sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Do novo "dress code" mascarado das gentes importantes, ou que como tal se julgam


Ridículos, como escreveu Álvaro de Campos no seu "Poema em Linha Reta", quando engalam os orifícios que têm na cara com trapos pindéricos onde ostentam os símbolos dos cargos públicos que exercem.
Olho para essa gente, que quer ser mais do que gente, e sorrio para dentro ao pensar que, quando a pandemia passar, devem fazer uma tatuagem na testa que faça saber que ali está gente temporariamente importante.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.008/2021]

domingo, 12 de dezembro de 2021

Português mais português não há

O relevo da detenção não vai para o facto de um foragido ter sido capturado apesar do seu ego o fazer imaginar impune.

O relevo vai para o hotel de cinco estrelas onde ele foi capturado.

Comprova-se que a inveja é uma característica da portugalidade capaz de superar o conceito universal de justiça.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.007/2021]

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Palhaçadas

Deus me dê saúde e paciência para continuar a ouvir os noticiários que não param de abrir com atrocidades tipo lesa-pátria que resultam de um líder recentemente eleito num Partido ter a indignidade de seleccionar a sua lista de deputados para as próximas legislativas, coisa que, como se sabe, nunca aconteceu antes.

Uma vergonha.

Democracia a sério é fazer como o ex-líder do Benfica que escolheu um sportinguista para ser treinador da sua equipa ou um ex-lider do PS que resolveu abrir o universo eleitoral para eleição do seu Secretário-geral aos cidadãos em geral e termos visto inúmeros simpatizantes do BE e do Livre a votar contra os militantes do PS.

Nota: Nada me demove de continuar a pensar que a única utilidade do Livre foi a eleição do actual SG do PS, mas isso vocês já sabiam.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.006/2021]

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Provavelmente voltarei

Andei a dar uma volta ao menu da esquerda para ver ser me convenço a voltar ao Blog.

A fuga para o Facebook começa a parecer-me controleira de mais.

Ainda não é um projecto, só uma intenção.

Até breve
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.005/2021]

sábado, 13 de novembro de 2021

Penduras - Amizade que perdura

 
Quando, há quase 48 anos, o rolar era em ziguezagues e alinhávamos, o que emocionava não era o betão que no regresso nos retornaria homens mas o ronquido da descolagem que nos fazia Fénix.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.004/2021]

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Manual para tótós de obtenção do Certificado Digital de Vacinação

Tanto aselha a dizer que não sabe como obter o Certificado Digital de Vacinação

Aquilo não demora 30 segundos a conseguir. 


Se não quiserem ir a Sevilha, ou por outra, se tiverem juízo e não quiserem ir ver a bola, aquilo também serve para outros fins. 
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.003/2021]

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Mars 2020 Perseverance rover


Enquanto a pandemia empata, o Mundo pula e avança. 

Numa semana 3 Países terrestes chegaram a Marte. O mais espectacular dos 3 é este que já se passeia por lá em busca de vestígios de vida a menos de 50º centígrados.

No filme não se vê mas o Rover tem armazenado um helicóptero que o guiará nas missões.

De seguida fica a simulação do Ingenuity Mars Helicopter, a primeira aeronave terreste a voar noutro planeta

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.002/2021]

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Certamente, caro Paulo


Estou reformado da vida política activa mas nunca me reformarei da política.
Hoje, alertado pelo
Paulo Querido
que insiste em fazer serviço público através do seu diário, cheguei ao artigo de
Pedro Nuno Santos
e às análises de
José Magalhães
e de
Porfírio Silva
sobre a ausência oficial do Partido Socialista nas últimas presidenciais.
Começo por dizer o que já se sabe. Não só fui apoiante de
Ana Gomes
como também fui um dos primeiros subscritores da sua candidatura.
Ana Gomes, de quem gosto pela garra e pela sua história, mas de quem discordo frontalmente quando defende a, para mim indefensável, pirataria informática mesmo que disfarçada de serviço público, veio preencher o vazio criado pela direcção do PS que seguiu cegamente António Costa na hipocrisia de anunciar um candidato de direita sem nunca assumir que essa candidatura era apoiada oficialmente pelo Partido Socialista.
Como em política não há vazios a minha opção e o meu voto não tiveram opção de escolha.
Mas tanto Pedro Nuno, como Magalhães ou Porfírio esquecem que Ana Gomes só se ofereceu para preencher o vazio criado pelo cinismo da Autoeuropa porque ninguém quis correr esse risco antes dela e recordo que Ana Gomes esperou até ao limite para que a alternativa aparecesse.
Tivesse Pedro Nuno Santos tido coragem para avançar e provavelmente Ana Gomes não se teria imolado numa candidatura recheada de anticorpos (inclusivamente futebolísticos) destinada a um segundo lugar por falta de arrojo inicial de se bater para ganhar em vez de se apresentar, no arranque, somente como travão de uma extrema direita quase inexistente antes de ser impulsionada pelo relevo que a esquerda lhe deu.
Tivesse Pedro Nuno Santos assumido o espaço político vazio resultante da opção pessoal de António Costa de apoiar Marcelo Rebelo de Sousa, preenchendo esse espaço com a agregação dos socialistas (que a candidatura de Ana Gomes não quis fazer – veja-se o que elaborou quando comparou Costa a Viktor Orbán e a multiplicação de “Grupos de Apoio” que se dedicavam mais ao ataque ao PS do que a Marcelo, p.e. e que fizeram muitos socialistas e simpatizantes virar-lhe as costas) somando-lhe o apelo, que ele conseguiria, ao restante eleitorado de esquerda e os resultados presidenciais teriam tido expressão diferente.
Falamos depois do jogo acabado, é verdade, e por isso não sabemos se os votos que foram expressos na extrema direita e que fugiram a Marcelo teriam existido se a direita democrática se visse na circunstância de votar útil em Marcelo para não perder as eleições, mas a verificar-se a fuga que se verificou dos votos da direita democrática para a extrema direita e obtendo-se a agregação dos votos socialistas num candidato capaz de chamar outros da outra esquerda, a segunda volta estaria segura.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.001/2021]

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Filhas, Djavan e Direitos


Um dia, há 33 anos, a minha Mãe começou a ficar com a barriga grande e, desconfiada por ter engolido uma ervilha inteira, foi fazer uma coisa muito esquisita e inovadora a que chamavam “ecografia” para saber se era mesmo uma ervilha, e era. 

Só que a ervilha foi crescendo e no dia 29 de Dezembro de 1987 resolvi vir cá para fora para lhe dar cabo da passagem de ano. 

Ás 18:30 horas, cheia de pressa, subi para a balança para me certificar que tinha peso suficiente para a berraria e quando conferi ter 3,750 Kg enchi os pulmões para só me calar quando me deram de comer.


O tipo que estava a olhar para mim com baba a correr pelos queixos informou-me ser meu Pai e levou-me para o quarto 221. Pelo caminho disse-me que, em vez de ervilha, eu passaria a chamar-me Margarida Maria, mas como era um nome com muitas letras passou a tratar-me por Gugas, Guga, Gugu ou Guguinhas

Depois chegou uma outra miúda com um totó na cabeça, que depois vim a saber ser a minha irmã Catarina. Avisei-a logo que o seu reinado absoluto tinha terminado. 

Bem vi o olhar desconfiado da Catatau a espreitar-me como se eu fosse uma coisita esquisita que se preparava para dividir o espaço lá de casa e para partir-lhe os brinquedos de que mais gostava. 

O resto já sabem. 

Cresci, conheci o Martim, tive uma outra ervilha a que chamei Mariana e vivi até agora feliz para sempre. 

Muitos parabéns minha filhota fofa

Nota: O filme que montei tem como banda sonora uma pequena parte do "Nem um dia" do magnífico Djavan. A sua publicação no Facebook provocou uma infinidade de avisos sobre a proibição de reprodução em diversos Países (entre os quais não se encontra Portugal) devido aos direitos de autor.

Penso que Djavan não se teria oposto à colagem daquele trecho uma vez que não reproduzia a música completa e só serve para ilustrar uma montagem feita por um Pai confinado na pandemia que, por estar ausente no aniversário de uma das suas filhas, resolveu comemorar a data com um trabalho onde os acordes de Nem um dia faziam todo o sentido. 

Mas é o que é, e o que é não pretendeu ser outra coisa senão homenagear a Margarida usando alguns  acordes de um dos meus artistas de eleição sem beneficiar de quaisquer efeitos comerciais e só para uso privado. 

Como o trecho sonoro é curto vou ali ao YouTube buscar a faixa completa (com direitos licenciados para o YouTube) que deixo aqui para quem gosta de boa música.


Tenham um bom e feliz 2021 recheado de boa música.     
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.011/2020]

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Ninguém poderia querer ter melhor mandatária


Saber que Isabel Barroso Soares vai ser a mandatária da candidatura de Ana Gomes a Presidente da República só serve para reforçar a minha convicção de ter escolhido bem quando assinei a propositura da embaixadora para ser alternativa ao marasmo cordial e situacionista instalado no Páteo dos Bichos. 

Confesso que Marcelo Rebelo de Sousa não me criou quaisquer urticárias no mandato que está a terminar e que lhe serei sempre reconhecido por ter levado uma lufada de ar fresco ao ambiente bafiento que se instalou no Palácio de Belém com o seu antecessor.

Mas é tempo de Ana Gomes instaurar o tal “botão de pânico” no picadeiro real que possa ser accionado, entre outras coisas, sempre que alguém pretenda atafulhar papeis em processos para eternizar o desleixo da justiça ou agraciar qualquer bicho-careta ou pilha-galinhas com uma comenda.

Ninguém poderia querer ter melhor mandatária.

E não o digo por Isabel Soares se parecer física e moralmente com Maria Barroso, o que já seria uma referência de vulto.

Mas por ela própria, pela sua dignidade, pela sua competência humilde, pela sua sensibilidade e pelo seu culto sentido de justiça e de humanidade.


LNT

#BarbeariaSrLuis #AnaGomes2021

[0.010/2020]

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Atracção fatal, €€€€€, vacinas, União Europeia e sopa fria

O pedido de casamento fez-se há uns meses na margem sul entre bólides a cheirarem a novo e acepipes engordurados de pasteis de bacalhau. A boda foi marcada ontem com juras de felicidade eterna e crocantes pastelinhos de Belém.



Todas as portuguesas e portugueses foram convidadas e convidados para a festança que terá por entrada um vibrante e picante gaspacho em substituição da habitual vichyssoise porque o tempo pandémico não está para nouvelles cuisines e os milhões europeus que se anunciam para o enlace estão destinados a uma noite de núpcias sem preliminares e em alta velocidade.

O repasto será servido no centro cultural do cavaquistão animado com a banda da presidência portuguesa europeia e terá por prato principal o xarope boticário anti-SarS-Cov2 servido em agulha fina, algodão de trufas e juice de proteína spike, regado com um albardado cirúrgico branco e azul, colheita reserva de 2020.

Terminada a cerimónia os nubentes partirão para a lua de mel de oito meses nos alicerces da barragem que fará o rio deixar de correr e hão-de saltitar de nenúfar em nenúfar na extensa albufeira a formar até que o guarda do caudal da quota máxima grite que chega.

As portuguesas e os portugueses irão embebecer-se com os afectos e ternuras demonstradas na praça pública e entusiasmar-se com as sensuais cenas onde serão exibidas mamocas por cada pica dada.

No divórcio litigioso que se seguirá Outono dentro todos os convivas rejubilarão com as revelações das diatribes e traições às juras de amor e confirmarão que todas as fábulas findam com a frase:

E viveram felizes para sempre até que uma facada nas costas os separou.


LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.009/2020]

sábado, 5 de dezembro de 2020

Está-lhe na massa do sangue



O taxista que há dentro de si

(Nota prévia: Este texto não é sobre Sá Carneiro, por quem nutro especial admiração pela sua coragem e valentia quando, na Assembleia Nacional, foi deputado da Acção Nacional Popular e fez frente a Marcello Caetano. Também não é sobre uma falha de motor à descolagem acabada em tragédia). 

Ontem no Expresso da Meia-noite, Marcelo, o Presidente da República (o depoimento foi feito a partir do Palácio de Belém) deixou que sobre ele pousasse a língua de fogo taxista e borrifou o fogo com gasolina velha de 40 anos no intuito de manter a chama acesa. 

Sobre o despenhamento de Camarate: 

“Formei uma convicção, como cidadão, que mantenho, de que não se tratou de um acidente, mas sim de um atentado…”

Ontem, Celinho, taxista pré-candidato que usa os meios disponibilizados pelo cargo de Presidente da República para poder fazer campanha fingindo não a fazer, voltou abjectamente ao método de criador de factos políticos em que é mestre. 

Não foi inocente, como aliás nunca o foi durante toda a sua vida pública e confirmou a convicção de Paulo Portas: 

"Deus deu-lhe a inteligência e o Diabo deu-lhe a maldade." 

Sá Carneiro, a caminho de uma derrota presidencial obtida há 40 anos apesar dos que imoralmente usaram a sua morte para fazerem da consternação nacional o maior acto de propaganda política alguma vez produzida em Portugal, tinha o slogan:

“Um Governo, uma maioria, um Presidente”

Marcelo mantém essa esperança para o seu segundo mandato embora invertendo a ordem. 
Conseguindo afastar Rui Rio, está na sua mente:

“Um Presidente, uma maioria, um Governo”.

Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro queria em Belém um António da Silva Osório Soares Carneiro para dele fazer um Américo de Deus Rodrigues Thomaz. 

Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa ambiciona ter em São Bento alguém a quem quererá transformar num Domingos Augusto Alves da Costa Oliveira.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.008/2020]

sábado, 7 de novembro de 2020

Presidenciais (portuguesas para variar)



Sou proponente de Ana Gomes
Não por ser um mal menor, não por falta de alternativa, mas por convicção. 

Propus Ana Gomes, espero que ela passe de pré-candidata a candidata assim que consiga as proposituras necessárias e o Tribunal Constitucional a admita como tal e serei seu eleitor caso esteja vivo e de boa saúde. 

Acredito que Ana Gomes dará uso à sua vasta experiência diplomática para, a partir de Belém, colocar Portugal num patamar internacional relevante. 

Acredito que Ana Gomes acrescentará valor à Presidência portuguesa da Conselho Europeu usando toda a influência e prestígio granjeado com os seus corajosos mandatos de deputada europeia. 

Acredito que Ana Gomes, passando do seu actual estatuto de comentadora para o de Presidente de todos os portugueses, será uma referência na consolidação da nossa democracia e no progresso do desenvolvimento social com base nos princípios constitucionais que salvaguardam os direitos dos cidadãos. 

Estou convicto que Ana Gomes será um obstáculo à corrupção que se esconde na democracia para dissimular a cleptocracia que tem desviado parte da contribuição de todos para usufruto de alguns. 

Ana Gomes saberá articular com a Justiça as formas de travar este mal respeitando, evidentemente, o que a Constituição da República Portuguesa determina sobre a separação de poderes. 

Na boa tradição do Partido Socialista seguida desde o início da democracia até às últimas eleições presidenciais o PS não apresentará um candidato, o que é correcto. 
Mas estranho que, tal como inovou nas últimas presidenciais, não apoie oficialmente numa primeira volta um candidato da sua família política. Uma inovação que me desgosta e com a qual não tenho qualquer afinidade. 

Tenho como certo que Ana Gomes terá nesta disputa adversários com garra, uns resultantes de ideologia diferente, outros de estilo diverso, outros de programa ou agenda diferente, mas só terá como inimigos os que se vierem a apresentar a votos na democracia com a finalidade de a exterminar. 

Acredito que a haver uma segunda volta tudo ficará em aberto para podermos eleger a primeira mulher portuguesa como Presidente da República.
LNT
#BarbeariaSrLuis #ANAGOMES2021 #ANAGOMES #AnaGomes
[0.007/2020]

sábado, 19 de setembro de 2020

Isto não é o “novo normal” insanamente designado como tal por quem nos quer incutir que o é

Sei não ser o caso típico do drama/tragédia que vejo, oiço e leio por aí quando se fala do confinamento que vivemos. Estou aposentado, a minha mulher reparte-se entre o teletrabalho e o trabalho em espelho, não sou um tendencialmente deprimido solitário – aliás não me dou mal com o convívio reduzido nem com a falta de toque excessivo – e, por razões que pouco interessam para o caso, convivi permanentemente o confinamento com a minha mulher, uma das minhas filhas e duas das minhas netas.

Também é verdade que o confinamento não me foi especialmente doloroso por questões financeiras porque os rendimentos se mantiveram constantes e as despesas, embora na generalidade aumentadas por diversas razões que também pouco interessam para o caso, só foram drasticamente agravadas nas rubricas de hardware informático, comunicações, electricidade e água. Este parágrafo é indiferente para o texto e só ficou para o contextualizar

Faz-me muita confusão o drama/tragédia que vou lendo por aí resultante do confinamento como sendo coisa capaz de levar à demência por falta de beijos e abraços, carinhos, toques, conversas da treta e bisbilhotices como se, dois ou três meses sem isso, fosse o fim do Mundo. 

Muito mais grave do que isso foi o não confinamento cuidadoso e responsável de quem nunca passou por preparação para guerras ou nunca teve de anteriormente abdicar de regabofes e não se absteve no confinamento do seu trono narciso e provocou com isso o fim do Mundo para outros ou lhes causou consequências e mazelas para a vida. 

Nunca faltou água, electricidade, bens alimentares, comunicações, informação, bens “on-Line”, serviços de entregas de todo o tipo, nem politiquices e fofocas que não fossem capazes de nos manter ocupados e entretidos através de cliques, mensengers, tweets, sms, whatsapps (muitas vezes até em demasia e alheados da realidade de haver nos bastidores quem não tivesse tempo para dramas/tragédias para assegurar esses serviços em sobrecarga). 

Nunca faltou pó para limpar, camas para fazer, loiça e roupa para lavar, coisas sempre pendentes para consertar, redes sociais para irritar e ser irritado, mortes para lamentar, nascimentos para comemorar, anos para fazer, livros para ler, escritos para escrever, contas e impostos para pagar e afectos e carinhos para desenvolver. 

Não foi um estado calamitoso de angústia com balas a soprarem-nos ao ouvido e bombas a explodir, nem uma altura de guerras nas cidades ou nas estradas que são muito mais incapacitantes no chamado normal a que voltaremos daqui a pouco, mais mês, menos mês, mais ano, menos ano, para continuarmos o caminho da destruição do Planeta. 

E isto que vivemos não é o “novo normal” insanamente designado como tal por quem nos quer incutir que o é. 

Isto é o actual anormal que há-de ser ultrapassado para voltarmos ao normal que se espera mais consciente, mais reflectido, menos consumidor de recursos e mais eficaz na redução de desperdícios. Isto que vivemos não é normal, nem novo nem velho normal, como normal não foi termos de perder os beijos, afectos e selfies de Marcelo. 

Apeteceu-me isto, o desabafo, porque a minha liberdade continua intacta e a minha interactividade, quando a quero praticar, também.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.006/2020]

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Rever a matéria dada e contextualizar velhacarias

O gajo aprece nas imagens de costas o que quer dizer que foi um cobardolas qualquer que o apanhou à traição.

Não sou jurista e por isso não citarei o Código penal nem o seu art.º 199 , que não conheço, nem quero conhecer, mas dos filmes de cowboys que via em miúdo ficou-me a vaga ideia que um tredo que atingisse alguém pelas costas acabava pendurado pelo pescoço num chaparro americano.

Adelante, como diriam as FARCs!

A transcrição textual dos sete segundos da javardice filmada à traição e amplamente divulgada pela extrema-direita parlamentar é a seguinte, para que não restem dúvidas:

é que o presidente da ARS mandou para lá os médicos fazer o que lhes competia e os gajos, cobardes, não o fizeram

Leram bem? Querem explicador ou o vosso bom senso e a vossa capacidade de discernimento é suficiente para entenderem que o homem não chamou cobardes a todos os médicos, como querem fazer crer, mas só àqueles que a ARS mandou para lá e que se baldaram a cumprir ordens superiores e juramentos de classe, deixando ao Deus dará a “omissão de auxílio” que, tal como anteriormente já disse, por não ser jurista, não citarei embora tenha uma vaga ideia que está contemplado no art.º 200 do CP.

Primeira nota de rodapé: Usar o sofrimento de 18 famílias para politicar é no mínimo deplorável, nojento e abjecto.

Segunda nota de rodapé (mais importante e que retira muito ao que digo no primeiro parágrafo): Este texto é uma reprodução do que publiquei no Facebook. Lá, o meu leitor João Pedro Henriques dá a seguinte explicação: "Estas imagens foram filmadas pelo cameraman do Expresso, autorizadamente. Serviriam de planos de cortes - mas foram feitas com captação de som (1º erro). Depois o Expresso enviou-as para a RTP e SIC, para estas montarem peças sobre a entrevista do Expresso ao PM. E foram enviadas com som (2º erro). Algures no processo - no Expresso, na RTP ou na SIC - as imagens estavam a passar num computador e alguém as filmou com um telemóvel. E vieram parar cá fora."

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.005/2020]