Aqui há gato
Bem me queria parecer que esta coisa dos políticos eleitos abdicarem dos programas com que se fizeram eleger para se subordinarem a estudos encomendados por anónimos iria acabar mal.
Claro que isto só aconteceu porque não houve quem tivesse construído um programa eleitoral com base num modelo de desenvolvimento para o País e por isso pouca importância teve que o aeroporto internacional prometido para a OTA acabasse em Alcochete.
Abriu-se, com este ensaio, a ideia de que nada está planeado politicamente e que é possível fazer alterar todas as decisões políticas (ou anulá-las) através de múltiplos estudos que venham a ser apresentados em contraditório ao que foi sufragado.
Há agora sempre alguém que tem mais um estudo a propor e haverá sempre alguém disposto a ganhar mais uns milhões para fazê-lo. A nova guerra das travessias do Tejo, que já vão em Alverca, parece uma brincadeira de mau gosto, um esticar da corda que se transformou em elástico, para ver até onde se consegue descredibilizar o regime democrático.
LNT
Rastos:
-> TVNet
2 comentários:
-Antes estudá-las todas agora, que depois de decisão tomada. Mas vale a pena ponderar que uma nova ponte rodoviária, convidará mais pessoas a atravessar de automóvel para Lisboa. Por enquanto não sou defensor de nenhuma solução em concreto, concordo com João Soares com a inevitabilidade da ligação por túnel Algés/Trafaria, nem que seja daqui a uma décadas, julgo que importante mesmo será aumentar a oferta das ligações ferroviárias em ambas as margens, e melhorar a qualidade dos transportes públicos.
Mas, caro António de Almeida, só em Portugal é que se vê o poder político eleito ser confrontado com coisas destas.
Aos políticos compete decidir sobre as estratégias e programas, é para isso que os submetem a votos.
Mal estaremos se sobre cada decisão vier um bando profissional propor alternativas. Nunca mais iremos sair dos estudos (que como sabe estão ao preço do ouro...)
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