Se pensavam que a direita no poder era uma continuação da esquerda democrática já podem começar a reformular esse conceito.
A ideia de estarmos agarrados ao acordo da Trindade serve para disfarçar as diferenças, mas é preciso olhar com atenção. A esquerda democrática no poder proporcionou que, entre outras coisas maiores, a educação sexual, o planeamento familiar e a interrupção voluntária da gravidez fossem direitos assegurados. Para que esses direitos não fossem só de alguns, criou mecanismos de os exercer independentemente da condição social e económica dos cidadãos.
A direita sempre se opôs a estas coisas beatamente apelidadas de "pouca-vergonha" ou em alternativa de "crise dos padrões morais e dos bons costumes" e à conta das troikisses (ao menos podiam assumir com frontalidade as suas opções) vai fazendo o seu caminho de destruição.
Enquanto o Ministro da Saúde não ganha coragem para mandar celebrar Missas de Acções de Graças para os utentes e funcionários do Serviço Nacional de Saúde, como em tempos fez com os do Fisco, faz valer de forma sub-reptícia a imposição das normas de conduta que reconduzam os desencaminhados ao trilho da sua moral.
Começou pela pílula. A seguir veremos mais. "Camisinhas" e outros nojos pecaminosos estarão na mira. A retirada dos serviços de saúde em relação à IVG não deve esperar pela demora.
A Natália Correia é que os topava à distância.
LNT
[0.357/2011]
A ideia de estarmos agarrados ao acordo da Trindade serve para disfarçar as diferenças, mas é preciso olhar com atenção. A esquerda democrática no poder proporcionou que, entre outras coisas maiores, a educação sexual, o planeamento familiar e a interrupção voluntária da gravidez fossem direitos assegurados. Para que esses direitos não fossem só de alguns, criou mecanismos de os exercer independentemente da condição social e económica dos cidadãos.
A direita sempre se opôs a estas coisas beatamente apelidadas de "pouca-vergonha" ou em alternativa de "crise dos padrões morais e dos bons costumes" e à conta das troikisses (ao menos podiam assumir com frontalidade as suas opções) vai fazendo o seu caminho de destruição.
Enquanto o Ministro da Saúde não ganha coragem para mandar celebrar Missas de Acções de Graças para os utentes e funcionários do Serviço Nacional de Saúde, como em tempos fez com os do Fisco, faz valer de forma sub-reptícia a imposição das normas de conduta que reconduzam os desencaminhados ao trilho da sua moral.
Começou pela pílula. A seguir veremos mais. "Camisinhas" e outros nojos pecaminosos estarão na mira. A retirada dos serviços de saúde em relação à IVG não deve esperar pela demora.
A Natália Correia é que os topava à distância.
LNT
[0.357/2011]