terça-feira, 11 de junho de 2013

Uma ronca no nevoeiro

RoncaAguarda-se com enorme expectativa o discurso que Cavaco Silva fará amanhã em Estrasburgo.

Fontes geralmente bem informadas deixaram escapar que, depois dos sucessos conseguidos com a destruição da agricultura em Portugal promovida por ele enquanto Primeiro-ministro, que resultou, cinco Primeiros-ministros e 7 Governos depois, numa agricultura viril, moderna e desenvolvida onde não faltam as gadanheiras e enfardadoras previstas no plano quinquenal (a dezoito anos) que ele desenhou, chegou a vez de o Presidente português fazer uma alocução aos europeus sobre a pesca também por si destruída por ser miserável e porque os pescadores cheiravam a óleo de fígado de bacalhau e a tripas de engodo e que agora começa a renascer com traineiras de última geração equipadas com tecnologia de ponta, manobradas por engenheiros hidráulicos de olhos azuis e hálito fresco e perfumados com Patchouli, desenhadas especialmente para manobrarem em tanques de piscicultura.

Adivinha-se ainda que nesse discurso sejam apontados os sucessos conseguidos também na alimentação dos portugueses, em virtude do abandono da pesca de espécies selvagens, quantificados em estatísticas referentes ao fast-food em consumo e ao aumento da obesidade infantil.

Em Estrasburgo não se dorme há três dias com a emoção.

Melhor notícia do que esta só a de que Gaspar acertou pela primeira vez nas previsões quando se confirmou que os seus falhanços decorreram dos elevados riscos de incerteza que tinha previsto.
LNT
[0.166/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXVI ]

Conceição
Conceição - Algarve - Portugal
LNT
[0.165/2013]

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dia de Portugal

Bandeira de Portugal
Sinto-me perdido neste dia de Portugal em que não consigo descortinar uma réstia de estadismo em qualquer um dos órgãos de soberania.

Tudo se reduz ao acerto de contas antigas e ao puxar do lustro aos galões.

O mais alto magistrado de uma Nação que, ou está desempregada, ou emigrada, ou confiscada, faz um discurso digno de um Ministro da Agricultura, tentando puxar para si os louros de algum sucesso que só foi atingido pelo empreendedorismo de alguns privados que se tiveram de bater contra a destruição do sector primário decretada pelos executivos, que ele então liderou, para obterem em troca rendas comunitárias para o betão e obras de fachada.

Para os portugueses, nada.

Nem uma palavra, nem um alento, nem uma vontade ou um desejo.

Foi um Dia de Portugal dedicado às fronteiras e ao espelho onde as pessoas não couberam, onde não coube o povo português.
LNT
[0.164/2013]

domingo, 9 de junho de 2013

Ou é tolo, ou é bailarino

SaposMarques Mendes volta à idiotice. Diz que o grande adversário do Governo é o Tribunal Constitucional, forma encapotada de desculpabilização dos dislates e erros crassos do actual poder e atribuição de culpas a um órgão que não tem qualquer responsabilidade do estado miserável a que o Governo está a conduzir o País e que mais não fez do que proteger os cidadãos do incumprimento das Leis que nos regem.

Marques Mendes, homem das leis, deveria ser mais comedido no disparate e mais coerente com a formação que tem. Até Cavaco, que se assumiu há muito como o patrono de Passos Coelho, Gaspar e Portas, não teve alternativa a enviar a ilegalidade aprovada na Assembleia da República ao tribunal que a poderia julgar. Não por esse tribunal ser “um adversário” mas por ser o último recurso na defesa do Estado de Direito.

A propaganda continua de vento em popa, mesmo quando dissimulada com um ou outro recado para se disfarçar daquilo mesmo que é.

Enquanto isto, o Presidente da República anda por terras do Alentejo, a ouvir das boas do Presidente da Câmara de Elvas e a continuar na senda do apelo à união nacional, nas comemorações que ele há uns anos entendeu ser as do dia da raça.

Portugal merecia melhor.
LNT
[0.163/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXV ]

Sardinhas
Festas 2013 - Lisboa - Portugal
LNT
[0.162/2013]

sábado, 8 de junho de 2013

A teia da debilidade

Teia de aranhaChamar reforma da Administração Pública a despedimentos na Administração Pública é mais uma das muitas patranhas desta gente que tomou o poder e que apelida de requalificação uma ensaboadela de vaselina para fazer os funcionários, depois de emagrecidos, passarem pelo buraco da agulha sem dar nó na ponta da linha sabendo que ela se vai soltar sem conseguir a cerzidura.

Esta gente que usa a língua portuguesa de acordo com uma ortografia tão bronca que teve de ser imposta por lei, usa também os significados dessa mesma língua de forma tão liberal como a doutrina que a rege.

A tal requalificação que se pretende ter como reforma sem se reformarem primeiro as organizações para se saber o quê e para que requalificar, deve querer fazer calceteiros de engenheiros, ardinas de doutores, cantoneiros de embaixadores e serventes de médicos (e vice-versa).

Esta gente está doente. A doença é degenerativa e não se prevêem melhoras. Precisa de cuidados intensivos que os menorizem da debilidade e nos salve da teia mortal com que, cada vez mais, nos enredam.
LNT
[0.161/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXIV ]

Botero
Botero - Palácio da Ajuda - Lisboa - Portugal
LNT
[0.160/2013]

sexta-feira, 7 de junho de 2013

It’s raining cats and boys

Cats and dogs
Está tudo explicado.

Em Portugal tem chovido “cats and dogs” e isso faz com que o desemprego aumente, as receitas baixem embora as taxas dos impostos se inflacionem, as empresas se afoguem em tanta água, as reformas vão de enxurrada e o PIB e o défice entrem em espiral na sequência da baixa pressão que há dois anos insiste em cavar-se a norte dos Açores.

Sobre os “cats” estamos conversados. Já sabemos pelo diário da Assembleia da República que dão pelo nome de Gaspar.

Sobre os “dogs” ainda nada se disse mas podemos imaginá-los se substituirmos o inglesismo por “boys”. Uns porque parecem mastins com os cidadãos menos influentes e os outros por serem tão dóceis com os donos.
LNT
[0.159/2013]

Dos medos

AmarradoJá se verificam entradas nas redes sociais com perfis falsos (e que desaparecem de imediato às sevícias) a mandarem "ter tento" a quem escreve o que lhe vai na alma. Anónimos, sem perfil e escorregadios como eram aqueles crápulas que se sentavam à sorrelfa na mesa do lado da Suprema para apontarem a dedo, em troca das trinta moedas, os outros que nunca se escondem.

Havia cuidado nessa altura, mas nunca houve medo e não haverá também agora, num tempo em que quem deveria ter tento é quem se faz eleger com um falso programa eleitoral para, depois de eleito, fazer o contrário daquilo a que se comprometeu.

É que o respeito, ao contrário do respeitinho, ganha-se, não se impõe nem se consegue com ameaças veladas e se as instituições pretendem ser respeitadas têm de iniciar o processo por respeitarem aqueles que servem.

Sem medo continuarei a escrever enquanto não me calarem e utilizarei do mesmo desprezo em relação aos poderes instituídos que esses poderes utilizam em relação às leis que nos regem e aos cidadãos cumpridores.
LNT
[0.158/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXIII ]

Xutos
Xutos e Pontapés - Portugal
LNT
[0.157/2013]

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Mitologias

Fénix RenascidaPassos Coelho foi ontem à Amadora, em campanha eleitoral, para anunciar que o seu PSD está preparado para perder estas e todas as seguintes eleições. Não deixa de ser interessante verificar que escolheu para local do anúncio exactamente o concelho onde perdeu, ainda em tempos de vacas gordas, sem honra nem vergonha as eleições que o seu Partido lhe havia confiado.

Desta vez pendurou-se na sua mentira preferida, afirmar que nunca mente, para justificar a derrota anunciada. Como todos os fundamentalistas gritou aos sete ventos que o caminho que nos pôs a trilhar não tem retorno e que havemos de atingir a redenção ainda que para tal seja necessário sucumbir.

O ilimite da sua imbecilidade junta o devaneio alucinado de se julgar o profeta da salvação com a fantasia de que só a morte tem efeitos purificadores.

Foi assim que informou que "os portugueses são vistos agora como trabalhadores, cumpridores e honrados", sem revelar as fontes em que se baseou para esta máxima constatação e fazendo crer que antes o não eram.

Coelho seguirá a sua cruzada de destruição convencido de que, das cinzas e quando nada mais houver para destruir, há-de renascer como Fénix. Esquece-se que nem ele é uma ave, nem a Amadora é Heliópos e esquece-se também que a pitonisa que lhe serve de bengala diz-se democrata-cristã nada fazendo crer que esteja disponível para se oferecer à pira em sacrifício a deuses pagãos.
LNT
[0.156/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXII ]

Alentejo
Agricultura - Alentejo - Portugal
LNT
[0.155/2013]

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Há mais vida para além da política

TerraAndava para aqui às voltas para fazer um Post que não falasse de política, até porque hoje é um dia negro para a política portuguesa, e caiu-me no regaço (ou no colo, como gosta de dizer o Santana Lopes) uma matéria relacionada com assuntos completamente diferentes.

Descobri que a Janita que aqui comenta tem um nome e um perfil amigo no FB, o que me fez corar de vergonha por nunca ter associado as duas coisas. Isto não é próprio de um barbeiro, quase coiffeur, e merece penitência (mais do que aquela que Passos, Gaspar e Portas entendem que nos tem de ser aplicada). A nossa vida imaterial, virtual, ou lá o que é, merecia que fossemos mais atentos e menos descuidados com a nossa digitalização. Como se já não chegasse termos deixado de lado os álbuns de fotografias para passar a tê-las em pastas de arquivo na directoria das fotos, tendo assim perdido a oportunidade de massacrar aquelas visitas que não víamos há uns anitos e que de repente aparecem do nada para um jantareco ligeiro lá em casa.

A outra matéria de grande importância e que me deixa aliviado por não ter de falar de política nem destes miseráveis que há dois anos tomaram o País de assalto para massacrarem o povo que neles não votou (foram para a praia, para o laréu, ou para o que quer que tenha sido, mas não tiveram um minuto para “botar” o papelinho na caixa que elegeu esta estuporada gente) e os outros que votaram em promessas completamente diferentes da política que eles têm feito, adveio do “já fui feliz aqui” anterior, no qual a Maria C. Bruno, na virtualidade facebookiana, deixou um comentário a dizer que “Uma boleia deles para longe, muito longe, sabia bem. Visto à distância, tudo devia ser menos arrepiante”. Estava-se a referir a uma boleia à estratosfera para nos dar descanso destes marcianos que resolveram aterrar para as bandas de Belém e São Bento e eu concordo com ela. A coisa vista do lugar de onde esta gente veio para tomar o poder há dois anos deve ser muito mais azul e redonda. E no meio de tanto lixo que anda por lá em rotação nem se deve dar por eles a rodarem também.

Pronto, um Post sem a política do costume. Agradecido às minhas musas inspiradoras. Bem-hajam!
LNT
[0.154/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXI ]

NASA
NASA - Florida - USA
LNT
[0.153/2013]

terça-feira, 4 de junho de 2013

Deixem-nos falar, porra!

PapagaioNão deixar falar publicamente os governantes é não reconhecer o direito constitucional à palavra o que constitui um crime, no mínimo tão grave como o que esses governantes cometem cada vez que violam as restantes normas constitucionais de forma a manterem os seus governados calados por estrangulamento fiscal ou por asfixia de direitos.

O acto afigura-se especialmente criminoso no caso de se tentar silenciar um governante mancebo, embora Maduro, que ainda não teve o rasgo de produzir malfeitorias e que mais não fez do que falar para os jornais e para as televisões.
LNT
[0.152/2013]

Dia nacional do confisco

Moedas EuroTeoricamente hoje dever-se-ia comemorar, em Portugal, o dia da libertação dos impostos.

Diz quem se debruça sobre estas coisas que só a partir de hoje os portugueses conseguem ganhar (os que ainda têm trabalho e ganham) o salário para os seus gastos pessoais tendo, desde o dia 1 de Janeiro e até agora, recebido o montante anual para o pagamento da honra de habitar no espaço nacional.

Não conheço bem a incidência sobre a qual os estudiosos compilaram estas conclusões, mas pelo que vou lendo, as contas contemplam só os impostos directos (se não forem só os saques sobre os rendimentos do trabalho). A assim ser, há ainda muitos mais meses de confisco cobertos pelos 23% de IVA e pelas outras mãos avulsas como, por exemplo, por aquelas que nos entram no bolso para pagamento de uma “renda de casa” (o IMI) decorrente de termos património próprio sobre o qual já pagámos outras alcavalas.

O insaciável Estado que sustentamos e que cada vez devolve menos pelo mais que cobra, não nos dará tréguas de libertação, até porque os seus governantes continuam a aumentar o diâmetro dos rombos no fundo do pote.

Se queriam como feriado “o dia da libertação dos impostos” podem tirar daí o sentido.

Afinal, o que interessam as coisas terrenas a um País de tradição cristã que ignora o espírito encarnado do Senhor, ou a um País independente que mandou trabalhar a plebe no dia em que comemorava a defenestração dos ocupantes?
LNT
[0.151/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXX ]

Feira do Livro
Feira do Livro - Lisboa - Portugal
LNT
[0.150/2013]

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Jean Stapleton


Para sempre agradecido pelos bons momentos que Edith me deixou. A inteligência pelo riso é muito mais do que a esperteza séria de muitos saloios.
LNT
[0.149/2013]

Das mula ruça

Burro com capaAqui há muitos anos, no século passado, quando andava a adquirir uma habilitação literária e profissional para confirmar a aptidão para o trabalho que desenvolvia tive um professor na cadeira de LCP que afirmava e fazia decorar que em computação aquilo que se fazia uma vez repetia-se ad vitam æternam com as mesmas características.

A teoria era verdadeira mas tentei convencê-lo a explicar de que esta teoria só por si podia levar os meus colegas de turma e futuros de profissão a erros gravíssimos de implementação.

A questão teria de ser equacionada em conjunto com uma panóplia de variáveis sendo que, principalmente, a frequência, o processador, a largura de banda, a quantidade de utilizadores e a simultaneidade (sim, sim, sei que não existe tal coisa mas existe o tempo de espera para que ela não exista) poderiam tornar essas rotinas inviáveis por não se processarem em tempo útil.

A coisa complicou-se e a nota na disciplina penalizou a ousadia. Ficou-me de memória e, ainda hoje, quando faço determinadas afirmações demasiadamente teóricas tento ouvir quem, por já ter construído, me pode ajudar a aperfeiçoar o raciocínio e a equacionar as condições.

Isto para dizer que, provavelmente, tudo correria melhor na governação do País se, em vez de se contratarem teóricos que nunca construíram qualquer solução, se optasse por recorrer a gente com provas dadas e resultados práticos comprovados.
LNT
[0.148/2013]

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Olheiras

CaveiraO grande problema dos viciados da estatística é que perdem a faculdade de perceberem que cada décima da percentagem pode conter muito sofrimento, embora seja difícil quantifica-lo.

Deve ser por isso (pela perda das faculdades) que Gaspar tem os olhos tão encavados.

Mergulha na álgebra mal parida sem perceber que há vida para além das fórmulas idealizadas nas sebentas de quem sempre nada criou e que essa vida viva não admite ensaios que a extingam.

Deve ser também pelos pesadelos que atormentam Gaspar cada vez que recebe notícias de que as suas teorias são um falhanço que a cara lhe está tão marcada.

Ser-lhe-ia fácil entender se ele, os que o seguem e os que o norteiam, viessem à rua perceber que, depois de mortos, os portugueses (e não só) dificilmente conseguem ressuscitar.

(Sim, sei que a rua não lhes é agradável e que por isso se refugiam nos bunkers que os protegem, não vá o diabo tecê-las).
LNT
[0.144/2013]

Com papas e bolos

CenourasA cenoura do Conselho de Ministros de ontem foi o anúncio de que baixava em 1/3 o montante a partir do qual era possível atingir, em sede de IRS, o valor tecto da dedução para quem exija a inscrição do número de contribuinte em facturas de cafés, penteados e bate-chapas.

Seria pouco normal considerar que a medida é errada, porque o não é, ou que seria deslocada da realidade, porque ela contém a intenção importante de consciencializar os contribuintes portugueses para o facto de que a evasão fiscal é um crime contra todos os cidadãos que pagam impostos.

Logo, a cenoura posta à frente das orelhas de quem puxa a carroça até tem as vitaminas anunciadas mas continua a ser, sobretudo, mais uma técnica de propaganda destinada a desviar as atenções de todas as malfeitorias contidas nos restantes itens do Orçamento Rectificativo (agora, ainda por cima, sem almofada que evite mais um assalto aos trabalhadores lá para o fim do ano).

A comunicação social, principalmente a que adora cenouras, divulga mais este xarope até à exaustão, dando mais relevo à propaganda do que à notícia.

Esquece-se de que continuamos a falar de coisas absurdas (continua a ser necessário ter gastos naqueles três sectores na ordem dos 700 euros/mês para poder atingir o tal tecto de dedução) enquanto distrai dos cortes brutais que conduzirão a uma redução generalizada da qualidade de vida dos portugueses.
LNT
[0.143/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXVII ]

Banco Alimentar
e voltarei a ser este fim-de-semana - Banco Alimentar - Portugal
LNT
[0.142/2013]

quinta-feira, 30 de maio de 2013

As sandálias do governador

SapatosSe Juan Carlos tivesse ouvido hoje o governador do Banco de Portugal ter-lhe-ia, certamente, perguntado: "por qué no te callas?"

E teria tido razão para o questionar porque a barriga cheia e os sapatinhos engraxados de um homem que ocupa um lugar público não lhe dão o direito de evocar as sapatarias da Rua Augusta para explicar que elas não existem para calçar todos os descalços, mas sim para cederem o calçado a quem tem dinheiro para o comprar.

É este o verdadeiro estado da nação.

O Governador do Banco de Portugal entende que só se calça quem pode, ficando subentendido que também só comerá quem pode e que a obediência é para quem deve.

É o espírito desta gente que se anichou na manjedoura do Orçamento (ou abancou no pote, como diria Passos Coelho) e faz chalaça com quem põe a palha na manjedoura para que eles se banqueteiem enquanto troçam dos que os sustentam.

A teoria é velha. Já o Botas a usava até ao dia em que escorregou na banheira e descobriu que, calçados ou não, a todos espera marchar com os pés para a frente.

Estes selvagens só conhecem a lei da selva.
LNT
[0.141/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXVI ]

Murtosa
Murtosa - Aveiro - Portugal
LNT
[0.140/2013]

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Gatilho

Canos de armaMais claro não poderia ser o Ministro das Finanças na comissão, esta manhã.

Aquilo que Gaspar e Álvaro anunciaram na passada semana foi um gatilho. Pena que não explicasse melhor, para que melhor se entendesse, que a arma disparada continha um cartucho sem bala e de pólvora seca.

Ainda assim, um tiro é um tiro, mesmo que seja só de fulminante e a lentidão da narrativa foi-nos útil por permitir acompanhar a velocidade do disparo do seu pensamento e ainda os artifícios cadentes contidos na linguagem de trapos com que disfarça.

Quanto ao alvo estamos esclarecidos. Sempre os mesmos e sempre mais do mesmo na senda deste túnel em que nos meteram e a quem teimam acrescentar, em cada réstia de esperança, mais um segmento de túnel no lugar onde devia haver uma luz, por muito baça que fosse.
LNT
[0.139/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXV ]

Jacarandá
Jacarandá - Lisboa - Potugal
LNT
[0.138/2013]

terça-feira, 28 de maio de 2013

Gasparalhices

Cão Coelho
O que será que leva um homem que não tem qualquer pejo em ser deselegante com a humanidade existente em cada ser humano a quem tira a dignidade quando decreta que a sua felicidade reside no empobrecimento, a exigir elegância a quem questiona outros sobre as matérias que, quando lhe são questionadas, recebem em troca uma falsidade, uma meia-verdade, um erro de cálculo, ou um linguajar economicês incompreensível e desajustado da realidade?
LNT
[0.137/2013]