[0.148/2008]
Cultura democrática
Nem toda a gente sabe o que isso é. Mesmo alguns que se encaixam em partidos democráticos, ou neles orbitam, falham nas mais elementares apreciações quando tentam, por exemplo, desvalorizar os seus compagnons de route com rotulações, etiquetagens ou outros métodos mais próprios da cultura estalinista do que a da tolerância que é o cerne da cultura democrática.
É por isso, e são esses, que utilizam argumentações do tipo ad homine, ou acusam os seus camaradas de vazio de propostas, muitas das vezes só derivado da incapacidade de abertura ao diverso o que os leva a nem sequer conseguirem descortinar nas propostas políticas alheias meio caminho andado para soluções das questões concretas.
Quando teorizo tento não personalizar mas há alturas em que é necessário fazê-lo em exemplificação e por isso aqui fica, só a esse título:
Ao analisar a crispação que envolve a educação e que até há pouco envolvia a saúde, noto estarmos perante casos típicos de falta de cultura democrática. A concepção de um plano (dado de barato que existe) tem de passar da mente de quem o arquitecta para o terreno através do debate e da comunicação. Não o fazer acarreta reacções de resistência e de hostilidade só não previsíveis por quem confunde determinação, poder e autoridade com autoritarismo e imposição.
Conhecem-se à distância, mesmo quando aparentemente situados noutros quadrantes, os que se formaram em culturas estalinistas ou marxistas-leninistas. A falta de cultura democrática é um ferrete de que nunca se conseguem livrar.
LNT
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