“Ficam escolhidos hoje os seu BFF”, disse Portas para António Costa. “Catarina é best friend de António, António é best friend de Jerónimo, Jerónimo – e só isso não é novo – é best friend de Eloísa.” A esquerda protestava, a direita ria e aplaudia. LOL
Paulo Portas, o mais fofinho de todos os fofos de Belas, o mais velho charlatão e vendedor de banha da cobra dos políticos portugueses, o mais balelas de todos os Oliveira da Figueira que Hergé poderia ter criado num improvável episódio do Tintin, passou-se à oposição dois anos e tal após se ter feito revogavelmente irrevogável e subiu à tribuna para representar o papel ressabiado que lhe está destinado.
Portas, prenhe dos sound-bites que há anos o emprenham, vestiu a fatiota da irrelevância que o faz estar num Parlamento democrático às cavalitas de uma coligação PàF onde os seus votos não diferem no peso daqueles onde se encavalitou e usou da jactância cínica, mas fofinha e adocicada dos ursinhos “Forever Friend”, para catalogar o que os seus “inconseguimentos” (e os do seu parceiro galhofeiro) não obtiveram no jogo da democracia.
Habituado a ser charlatão (ele próprio se reconhece como a personagem da banda desenhada que representa o vendedor da banha-da-cobra das feiras saloias) trapaçou do palanque e fez ir às lágrimas o seu público que desta vez não tinha mordomias para lhe oferecer em troca da comédia . Confundiu a condição de tribuno com a de entertainer com a mesma lábia com que esconde a careca no cabelo comprido que saca das orelhas.
Usando a metáfora que ontem se usou no início do debate sobre o Programa do XXI Governo, Portas ficará para a História com o cognome do Fofinho.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.301/2015]