terça-feira, 30 de abril de 2013

1º de Maio

Maios

Como se sabe, convém que no dia de amanhã os homens se levantem cedo (não se lhes vá o Maio entrar), todas e todos traguem, em jejum, um copo de três de aguardente e saiam para os campos para apanhar papoilas saltitantes.

Deixem lá isso da crise, que não interessa nada, e festejem com cantares os idos de Abril e o facto de ainda ser feriado. Com a aprovação do DEO pode ser a última vez que comemorem o 1º de Maio na qualidade de trabalhadores.

Tenham um bom Primeiro de Maio e fiquem com os votos habituais desta festa para que sejam os ricos a pagar a crise.
LNT
[0.088/2013]

… e mal pagos

KatrepillerAgora que transformaram as reuniões do Conselho de Ministros em RGA’s fala-se que Gaspar está de malas aviadas para abandonar lentamente o barco em que nos fez naufragar. Diz-se que hoje de manhã andou a minar o que resta do casco já com o salva-vidas vestido.

Enquanto isso, a RGA de Ministros ultima em segredo o novo PEC, digo, o DEO que entregará em simultâneo na AR e em Bruxelas.

Depois de o fazer vai voltar a falar em consensos (consentimentos) como lhe ordenará o padrinho de Belém.
LNT
[0.087/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLIX ]

Alentejo
Alentejo - Portugal
LNT
[0.086/2013]

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Concertação e consenso

Alfredo CoelhoConsenso e concertação são coisas diferentes.

Consenso é consentimento. Concertação é entendimento decorrente de negociação.

Quando o Presidente apela a consenso, e todos nos recordamos do que foi o seu consenso quando foi Primeiro-Ministro (ruptura de coligações e buzinões) fala de consentimento.

Quando Seguro fala em entendimentos mesmo caso venha a conseguir uma maioria absoluta (quando se contarem votos) fala de concertação, negociação e diálogo, para que a política seja a arte da inclusão e a inclusão seja a solução.

Parecem conceitos claros mas têm determinados pressupostos sendo que o primeiro assenta no valor percentual que cada uma das partes representa. Em política democrática isso fica claro através dos votos, razão que me leva sempre a preferir a composição de listas por métodos proporcionais a listas de consenso e a governos concertados em vez de governos consensualizados.
LNT
[0.085/2013]

Arbustos, mãos e ventríloquos

MãosNisto dos arbustos e das mãos há os que se fazem de arbustos para esconderam as mãos, os que mechem as mãos por detrás dos arbustos e as mãos que traspassam os arbustos.

Além destes considerandos há também outros que consideram que as vozes usadas na necromancia são práticas políticas aceites para o exercício da cidadania e do confronto democrático. Normalmente quem pratica o método desconhece que a ética reprovou esses truques, há muito, o que fez com que essas práticas se transformassem em arte circense, a ventriloquia, onde não se pretende enganar os públicos mas sim entretê-los fingindo que os bonecos têm voz própria.

Adelante que se faz tarde e mais logo vou escrever sobre aquilo que retirei de conclusões do XIX Congresso Nacional do PS e que foi um pouco diferente daquilo outro que a comunicação social e os comentadores oficiosos dos arbustos, das mãos e da arte de "ventriloquar" me quiseram convencer.
LNT
[0.084/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLVIII ]

Azedas
Arbusto de azedas - Costa Vicentina - Portugal
LNT
[0.083/2013]

sábado, 27 de abril de 2013

Teorias da conspiração

MaduroEstranham que a carta escrita a António José Seguro seja assinada por Poiares Maduro.

Cada vez se estranha menos porque Maduro foi colocado no Governo por Cavaco para se começar a preparar o novo Governo de iniciativa presidencial.

Quando Passos Coelho e Gaspar foram a Belém, vieram de lá abençoados e com o recado no bolso. A substituição de Relvas seria feita pelo upgrade de Marques Guedes e os dinheiros do QREN seriam sacados ao Ministério da Economia de Álvaro e ficariam na mão de Poiares Maduro, um dos fiéis na reeleição de Cavaco.

O currículo de Miguel pôs o País de olhos em alvo, fórmula conseguida para desfocar o que esses olhos viam. Maduro surge rapidamente à frente do briefing do Conselho de Ministros o que provoca ainda mais a ira de Paulo Portas que ambiciona, há muito, tomar conta da distribuição do que resta dos dinheiros que chegam pelo QREN. O Governo está destabilizado, o que convém para que Cavaco acerte contas pela derrota de Manuela Ferreira Leite e exerça o que mais gozo lhe dá, isto é, o instinto vingativo a que Coelho não será poupado mais tarde ou mais cedo. Portas estará, como sempre, disponível desde que lhe dêem aquilo que ele nunca conseguirá sozinho com o PP.

Maduro reafirma-se agora ao assinar a carta a Seguro. Cavaco foi claro no 25 de Abril. Não haverá eleições, mas pretende consensos para levar a legislatura até ao fim.

Uma carta assinada por um futuro Primeiro-Ministro a outro. O protocolo foi cumprido.
LNT
[0.082/2013]

Jornalistas assessores

Helena MatosJá o disse anteriormente. Não me causa qualquer confusão que existam jornalistas recrutados para o poder e para os gabinetes desse poder. Qualquer profissão tem o dever de serviço público e os jornalistas não são excepção.

Preocupa-me muito mais ver jornalistas que, sem deixarem de ter esse estatuto e sem serem oficialmente recrutados para o poder, exerçam esse papel.

Se têm dúvidas percam 10 minutos a ouvir as peças que Helena Matos está a desenvolver em permanência a partir do XIX Congresso do Partido Socialista à frente das câmaras da TVI24.

Não merece mais que os tais 10 minutos de atenção mas vale a pena ouvi-la na intriga e politiquice permanente para perceberem a estratégia.
LNT
[0.081/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLVII ]

Congresso PS
XIX Congresso Nacional - PS - Portugal
LNT
[0.080/2013]

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Impossível deixá-lo acabar o mandato com dignidade *

Bolo-ReiDeveríamos tudo fazer para deixar que o presidente da República terminasse o seu mandato com dignidade.

No entanto esse dever é-nos impossível porque, para tal, teríamos de ter um Presidente da República (Artigo 120.º da CRP – Definição - O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e...) e não um presidente da República que representa uma facção da República Portuguesa e não reconhece que a soberania, una e indivisível, reside no povo. (Artigo 3.º da CRP - Soberania e legalidade - 1. A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição. 2. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade democrática...)

Quando o primeiro-Ministro foi a Belém de calças na mão e com ele levou o seu tutor fazendo lembrar Egas Moniz, veio de lá com os calções apertados pela confiança do padrinho que, em troca da bênção, exigiu as cabeças que o atormentavam e o encaixe e promoção dos seus homens, na lógica de que uma mão lava a outra.

O presidente da República foi agora à AR, dois anos depois de ter contribuído para que Portugal fosse tutelado pelos mercados que na altura fez questão de defender acerrimamente, escudar-se na teoria do terror para justificar o caminho que impôs ao País e que tem dado os resultados que todos conhecemos. Fez mais, apontou esse caminho como a única solução possível e decretou que ele terá de ser seguido por quem quer que seja para poder justificar a sua obstinação no "normal funcionamento" com a qual fundamenta a desnecessidade de devolver a soberania ao povo.

Cavaco conseguiu com o seu ruído anular os consensos bem como todos os discursos proferidos na 39ª comemoração da restauração da democracia portuguesa. Nem o excelente discurso de Alberto Costa, nem os razoáveis discursos do CDS e do BE, nem o da Presidente da Assembleia da República que, entre outras passagens de grande significado político, não perdeu a oportunidade de lembrar ao seu principal convidado quem foi e o que escreveu Saramago, tiveram eco nos media.

Aguarda-se que este fim-de-semana o Plenário dos Socialistas volte a trazer à ribalta os conceitos que Cavaco abafou e faça esquecer os do presidente da República pois só assim será ainda possível deixá-lo terminar o mandato sem indignidade.

*conceito datado de 1995 a partir de reflexões conseguidas entre os calhaus de Pulo do Lobo
LNT
[0.079/2013]

Tudo é e não é

Tudo é e não éConvida-me o Manuel Alegre para a apresentação do seu novo romance "Tudo é e não é" que se realizará na próxima segunda-feira, dia 29 de Abril, às 19:15, no Palácio Galveias, em Lisboa.

Deverei ir. Normalmente tenho ido onde Manuel Alegre me convida. Coisa antiga de camaradagem. Coisa de quem se habituou a ler Alegre e, por o conhecer, ter a certeza de que com ele se está bem acompanhado.
"O que ele não prevê é que o seu empenho em narrar o inenarrável o aprisionará num caleidoscópio de sonhos e obsessões onde realidade e sonho, sonho e ficção já não se distinguem e o próprio espaço e tempo são subvertidos, desde a discussão com Lenine e Trotsky em plena revolução russa até às manifestações em Lisboa e à Mão Invisível que invade a vida e o sonho."
Que diferente tudo seria se os portugueses tivessem preferido a literatura à economia e à abstenção.
LNT
[0.078/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLVI ]

Endeavour
NASA - Florida - EU
LNT
[0.077/2013]

quinta-feira, 25 de abril de 2013

sözlü SLB

Águia
LNT
[0.076/2013]

O Abril a que chegámos [ II ]

Cravo BrancoA SICn faz-se agora pagar para que os seus conteúdos estejam acessíveis na Internet.

A entrevista que Gomes Ferreira fez a Henrique Gomes é de antologia para que se entenda o (des)Abril em que vivemos.

Sempre me pareceu que Álvaro tinha de ter algo de especial para ser transformado no bombo deste Governo. A sua manutenção em funções, depois de ser pública esta entrevista, diz-nos que essa especialidade é o ballet e o pas de deux.

Se puderem e estiverem dispostos a ler nas entrelinhas dos sorrisos e silêncios, não deixem de ver esta entrevista esclarecedora do estado a que chegou Abril.
Há sectores protegidos em Portugal onde a crise parece não ter chegado.
Algumas empresas beneficiam de leis especiais que as protegem e lhes garantem lucros.
Um dos sectores que vive com rendas garantidas é o da energia. O diagnóstico foi feito pela Troika na análise à economia portuguesa há quase dois anos.
Mas a revisão de alguns contractos e anunciada liberalização não levou a uma descida dos preços, bem pelo contrário
.
LNT
[0.075/2013]

O Abril a que chegámos [ I ]

Cravo Branco 1. Como o Primeiro-ministro não tem voz na Assembleia da República, em cada 25 de Abril, o Presidente da República transformou-se no seu porta-voz.

2. Com os espaços públicos ocupados pelo poder e os seus jardins fechados aos cidadãos assistiu-se a uma democracia blindada e refugiada no bunker de São Bento onde todos os poderes foram invadidos pelo sentido de facção.
O Presidente conseguiu confirmar o seu discurso da noite da vitória eleitoral onde tinha afirmado ser só o presidente de alguns portugueses.

(Post a crescer ao longo do dia)
LNT
[0.074/2013]

quarta-feira, 24 de abril de 2013

E depois do adeus?

CoelhoEssa sim,
é a verdadeira questão.
LNT
[0.073/2013]

Granel

BlocoO Paulo Gorjão levanta várias questões (remetendo-as para futuro tratamento) sobre a passagem de diversos jornalistas para as áreas de poder.

Confesso que me parece um não-assunto. Qualquer cidadão, independentemente da sua profissão, não pode ser impedido de ser chamado a funções públicas. O princípio de que todos são inocentes até prova em contrário também se tem de aplicar aqui e o facto de se ser jornalista não pode, em si, ser um anátema por ter escolhido tal profissão.

Já o contrário, o não cumprimento de um "período de nojo" quando se abandona o poder a caminho de interesses tutelados pelo poder que se abandona, é outra conversa.

De resto, essa ideia de que ir para um gabinete ministerial ou para uma pasta governativa é um prémio atribuído por serviços prestados é, por si só, uma ideia decorrente de juízos muito em voga, muitas vezes criados pela práxis, reconheço, mas muitas outras só resultantes da má opinião generalizada sobre o exercício do poder.

Abstenho-me de personalizar (até por haver as mais diversas situações) mas conheço muitos em que o exercício desses cargos poucas ou nenhumas vantagens trouxe ( e outros a quem trouxe diversas desvantagens).

Como em todas as actividades desempenhadas por seres humanos, há sempre quem tenha ética e honestidade e quem as não tenha. Concordo com o Paulo Gorjão quando ele dá a entender que há que evitar generalizações.
LNT
[0.072/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLV ]

Davidoff
Cigarrilhas - Por aí
LNT
[0.071/2013]

terça-feira, 23 de abril de 2013

À sombra dos encostos

EscorpiãoUma das teorias mais antigas dos gestores portugueses (principalmente dos público-políticos) é a de meter as víboras num cesto por baixo da cadeira onde se sentam. Defendem esses teóricos que, com as víboras à vista e à mão, controlam melhor os seus movimentos. Defendem também que se as passarem a alimentar elas ficam mais calmas e sem vontade de rasteirar.

Conheci um desses gestores, mais radical, que dizia que tinha metido um escorpião no bolso.

Para os que defendem tais teses olho sempre com desconfiança. Pelo método e pela eficácia.
Para as víboras e escorpiões que tenho visto deixarem-se assim aprisionar olho com o desdém que se tem por quem vende o veneno que a natureza lhe deu.

(Aproveito para informar que o gestor que falava do escorpião foi encontrado a estrebuchar quando, num dia de mais frio, meteu a mão no bolso para se aquecer)
LNT
[0.070/2013]

Ressacas

Vieira da SilvaJá decidi que este ano não vou escrever sobre o 25 de Abril.

Nem sequer escreverei "Viva o 25 de Abril!", embora ele sobreviva. Afinal já tudo foi escrito sobre o tema (menos aquilo que falta saber) e é graças ao dito cujo que temos o Passos Coelho formado, o Vítor Gaspar doutorado, o Relvas licenciado e dezenas de outros canudados a serem empossados todos os dias para as bandas da exposição da Joana dos tampões vaginais e dos vestidos berrantes.

Aliás, cada vez me apetece menos continuar a escrever sobre o que quer que seja num tempo em que somos esmagados pelos currículos de peso que tomam posse dos nossos destinos desde que se descobriu (outra consequência do 25 de Abril) que os Governos devem ser uma espécie de Reitoria de Universidade.

Em Portugal sempre se preferiu quem ensina a quem faz e os filhos de Abril (principalmente os enteados que dele tudo beneficiaram e muitos que renegam a paternidade) tomaram conta da coisa com o resultado que está à vista.

Este ano, em vez de escrever sobre o 25 de Abril vou só rever apontamentos sobre o 24 para não me esquecer que nessa altura ninguém podia escrever em liberdade, que o serviço militar e a guerra faziam parte do início de vida dos jovens que o deixavam de ser aos 21 anos, que a escola obrigatória andava um pouco acima da 4ª classe, que se morria frequentemente na infância, que a autoestrada de Lisboa ao Porto se eclipsava em Vila Franca e que isso dos mestrados e doutorados era coisa pouco mais que reservada a meia dúzia de privilegiados.
LNT
[0.069/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLIV ]

Vidigueira
Museu da Vidigueira - Alentejo - Portugal
LNT
[0.068/2013]

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Divórcios pelo Seguro

NavalhaPelo que leio no SOL, um grupo de "45 jovens turcos" (a expressão é lá usada) decidiu avançar com uma carta aberta a Seguro para o convencer da bondade de medidas que o próprio Partido Socialista recusou no último Congresso Nacional.

Nada contra "cartas abertas" nem contra os 45 jovens (isto de se ser jovem é cada vez mais a aplicação das teorias da esperança de vida aos conceitos de juventude – um destes dias os nossos netos já andam na faculdade e os seus pais ainda são jovens) até porque nutro por muitos deles amizade e simpatia. Tudo contra a tentativa de conseguir pela pressão mediática aquilo que se não consegue pela expressão eleitoral.

O Partido Socialista elegeu há meia-dúzia de dias os delegados ao Congresso Nacional para defesa das Moções Políticas que serão discutidas nesse Congresso. O teor desta "carta aberta" não foi apresentado a sufrágio dos militantes porque os seus subscritores não o quiseram fazer o que me parece que teria sido muito mais coerente com a ideia de “mostrarem preocupação crescente com o «acentuar do divórcio» entre os partidos e a sociedade” (como se os Partidos democráticos não fossem parte da própria sociedade e esse divórcio não se devesse começar a combater dentro dos Partidos para evitar o divórcio entre as suas elites e os seus militantes)
LNT
[0.067/2013]

Além da tróika

NauCom a rotativa de propaganda a trabalhar em alta rotação e com o anúncio, às pinguinhas, dos piegas que vão entrando para o Governo (não vá o Governo extinguir-se sem terem tido oportunidade de protagonismo curricular), Passos Coelho refugiou-se na toca, Gaspar anda de mão estendida por esse Mundo fora a tentar que alguém lha aperte e Paulo Portas persegue Álvaro por continentes longínquos com os intuitos de não o deixar falar do pastel de nata em que transformaram este País e com o de não se pronunciar sobre o assalto ao poder feito pelo PSD, escudado na máxima de que quando está lá fora não fala do que cá dentro se passa.

O problema de tudo isto (e vão agravá-lo em breve quando se voltarem a reunir para decidir novas formas de empobrecer o povo que dizem governar) é que esta gente pensa que os portugueses não os merecem. O problema é não terem a noção de que são eles que não merecem este povo. É por isso mesmo que Gaspar entende que nos está a pagar o que por ele fizemos quando nós, povo, agradecíamos que ele pagasse indo-se embora e com ele levasse as folhas de cálculo com formas mal paridas por gente que tem pouco jeito para a realidade e com elas levasse também as teorias de que os povos são felizes quando, depois de tudo se lhes retirar, se lhes atribui umas migalhas.

Foram além da Troika e agora que finalmente reconhecem que ir além do Bojador nem sempre é mais do que ir além da dor, continuam a encher a nau com marujos que desconhecem a leitura das estrelas. Resta-lhes o naufrágio e a nós resta desejar-lhes que, antes de se afundarem, sofram do escorbuto com que nos contaminaram.
LNT
[0.066/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLIII ]

Família Tobias
Tobias, Mimi e família - Lisboa - Portugal
LNT
[0.065/2013]

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Parabéns PS

Aniversário PS

Foi com gente desta (gente que pensava desta forma) que há 40 anos a ASP se fez o Partido Socialista Português.

É uma honra ser militante de tal Organização.
"Não temos felizmente nem guias nem chefes, mas temos a enorme fortuna de possuir os valores de auto disciplina, da independência de juízo na fidelidade aos princípios que defendemos, da auto-critica e da consciência das nossas responsabilidades."
Tito Morais
(extracto de uma missiva de Manuel Tito de Morais a José Neves publicado no Blog Comemorativo do Centenário do nascimento de Tito de Morais)
LNT
[0.062/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCL ]

Moedas Euro
Subsídio de férias - s/acertos do IRS - Portugal
LNT
[0.061/2013]

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Briefing

Cupcake Laranja4 – homens – 4 de fatinho escuro, gravatas escuras e explicações escuras, sentaram-se de manhã, frente às câmaras de televisão e tendo por pano de fundo o azul da Europa que segura as estrelas amarelas e o verde e rubro que ostenta a esfera com os castelinhos e as moedas que não temos para reembolso.

Dos 4 – homens – 4 centrei a minha atenção no novo maduro para estudar a pose e tentar entender a missão de que vem incumbido. Julguei estar na fábrica dos pastéis de Belém, tal o cheiro a canela e a açúcar misturado com os aromas que transformam a nata em creme e o folhado em massa quebrada.

Não perdeu um momento nem uma questão para dizer da sua graça e a graça com que o dizia andava sempre à volta de entendimentos inexistentes e de intenções em aberto para fingir que não estavam fechadas as decisões ocultadas.

Eram 4 – homens – 4, 1 - em estreia – 1. Nada de novo tirando a relva.
LNT
[0.060/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLIX ]

Brinquinho
Brinquinho - Madeira - Portugal
LNT
[0.059/2013]

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Diálogos

CenouraDomingo
O provável futuro dirigente de um dos tentáculos da Troika recebe os funcionários que hão-de ser seus subordinados quando for corrido de Portugal, que lhe transmitem ter vindo à Lusitânia a mando de quem os mandou (o alemão nunca foi o meu forte) com o intuito de fingirem que impõem aquilo que o seu alegado futuro chefe quer impor à populaça.

Gaspar monta-se no Mercedes (ou Audi) e vai até São Bento dizer ao seu testa-de-ferro que tem de fazer um número de circo e chamar ao palácio o líder do maior Partido da oposição para que os jornalistas escrevam que ainda vivemos em democracia.

2ª Feira
Não se passa nada. A equipa Benetton aproveita o Sol e o vinho português e aguarda que o seu futuro chefe lhes mostre o plano que terão de validar como se fosse seu.

3ª Feira
Coelho mete no correio a carta que Gaspar lhe entregou para ser dactilografada em papel timbrado da Presidência do Conselho de Ministros e manda o recado à rapaziada dos jornais para fazerem escarcéu à volta do assunto.

4ª Feira
Seguro acede, uma vez mais, a tentar dialogar com o Primeiro-Ministro. Na sessão de esclarecimento é confrontado com um PowerPoint acabado de chegar via eMail contendo o plano B que sempre foi o plano A do "mais-para-além-da-troika".

O Conselho de Ministros, o Primeiro-Ministro, os Ministros, o líder do maior Partido da Oposição, a Troika, a Concertação Social e o diabo que os carregue são confrontados com a decisão irreversível de Gaspar.

Os portugueses hesitam entre emigrar ou desligar as televisões.

O Sol ainda brilha para todos e não tarda estaremos a comemorar mais um 25 de Abril (possivelmente com os dirigentes da República fechados num bunker não vá uma maluquinha começar a cantar uma área qualquer ou o valente e duro PCP ligar os megafones com os acordes da Vila Morena, contra o Pacto de Agressão e na defesa da Reforma Agrária)
LNT
[0.058/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLVIII ]

Cozido à portuguesa
Cozido à Portuguesa - Portugal
LNT
[0.057/2013]

terça-feira, 16 de abril de 2013

Foram ao Pingo Doce a Bogotá ou a Medellín?

BoteroÁlvaro tem dois dias na Colômbia para mostrar o que vale. Depois disso consta que o outro Ministro da Economia Estrangeira se irá juntar à comitiva. Já que Portas não o consegue demitir, há-de conseguir calá-lo nem que seja fazendo-o beber um chazinho tradicional.

Já o nosso Presidente anda numa roda-viva nas Américas latinas. Depois da Colômbia, que ontem um jornalista dizia ser o novo el-dourado (aquilo tem por lá uns chás que fazem os jornalistas dizerem destas coisas), virá o Peru onde terá certamente a oportunidade de observar o sorriso das Lamas.

A equipa Benetton da Troica, que está a passar férias em Lisboa, agradece. Cavaco fora, dia santo na loja e dois dos três ministros da economia ausentes do País e o outro a amadurecer, dão-lhes folga bastante para apanharem um solzinho luso e para se aconselharem, sem entraves, com o seu ministro das finanças.

Quando o Presidente voltar já deverá estar traçado o destino da sua parca reforma.
LNT
[0.056/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLVII ]

Ericeira
Ouriço - Ericeira - Portugal
LNT
[0.055/2013]

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O lago dos cisnes

TrockaderoMais voto, menos voto, Seguro conseguiu quase 97 % de apoio dos militantes do PS e a sua Moção política 99%.

Parece que, aqueles que se esconderam debaixo da mesa depois de ter andado a ocupar tempo de antena exigindo atenção valem, mais voto, menos voto, uns 3%, isto é, não votaram em Seguro porque fazem saber não gostar dele, mas votaram nos delegados para defesa da moção política, porque lhe acrescentaram uns parágrafos e porque querem estar no Congresso Nacional para negociarem, em conjunto com os inerentes do costume, uns lugares de proa nos Órgãos Nacionais de forma a garantir que os holofotes se não apaguem e que as cadeiras do Parlamento continuem a proporcionar-lhes visibilidade.

Aguardemos agora por Santa Maria da Feira para saber como vai ser a dança. Consta que as proteções de silicone para os sapatos de pontas já estão esgotadas no mercado nacional.
LNT
[0.054/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLVI ]

X Files
X Files - Por aí
LNT
[0.053/2013]

domingo, 14 de abril de 2013

Longe de mais, he said

PortasPassos Coelho disse ontem que Portas andava longe de mais para ter ido à tomada de posse deste governo de maduros.

Hoje Paulo Portas já está perto para se sentar no Conselho Nacional do CDS a intrigar mais um pouco sobre a chuva e a traçar as navegações com que consegue o milagre de andar nos temporais sem se conseguir molhar, coisa estudada e aprendida quando transformaram o CDS em PP e a liderança do CDS deixou de ser democrata-cristã para passar a ser popular, populista, ou lá aquilo que é.

Portas sabe que, agora que o Governo já está maduro, falta-lhe pouco para cair de podre.

Paulo sabe que se a política fosse para ser feita por Professores Universitários, o Conselho de Ministros seria uma Reitoria.

Enquanto Maduro não se pega com Gaspar e os dois não se pegam com Álvaro, até porque Álvaro não se pega com quem quer que seja por preferir a Horta Seca à seca de ter de dar aulas a canadianos, Portas vai fazendo os seus habituais joguinhos aprendidos no tempo do Independente, altura em que tinha por Cavaco muito mais respeito frontal do que hoje finge ter.
LNT
[0.052/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLV ]

Expo 92
Expo92 - Sevilha - Espanha
LNT
[0.051/2013]

Excitações

Eva
A excitação que por aí vai por termos passado a ter mais um Professor no Governo.

Se isso fosse uma grande vantagem então estaríamos todos bem com o nosso Presidente da República, com Álvaro, com Gaspar, com Crato e com mais uns quantos que andam por aí e a TVI seria uma janela de oportunidades para a salvação nacional.
LNT
[0.050/2013]

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Fino que nem um pardal

PardalO Presidente dos Roteiros, não vá o Primeiro-Ministro não o convidar para presidir aos Conselhos de Ministros, lá vai garantindo a sua presença em São Bento.

Desta vez não o fará com intentonas de escutas mas sim com os ouvidos atentos de Ministros saídos da linha dura da sua comissão eleitoral. Um deles já tinha avisado que a solução "governo de iniciativa presidencial" era a sua preferida.

Para não perder o hábito, o dinheiro da Europa fica sob a batuta do maestro.

Ainda dizem que o homem não é político.
LNT
[0.049/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLIV ]

QR Code
Joana Lopes - Blog Entre as Brumas da Memória (6 anos) - Portugal
LNT
[0.048/2013]

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Let's go [ II ]

Águia
LNT
[0.047/2013]

Alapados

LapasApesar desta chuva e tempo malditos estamos na Primavera. Basta olhar para as árvores que se fazem de mortas no Inverno para o perceber.

Leio num comentário anónimo ao meu texto 44 (este ano a produção de texto deste Blog tem sido pouco mais do que quase nada) que:
"Acredito que no PS há boas pessoas, cidadãos, técnicos, mas também lá estão os alapados aos tachos, troca-de-favores e futuras prebendas da rotatividade no poder... e as práticas destes fazem desistir e desacreditar no futuro do PS... e do país."
Preferi trazer à primeira página o contraditório, não porque tenha muito a contradizer por conhecer a realidade, mas porque é Primavera e na Primavera as árvores que se fazem de mortas no Inverno, enchem-se de folhas.

Há alapados nos Partidos, há alapados fora dos Partidos (que aliás estão na moda e a quem é muito mais favorável ser “independente”), há alapados na política, há alapados políticos que gostam de fingir que não o são (nem políticos, nem alapados – o nosso Presidente da República é um bom exemplo) e principalmente há os alapados na indiferença, aqueles que nada fazem para que algo seja diferente e estão sempre na vanguarda da crítica inconsequente e irresponsável porque, como se sabe, só se responsabiliza quem faz.

Além das lapas que se fixam com ganas às rochas para garantirem que as marés não as sacam dali, também há os burriés, os búzios, os ouriços e as pulgas-do-mar que, embora pareçam mais móveis do que as lapas, também se alimentam da babugem.

Depois há as árvores que deixaram de se entender com a Primavera. Sem folhas e sem força para brotarem novos galhos só aguardam que o madeireiro lhes acerte.
LNT
[0.046/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLIII ]

QR Code
QR Code da Barbearia - Moderneiras - aqui mesmo
LNT
[0.045/2013]

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Festas

Bandeira do PSOs Congressos Nacionais do Partido Socialista costumavam ser uma festa. Partido enraizado nos conceitos democráticos da melhor tradição, defensor de teorias social-democratas e humanistas, nunca deixou que a liberdade fosse suspensa nem que os princípios de fraternidade e solidariedade fossem metidos na gaveta, mesmo em tempos de grandes dificuldades.

Por assim ser, a festa socialista que sempre foram os seus Congressos, levava a palco ideias diferentes de fazer, protagonistas diferentes e orientações políticas diversas que não temiam confrontar-se, algumas vezes para depois fazerem a síntese, outras para optar pelos caminhos vencedores.

Só um exemplo, o Congresso onde Manuel Alegre, João Soares e José Sócrates foram opositores, chegaria para realçar a festa socialista, a festa da democracia, da liberdade e da clarificação.

Neste Congresso que se aproxima parece que todos alinham pela mesma doutrina. Apoiantes e detratores dos órgãos directivos do PS propõem-se avançar sem constituir alternativa.

Fraca festa se espera. Tenho saudades do tempo em que o conceito da política continha frontalidade e lealdade.
LNT
[0.044/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLII ]

Geneve
Genebra - Suiça
LNT
[0.043/2013]

terça-feira, 9 de abril de 2013

Navegar é preciso

BarcosFiz um pequeno texto na Rede Social sobre a apresentação que AJ Seguro fará, amanhã, da sua moção ao Congresso Nacional e sobre as eleições do SG do PS e dos delegados ao Congresso que se realizarão no próximo sábado.

Confesso que o texto continha uma pequena provocação porque relembrava que os delegados ao Congresso são os representantes dos militantes para defesa das moções pelas quais se apresentam a sufrágio e têm o dever de, na qualidade de mandatários de quem os elege, eleger os órgãos nacionais para o próximo mandato.

De troco recebi meia dúzia de comentários, curiosamente todos oriundos de não eleitores do PS, onde se atacava Seguro com as habituais frases e expressões de desdém que seriam pronunciadas da mesma forma sobre qualquer outro candidato que se apresentasse a líder do PS.

Interessante verificar que o habitual "eles” e "nós" continua a ser a chave de tudo isto.
LNT
[0.042/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXLI ]

Cow Parade
Cow Parade - Lisboa - Portugal
LNT
[0.041/2013]

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Validar alternativas

EleiçõesNão deixa de ser interessante ouvirem-se vozes, algumas vindas do próprio interior do PS, a reclamar de que ainda não é tempo do Partido Socialista exigir eleições antecipadas. Dizem-nos que o PS deveria apresentar-se activo no debate sobre as reformas do Estado e só quando as suas teses fossem viáveis e suportadas por forças que garantissem a sua implementação, se deveria avançar.

Parecem essas vozes esquecer-se de que “as forças” de suporte só são reais após a contagem dos votos e de que, contra um bloco de surdos como o que agora dirige a nossa Nação, só há essa forma de se fazer ouvir.

António José Seguro fez tudo o que era exigível a um líder político fazer para que não tivéssemos chegado ao estado de ruptura em que nos encontramos. Muito do que fez até lhe custou fortes antipatias por parte daqueles que se dão mal com as ideias dos outros e que julgam não dever dar oportunidades para testar ideias diferentes.

Perante os maus resultados conseguidos por aqueles a quem foi concedida a dúvida, Seguro apresentou alternativas e não negou colaboração. Perante a recusa de todas as alternativas e perante os insucessos patentes, Seguro acabou por romper e demarcar-se.

Querem debate sobre a reforma de Estado? Neste momento só há maneira de o fazer através de um programa eleitoral.

Querem suporte por parte de forças que viabilizem uma alternativa? Neste momento só o é possível alcançar nas urnas, dado o radicalismo instalado no terreno.

Sei que o apoio a eleições antecipadas vindo de quem sempre defendeu os prazos democráticos pode chocar algumas susceptibilidades mas os prazos nunca serão mais importantes do que a vida das pessoas e o sufrágio será sempre a melhor forma, em democracia, para validar alternativas.
LNT
[0.040/2013]

Estado de sítio

Rui PerdigãoPassos Coelho e Paulo Portas entenderam que a melhor forma de responder perante a reposição da legalidade infringida foi a de declarar guerra aos cidadãos de Portugal.

Pouco faltou ao Primeiro-Ministro, que respirava ódio e se engasgava no discurso, para declarar o estado de sítio e assim punir quem o chamou à ordem constitucional.

Todos os poderes que pediram a fiscalização da legalidade, o Presidente da República, a Assembleia da República e o Provedor de Justiça, foram alvo indirecto do seu discurso e o Tribunal que o julgou foi objecto das mais graves afrontas feitas em democracia a um poder independente.

Os cidadãos são o alvo da vingança e foram anunciadas as malfeitorias que se seguem para demonstração de que ninguém sairá impune à rebeldia e ao inconformismo.

A alocução piegas e revanchista do chefe do Governo português ficará certamente registada na memória de uma Nação que não se resigna à má-sorte, embora resulte das suas escolhas, de ter tão fraca gente e com tão má índole a dirigir os seus destinos.

Imagem: Rui Perdigão
LNT
[0.039/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXL ]

Amoreiras
Amoreiras - Lisboa - Portugal
LNT
[0.038/2013]