terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Inconseguida segunda figura

AR em obrasO mal não foi Assunção Esteves ter sido eleita como Presidente da Assembleia da República porque isso aconteceu na sequência da demente ideia de quererem pôr no lugar um senhor comovido com crianças que corriam atrás de galinhas que levavam pão no bico e a senhora, em comparação com tal peça, até parecia boa coisa.

O mal é que Assunção Esteves ainda lá está para dizer coisas em vez de estar a gozar, de perna estendida à sombra da bananeira – aproveitando viver numa república delas, a choruda pensão que beneficia por serviços de relevância nacional.

E não se pode exonera-la?

Já não bastava termos uma troika externa para nos moer, uma outra interna para nos empobrecer e uma primeira figura para nos pôr a ferver?
LNT
[0.010/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLVIII ]

Tito de Morais fotobiografia
Fotobiografia de M. Tito de Morais - CCTM - Portugal
LNT
[0.009/2014]

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Respeito pela memória

TumbaSou dos que respeitam a memória dos mortos, principalmente daqueles que, em vida, nos serviram de exemplo.

Sou dos que nunca se deixam de espantar com os que desrespeitam os vivos, abandonando à sua sorte e sugando a sua vida até que a morte os leve, para depois usarem a sua memória como troféu.

Embora seja um desrespeitador da memória de Sebastião José, duma memória que só tenho por ser memória deste País, tenho como lição a frase que lhe é atribuída que mandava enterrar os mortos e cuidar dos vivos.

É em defesa da memória dos mortos que me serviram de exemplo enquanto vivos, que me revolta ver tantos mortos-vivos, de quem não rezará a memória, agarrarem-se às urnas na esperança de partilharem, com os que partem, alguma glória que esses mortos-vivos nunca conseguirão.
LNT
[0.008/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLVII ]

Porto Côvo
Porto Côvo - Alentejo - Portugal
LNT
[0.007/2014]

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

E a palavra do ano foi para...

BombeirosBOMBEIRO

Deu-se, assim, preferência a uma boa palavra. Os portugueses preferem palavras com bom sentido, às do sentido dúbio como p.e. IRREVOGÁVEL e às de sentido de roubalheira como p.e. SWAPES (antecedidas ou não de Miss).

Bem escolhido, principalmente num ano em que tantos tombaram heroicamente na defesa das populações e no combate ao fogo que devastou o nosso País.
LNT
[0.005/2014]

Morram, canalha!

CampaO Tribunal Constitucional disse-lhes que aquilo que eles queriam fazer era ilegal. Eles, os tais que não são capazes de ir para além de um borrão sobre a reforma do Estado e a confundem com cortes cegos, ilegais e segregacionistas, deitam a mão que empobrece a quem já pouco pode reivindicar.

A voz de ataque aos reformados do Estado é cada vez mais: "Morram, canalha!"

Se não cortaram de uma forma, espoliam de outra, ainda que para tal transformem um seguro de saúde destinado aos trabalhadores e ex-trabalhadores da Administração Pública (ADSE) num luxo com custos superiores a muitos seguros de saúde privados existentes no mercado.

Acresce a esta acção, mais do que a sustentabilidade do seguro de saúde, a promoção do seu abandono, fazendo crescer drasticamente o recurso ao Serviço Nacional de Saúde, provocando-lhe a eminência de ruptura por penúria e caos.

Note-se que a ADSE, ao contrário do mito urbano que pretende fazer crer tratar-se de uma benesse de um sector com elevados custos para o Estado, funciona sustentada nos descontos dos trabalhadores e pensionistas do estado em acrescento à taxa social única (que eles igualmente pagam como todos os outros trabalhadores).

O abandono da ADSE (a ADSE é voluntária) provocado pelo aumento do seu custo será especialmente sentido nos reformados do Estado uma vez que se soma ao acumular dos cortes que inviabilizam o sustento dos seus beneficiários.

Nunca será demais lembrar que, se há alguém que nunca teve qualquer hipótese de “fugir” aos descontos correctos para a aposentação, são os trabalhadores da Administração Pública e, curiosamente, é nos seus reformados que se concentram os saques, depois de terem sido esbanjados, ao longo dos anos, os fundos da CGA para tapar buracos do Orçamento do Estado, logo, em proveito de todos.

O incentivo ao abandono da ADSE tem por objectivo, de com uma só cajadada, prejudicar o Serviço Nacional de Saúde e exterminar os reformados da Administração, a quem insistem em chamar de pensionistas para os confundir com os beneficiários das pensões sociais.

ET: para ajudar a matar o tal "mito urbano" que fala dos custos para o Orçamento do Estado, favor ler, pág 52 e seguintes, o documento da ADSE onde está referido o seu financiamento.
LNT
[0.004/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLVI ]

Castelo Arraiolos
Castelo Arraiolos - Alentejo - Portugal
LNT
[0.003/2014]

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A fava

Bolo-rei2014 até parecia que tinha começado menos mal, apesar de tudo ter começado pior do que tinha acabado em 2013, e depois entrou aquele senhor eleito com 2.231.956 votos num universo de 9.657.312 pelas nossas casas como que a fazer lembrar que tudo pode ser pior.

É preciso muito estômago e muitos litros de suco gástrico para digerir uma fava durante cinco anos.

Maldito bolo-rei.
LNT
[0.002/2014]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLV ]

Mahatma Gandhi
Mahatma Gandhi
LNT
[0.001/2014]

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Feliz 2014

Ano 2014

Para 2014 faço votos para que se realizem os votos que abram nova esperança.
Vai-nos competir a construção de um ano melhor.

Luís Novaes Tito
[0.511/2013]

Preparem os foguetes, vem aí 2014

DaliPortas e o CDS de Portas (CDS/PP) abriram a época com um relógio descendente a caminho da explosão ou da implosão, usando o estilo televisivo Marcelista que nunca acerta, mas também não erra.

Preparem o foguetório da propaganda que a defenestração anunciada pelo encolher dos números não passa de simulacro.

Os bigorrilhas continuarão por cá a vender-nos, a tostão e aos pedaços, respaldados no velho do Restelo-baixo e a inaugurar relógios que marcam o tempo inverso ao tempo que querem ganhar.

Se for verdade que 2014 será o ano seguinte a 2013 (adaptação literária de um dito Gasparalhinho) e se o relógio não parar de contar, havemos de chegar ao zero absoluto seguindo a trajectória em que estes zeros nos puseram.

Não é grande teoria para finalizar o ano, sei, mas foi o que se pôde arranjar. Faltam as doze passas. Uma por cada um dos meses que irão passar, de Dezembro a Janeiro.
LNT
[0.510/2013]

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Resumo de 2013

ManequinsPela mão dos sabujos, Portugal transformou-se num saco de pancada e os portugueses perderam o respeito de qualquer gato-pingado solto nesse Mundo.

No Parlamento Inglês chama-se tolo a um português (frisando que se trata de um português para que não fiquem dúvidas) que desempenha funções nas Nações Unidas e, numa terra de ninguém, alguém chama infantil ao Presidente de Portugal.

Oficialmente nada acontece.

É este o resumo dos efeitos da política de subserviência internacional imposta pelos mandantes nacionais e consolidada em 2013 (nem vale a pena relembrar outros incidentes recentes).

Ao País dos "bons alunos" deseja-se um feliz ano novo e a continuação dos "sinais" de sucesso.
LNT
[0.509/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLIV ]

Santo António
Sermão de Santo António aos Peixes - António Vieira - Vos estis sal terrae
LNT
[0.508/2013]

domingo, 22 de dezembro de 2013

Boas-festas


A gerência desta Barbearia deseja Festas boas e felizes a toda a sua selecta clientela (e à restante também)
LNT
[0.507/2013]

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Precaucionatória

CoelhosDizem que não existe tal coisa. Nem antes, nem depois do acordo. Mas existe precaucionar que é relativo a tomar precauções o que, em termos de planeamento, pressupõe acções preservativas.

Sabendo que os láparos se multiplicam como praga caso não encontrem predadores que mantenham a prol em níveis de equilíbrio ambiental, ou caso não sejam vítimas de uma qualquer hemorrágica viral que lhes sirva de controlo, prevê-se que o tal “precaucionatória” seja um termo distrativo para precaucionar a tendência que os coelhos têm para o truka-truka (em latim: troika-troika).

Seja como for, estamos lixados.
LNT
[0.506/2013]

Foram a Belém

Cães Raposa

Eles andam por aí, disfarçados de faz-de-conta, a ver se nos levam no trenó do Pai Natal até ao covil onde guardam, bem guardados, os presentes com que nos querem papar.

Eles, todos os que estiveram (e mais os ausentes) em Belém para saudar o velho-menino que tarda em sair das palhinhas para ressuscitar duas, três vezes, até ficar como aquilo que diz ser, foram levar ouro, mirra e incenso tirados a ferro e fogo aos que nunca escapam e, entre juras de amor e carinho, agradecer as bênçãos do Deus protector prometendo-lhe mais sacrifícios, incluindo de morte e miséria, em troca do apaziguamento na irrevogabilidade mentida.

Eles todos, os que foram e o que lá está, falaram de gente que sofre e morre e vangloriaram-se com fantasias que lhes enchem a boca com sabores do bem e do mal sendo que o bem é sempre deles, todos.

Pois que eles, todos, tenham um Santo Natal. Bom seria que fosse o último em que lhes fosse servido o bacalhau da consoada tirado do prato dos sacrificados.
LNT
[0.505/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLIII ]

Chaparros
Chaparros - Alentejo - Portugal
LNT
[0.504/2013]

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Dignidade

Angela Merkel
Juro que vou dedicar os meus esforços ao bem do povo alemão, aumentar os seus benefícios, protegê-lo de danos, respeitar e defender a Constituição e as leis da Federação, cumprir conscientemente os meus deveres, e fazer justiça a todos.
Juro-o, assim Deus me ajude".
Ontem vi Merkel na televisão a jurar que iria “respeitar e defender a Constituição e as leis da Federação”. Que pena tenho que os governos em Portugal não façam semelhante juramento embora saiba que, observando o desempenho de topo nos últimos anos em Portugal, não andamos muito longe de dar razão à frase repetida na infância: “de que quem mais jura, mais mente”.

Quase blasfemicamente diria que lamento não ter Merkel como chefe do meu governo porque tenho de reconhecer a sua honra, ao contrário do que se passa por aqui.

Como democrata, respeito quem se dá ao respeito, isto é, quem independentemente das ideias que defende – mesmo sendo diferentes daquelas que defendo – revela honestidade e brio no cumprimento dos juramentos que faz.

Ao ouvi-la em tal juramento dei por mim a imaginar o desprezo que ela deverá ter por gente inqualificável que ocupa altos cargos nacionais e declara publicamente ser contra a Constituição designando o seu País como “protectorado” em violação logo ao primeiro princípio fundamental - “Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Depois de ontem ter visto a dignidade da posse de Merkel compreendi melhor o desdém com que ela trata a rapaziada da Gomes Teixeira, infelizmente metendo-nos a todos no mesmo saco de gatos por admitirmos docilmente sermos governados no desrespeito da Constituição da República Portuguesa dando aso a que todo o tipo de burocratas europeus e de “mercados” internacionais se permitam tentar condicionar o nosso Tribunal Constitucional.
LNT
[0.503/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLII ]

Boas-Festas
António José Seguro - Partido Socialista - Portugal
LNT
[0.502/2013]

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Tic-tac

Relógio de bolsoCom o mesmo ar impante com que deu o dito por não dito em troca de títulos e prebendas, Portas, o irrevogável e colossalmente demagogo há mais de trinta anos a salvar Portugal, descerrou um astrolábio digital que aponta para o fim da útil troika que ele e o seu Primeiro-ministro meteram porta dentro com a calçadeira de Belém.

Ainda não há certezas das novas passa-culpas que inventarão para dar continuidade à destruição em curso quando surgir o dígito zero, mas já se ouvem ecos de estar em preparação um cautelar para a machada final antes que se esgote o tempo de gatos-pingados que a democracia lhes deu e que Cavaco garantiu como certo.

É que ainda lhes falta um ano indispensável à beberagem que fermenta de novo no pote do quadro comunitário e há que manter o pagode entretido enquanto que, à falta de aeródromos abandonados, se formem técnicos para operação em ancoradouros submarinos.

O tempo urge!
LNT
[0.501/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXLI ]

Cascais
Pântano - Delta Mississipi - USA
LNT
[0.500/2013]

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Do fedor

BuleTinha jurado não abordar o fedor dos gatos porque me chateia fazer publicidade à MEO sem ser pago, mas é irresistível, principalmente depois de ler o que por aí se tem equacionado sobre a inclusão de Rodrigo no bando dos quatro.

Dizer que ele prestou um mau serviço ao jornalismo por confundir a sua profissão com o entretenimento é coisa tão válida como afirmar que um jornalista que entre numa gincana de automóveis passa a ser confundido com um carapau de corrida.

A questão não foi a do papel de humorista que Rodrigo se prestou a fazer (como se não estivéssemos todos habituados a ver jornalistas fazerem esse papel), mas sim a falta de humor que o papel revelou.

E o que entendo como verdadeiramente complicado é viver num País cujo Ministério Público avança com um inquérito a um comentador por ter chamado palhaço ao Presidente de República mas deixa passar em claro uma solução apresentada num canal de televisão (mesmo com a capa de humor) com a sugestão de atentado contra membros de um Governo.
LNT
[0.499/2013]

Sinais

SinaisÉ coisa bíblica.

Esta gente vê sinais que se mostram sem se verem, numa espécie de poesia mítica que nem Camões conseguiu expressar.

Agora foi a vez da anunciação irreversível feita pelo demagogo-mor antes de inaugurar o relógio decrescente que marca a partida daqueles que foram chamados a dar o corpo ao manifesto, como bode-expiatório, das políticas de saque e empobrecimento que estão em curso. Foi um "querer estar preso por vontade, servir a quem vence o vencedor".

Sinais que só eles vêem sem que alguém sinta o efeito na pele.

Sinais sempre antecedidos de um sinal de menos.

Sinais de que Passos Coelho e Portas já estão com o relógio que conta o tempo ao contrário apontado ao dia em que repetirão o foguetório da propaganda pura e dura baseada nas inverdades com que insistem em conduzir-nos por uma via de sentido único a caminho de um beco sem saída.
LNT
[0.498/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXL ]

Cascais
Cascais - Portugal
LNT
[0.497/2013]

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O caso do estranho Primeiro-ministro [ II ]

CoelhoPassos Coelho acha, graças ao estado de graça que os entrevistadores lhe concederam, que tudo está a correr como o esperado embora ele não esperasse encontrar o que encontrou depois de ter jurado que estava preparado para dirigir o País e que conhecia profundamente aquilo que o esperava.

Não perceberam, pois não? Também os entrevistadores não perceberam e por isso deixaram-no a mentirar, as usual.

Mas Coelho disse mais e os entrevistadores também não lhe souberam sacar o que mais ele queria dizer. Disse que isto é para continuar e que ainda falta concretizar muito daquilo que o mandaram fazer, a saber:
Pensões – Exterminar todos os que tenham 65 anos ou mais e no caso de viuvez exterminar as(os) viúvos;

Educação – Exportar os jovens licenciados em idade fecunda para que os seus descendentes sejam educados no exterior sem encargos para o Estado português. No caso dos jovens licenciados serem imberbes ou estéreis encaixá-los nos Gabinetes ministeriais;

Ciência e Tecnologia – Ceder os cientistas e investigadores portugueses aos países evoluídos (e emergentes) para criar boa imagem de Portugal. Fomentar que as suas capacidades e saber voltem a dar, nesta vez no exterior, novos mundos ao Mundo;

Saúde – Utilizar os recursos das rubricas de vacinas em aquisição de estricnina;

Emprego – Substituir o subsídio de desemprego por uma côdea de pão de forma a conseguir uma horda de miseráveis disponíveis para trabalhar intensivamente em qualquer coisa por uma carcaça inteira;

Justiça – Fomentar a bufaria e extinguir os tribunais e as forças de segurança. Fazer de cada filho um delator e de cada colega um traidor;

Serviços públicos – Reduzi-los à colecta acabando com as mordomias de satisfação dos contribuintes. Substituir as facilidades tecnológicas de cumprimento de obrigações fiscais por um corpo avançado de fiscalização punitiva.
Decididamente ficaremos no bom caminho. Assim chegaremos à tal diferença de crescimento positivo que permitirá que os calmos Coelhos e Portas e a casta superior (e exterior) voltem a ver reposto o poder de compra que temporariamente lhes foi retirado.
LNT
[0.496/2013]

5 - Blogoditos - 5 [ X ]

Blogs
afinal, é a própria Martinfer a afirmar que o contrato através do qual adquiriu os Estaleiros de Viana do Castelo se resume a uma mudança de nome dos gestores da empresa - entendendo que o argumento é suficiente para justificar que, dos 600 trabalhadores, apenas garantirá trabalho a cerca de 160!
Ana Paula Fitas

Ignorou o périplo que a dra. Albuquerque e o senhor vice andaram a fazer pelos credores a nível dito político. Só aprecia funcionários deles. No não dito, ficou claro, uma vez mais, que as pessoas são instrumentais e e meramente facultativas. O que importa é que, mesmo que elas não notem e não lhes diga respeito, há algures uma "economia a mexer" na sua cabeça. E, claro, já só lhe ocorre o próximo evento, o "programa cautelar" porque a dívida e a austeridade não perdoam. Quando for grande, quero ter aquela calma de morte. Boa noite e boa sorte.
João Gonçalves

Estou ainda a digerir as notícias de que Paulo Rangel poderá vir a ser o candidato de Pedro Passos Coelho nas eleições europeias. A confirmar-se é a minha linha vermelha e, muito provavelmente, para mim pelo menos, o fim de um ciclo.
Paulo Gorjão

Aparentemente mais fadado para carregar os tacos de Deus Pinheiro do que para administrar um banco central, fontes contactadas pela TSF fazem saber que o governador geriu com os pés um processo que exigia um tratamento com mãos de cirurgião e “temem prejuízos para a credibilidade do Banco de Portugal.”
Miguel Abrantes

Enquanto via a prestação do Coelho no compacto da TVI, não me saía da cabeça o livro de Gilles Lipovetsky “A Era do Vazio”. Na verdade , o homem de mão da troika em Lisboa é um lídimo representante do nihilismo que, como prenunciava Lipovetsky na década de 80, chegaria ao poder no século XXI.
Carlos Barbosa de Oliveira
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.495/2013]

O caso do estranho Primeiro-ministro [ I ]

Merkel - Coelho

Passos Coelho acha estranho que a DG do FMI diga uma coisa e os amanuenses que se deslocam aos países em rapina façam outra.

Se o nosso PM não fosse igualmente um amanuense trataria dos negócios de Estado ao nível superior e deixaria que as equipas técnicas andassem no terreno a tratar de cumprir as ordens que recebem de cima.

Mas assim não é. O nível desta gente é o dos que se vergam perante os maiores e descarregam sobre os menores.

Por isso ele estranha. Nós não, embora lamentemos.
LNT
[0.494/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCCXXXIX ]

Quinteães
Quinteães - Minho - Portugal
LNT
[0.493/2013]

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Indicadores

Arrefecimento
No auge da excitação nacional apresentam-se os mais diversos indicadores para demonstrar que “a coisa está a mudar para melhor” como se não fosse verdade o ditado popular de que não há mal que sempre dure.

Há três destes indicadores que, nestes casos, são sempre chamados à colação, para além do significativo sinal positivo que representa a diminuição (milimétrica) da taxa de desemprego sem considerar os factores da emigração, do fim do prazo útil de manutenção da inscrição nos Centros de Emprego e a desistência pura e simples de procurar trabalho.

É a toma e a retoma expressa pelo aumento do consumo de energia eléctrica, pela melhoria da procura interna e pela diminuição “moderada” dos índices de exportação.

O primeiro é principalmente importante por indicar o aumento de actividade da indústria. Nos valores absolutos desse acréscimo, mesmo não considerando o aumento do consumo de lenha, há que desvalorizar o facto de este Outono/Inverno estar a ser de frio intenso.

O segundo, que deveria ser atribuído ao bom desempenho do Tribunal Constitucional por ter mandado repor o subsídio de Natal que o Governo queria gastar nos almoços a oferecer aos “mercados”, nada tem a ver com a quadra do homem barbudo e do Menino das palhinhas que incita ao consumo e ao derretimento do crédito de plástico.

O terceiro, que nada tem a ver com o sazonalidade da época baixa, como lhe chama o sector do turismo (um dos sectores considerados na exportação), não significa que a nossa indústria exportadora é radicalizada na prestação de serviços, esquecido o sector dos derivados de petróleo porque a matéria prima é de importação.

Ficamos assim conversados e à espera da conversa que o segundo-ministro vai ter com a dona Judite, esta noite, para anunciar que estamos no bom caminho (do empobrecimento) faltando ainda percorrer o trilho das pedras escavado no túnel sem luz à vista.

Não somos gregos, embora nos vejamos gregos para não explodir de alegria com tanto sucesso.
LNT
[0.492/2013]