quinta-feira, 21 de julho de 2011

Geminação Lisboa / São Francisco

CannabisO Metro descobriu, através da APLD (desconheço se tem site), que 4 em cada 10 jovens de Lisboa já charraram.

Fala disso como se fosse coisa nova, agora que o serviço militar já não é obrigatório tendo deixado de ser a fonte de iniciação à arte da fumaça e do chazinho que nos tempos coloniais aconchegavam o psicadélico da guerra.

A maconha, liamba, marijuana, erva, merda, cannabis, o tetrahydrocannabinol que tanta gargalhada faz dar há décadas e cria o brilhozinho nos olhos que denuncia a imbecilidade dos motivos, continua a ser considerado o mal menor da falta de siso embora abra portas perigosas para milhares de outras ilusões químicas que por aí circulam.

Tenho uma ideia muito esbatida da coisa, os meus vinte anos já lá vão há mais uns quantos, mas ainda hoje reconheço o cheiro à distância, bafo comum que perfuma qualquer bancada de futebol.

Quatro em cada dez, não me parece mal. Pensei que a percentagem fosse muito maior e que se pudesse avançar para a geminação entre a Capital do Império e San Francisco.
LNT
[0.295/2011]

Ao Pote, ao pote, pela terra e pelo mar

Cow ParadeNo caminho para o céu, ceo, ou lá o tacho que é, os currículos (principalmente na última linha) são boa passagem para a outra margem, como dizia o cantor.

Por onde andarão os meninos que contabilizavam as nomeações dos motoristas do Governo anterior?

Quê, agora devido às funções para que foram nomeados, já não têm tempo para Blogs? Quê, é só o Macário Correia que acha que um cinzeiro é uma espécie de linguado mal amanhado feito numa portagem da Via do Infante?

Como dizia o meu querido amigo Augusto Bobela Mota: - há por aí gente que tem mais lugares do que um autocarro da Carris.

Actualmente é administrador executivo da CUF, da SEC, da José de Mello Saúde, da EFACEC Capital, da Comitur Imobiliária e administrador (não executivo) da Reditus, da Brisa e da Quimigal, presidente do Conselho Geral da OPEX, membro do Conselho Nacional da CMVM, vice-presidente do Conselho Consultivo do Banif Investment Bank, membro do Conselho Consultivo da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações e vogal da Direcção do IPRI.
É membro do Conselho Nacional do PSD, desde 2010
.
LNT
[0.294/2011]

Lixa-de-pau

Boca


Sobre os tais esclarecimentos pedidos no Post anterior, Mr. Brown, de Os Comediantes, deixou ficar um link que dá algumas pistas para o funcionamento da treta da Trindade.

Realmente o que se lê no Económico, o artigo «Estado precisa de mais 47 mil milhões além da ‘troika’», da autoria de Rui Barroso, é mais uma ajuda para o esclarecimento do mecanismo, mas não contribui para o entendimento do porquê, dado usar a lixa-de-pau do economicês nacional que é bem pior do que o acordo ortográfico que transforma aquilo que deveria ser objecto de preocupação da Ministra Cristas no traje masculino que ela baniu.

Nós sabemos – os barbeiros todos sabem porque cada cliente usa a sua linguagem e tem de se lhes responder às estratégias da bola de forma a ser-se entendível – que os dialectos profissionais são valiosos.

Sabemos também que o esperanto é uma ambição velha para normalização dos significados, mas difícil de implementar. Trazer a linguagem da economia para a opinião pública tem o mesmo valor que falar crioulo num autocarro onde só se pretende ser entendido pelo interlocutor directo.

Os economistas que fazem comunicação têm de se deixar de crioulos. A sua função não consiste em enriquecer o léxico português com calão e siglas, mas sim em explicar, de forma entendível, o que toca todos os cidadãos. Deixem a cifra da economia para as escolas e para a profissão.

Volto ao artigo que Mr. Brown teve a amabilidade e simpatia de deixar nesta casa para dizer que toda a informação nele disponibilizado parte do princípio de que quem o lê é economista, abstendo-se de explicar os porquês. Presume que, o que lá está, são favas-contadas e esquece que, embora o Económico seja uma publicação da especialidade, está no espaço público disponível para consulta de todos os cidadãos que gostariam de perceber a razão dos desvios colossais que lhes andam a fazer nos ordenados.
LNT
[0.293/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXLI ]

Günter Grass
Günter Grass - Almansil - Algarve - Portugal
LNT
[0.292/2011]

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Voltámos ao mercado

Homem de coco com peixesLá fomos de novo às compras.
Desta vez limitámo-nos a comprar o que precisávamos, o que representa uma melhoria depois de termos aprendido que os sofás que se compram com o acréscimo pedido no empréstimo para aquisição da casa ficam pelo preço da morte.

Ainda assim e para confusão dos portugueses que continuam convencidos de que o empréstimo da Troika se destinava a não ter de fazer outros, nestes próximos tempos, ao preço de usura que “os mercados” impõem, mantém-se a perplexidade e a incompreensão para o facto de, havendo tantos cientistas da ciência económica a debitar palpites na praça pública, ainda nenhum deles ter explicado, preto no branco, a que é que se destinou o endividamento contraído junto da Éfe É É Éfe (usando a lição de dicção dada pelo Professor Cavaco à comunicação social).
LNT
[0.291/2011]

Imparidade de quem a pariu

StripperA ver se me faço entender, eu que nada percebo de engenharia financeira (nem quero entender porque detesto ciências ocultas).

Na NET ainda é possível encontrar publicidade institucional relativa aos utilizadores de luxo dos cartões de crédito do BPN. Eu nem sabia que o BPN tinha crédito, quanto mais que o concedia para consumos de luxo (para além daquela gente que anda por aí a rir-se das papalvos que entregam parte dos seus vencimentos para garantir a isenção da "Necessidade de Prudência" nas "poupanças" conseguidas com o que sacaram do BPN).

A ser verdade que os muitos milhões de Euros que os contribuintes já enterraram neste sorvedouro insaciável de dinheiros públicos poderão resultar numa receita de venda inferior a uma centena de milhar e que, ainda assim, a CGD terá de continuar a suportar nos próximos dois anos o esforço de financiamento do BPN, não seria de arrumar o assunto acabando de vez com aquele cancro?
LNT
[0.290/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXL ]

Sardinhas
Sardinhas assadas - Portugal
LNT
[0.289/2011]

terça-feira, 19 de julho de 2011

Sai da toca, coelhinho

CenouraO que se passará com Passos Coelho? Imagino que ande esgargalado, a conselho da Ministra Cristas, e por isso se tenha refugiado na piscina que Cavaco mandou construir em São Bento quando andou por lá.

Menos, dir-me-ão! Deixem-no andar escondido porque quanto menos falar, menos nos apercebemos do tamanho do buraco que continua a cavar. Mas tenho saudades dele, daquele seu modo de quem se tem em pé, mesmo com a cabeça escondida para que se não veja o nariz a crescer, mesmo disfarçando que as informações recolhidas são conseguidas por SMS, para simular surpresa quando confrontado com a realidade.

Portas já sabemos que anda (ou andou) por Bruxelas. Ficou por apurar que classe económica usou para abraçar Barroso e com ele recordar os bons tempos do Governo da Tanga e os maus tempos em que lhe retiraram a competência das secretas.

Percebemos que a canícula do Verão e a restrição de Cristas são coisas difíceis de compatibilizar mas este estio até conta com a vantagem da empresa de notação de São Pedro rever as temperaturas em baixo.

Aproveite, Pedro, saia da toca e venha contar-nos como vamos de incêndios, dos florestais e dos outros que tem atiçado nos éfe é é éfe.
LNT
[0.288/2011]

Silly Season

HavainasJá nem é na espuma dos dias que nos querem mergulhar. Neste momento andamos ao nível de sermos informados e comentarmos o que uma universidade privada determina em termos de vestuário para os seus alunos.

Se aos meninos e meninas da Católica está vedada a utilização de chanatos e das t-shirts, cai-cais, ou lhes é obrigatório o uso de soutien caixa de ovos e bermudas e isso é matéria de discussão, o que se diria então se lhes exigissem uma farda. (o que, diga-se em abono da verdade, só lhes ficaria a matar).

O que vale é que as agências de comunicação estavam todas ao serviço de Sócrates para levantar nuvens de pó e distrair o pagode.
LNT
[0.287/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXXIX ]

Discovery
Discovery - USA
LNT
[0.286/2011]

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Novo Ciclo

O Novo Ciclo - António José SeguroEste fim-de-semana realizam-se eleições internas do Partido Socialista para se apurarem o novo Secretário-geral e os delegados que no próximo Congresso Nacional debaterão e aprovarão as moções de orientação geral e sectoriais e elegerão os restantes órgãos directivos do PS.

Inicia-se o novo ciclo após a demissão de José Sócrates decorrente da derrota eleitoral determinada pelo voto universal dos cidadãos portugueses. Um novo ciclo onde importa encontrar soluções que não se coadunam com o passar de uma esponja sobre a actuação recente do PS uma vez que há muitos ensinamentos a retirar da actuação positiva e negativa do exercício do poder.

Isto faz-se com o envolvimento dos militantes socialistas e com a posterior apresentação de propostas a debate público, para lhes acrescentar valor, antes de as fazer sufragar. Faz-se com uma liderança inclusiva.

Isto, o novo ciclo, far-se-á com António José Seguro pois é ele que se apresenta a estas eleições como o coordenador dos militantes do socialismo democrático português que constituem o colectivo que é o Partido Socialista.

O novo ciclo não será só do PS mas de toda a política portuguesa a quem é imprescindível aproximar da rua para a tornar instrumento de cidadania capaz de combater a indiferença e, através do seu envolvimento, partir na busca de soluções de futuro.
LNT
[0.285/2011]

Cartoons colossalmente desviantes

Bugs BunnyNa infantilidade das desculpas do costume, Passos Coelho não se cala com a "pesada herança". Passado praticamente um mês desde que tomou posse continua a atirar com números reveladores de buracos que todos os dias parecem maiores. Fico sem perceber se o valor que vai acrescentando é resultante de mais um desvio do seu mandato sem que sejam tomadas as medidas a que se comprometeu, ou se ainda anda a fazer levantamentos anteriores para tentar justificar uma acção futura, como fez com a "necessidade de prudência" com que mandou às malvas as promessas eleitorais.

Sabe-se que o endividamento externo aumenta ao dia e que, por este andar em que muito se anuncia, mas pouco se faz, é possível atingir o "desvio herdado" elevado a uma qualquer potência.

Trinta dias não é muito tempo, mas é tempo suficiente para alguma coisa que vá para além da propaganda se a criancice de menino manteigueiro de apontador em riste recolher o dedo, fizer alguma coisa e se concentrar em deixar de complicar a vida dos portugueses com uma irresponsabilidade inadmissível num Primeiro-ministro.

A Comissão não comenta. Provavelmente não gosta que a acusem de incompetência, uma vez que também é ela que Passos Coelho acusa, pois tem responsabilidades no apuramento dos factos que determinaram a concessão do apoio. Remete a avaliação para a altura própria e nessa altura julgará.

Iremos saber, nesse momento, em que mandatos se verificaram os desvios que Passos Coelho insiste em empolar.
LNT
[0.284/2011]

Mandela Day

Nelson Mandela
We can change the world and make it a better place. It is in your hands to make a difference.
Nelson Mandela
Que saiba, Mandela é o único humano vivo que tem um dia internacional dedicado pelas Nações Unidas(A/RES/64/13).

Nelson Rolihlahla Mandela faz 93 anos e a ONU convida todos os cidadãos a dedicarem 67 minutos, das vinte e quatro horas de hoje, em prol da humanidade. (tantos quantos os anos que Nelson Mandela dedicou activamente ao serviço da defesa dos Direitos Humanos)

Mandela é o símbolo da resistência contra os totalitarismos e contra a intolerância e representa o que de melhor existe na raça humana em termos de coragem, de coerência e de serviço público, nunca tendo virado a cara aos seus princípios nem se tendo refugiado no anonimato para conduzir a luta o que o tornou numa inspiração para todos os que acreditam ser possível mudar o Mundo e fazê-lo um espaço em que a igualdade de oportunidades e o respeito pela diferença sejam a base da ordem na nossa casa comum.

O Mandela Day tem o seu espaço na Net e também nas redes sociais.

Take Action; Inspire Change.
Happy birthday Mr. Mandela.
LNT
[0.283/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXXVIII ]

Barrete natalício
Danado de Bom - Nordeste - Brasil
LNT
[0.282/2011]

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Já agora, Sr. Ministro, agradecendo a paciência

ColaboradoraQuando VEXA referiu a derrama para justificar a razão de não incluir os do IRC nesta "necessidade de prudência" explicando que eles, coitados, já tinham tido uma sobrecarga fiscal, esqueceu-se que muitos trabalhadores do Estado (funcionários públicos e outros servidores do Estado como SEXA, o Presidente da República, gosta de lhes chamar) já tinham perdido este ano o subsídio de férias e mais uns trocados (14x10% mensais).

Foi mesmo esquecimento ou foi só fingimento? Importa-se de pedir ao Paulo que esclareça?

Lembra-se da estória da tanga que levou Barroso a partir para as profundezas de Bruxelas onde agora bóia dentro do panelão que a Sr.ª Doroteia não se cansa de aquecer?

Quer VEXA, mui amável e humorado Ministro, que os servidores do Estado por si tutelados se passem a apresentar de tanga nos postos de trabalho?

Olhe que nem todos são tão bem parecidos, nem tão jovens, como a colaboradora do meu estabelecimento que se dispôs a posar neste post.
LNT
[0.281/2011]

Sr. Ministro, se não me fizer entender interrompa-me veementemente

FornicansoGosto da pose do nosso novo Ministro das Finanças.
Calmo, tranquilo, pontual, bem-humorado e preparado. Gosto especialmente do seu tipo de humor.

Não gosto da forma como o usa para para transformar um abuso numa "necessidade de prudência".

Se o humor não chegar, perante a imponderabilidade do risco actual a que anteriormente chamavam (os que hoje estão no poder) incompetência de gestão, então interrompa-me veementemente porque lhe vou solicitar, com o máximo respeito e em conformidade com o procedimento por si executado na conferência de imprensa, que me informe se, tratando-se de uma retenção na fonte em sede de IRS, poderemos acrescentar o desvio dos 50% do 13º mês, que VEXA decretou, ao restante montante retido durante o ano de 2011, se o iremos abater ao rendimento para cálculo na liquidação, ou se é para considerar como imposto não dedutível. É que esta informação irá ser muito útil para perceber se o Governo em que VEXA muito bem se integra nos está a exigir um empréstimo forçado sem juros ou a roubar-nos uma ou duas vezes fazendo-nos pagar imposto sobre uma verba que já arrecadou anteriormente.
Agradecido.
LNT
[0.280/2011]

Gamanço do 13º mês for dummy’s

LivrosUm cliente entrou na Barbearia e, como aqui tudo segue o modelo tecnológico, quis consultar o Portal do Governo para ler o manual que o Ministro das Finanças distribuiu aos jornalistas de forma a poder mandá-los ler aquilo que ele não queria explicar aos contribuintes.

Estou a começar mal, vou tentar dizer isto por outras palavras.

O Senhor Ministro das Finanças, Vitor Gaspar, convocou ontem uma conferência de imprensa para explicar aos jornalistas o último cozinhado da roubalheira a que chamou "uma necessidade de prudência" (imponderabilidade do risco actual). Esqueceu-se de que os jornalistas de hoje não são só dos jornais e que as conferências de imprensa não são só dirigidas aos jornalistas uma vez que são transmitidas, em directo, pelas televisões. Sempre que mandou os jornalistas ler as páginas X, Y e Z do manual "Gamanço do 13ª mês for dummy’s", esqueceu-se que os interessados (os gamados) não o tinham. Por isso, um dos clientes que entrou nesta barbearia acedeu ao Portal do Governo pelo botão que está na parede da direita deste Blog e deu de caras com as carinhas larocas do Sócrates e Comp.ª.

O homem ficou lívido. Ele, que era um daqueles clientes que sempre se sentou para o escanhoado a resmungar que se tinha de mandar o Sócrates para a Sobornne, para o Tibete, ou lá para onde fosse, desde que ele se fosse, ficou apopléctico. Quanto mais clicava no botão mais carinhas larocas lhe apareciam.

Protestou veementemente, como Gaspar havia recomendado a uma das suas interlocutoras, e os nossos serviços técnicos foram esclarecer se estávamos perante uma questão de cache (imaginava-se que sim uma vez que o assunto se prendia com mais uma entrada no bolso). Apurou-se que o endereço de acesso ao Portal do Governo (http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT) é Sócrates friendly e como tal não foi corrigido.

Nota: Até à correcção, se a estimada clientela pretender aceder ao novo e colossal elenco executivo, faça o favor de avançar por aqui.
Para aceder ao manual "Gamanço do 13º mês for dummy’s" é ir por aqui (directo ao manual) ou por aqui (através da converseta ministerial)
LNT
[0.279/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXXVII ]


Barrete natalício
Natal em Julho - Portugal
LNT
[0.278/2011]

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A colossal e insustentável leveza do “ser”

PatinhosA diferença entre este Governo e o cessante é que o anterior pediu certificação internacional das contas apresentadas pela "prata da casa" para as credibilizar e este pede à "prata da casa" que certifique as contas internacionais para as desvalorizar.
"Passos Coelho tornou-se um aliado de peso da Moody's. Então, o Primeiro-ministro indignou-se como todos os portugueses (e muito bem, com toda a razão) quando a Moody's desceu o rating da dívida pública nacional para o nível de "lixo" - para agora, vir confirmar precisamente um dos fundamentos invocadas pela agência de notificação financeira norte-americana para tomar tal decisão!"
LNT
[0.277/2011]

O Sol e a colossal sombra

BiomboDa série dos chavões para o injustificável, o de hoje vai ser:
"Exceptuam-se os capitais para evitar que eles fujam"

Como todos os chavões justificativos para a pouca vergonha e para o roubo aos que tudo pagam em benefício dos que se julgam com direito a tudo, também este ignora a existência da Lei e a máxima de que, num Estado de Direito, ninguém está acima dela.

Sabemos que os capitais são apátridas. Por o serem não fogem. Movimentam-se sem preconceitos de fronteira e de Nação e funcionam onde lhes é mais rentável. Se ainda existem no nosso território é porque têm interesse em cá estar.

O Ministro das Finanças vai fazer a sua primeira "colossal" acção de propaganda e vai-nos tentar convencer que os poucos capitais que permanecem em Portugal estão na mão de beneméritos que, por o serem, têm de ser poupados aos sacrifícios impostos a todos os restantes cidadãos. Vai explicar, para justificar mais um assalto, a colossal incompetência da "trindade" que nos auditou deixando-se ludibriar pelo Governo cessante, como se ela não tivesse os instrumentos para não se deixar enganar e não os soubesse usar.

Esta colossal conferência de imprensa encriptada em economicês irá deixar marcas. Não se destina a quem vai pagar, porque a esses está garantida a retenção na fonte, mas sim aos que detêm a chave da desencriptação da mensagem que lhes garante haver ainda lugar a muito saque para seu proveito.

Quando o Ministro anunciar logo que quem trabalha ou trabalhou toda a vida vai ser chamado, de novo, para sustentar os lucros de uns quantos, confirmará a esses quantos que os seus direitos são intocáveis. Vai anunciar-lhes que não se devem preocupar, com a mesma calma com que um destes dias anunciará, colossalmente, que não se devem investigar e prosseguir os assassinos em série porque eles poderão fugir para voltar a matar.

O Sol quando nasce é para todos mas a sombra que dele protege só está reservada para alguns.
LNT
[0.276/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXXVI ]


Allgarve
All Garbe - Experiências Tontas que Marcam - Portugal
LNT
[0.275/2011]

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Malhar

Miguel Telles da GamaTirando aquilo que se pôde observar em relação à personalidade dos candidatos, pouco restou do debate que ontem se fez na SICn (cabo) entre António José Seguro e Francisco Assis.

Constrangimento
Os candidatos estavam no espaço público. Mesmo no plano pessoal estavam condicionados. (note-se que a escolha em curso não é só relativa ao líder mas também aos delegados ao Congresso – apoiados nas respectivas moções globais - onde serão determinados os objectivos do Partido Socialista para os dois próximos anos)
Para não falarem do passado, escudaram-se no futuro dando a entender partir-se do nível zero. Desperdiçaram a oportunidade da aprendizagem resultante da análise dos aspectos positivos e negativos do anterior exercício do poder. Recusaram a oportunidade de avançar com base numa metodologia de melhoria contínua.

Diferenciação
António José Seguro apresentou-se como coordenador de uma equipa aberta para a construção de soluções. Primeiro valorizando a sua própria equipa e chamando à responsabilidade e ao trabalho os elementos que a compõem (todos os militantes do PS) e, a partir dos conteúdos obtidos, colocá-los em discussão pública.
Francisco de Assis apresentou-se a liderar soluções aptas a serem discutidas publicamente colocando em pé de igualdade a equipa (o universo de militantes) e os eleitores em geral.
Digamos que, enquanto que para Seguro é importante que o Partido analise, estude e proponha soluções seguindo a lógica de organização política para depois as colocar em discussão pública e lhes acrescentar valor antes de as fazer sufragar, para Assis chega construir soluções (dele ou dele e de um grupo de elite) e depois abri-las à discussão pública numa amálgama entre os que têm deveres e direitos (os militantes) e os que só têm direitos (os não militantes).

Outro aspecto diferenciador neste debate foi o que se relaciou com a personalidade e com a eficácia. Sempre que foram colocadas questões concretas, Seguro dizia que se fosse o actual Primeiro-Ministro estaria a fazer isto ou aquilo (p.e. a trabalhar com os outros lideres europeus em busca de soluções para os problemas reais). Assis respondeu invariavelmente com retórica, nunca se colocou no papel de Primeiro-Ministro, nunca conseguiu descolar-se do ideólogo. Chamado à pedra para explicar como pretende implementar as suas ideias de abertura, enrolou, baralhou-se e acabou com a apresentação de soluções burocráticas. (a "declaração de honra" é exemplo).

Conclusão
Do observado, que foi muito pouco interessante para a generalidade dos portugueses que estavam na expectativa de encontrarem algo que os empolgasse, concluo que Seguro tinha razão em preferir aprofundar o debate interno (a que o Assis apelida de espírito de seita) e que este debate público televisionado acabou por ser uma acção de desmobilização. Oxalá me engane e os militantes, perante o que observaram, reajam com o seu voto no final do mês em curso.

Nota: Comentário que deixei no Blog Banco Corrido, do Paulo Pedroso, no Post em que ele fez o levantamento do que se passou nos Blogs e Redes Sociais à volta deste debate. Este levantamento é da maior importância para o entendimento do que é um Partido aberto e em rede.
Se este teu trabalho (que trabalhão!) não servir para mais nada, pelo menos deixa uma clara referência à importância que as tecnologias da informação e da comunicação, nas quais se enquadram as redes sociais, têm no mundo de hoje.
Esta constatação assume importância de relevo quando se discutem as novas formas de fazer política, de abertura dos Partidos e de impacto das vozes “anónimas” (anónimas, no sentido de desconhecidas e não do próprio anonimato) tanto junto de uma comunidade em expansão (tecnologia e comunicação) como em conteúdo aproveitável na comunicação social (divulgação e informação).
O tempo já não está limitado aos segundos de tribuna que são concedidos nos plenários e congressos e as ideias, críticas e soluções podem fluir e ficam disponíveis para trabalho.
Muito útil. Vou fazer-lhe referência (e com isto complementar a característica viral de rede)
LNT
[0.274/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXXV ]


Coca-cola
Coca-cola - Alentejo - Portugal
LNT
Nota: Neste Verão não abandone o seu animal de estimação. Ele merece-lhe esse respeito e carinho.
[0.273/2011]

terça-feira, 12 de julho de 2011

Debate SG PS [ V ]

Jiminy Cricket
A minha opinião.
Ficou provado que o debate público não resultou e em alguns aspectos até foi redutor. Muito por culpa de (FA) a pequena política saltou para cima da mesa. Contabilizaram-se pequenas vitórias. Não se acrescentou valor às ideias. As sessões com os militantes têm sido muito mais ricas.
Volto para a coluna do lado direito do Blog.
Jiminy Cricket
[0.272/2011]

Debate SG PS [ IV ]

Jiminy CricketAbrir o PS

(AJS)- Reformulação dos métodos de trabalho do PS. Envolver os militantes para depois envolver os simpatizantes e os eleitores.

(FA) – Burocracia. Os não militantes vão às sedes do PS, declaram que querem votar, se necessário apresentam uma declaração de honra... (ficou por esclarecer se seria necessário o reconhecimento notarial).
Jiminy Cricket
[0.271/2011]