terça-feira, 29 de outubro de 2013

O milagre da retoma

AnjoCom o sector cervejeiro em grande forma, Pires de Lima, o ex-crítico desta coisa que nos governa (ou se governa) descobriu agora, passados três meses da sua posse, que tudo o que disse anteriormente foi um enorme disparate e que o sucesso destas políticas que nos puseram a pão-e-água se evidencia num verdadeiro milagre económico.

É a retoma, que é como quem diz, é o tomar duas vezes ou tomar de novo, ou o toma lá mais disto que é para aprenderes. Pelo caminho ainda vem o recado de que se não ficam caladinhos ainda retomam no focinho.

Por falar em símios, quantos são permitidos por habitação? E ainda por falar nisso, o Conselho de Ministros vai passar a ter de reunir noutro lado ou vai ser aberta uma excepção para o número de animais domésticos que se podem juntar no apartamento da Gomes Teixeira?
LNT
[0.412/2013]

2 comentários:

Zé Escorpião disse...

Os homens no seu afã de anunciar a retoma económica, quase se atropelam uns aos outros. Mas por enquanto e muito prudentemente, Paulo Portas só anunciou o fim da recessão técnica. Quanto à efetiva ainda ninguém deu pela sua chegada. Talvez seja como D. Sebastião. Chegará numa manhã de nevoeiro, não se sabe é quando.

Anónimo disse...

"O governo do Estado deve basear-se nas quatro virtudes cardeais e, sob esse ponto de vista, a situação de Portugal não é satisfatória.

A força reside em parte na população; é pois preciso evitar o despovoamento, diminuindo os tributos que pesam sobre o povo.

Impõem-se medidas que travem a diminuição do número de cavalos e de armas.

É preciso assegurar um salário fixo e decente aos coudéis, a fim de se evitarem os abusos que eles cometem para assegurar a sua subsistência.

É necessário igualmente diminuir o número de dias de trabalho gratuito que o povo tem de assegurar e agir de tal forma que o reino se abasteça suficientemente de víveres e de armas; uma viagem de inspecção, atenta a estes aspectos deveria na realidade fazer-se de dois em dois anos.

A Justiça só parece reinar em Portugal no coração do Rei [D. João I]e de D. Duarte e dá ideia que de lá não sai porque, se assim não fosse, aqueles que têm por encargo administrá-la comportar-se-iam mais honestamente.

A Justiça deve dar a cada qual aquilo que lhe é devido e dar-lho sem delonga. É principalmente deste último ponto de vista que as coisas deixam a desejar: o grande mal está na lentidão da Justiça.

Quanto à temperança, devemos confiar sobretudo na acção do clero, mas tenho a impressão de que a situação em Portugal é melhor do que a dos países estrangeiros que visitei.

Enfim, um dos erros que lesam a prudência é o número exagerado das pessoas que fazem parte da casa do Rei e da dos Príncipes de onde decorrem as despesas exageradas que recaem sobre o povo, sob a forma de impostos e de requisições de animais.

Acresce que toda a gente ambiciona viver na Corte, sem outra forma de ofício."

Daqui-http://abemdanacao.blogs.sapo.pt/1054116.html