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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Coragem (acto de corar)

Caveira
coragem (ò)
(corar + -agem)
s. f.
Acto ou efeito de corar. = CORA
Serve esta definição, conforme registada no Priberam para explicar como deveria ficar o rosto dos políticos que pretendem justificar o inexplicável. E esta serve porque deveriam ruborizar por pretenderem usar a palavra para tirarem dividendos do a-vida-a-andar-para-trás daqueles que neles depositaram confiança e esperança que os ajudasse a ter uma vida-que-andasse-para-a-frente.

CoragemFirmeza de ânimo ante o perigo, os reveses, os sofrimentos - (outro significado contido no mesmo link acima) temos nós que tanto contribuímos e tão pouco recebemos em troca.

Esta evocação tardia de coragem deveria fazer envergonhar os que agora se dizem com coragem (porque agora tomaram medidas impopulares e de sofrimento), coragem que não tiveram quando lhes foi exigido que concretizassem reformas que iniciaram e deixaram cair.

Só para exemplificar essa covardia fica o exemplo da reforma da AP, vulgo PRACE, que ficou nas meias-tintas há uns anos e não permitiu enfrentar a máfia que administra e controla a AP. E não se deixem enganar. Não estou a falar de boys & girls mas sim de um grupo bem cimentado de gente, independentemente da sua coloração política, que se instalou para a vida e põe-e-dispõe da Administração a seu bel-prazer e em proveito próprio.

Deixem a coragem para os combatentes e tratem de agarrar as rédeas da gestão pública, para que depois não venham evocar a coragem que não têm para enfrentar os poderosos que lhes aparecem pela frente, mas que sempre lhes sobra para com os mais fracos.
LNT
[0.334/2010]

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Bola de trapos

MatrecosSempre me questionei porque é que os portugueses gostam tanto de futebol e agora, depois do derby de Lisboa, faz-se luz quando oiço as conversas centradas nas entradas violentas "pela frente" e "por trás" e nas razões de que fazem coro para justificar a vitória de uns e a derrota de outros. Entendo que a bola é um entretém de milhões de viciados no jogo do empurra, um desporto que tem por regra não assumir culpas próprias e remeter para os outros as suas próprias incapacidades e constrangimentos.

Daí, imagino bancadas e poltronas cheias de desportistas que nunca suaram, a exigirem que outros corram por si, outra das características de quem há séculos espreita o mar na esperança de avistar as velas das naus capitaneadas por Dom Sebastião.

Junto a estes ingredientes a pitada que consiste no tratamento indigente de um rectângulo feito bola de trapos ao sabor dos chutos de quem o conduz e concluo porque é que o futebol é o catalisador do desígnio nacional.
LNT
[0.145/2010]

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

67, um número curioso

Miguel Telles da GamaDois dos mais graves problemas da sociedade actual, seja ela política ou civil como agora sói dizer-se, é a falta de identificação dos objectivos e a diminuta seriedade em relação aos membros não executivos dessa sociedade.

Lê-se hoje nos jornais, penso que no tablóide CM, que o Governo irá propor a passagem da reforma para os 67 anos. A acontecer, trata-se-á de mais uma desonestidade, dado que as reformas não dependem dos contribuintes mas sim dos trabalhadores que para elas descontaram com base em pressupostos de contrato que são alterados unilateralmente no decurso da sua vigência. Se é verdade que o tempo médio de vida tende a ser dilatado, não deixa de ser igualmente verdadeiro que quem amealha uma vida inteira tem o direito a usufruir do benefício de poder gozar os últimos anos dessa vida sem ter de cumprir horário. As pessoas têm de ter direito à felicidade e a usufruir das suas poupanças, sejam elas constituídas em amealhamento no privado ou no Estado.

Quanto aos objectivos e à obrigação de serem definidos com verdade e eficácia, há que apurar que o objectivo não é o prolongamento do tempo de trabalho (basta perceber que o Estado e os particulares não contratam trabalhadores com mais de 55 anos) mas sim a sustentabilidade dos esquemas que pagam essas reformas.

Definido o objectivo (sustentabilidade das reformas), deixem em paz e sejam honestos com os trabalhadores e desobriguem-nos da obrigação de trabalhar até aos 67 anos, limitando-se a incluir os descontos nas reformas até que se atinja essa idade.

Evitam a desonestidade de comer uma percentagem do montante a que os contribuintes têm direito (através da penalização), aliviam o mercado de trabalho, promovem o emprego nos sectores mais jovens e ajudam na felicidade de quem já começa a não ter pachorra para aturar esta malta que está convencida que é com o seu contributo que se sustentam as reformas dos que já descontaram toda a vida para as ter.
LNT
[0.078/2010]

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Albert Camus

Short adaptation of Albert Camus "The Stranger" (l'etranger)

Eduardo Graça quis comemorar o cinquentenário da morte de Camus com uma cronologia que elaborou e fez publicar no Absorto e no Ir ao Fundo e Voltar.

Esse magnífico trabalho foi igualmente publicado, repartido por quatro Posts (1), (2), (3) e (4), no a Regra do Jogo e deixo-o agora em pdf, com um agradecimento ao seu autor, para download de todos aqueles que queiram dispor do documento por inteiro.
LNT
[0.010/2010]

Rastos:
USB Link ->
Absorto ≡ Eduardo Graça
-> Ir ao Fundo e Voltar ≡ Eduardo Graça
-> a Regra do Jogo

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

As sondagens e a fava

Bolo-ReiTenho para mim que as sondagens são só um instrumento de percepção. Atribuir-lhes o valor que não têm para poder, por exemplo, afirmar que uma vez projectada (nas sondagens) a vitória a um grande Partido da Esquerda já permite não votar nele mas sim noutro para garantir pressão à esquerda numa futura legislatura, pode ser uma falácia com efeitos surpreendentes.

Vale o que os cidadãos eleitores depositarem nas urnas e isto não inclui os jogos mentais. Só será contabilizado aquilo que é para contabilizar, isto é, a evidência escolhida.

As últimas sondagens trouxeram-nos surpresas. Nestas eleições, quem não quiser ser surpreendido, não se fie nos votos dos outros porque o fio é curto e protestar não basta.
LNT
[0.602/2009]

Em simultâneo:
USB Link
->
Cão como tu
-> Eleições2009/o Público

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Olhe que sim

MagritteTenho para mim que os debates políticos não se ganham nem se perdem. Julgo mesmo que esta classificação só resulta do amorfismo em que a ideologia se perdeu.

Os debates fazem-se com ideias diferentes e o que se pretende com eles, ou deveria pretender, é a passagem da mensagem política com que cada um dos actores justifica e explica as suas opções para resolução dos problemas, caso venha a ser escolhido pelo voto.

Basta que se escutem os "fiéis" para entender que o conceito de vencedor ou perdedor está intimamente ligado aos que se revêem no que cada um significa. Claro que em termos de espectáculo se podem reconhecer os melhores actores mas reduzir a política a isto é matar a política e dar razão aos abstencionistas que entendem ser tudo uma questão de formato sem consequências na sua vida futura.
LNT
[0.578/2009]

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Mais qualidade (alt)

Diário Económico- LNTDeixo mais abaixo o meu texto que foi hoje publicado no DE.

A diferença que existe no segundo parágrafo entre o texto aqui reproduzido e o que foi publicado no DE deve-se única e exclusivamente a um problema de transmissão.

Mais qualidade

Em resposta aos que entendem que em tempos de crise basta gerir a crise, temos de agir proactivamente na construção do futuro e no combate à apatia.

Os gurus americanos da qualidade do final do século passado deixaram-nos boa base de trabalho. Não é o local nem o tempo para desenvolver os princípios por eles enunciados (recursos, formação, prevenção, custos totais, produção, liderança, equipa, desempenho, etc.) mas podemos retirar a essência dos seus ensinamentos nos quatro pontos do ciclo da qualidade de W. Edwards Deming e adaptá-los à nossa realidade política, sem nunca esquecer que a política é feita para e com os cidadãos.

Planear/Projectar para o futuro, sem medos geracionais. Planear não é rabiscar meia-dúzia de intenções mas sim analisar os riscos, medir os recursos e projectar custos e benefícios. Implica encargos de geração? Certamente, mas é imprescindível ter visão e objectivo em tudo que operamos. Se as gerações anteriores tivessem feito o mesmo por nós estaríamos hoje melhor, como acontece em todos os países desenvolvidos.

Fazer, porque conceber não basta. Temos de avançar com o planeado, construindo, deixando obra. Aos imobilistas e resistentes, aos eternos estudo-dependentes, temos de responder com a realização do planeado envolvendo-os, gerindo a mudança, informando-os, comunicando-lhes a evolução e a inovação e demonstrando-lhes a exequibilidade e a utilidade do planeado.

Verificar, através de objectivos tangíveis. Temos de determinar indicadores fiáveis com metas concretas para os monitorizar e avaliar os resultados. Há que entender o que corre bem e mal, há que acompanhar a execução, controlar os custos e apurar onde se devem afinar as mecânicas de fazer melhor e percepcionar a satisfação daqueles com quem e para quem se está a construir. Teremos melhor gestão da mudança e melhor reforma.

Agir/Corrigir para eliminar os pontos fracos, lançando o ciclo num tempo de aperfeiçoamento sem-fim, em busca da eficácia e da rentabilização do esforço para se atingir mais e melhor vida.

O objectivo da melhoria contínua é um modelo inconciliável com a estagnação pretendida pelos que se deixam ficar na expectativa de que a crise passe até descobrirem que as crises não passam per si. O imobilismo que rasga e destrói, bem como o vanguardismo revolucionário que não vai além da demagogia e do populismo, nunca conseguirão transformar ameaças em oportunidades.

Pelo que já ouvimos, as mudanças que se anunciam resumem-se a novas rupturas, novos recomeços. Percebe-se que pretendem o pior para se justificarem das suas insuficiências sem que ao mesmo tempo nos digam ao que vêm. Fazem parte dos problemas, não das soluções.


Luís Novaes Tito
Sistemas de Informação e de Gestão da Qualidade
LNT
[0.568/2009]

Rastos:
USB Link ->
Diário Económico ≡ Luís Novaes Tito - Mais Qualidade
-> Eleições2009/o Público
-> SIMpleX

domingo, 19 de abril de 2009

Caras novas e velhas, vícios antigos

Peanuts - Think Big Muito se fala da abertura dos Partidos e das novas ideias para condução dos processos eleitorais. Fala-se no uso daquilo a que ainda hoje chamam as "novas tecnologias", como se elas fossem novas e continua-se a pensar que com a simulação dessas formas modernaças estarão na vanguarda de coisas que não dominam e das quais são analfabetos funcionais.

Exemplos? Todos aqueles candidatos e titulares que exibem endereços electrónicos que não usam para responder a quem os aborda. Todas as forças políticas que têm Blogs abertos e outras modernices (que no íntimo julgam ser modernices) e que em campanha os mantém fechados a comentários. Todos os novos e modernos Partidos concorrentes que se vitimizam pela falta de impacto na Comunicação Social e julgam que, pelo facto de se desmultiplicam na aparência das modernices da moda da informação instantânea tipo Twitter, Facebook e quejandas, demoram o tempo que a burocracia lhes permite para responder a três questões levantadas por um qualquer Blogger.

Ser moderno não é ser modernaço e os políticos que não perceberem que tudo mudou, que são-lhe necessários os pequenos apontamentos imediatos, que os instantâneos proporcionados pelas tecnologias da informação e comunicação exigem atenção e urgência e que a interacção é indispensável à passagem da mensagem, poderão continuar convencidos que lhes basta parecer modernaços para serem modernos mas irão surpreender-se com a falta de apoio de quem os questiona e não obtém respostas e com os resultados que quem usa criteriosamente as tecnologias irá obter.

Há gente, antiga e nova, que é sempre velha. Há gente que continua convencida que lhe basta parecer, para ser.
LNT
[0.319/2009]
(Também publicado no Eleições 2009/o Público)

quarta-feira, 18 de março de 2009

Botão Barbearia[0.230/2009]
Cada macaco no seu galhoVer, ouvir e falar

Numa democracia como a nossa, quem responde pelo cumprimento dos programas eleitorais são (deveriam ser) os Deputados uma vez serem eles quem se apresenta a sufrágio universal com os objectivos elencados (ou enumerados, para os puristas) e em nome dos Partidos Políticos que os incluem nas listas.

Os Governos respondem pelo cumprimento dos Programas de Governo que, como se sabe, são aprovados na AR e não são objecto de escrutínio popular.
LNT

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.129/2009]
Porque continuo no PS [ II ]Malmequer

[ II ] Sobre os medos

O que fará com que um Partido democrático que conta com 73.000 militantes só permita o voto interno a 29.000 porque os restantes 44.000 não têm as quotas em dia?

Tudo leva a crer que se trata de falta de actualização do recenseamento o que, a verificar-se, poderia ter tido outros resultados na eleição dos delegados ao Congresso Nacional porque o número de delegados por estrutura poderia ser eventualmente diferente. Não será grave, dirão, possivelmente ter-se-ia mantido a proporcionalidade, mas parece pouco transparente. Afinal estamos a falar de percentagens elevadíssimas.

A ser verdade que estes números não resultam de falta na actualização do recenseamento (o que nos termos dos estatutos é difícil de entender) a coisa ainda tem pior aspecto mudando-se a questão para: - O que levará 44.000 pessoas a estarem inscritas num Partido se não exercem o mais básico que se pode exigir a um político, isto é, a exercer o direito e o dever de votar?

Mantenho o que disse sobre o medo e os medrosos, mas que isto assusta, lá isso é verdade e não augura nada de bom.
LNT
Rastos:
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-> o Público Sócrates foi reeleito secretário-geral com 96,43 por cento dos 26.331 votos expressos

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Botão Barbearia[0.127/2009]
Porque continuo no PS [ I ]Malmequer

[ I ] Sobre os medos

Já o disse anteriormente e volto a dizer depois de ter ouvido o meu estimado camarada Edmundo no RCP a explicar o que queria dizer quando falou dos medos no PS, que quem tem medo de falar num Partido e num País democrático, deve seguir o conselho do povo e comprar um cão.

Sei que esses medrosos atemorizam-se e tornam-se anónimos porque andam na política para tratar da vidinha esquecendo-se que a política é a arte de tratar da vida, da sua e dos que precisam de defesa. Sei também que não ter medo na política implica muitas vezes sacrifícios e punições mas, como costumo dizer, a política não é para meninas e os que a entendem como trampolim sabujo de manutenção de privilégios terão o mesmo reconhecimento que se deve aos emplastros.

Quanto aos líderes que gostam de se rodear de "Yes men" resta-lhes, mais tarde ou mais cedo, o desconforto de ter de se deparar com a realidade para que não quiseram estar alertados e sofrer o resultado do que fomentaram.

Para uns e outros não tenho qualquer compaixão, não me merecem um minuto de compreensão.
LNT
Rastos:
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-> RCP Entrevista a Edmundo Pedro

sábado, 20 de dezembro de 2008

Botão Barbearia Natal
[1.033/2008]
Estrabismo
Estrabismo
O que Vital Moreira não consegue entender é que, se o PS perder as eleições (ou a maioria), não é por causa do Manuel Alegre, mas porque os eleitores não lhe reconhecem valor para o fazer ganhar (ou ganhar a maioria absoluta).

Vital Moreira tem obrigação, pela sua experiência, de saber que os rebanhos seguem os seus pastores quando lhes reconhecem bom pastoreio e que se tornam desobedientes quando o pastor insiste em guiá-los por terras pedregosas e sem alimento.

O voto é um acto simples mas há sempre gente que gosta do complicar escondendo-se atrás do rabo dos bodes-expiatórios.
LNT
Rastos:
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-> Causa Nossa Vital Moreira - Cegueira

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Botão Barbearia[0.791/2008]
Pensar a ciênciaMachina Speculatrix

Profírio Silva deu-se ao (bom) trabalho de traduzir o resumo do manifesto para que não restem desculpas a quem o não quiser ler.

"Por uma economia política institucionalista" está publicado no Machina Speculatrix com a tradução revista cientificamente por José M. Castro Caldas.
LNT
Rastos:
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-> Machina Speculatrix ≡ Profírio Silva - Por uma economia política institucionalista
-> No Mundo ≡ Carlos Miguel Fernandes - Instituições
-> L' Economie Politique ≡ Manifeste: Vers une économie politique institutionnaliste

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Botão Barbearia[0.446/2008]
Se ao menos o céu estivesse azulMar e Boias

Neste fim de Europa temos duas coisas que atenuam a desvantagem de nos situarmos no Cu-de-Judas. O mar e o céu azul proporcionam, quando tudo parece correr mal, o mergulho na água salgada capaz de cortar o desânimo e a sensação do Universo nos estar aberto até ao Sol.

Este ano, depois de todos os avisos que a coisa iria correr mal e de todas as negações de que assim iria ser, começa a desabar o edifício sem fundação sustentada e assanham-se as formas redutoras do capitalismo selvagem, agora travestidas de (neo)liberalismo.

Ao aumento da carga fiscal e da eficácia da máquina de controlo da evasão fiscal tinha de ter equivalido uma diminuição substancial das despesas do Estado conseguida, não pelo corte indiscriminado no funcionamento, mas no derretimento das gorduras parasitas que tomam conta dos centros de decisão. O recurso sistemático ao outsourcing em contratação sucessiva e permanente significa um acréscimo de funcionários pagos embora por rubrica diferente da das despesas com o pessoal.

Parte desse outsourcing destina-se unicamente a satisfazer a obesidade dos serviços e a provocar, com a flatulência ruidosa do PowerPoint, a ilusão da modernidade e de progresso. Pior ainda é verificar que se aplica na razão directa dos cortes sistemáticos na formação dos quadros e que, a par de reformas fantoches dos serviços públicos, o objectivo conseguido cifra-se na reengenharia do eufemismo, o que levou à multiplicação de quadros dirigentes a quem se deram novas designações.

Agora, com os aumentos que se anunciam devido ao custo dos combustíveis numa inexplicável roda em que se fazem contas em Dollares quando a nossa moeda é o Euro (e a desvalorização do Dollar perante o Euro está a par do aumento do petróleo em Dollares), demonstram bem a ineficácia do edifício e a ineficiência das entidades reguladoras do Estado.

Os resultados não se farão esperar e serão, uma vez mais, tal como naquilo que se vai verificar com a demagógica redução de 1% do IVA, os especuladores a beneficiarem na mesma proporção do agravamento das condições de vida dos consumidores.

Nada nos salva. Nem sequer chega o tempo do mergulho no mar, nem o céu se consegue limpar do chumbo.
LNT

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Botão Barbearia[0.438/2008]
ProjecçõesEscafandro

Não estivesse já entradote e com filhas casadoiras e era ver o barbeiro na primeira linha da candidatura a astronauta, profissão de futuro em Portugal, após longos e profícuos anos de navegação marítima e sequentes séculos de evocação do feito.

Os astronautas em concurso irão integrar futuras equipas de desenvolvimento e trabalho na Estação Espacial Internacional e é-lhes exigido aptidão física, conhecimentos aeronáuticos e inteligência científica, o que exclui, logo à partida, a geriatria política portuguesa, marco sebastianino da salvação nacional.

Com mais este fluxo emigratório, o governo há-de deslocar-se à Columbus para promover a troca de comprimidos de sardinhas assadas e bacalhau na brasa por energia nuclear condensada, puro átomo, estando já em análise a possibilidade de sobrelotação da Atlantis no transporte da comitiva circense até à plataforma.

Embora estejamos em fase de revisões em baixa, pura projecção circunstancial dado estar assegurada a recuperação programada, mantém-se em alta a perspectiva de superação da crise com a evolução do choque tecnológico terrestre para um outro muito mais avançado que nos garantirá, como Nação, sermos os primeiros a montar uma barbearia no espaço.
LNT

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Botão Barbearia[0.371/2008]
Coisas com mau aspecto
Lavagante
Observar o que se está a passar no (ainda) maior Partido da Oposição é um exercício complexo e conduz a um esforço acrescentado para tentativa de compreensão daquilo que se seguirá no País.

Entre as diversas candidaturas viáveis, Pedro Passos Coelho, Manuela Ferreira Leite e Pedro Santana Lopes, há o elo comum da inviabilização da acção:

- A de Passos Coelho, a única que reconheço com alguma possibilidade junto do eleitorado, dificilmente conseguirá vingar internamente devido à resistência da máquina partidária;

- A de Ferreira Leite, porque nunca se livrará da vingança que os seus companheiros populistas lhe tem destinada;

- A de Santana Lopes, que será vingada pelos habituais opinion makers que, mais uma vez, irão ser derrotados nas urnas.

Sócrates agradecido pela ausência de resistência à direita, arrisca-se a perder a esquerda.

EscorpiãoA abstenção vai disparar em flecha e abre-se caminho ao reforço dos partidos totalitaristas de esquerda.

Esta confusão iniciada com a debandada de Durão Barroso e apadrinhada por Jorge Sampaio, que na altura preferiu sacrificar o País a seis meses de roda-viva para sanear a direcção do PS e liquidar as pretensões futuras da linha populista do PSD, comprova as razões que levaram Ferro Rodrigues a bater com a porta.

Em vésperas do 25 de Abril a coisa está com mau aspecto.
LNT

domingo, 20 de abril de 2008

Botão Barbearia[0.357/2008]
Os upgrades dos políticos da santa terrinha
Lapas
Todos já pudemos alguma vez reparar que os efeitos dos upgrades de pacóvios a secretários-de-estado, de secretários-de-estado a ministros, de ministros a primeiros-ministros, de primeiros-ministros a presidentes-da-república e por aí fora são tão previsíveis como os que elevam os trolhas a patos-bravos, os patos-bravos a mestres-de-obras-com-Mercedes-brancos, os mestres-de-obras a industriais da construção e daí a CEO's de grandes empresas do betão ou a dirigentes das CIP's, CAP's e quejandos.

Começam por abandonar os Fiat 600 que custosamente compraram a prestações para passarem a deslocar-se em carros pretos, normalmente de braço flectido para que a mão possa agarrar a pega interior sobre a porta do lugar da direita, atrás, a meu ver, fruto de muitos anos de circulação em transportes públicos onde se seguravam às pegas suspensas com medo de caírem nos solavancos.

Há outros que, por terem atingido o supremo cargo, já se sentem há direita de Deus-Pai e para evitar falar do que interessa, trocam a boca cheia de bolo-rei por bocas cheias de cumulonimbus e anticiclones (neste caso centrados no ilhéu da Pérola) ou outras minudências climatéricas.

Como dizia a canção, são tão tristes os tristes.
LNT

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Botão Barbearia[0.347/2008]
O momento do cupidoSeta

Veremos se agora os que andaram a afixar setas flácidas se atrevem a pô-las erectas.

O momento não chegou agora, porque a sua chegada já foi há seis meses mas, perante esta última oportunidade, ficaremos a saber se aquilo é um Partido de papagaios ou de gente interessada na defesa dos valores da democracia e que em nome deles se atreve a dar o passo em frente.

Faz-se notar que todas as críticas ouvidas nos últimos meses foram directamente dirigidas à pessoa de Luís Filipe Menezes e nunca a qualquer questão ideológica, prática política ou matéria programática.
LNT
Rastos:
USB Link-> Expresso - Luís Filipe Menezes vai solicitar convocação de eleições directas para 24 de Maio e não se candidatará

-> Corta-Fitas - Pedro Correia

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Botão Barbearia[0.342/2008]
Silvio Berlusconi vince le elezioni politiche 2008Berlusconi

Mesmo entre os conservadores, a Europa tem muitas e fortes cambiantes.

Merkel
Enquanto em Itália Silvio Berlusconi se prepara para mais um mandato de populismo jardimnesco de onde nada melhor do que aquilo que já fez anteriormente se espera, Angela Merkel segue o caminho da seriedade e determinação que distingue os grandes políticos, sejam quais forem os quadrantes políticos onde se encaixem.

É a diferença entre o populismo e a política com P maiúsculo que não envereda por episódios de facilidade como aqueles a que temos assistido ultimamente em Portugal.

LNT
Rastos:
Berlusconi
-> Il Popolo del la Liberta
-> Forza Italia
-> Vota Berlusconi

-> Machina Speculatrix - Profírio Silva
-> Água Lisa - João Tunes