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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Hoje em Lisboa

Infinito MajestosoComo foi para dar boas notícias lá apareceu o Vice-Primeiro nas pantalhas com a sua irrevogável amiga. A maçaroca já cá canta. Venha o cheque, esqueçam o segundo resgate porque o tempo da chantagem pré-eleitoral já lá vai e tratem de amochar mais um ano porque isto é a vida real e reformar o Estado dá um trabalhão quando se quer ir além da troika e aquém de tudo o que é decente.

A coisa não merece mais referência. Paleio até que o OE entre na Assembleia da República e se entenda, de vez, que o caminho do empobrecimento é um trilho estreito à beira do precipício que terá de ser palmilhado até ao fim, quando se confirmar que o trilho foi um beco sem saída.

Passemos então ao que interessa e o que hoje interessa é a apresentação da narrativa ficcional que está contida pela capa do novo livro de José António Barreiros. Infinito Majestoso será hoje presente em Lisboa, Telheiras, na Biblioteca Orlando Ribeiro e a Labirinto de Letras convida de porta aberta.

Tenho por Barreiros uma simpatia especial que vem desde o tempo do VI Governo Provisório e do I Constitucional onde partilhámos tarefas no gabinete de Manuel Tito de Morais.

Desconheço o que está escrito nesta obra mas posso adivinhar a forma porque lhe conheço o estilo, a clareza de raciocínio e o rigor das palavras.
Até logo.
LNT
[0.349/2013]

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Da mansidão

Gaiola Dourada

Ontem fui ver a Gaiola Dourada (la cage dorée), de Ruben Alves, filme luso/francês que vivamente recomendo pelo desempenho dos actores, pela imagem e pela sensacional banda sonora.

Na sala esgotada onde o vi, incomodado pela mastigação das pipocas (esta gente nunca mais aprende a comer com a boca fechada) e pelo pivete de outras comezainas que agora é possível levar para dentro das salas de projecção, sucederam-se as gargalhadas de gente suficientemente jovem para não entender o drama/comédia e demasiadamente alheia das dificuldades nacionais que levaram à emigração francesa, alemã e luxemburguesa (e também à americana/canadiana) de muitos portugueses nos anos 50/70 do século passado.

Foi uma emigração “à bruta”, “a salto”, muitas vezes para sair dos bairros da lata de cá em busca do menos mau nos bidonville de lá e que misturou a subserviência com o “bom comportamento” para ascender às portarias de um qualquer bâtiment, numa qualquer boulevard parisiense.

Vi as cenas emocionado entre a boa disposição provocada pelo espírito do “desenrasca português” e a revolta por termos deixado na Europa a imagem de sermos um povo submisso, subserviente e manso.

Não pude deixar de fazer o paralelo com a expressão “bom aluno” de que tanto se orgulha o nosso Presidente da República. Não pude deixar de fazer o paralelo entre o comportamento da família Ribeiro e o do Governo Coelho/Portas.

Vão ver porque vão gostar, mas depois digam se não se mantém, excluindo as diferenças existentes entre uma família e uma Nação, a predisposição para a humilhação e para o complexo de inferioridade.
LNT
Elenco: Rita Blanco, Joaquim de Almeida, Roland Giraud, Chantal Lauby, Barbara Cabrita, Lannick Gautry, Maria Vieira, Jacqueline Corado, Jean-Pierre Martins, Alex Alves Pereira, Sergio da Silva, Nicole Croisille, Bertrand Combe, Ludivine de Chastenet, Alexandre Ruscher, Paul Ruscher, Alice Isaaz, Ruben Alves, Oliver Rosemberg e Yann Roussel.
[0.272/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXIX ]

Gaiola Dourada
A Gaiola Dourada - Ruben Alves - Portugal
LNT
[0.271/2013]

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Jean Stapleton


Para sempre agradecido pelos bons momentos que Edith me deixou. A inteligência pelo riso é muito mais do que a esperteza séria de muitos saloios.
LNT
[0.149/2013]

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Resistência Activa ao Aborto Ortográfico

Pedro CorreiaO Pedro Correia, do Delito de Opinião, há muito que publica (vai no 65º post) uma rubrica intitulada “Resistência Activa ao Aborto Ortográfico”.

Vejo agora que evoluiu da reprodução das capas dos livros de autores resistentes e passou a guerrilheiro com um livro editado pela Guerra & Paz, integrado na colecção - livros politicamente incorrectos -, onde as Vogais e consoantes politicamente incorrectas do acordo ortográfico são as estrelas de uma investigação ao processo político que fabricou o polémico (des)Acordo.
"O Acordo é tecnicamente insustentável, juridicamente inválido, politicamente inepto e materialmente impraticável"
Pedro Correia
Vou ler. Já sei que está à venda por 14.99 Euros na FNAC. Depois pedirei o autógrafo.

ET. A apresentação do livro será feita no dia 21 de Maio, às 18:30 horas, na Bertrand do Picoas Plaza, Lisboa.
LNT
[0.102/2013]

terça-feira, 13 de novembro de 2012

os livros

Como se desenha uma casaÉ então isto um livro,
este, como dizer?, murmúrio,
este rosto virado para dentro de
alguma coisa escura que ainda não existe
que, se uma mão subitamente
inocente a toca,
se abre desamparadamente
como uma boca
falando com a nossa voz?

É isto um livro,
esta espécie de coração (o nosso coração)
dizendo "eu" entre nós e nós?
Manuel António Pina
Como se desenha uma casa
LNT
[0.574/2012]

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Enquanto Portas dormia *

Paulo PortasNa movimentação dos espiões que circulavam livremente e passavam os saberes públicos aos privados que lhes pagavam favores e mordomia,
Portas dormia para fazer que não via.

Na movimentação dos estrangeiros que adquiriam as jóias da coroa a valor de saldo para depois empregar os que lhe davam guarida e outra simpatia,
Portas dormia para fazer que não sabia.

Na movimentação das copiadoras e dos dossiers que submergiam para que a História não contasse a conta pública que aparecia,
Portas dormia e fingia.

Na movimentação dos saques que se abatiam sobre os cidadãos para dar mais gordura ao gordo que no Estado se mexia,
Portas viajava e fingia que dormia para fazer que não via, nem sabia.

Enquanto Portas dormia,
Todos e tudo se espremia,
ele de conta fazia,
ele nada sentia e mentia,
ele de todos se escondia,
e mais do que qualquer outro, fingia.
* Título inspirado numa obra de Domingos Amaral
LNT
[0.415/2012]

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Tralalá

TralalaSei lá o que é Tralalá. Não sei russo nem sequer alemão. Português sei pouco, o suficiente para ir dando novidades daquilo que se faz por aí.

Se querem saber o que é Tralalá perguntem à Helena que anda pelas terras de Merkel a traduzir para português o que é impensável em russo. E, como se não chegasse, refugia-se em estranhos lugares para fazer aquilo que diz serem lançamentos de obra em Portugal.

Fixei que, com entrada livre e depois de autógrafos na Feira do Livro, a trupe se junta na Pensão Amor, coisa "in" vanguardista de Lisboa.

Fica a notícia e, já agora que falei da Feira do Livro, não se esqueçam de que hoje, dia 28, o Porfírio assina o seu “Podemos matar um Sinal de Trânsito?” entre as 15 e as 17 horas, altura em que suspenderá a caneta para dar lugar à de Mário Soares, um pouco mais acima.

Divirtam-se, pois leitura, autógrafos e amores ainda só pagam 23% de IVA.
LNT
[0.240/2012]

domingo, 15 de abril de 2012

Tudo por escrever

Nada está Escrito
Balada dos Aflitos

Irmãos humanos tão desamparados
a luz que nos guiava já não guia
somos pessoas - dizeis - e não mercados
este por certo não é tempo de poesia
gostaria de vos dar outros recados
com pão e vinho e menos mais valia.

Irmãos meus que passais um mau bocado
e não tendes sequer a fantasia
de sonhar outro tempo e outro lado
como António digo adeus a Alexandria
desconcerto do mundo tão mudado
tão diferente daquilo que se queria.

Talvez Deus esteja a ser crucificado
neste reino onde tudo se avalia
irmãos meus sem valor acrescentado
rogai por nós Senhora da Agonia
irmãos meus a quem tudo é recusado
talvez o poema traga um novo dia.

Rogai por nós Senhora dos Aflitos
em cada dia em terra naufragados
mão invisível nos tem aqui proscritos
em nós mesmos perdidos e cercados
venham por nós os versos nunca escritos
irmãos humanos que não sois mercados.
Manuel Alegre
Manuel Alegre apresenta "Nada está escrito", o seu mais recente livro de poesia.

Será amanhã, dia 16, pelas 18:30, na Leya, em Lisboa, Rua Duque de Palmela, 4.

Lá estarei para me juntar à oração à Senhora dos Aflitos. Pode ser (embora pouco crente) que nos ajude a sair desta agonia que transforma seres humanos em escravos dos "mercados".
LNT
[0.210/2012]

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

À procura de um papel

Três actores à procura de um papel


Diz-me o Joaquim Paulo Nogueira (JPN) que vai estar em cena na Comuna Teatro Pesquisa, à Praça de Espanha, Lisboa, entre os dias 19 e 29 de Janeiro (de quinta a sábado às 21:30 e aos domingos às 16:00 h) a peça "Três actores à procura de um papel"

Passará na Sala Novas Tendências e só o facto do texto e da encenação serem da autoria de JPN é suficiente para acreditar que estaremos perante um espectáculo a não perder. Os papéis desempenhados por João Cabral, Oceana Basílio e Ângelo Torres garantem o resto.
LNT
[0.034/2012]

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Abecedário Simbiótico

Abecedário Simbiótico
Paulo Teixeira Pinto vai apresentar o novo livro de José Adelino Maltez no Hotel Holiday Inn Lisbon – Continental, sala Lisboa, dia 2011.12.16 pelas 18:30 horas.

Lê-se:

"Abecedário Simbiótico poderia ser mais um livro sobre Maçonaria. O conteúdo de muitas das suas entradas são sobre temas, símbolos, significados, história da Maçonaria ou Maçon e a eles também se referem as siglas ou a biografia.

Mas o livro é mais do que tudo isso: tem uma relação de mútua dependência com as coisas do mundo, um benefício mútuo."

LNT
[0.579/2011]

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Outros polvos

PolvoAnthony Bourdain é um chef americano (com ascendência francesa).

Nada de especial, não fosse o bestseller que publicou - Kitchen Confidential: Adventures in the Culinary Underbelly - os programas televisivos de comesainas e passeatas que tem na Fox, no Travel e no Food e o restaurante onde é chef em Nova Iorque - Brasserie Les Halles – que infelizmente não conta com os melhores portugueses na sua carta de vinhos.

O homem andou por Lisboa à conversa com Lobo Antunes e à procura de um sítio onde pudesse comer de madrugada, já com uns copos valentes nos queixos. Foi o suficiente para dar uma página no Jornal de Belmiro.

Temos de ver o que ele irá apresentar na TV quando mostrar o polvo assado que pescou e as bifanas que comeu em terras lusas.

Boeuf Bourguignon
Anthony Bourdain

(
Ver a receita completa)
Total Prep: about 3 hours, serves 6

Ingredients
2, 9-lb. paleron of beef, or chicken steak or same amount of shoulder or neck, cut into 1-1/2- inch pieces
1 garlic clove
1 bouquet garni
1/4 cup of olive oil
4 onions, thinly sliced
1 tbs. all-purpose flour
1 cup red Burgundy
6 carrots, cut into 1-inch pieces
Salt and pepper
A little chopped flat parsley
LNT
[0.568/2011]

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Simão

SimãoO Simão anda num excitex que não se aguenta.

Conseguiu cirandar pelas mãos do Professor da TVI e ganhou novo fôlego para cotar a Tia Sofia como bestseller deste Natal.

Deus queira que os queques dos vizinhos de cima não o desconcentrem.

Sobre ele diz a Editorial Presença:
"É contestatário, divertido, irónico, inocente. Através de uma lógica surpreendente, consegue descobrir novas perspectivas em problemas antigos e é capaz de comunicar as suas verdades sem papas na língua, como só as crianças o sabem fazer."

Em Lisboa, irá apresentar-se no dia 17 de Dezembro, pelas 16h00, na FNAC do Chiado.
LNT
[0.564/2011]

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Podia ter sido pior

PicoteA cultura portuguesa gosta da fórmula: Podia ter sido pior!

Uma pessoa é atropelada numa passadeira, perde um olho, três dentes e uma perna e não faltará alguém para dizer:
Podia ter sido pior!
Uma outra perde o emprego, não consegue pagar a prestação da casa, mas ainda assim consegue não ir dormir para baixo de uma ponte e haverá sempre alguém que diga:
Podia ter sido pior!
Outra espatifa um automóvel, morre-lhe a família toda menos um e alguém lhe dirá: Podia ter sido pior!

A isto acresce o complemento:
Resigne-se, tenha paciência!

É com base neste caldo de cultura que se faz saber que a electricidade vai aumentar 30% e vai ser mais cara 17% de IVA, para depois, usando a fórmula do engano, se informar que não, que não será nada disso e que, embora o país esteja em recessão, os ordenados não tenham tido aumentos e nalguns casos até tenham baixado, a inflação seja a mais alta dos últimos anos e que a Eléctrica portuguesa continua a gerar lucros chorudos, o aumento da electricidade vai ser só de 5% mais os tais 17% de IVA, coisa de nada, coisa para resignação e paciência, até porque podia ter sido pior.
LNT
[0.415/2011]

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Estilo Queen Anne

Ana Vidigal

Para depois de amanhã (21.09) temos Ana Vidigal na BAGINSKI.
Do conhecimento adquirido em exposições anteriores é coisa para não se perder e esta complementa-se com um espectáculo de uma noite só.

LNT
[0.385/2011]

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Regresso

Peter Balikó


Peter Balikó expõe, durante três dias, a pintura que tem feito nos três últimos anos. À mostra chama “Regresso” e inaugura-a com uma prova de comida húngara para que os sabores e aromas se misturem no mar que o inspira.

Vai fazer tudo isso amanhã, dia 16 de Setembro, a partir das 18:00 horas, no Espaço Santa Casa, Rua do Carmo, Lisboa.

Parece ser uma boa forma de terminar a semana, ou de iniciar o fim-de-semana, como preferirem.
LNT
[0.379/2011]