À falta de melhor, porque o melhor que se consegue arranjar é a banalidade à volta das tabelas de retenção na fonte do IRS, enquanto o pior são os casos sucessivos de saúde pública relacionados com a imaculada gestão que o nosso mais protegido e louvado Ministro a quem nunca deixarão de prestigiar os dotes reconhecidos pelo seu canónico louvor e fé arrebatadora capaz de por o fisco de joelhos dando graças pelo saque que não cessa e levará os indígenas a aceder aos céus (é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico a eles aceder) e os outros piores que se relacionam com outra santinha que combate ferozmente as impunidades e sacode as suas responsabilidades para uns técnicos de informática e ainda um outro Cristão Democrata que se prepara para levar mais setecentas famílias à porta da manjedoura dizendo-lhes que esse será o caminho da requalificação, falemos da espuma.
Muito mais importante do que as legislativas e do que Sua Excelência irrelevante que temos em Belém a pregar concordâncias e consensos, é a própria concorrência que se perfila para tomar conta do Pátio do Bichos e anexos, coisa que se irá arrastar para esconder as vitórias de Pirro que se avizinham.
Sousa e Lopes e quiçá o outro do Porto digladiam-se à direita e, à esquerda, para além dos do costume que aproveitarão o período para fazer prova de vida, erguem-se fantasmas que poderiam já estar exorcizados, não fosse o melhor candidato, porque jovem e homem sem grande projecto de executivo mas com um bom perfil de Presidente da República, ter embarcado nas tramóias a que tinha resistido nos últimos anos.
Parece o jogo do monopólio com que todos brincámos em miúdos. Uns vão para a cadeia directamente sem passar pela partida, outros tentam assegurar as propriedades da mesma cor para garantirem o bairros onde erguerão os seus prédios e finalmente, outros, vão às sortes e azares para tentar conseguir as notas que não têm qualquer valor real.
LNT
[0.021/2015]