quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Botão Barbearia[0.126/2008]
Na terra dos gringosEleições americanas

Se o desafio final for entre Hillary e McCain, a coisa não parece mal.

Os blogs portugueses, em geral, parecem ter grande preferência por Obama, mas cada vez parece mais ser boa ideia ter uma mulher experiente a comandar o Mundo.

Pode ser que me engane mas, pelo que vou vendo, os americanos acham o mesmo.

A continuar a acompanhar porque ainda é cedo.
LNT
Rastos:
USB Link
-> CNN Politics.com - Election Center 2008
-> ITD - Presidenciais Americanas 2008

12 comentários:

contradicoes disse...

Claro que os americanos maioritariamente não vão escolher Obama, embora também faça parte daqueles que na blogosfera o preferissem. Sim porque as escolhas dos americanos nesta matéria não são por vezes as mais adequadas tendo em vista a escolha de Bush e o disparate da sua recondução.
Um abraço
Raul

Luís Novaes Tito disse...

Caro Raul

Comparar qualquer um destes concorrentes com Bush é uma maldade. Bush é incomparável.

Quanto a Hillary, de quem tenho boas referências pelo acompanhamento que tenho feito do seu percurso, parece-me que não só os americanos ficariam bem servidos como todos nós, ainda que indirectamente.

O Mundo está demasiadamente instável para se poder arriscar em experiências. Prefiro, neste momento não correr o risco. No entanto, como se sabe, não sou eleitor americano e por isso só me resta esperar para ver.

Anónimo disse...

Aproveitando a 'boleia' disponibilizada pelo caro Barbeiro, espreitei para o site da CNN e depois de devidamente mirado, então não é que as 'iludências' aparudem' ???
Afinal, Obama ganhou em Delegados directos a chamada Super Terça-feira !
Mas estas 'eleições' são mesmo inglantónicas como diria Molero...
Então não é que um candidato que anunciou préviamente a sua desistência, consegue obter cerca de 412.000 votos válidamente expressos (2,8% dos votantes Democratas) ?
E uns bicharocos que por lá aparecem chamados 'Super Delegados' sem relação directa com a verdade das urnas ? Se Edwards não desistisse tinha direito a 0 destes bicharocos, Obama leva 106 e Clinton 193.
Conclui-se que o ponto de partida dos candidatos não é o mesmo. Uns partem mais à frente que outros.
E que dizer de Estados que em vez de escrutínio de voto secreto na urna, usam um processo designado 'Caucuses'. Pelo que percebi, mas posso estar enganado, trata-se de um método tipo soviético à moda dos 'States'.

Muito se 'aprende' por aquelas partes do mundo.

Quanto à preferência do estimado Barbeiro pelo desafio entre Hillary e McCain, olhe que é arriscado. Já me cheira a 'peixeirada' da grossa e nisso os Republicanos são 'mestres de culinária' e têm algumas pontas por onde pegar.

Let's wait.

Luís Novaes Tito disse...

Caro Luis Filipe

Comparar as eleições democráticas americanas com as que se faziam na URSS não faz qualquer sentido. De resto parece-me que, ou não leu bem, ou não está muito a par das regras que regem as primárias americanas.

Quanto aos riscos digo-lhe Luís Filipe, que continuo convencido que Hillary será melhor adversária de McCain do que Obama porque é mais experiente e menos demagógica. Num comentário anterior o Luís Filipe falou do passado (quase adolescente) de Hillary.

A coisa é simples, meu caro. Quem tem passado é sempre susceptível de crítica. É como aqueles que nunca se lhes pode apontar o que quer que seja pelo simples facto de nunca terem feito nada.

Os outros, por terem obra feita, têm sempre alguma coisa que se aponte.

Faltam menos de 20% de apuramento dos votos nas primárias. A diferença entre Obama e Hillary é curta e pode acontecer tudo, vamos ter de aguardar.

Anónimo disse...

Caro Barbeiro, confesso que não percebi o processo dos 'Caucuses'.
Mas prometo ir pesquisar melhor, por uma questão antropológica. Posso estar enganado, mas parece-me um processo decisório tipo braço no ar, dai a minha analogia com os Sovietes.
Quanto ao 'devaneio de juventude' de Hillary, é preciso contextualizar. Foi na sequência da sua referência à 'velhice' da Joan Baez.
Hillary tem muito valor, espero sinceramente que saiba escolher as parcerias certas, no caso de ser ela a nomeada.

Luís Novaes Tito disse...

A coisa é de tal forma democrática, Luís Filipe, que só estamos a falar de selecção de candidatos às eleições. É necessário nunca perder isso de vista.

Abraço

Anónimo disse...

Caro Luís,
não creio que «os americanos achem o mesmo» (sobre a escolha de uma mulher), mas tão só os eleitores democratas. E mesmo isso ainda é duvidoso que ocorra.

É que todas as sondagem dizem que McCain ganha a Hilary com facilidade....

Luís Novaes Tito disse...

As sondagens, caro Gabriel, são isso mesmo.

Os resultados são aquilo que se vê.

E o facto de dizer "uma mulher experiente" engloba muito mais do que "uma mulher".

Poderemos sempre fazer a avaliação em termos sexistas, ou étnicos, aliás é uma tentação que tenho tido mas tenho contido, porque a nós comentadores nenhuma abordagem está vedada.

No entanto não foi isso que pretendi com o meu texto.

Anónimo disse...

sem estar dentro dos meandros da política americana e nem de todo o processo eleitoral, não deixo de acompanhar, e claro, de criar a minha opinião.
creio que não devemos mesmo ter qualquer receio em olhar para estas escolhas que por lá se têm que fazer em termos sexistas e étnicos, porque em realidade, se não estou enganada, creio que nunca os EU se viram numa posição de terem que 1º escolher entre um negro e uma mulher, apesar de tudo, branca... e mais para a frente, quem sabe.... entre uma mulher e um homem ou entre um branco e um negro...
vamos esperar para ver como homens e mulheres, e as mais diversas etnias de que são provenientes se "organizam" em torno dos candidatos... penso que é um momento úníco (seja com hilary, seja com obama) para perceber-mos um pouco mais sobre o tecido social e étnico daquele país e até que ponto os preconceitos estão instalados na sociedade.
não por ser mulher, mas precisamente pela sua experiência, espero que agora e no final, venha a vencer hilary clinton.

Luís Novaes Tito disse...

Todas estas coisas, só Maria, são matéria de abordagem, mas é necessário muito tempo para que se possa fazer com alguma honestidade.

Estou de acordo que as questões étnicas e sexistas (ou de género, como agora é correcto dizer) são de grande interesse para estudo, desde que se não esqueça serem coisas absolutamente diferentes. Basta que se pense que há muito mais mulheres do que brancos, pretos, amarelos ou vermelhos, porque elas existem de todas as cores.

Um tema interessante que, a propósito das eleições americanas, poderá vir a ser olhado sobre novos prismas.

Ainda nos EUA há um outro factor que normalmente não se vê abordado na Europa que tem a ver com outras comunidades. Dentro dos brancos e penso que dentro dos pretos, é raro fazer-se a análise, por exemplo, das comunidades hispânicas e chinesas, sendo que a segunda é normalmente pouco participativa neste processos. Mas a primeira (povos das américas centrais e do sul), se ainda por cima lhe somarmos a comunidade lusófona (Brasil e Portugal), tem um peso substancial. Não é por acaso que em todos os Blogs e Sites de campanha há a possibilidade de seleccionar o espanhol.

Havendo tempo, gostaria de desenvolver o tema.

Um abraço e bom repouso nos garfos das flores.

Anónimo disse...

:D
bom fim de semana!

anamarta disse...

Não vamos votar nas eleições americanas, mas penso que também a nós interessa quem ganha, pois sempre é melhor que o "nosso dono" "do mundo" seja capaz, e nos dê pelo menos segurança que é coisa que o actual nos tira cada vez mais, e eu sou pela Hillary, não só por ser mulher, mas porque tambem é mais experiente.