quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Democracia, Cidadania

BarbeiroEspero que já tenham acordado das alucinações e que tenham regressado à realidade. Espero que libertem os votos dos cidadãos eleitores e os façam retornar aos seus detentores e se conformem com a vontade, o secretismo, o universalismo e a responsabilidade de quem nunca abdicará de usar o poder de decidir, até porque esse direito custou muito a impor.

Os votos são de quem os usa e a sua expressão traduz-se no que, agregados, determinam. A democracia é uma maçada, mas quem não entender estas coisas tão simples nunca entenderá coisa alguma.

Dito isto, passo às saudações especiais que a camaradagem e amizade não permitiriam deixar de expressar neste meu reduto de liberdade de opinião.

Abraços especiais para os vencedores António da CML, Helena da AML, Carlos Manuel Castro (vereador CML), Pedro Cegonho de Campo de Ourique, Inês Drummond de Benfica, Miguel Coelho de Santa Maria Maior e para a Alexandra da minha Freguesia que, não tendo conquistado a presidência de Carnide, será sempre uma vencedora pela forma exemplar como se bateu.

Saudações a todos os restantes que, vencedores ou vencidos, deram o corpo ao manifesto e permitiram que na minha cidade tivesse havido tanta variedade de escolha o que nos permitiu exercer livremente a cidadania custosamente conseguida, em tempos de Abril, pela coragem e sacrifício de tantos.

Cada acto eleitoral é uma lufada que nos revitaliza. Venham os seguintes para que os eleitos não esqueçam que o poder que delegamos nunca deixa ser o de cada um de nós.
LNT
[0.343/2013]

1 comentário:

Anónimo disse...

Brutalidades

Mesmo depois do impacto real da situação ter sido minimizado pelo Sr. Ministro da Educação, com a proibição da abertura de licenciaturas que tinham tido menos de 10 alunos, ainda assim é uma evidência chocante o resultado da 1.ª fase de candidaturas ao ensino superior de 2013, em que 44 % dos cursos, nos Institutos Politécnicos públicos, tiveram menos de 10 alunos, e 54 cursos aluno nenhum !

Este resultado, que de surpreendente nada tem, evidência à saciedade que entre a racionalização da rede de estabelecimentos de ensino superior público e a manutenção de um imenso desperdício de dinheiros públicos, o Governo optou pela manutenção do “status quo”, para manter um ensino superior politécnico público que não se qualificou academicamente e cuja procura é cada vez mais reduzida, ainda que esta opção asfixie (financeiramente, e não só…) as Universidades públicas de referência, como a de Lisboa, a do Porto ou de Coimbra…

Apesar do enquadramento legal vigente, restritivo de contratações no ensino superior público, de 31.12.2008 até ao ano lectivo 2011/12, o n.º de docentes do ensino superior politécnico público aumentou cerca de 26%.

Pois bem, surpreendentemente, ou talvez não, já se antevê a contratação de mais docentes para o ensino superior politécnico público! Uma contratação “pontual”, ao que nos dizem. Por ora …

O Governo, face ao descalabro, apressou-se a “tirar da manga” uns novos cursos, desta feita denominados Cursos Superiores Especializados (CSE), para serem ministrados nos Institutos Politécnicos.

Pena é que para as Universidades públicas, os recursos sejam cada vez mais minguados, nomeadamente os financeiros, bem como, que tenha havido a insanidade de tentar cercear-lhes o aumento das receitas próprias, como denunciou o Sr. Reitor da Universidade de Coimbra, em 25 de Setembro de 2013, na cerimónia de abertura solene do ano lectivo.

Mas também ninguém disse que os Politécnicos, essas “estruturas flexíveis” que tudo ministram, não são o ensino superior de referência da 3.ª República.

Estivesse o Governo tão preocupado com a diminuição dos alunos no ensino superior (leia-se nas Universidades), quanto refere o Sr. Ministro da Educação, e as bolsas de estudo seriam concedidas aos alunos, que delas careçam, independentemente da situação fiscal dos seus progenitores.

Qual a culpa de um aluno carenciado para que, em razão das dividas fiscais dos seus pais, não lhe seja atribuída uma bolsa de estudo?

Será que o Governo não compreende que sem culpa não pode haver punição?

Quanta violência gratuita não encerra esta punição que penaliza o individuo em que a culpa não é do próprio, mas aos seus progenitores?

Mas não, face ao descalabro na procura dos Politécnicos Públicos, a preocupação do Governo é como manter no ensino superior do Regime, estas “estruturas flexíveis” que tudo ministram, Licenciaturas, Mestrados, Doutoramentos…

Entretanto, o Sr. Ministro da Educação pede inquéritos!

Começou pela Direcção-Geral de Estatísticas do Ministério para que analise a falta de candidaturas ao ensino superior. Como assinalado, é um 1.º inquérito. Quantos mais se lhe seguirão…?

E para quê? Se é sabido que o descalabro na procura foi nos Politécnicos públicos, e não nas Universidades públicas, bem como que a solução do Governo são novos cursos, denominados Cursos Superiores Especializados (CSE), para serem ministrados nos Institutos Politécnicos…

http://www.noticiasaominuto.com/pais/103752/cursos-superiores-de-curta-dura%C3%A7%C3%A3o-v%C3%A3o-abrir-nos-polit%C3%A9cnicos#.UkUbJT8pivk

http://ucv.uc.pt/ucv/media/abertura-solene-das-aulas-20132014-discurso-do-rei?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+UCV+%28UCV%29

http://economico.sapo.pt/noticias/ministro-quer-investigacao-a-falta-de-candidatos-ao-ensino-superior_178101.html

PS: Melhor fora que o Sr. Ministro explicasse porque é que a DGES não divulga nem o INDEZ 2011, nem o INDEZ 2012, que reportam dados referentes ao ensino superior público relativos aos anos de 2011 e de 2012