embora pressuponha que a consequência do bater do mar na rocha não relaxa o mexilhão da forma representada.
LNT
Rastos:
Recordes
Noticiava a televisão que este ano foram batidos todos os records de mensagens telefónicas (SMS e Compª).
Acredito, pelo número que recebi e pelo que observei.
Neste Natal também atingi um record pessoal. Não enviei um único SMS de Boas-Festas, nem um único cartão pelo correio. Limitei-me a boas-festas em caixas de comentários, a meia-dúzia de e-mails, a votos no corpo do Blog, a dois ou três telefonemas e às saudações verbais àqueles com que cruzei.
Não foi por indelicadeza, por desleixo ou qualquer outra razão especial, mas só porque este ano o tão evocado espírito do Natal andou arredio e as mensagens electrónicas e outras, limitaram-se à transmissão de pensamentos o que não contribuiu, nem para o enriquecimento das operadoras, nem para os scores da competição entre elas.
Diz o Rui Perdigão (de cuja arte me atrevi a fazer algumas adaptações livres) que é uma época de Merry Christmas and Happy New Year neste tempo de provincianismos e estranhas modernidades.
Concordo, embora pressuponha que a consequência do bater do mar na rocha não relaxa o mexilhão da forma representada.
LNT
Rastos:
-> Vida das Coisas
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
[0.399/2007]
Descanso e rabanadas
Agora que o cartão de crédito regressou, estafado com as voltas e apertos dos dois últimos dias, a árvore já brilha ao canto junto à janela, o presépio de sempre alinha as personagens da Natividade e se começam a descobrir os cheiros de Dezembro, a barbearia encosta as portas para contribuir que cada um, à sua forma e segundo os seus credos, descanse e, se o entender, reflicta sem ruído.
Se por mais não for, que seja por ser tempo de família, pois é disso que se trata, embora o consumismo pretenda fazê-lo esquecer.
Bom Natal para todos.
LNT
Descanso e rabanadas
Agora que o cartão de crédito regressou, estafado com as voltas e apertos dos dois últimos dias, a árvore já brilha ao canto junto à janela, o presépio de sempre alinha as personagens da Natividade e se começam a descobrir os cheiros de Dezembro, a barbearia encosta as portas para contribuir que cada um, à sua forma e segundo os seus credos, descanse e, se o entender, reflicta sem ruído.
Se por mais não for, que seja por ser tempo de família, pois é disso que se trata, embora o consumismo pretenda fazê-lo esquecer.
Bom Natal para todos.
LNT
domingo, 23 de dezembro de 2007
[0.397/2007]
Colaborador da Semana [ XV ]
Alecsandreff Burrë, a quem carinhosamente chamamos Al, é a colaboradora designada para fazer de Mãe Natal 2007 nesta Barbearia.
Al, que na imagem ensaia os acessórios para atrelar Dasher, Dancer, Prancer, Vixen, Comet, Cupid, Blitzen, Donderas e Rudolph do nariz vermelho, é uma nórdica esforçada na prática do aquecimento global e há muito que ensaia técnicas sofisticadas de arreio que transformam as vulgares renas em animais amestrados capazes de voos acrobáticos.
Pela forma carinhosa com que estafa os nossos clientes nos passeios de trenó, Al, merece o galardão da semana.
LNT
sábado, 22 de dezembro de 2007
[0.395/2007]
Provincianismos e parolismos
Sigo uma ligação que a vizinha Joana Lopes teve a amabilidade de fazer a esta barbearia e acabo a ler dois ou três textos por ela referenciados.
Fixo-me no de Ana Sá Lopes onde compara o provincianismo de Poço de Boliqueime com o de Vilar da Maçada e parece-me que ela comete o erro de comparar o incomparável para justificar que tudo é algo e o seu contrário. Acontece que o pai de Boliqueime nada tem a ver com o pai de Maçada e só o facto de ambos não serem urbanos não basta para extrair que não são cosmopolitas.
De resto tudo difere entre as duas personagens em comparação:
Cavaco é uma primeira geração com sucesso e Sócrates é o produto de uma segunda geração mal sucedida (mon père, architecte, s’est arraché à la misère).
Cavaco trabalhou para chegar onde chegou e Sócrates nunca fez mais do que política.
Cavaco subiu a pulso e por seu mérito e Sócrates subiu a rampa às cavalitas de outros, alguns dos quais até gosta de mostrar, hoje, como seus antagónicos.
A questão não é de provincianismo mas de parolice e de esperteza saloia e não são um par de sapatos italianos que fazem um parolo deixar de o ser, nem mesmo quando diz:
C’est vrai, je suis un provincial, je me suis fait sans demander la permission à personne. Je n’ai pas d’alliés parmi les maîtres à penser portugais et l’aristocratie de gauche.
LNT
Rastos:
-> Entre as Brumas da Memória;
-> Diário de Notícias - Ana Sá Lopes;
-> Liberation.fr - entrevista Sócrates;
-> El País - entrevista Sócrates.
[0.394/2007]
É pistola
Naquele tempo andava Sousa a seguir o Cherne até às profundezas do abismo da Europa abrindo os insondáveis caminhos da livre circulação, não só rindo mas ainda sorrindo, enquanto o inchaço que continha não só era proporcional à despesa com que tinha excedido ao orçamento europeu (aí um 18 milhões), mas ainda estava na proporção directa da despesa incontrolada por Campos que fechava serviços não só sem revelar o planeamento com que o fazia, mas ainda arrogando-se de consolidar na razão inversa das despesas.
Naquele tempo, não só o Santo Tribunal de Contas de São Martins lhes acertava o passo, coisa de fariseu, mas ainda os apontava como caloteiros, coisa que o fazia ingrato aos olhos dos basbaques alucinados de então.
Naquele tempo em que os milagres apregoados não só se esboroavam na realidade dos 3.000.000 de pobres, 500.000 desempregados, salários mínimos com indexação directa à subvenção dos partidos, mas ainda um santinho em Coimbra cobria de paninhos quentes as mazelas do nosso Primeiro Redentor.
Naquele tempo não só a inquisição Ratton inconstitucionalizava a funcionalização do poder judicial, mas ainda os meninos do Huambo, convertidos em profissão de fé à volta da fogueira, cantavam loas ao providencial chefe, todo-poderoso e temido,
ámen.
Palavra, sim senhor.
LNT
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