segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Inadmissível (act.)

Vitor Gaspar e Wolfgang Schäuble Mário Crespo retratou-se.
Fez bem.

Mas Mário Crespo, homem que há muito deixou de ser jornalista para ser um comentador que se põe em pé de igualdade com os seus convidados e que passa a vida a pedir cabeças, devia ter-se demitido. Era o mínimo que podia fazer, inclusive, por ter induzido em erro os seus convidados.

Retratou-se pelos comentários produzidos no seu programa em que se chamou arrogante ao Ministro Alemão, Wolfgang Schäuble, por ele estar a falar sentado enquanto que o nosso Ministro Gaspar estava de pé. Acontece que o Ministro alemão estava sentado porque se desloca numa cadeira de rodas.

Procurei já o filme da retratação mas, como foi há pouco, ainda não está disponível na SICn.

Quem me conhece sabe que não sou pessoa para pedir a demissão de ninguém, mas isto é demasiadamente grave para ficar só por uma retratação.
(Nem sequer me vou pronunciar sobre a partilha de responsabilidades que ele fez com Ruben de Carvalho. Mesmo tendo sido o Ruben de Carvalho a pedir-lhe que o fizesse (e tendo sido Ruben de Carvalho quem proferiu os comentários), o assunto tinha de ser tratado em separado porque foi o Crespo que introduziu a questão para a qual, pelos vistos, não estava devidamente preparado)
LNT
[0.113/2012]

Descolado, dizem eles

Barroso



"José Manuel Durão Barroso encontra-se em Mumbai, Índia, depois de se ter descolado ao país por ocasião da 12.ª Cimeira entre a União Europeia e a Índia, que decorreu em Nova Deli."


Assim diz o Jornal de Negócios, com propriedade.


De facto Durão Barroso está descolado desde o início do "crescimento da competitividade e do progresso social e para tornar as vidas de todos os participantes no mercado – empresas, consumidores e trabalhadores – mais fácil"
LNT
[0.112/2012]

Surdinas [ XXXVI ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Se estivéssemos a tratar com gente séria, em vez de darem o dinheiro à Grécia, povo para que se estão nas tintas, tinham distribuído os milhares de milhões directamente aos bancos alemães e franceses para que eles se ressarcissem das perdas que tiveram quando compraram dívida grega.

Evitavam este compasso de espera, até porque sabem que aquilo que estão a exigir aos gregos não é viável e não pode ser cumprido.

Estamos perante mais um caso de imenso cinismo internacional, uma espécie de manutenção artificial da vida para dar tempo a que se faça a colheita de todos os órgãos viáveis ainda susceptíveis de transplante.
LNT
[0.111/2012]

Fogo amigo

Miguel Telles da GamaNão, não vos vou falar do facto dos gregos conseguirem ter, mesmo com os cortes que lhes foram impostos, um salário mínimo superior ao nosso.

Não, não vos vou falar dos gregos poderem reformar-se aos 50 anos, ou de terem falseado as contas com que se apresentaram a resgate.

Falo-vos de outra coisa que tem a ver com o divórcio entre a política e a cidadania. Falo-vos de alguém que, sem ter mandato expresso para isso, decidiu por todos e pactuou com a anti-política para a destruição da δημοκρατία.

Falo-vos da sobreposição da finança (chamam-lhe "mercados") ao poder político e à miscelânea dos chamados "mercados" com Estados que impõem a outros Estados soberanos a solução única consubstanciada no pensamento político único.

Falo-vos de invasão, já não pelo disfarçado poder dos "mercados" mas pela voz de dirigentes de potências estrangeiras que finalmente se assumem como a retaguarda desses "mercados".

Falo-vos do fim da União Europeia e do novo império que se desenha na Europa com uma tropa que invade sem tanques e arrasa países deixando a despesa dos tiros aos canos das armas fratricidas.

O fogo amigo, por alguma razão simbólica, iniciou-se no berço da democracia.

Os danos colaterais não se farão esperar.
LNT
[0.110/2012]

Meias-hastes

Bandeira da ONU a meia-haste
Cumpre-me o doloroso dever de comunicar o falecimento da democracia helénica.

O corpo encontra-se em câmara ardente no Βουλή των Ελλήνων.

O funeral realizar-se-á em meados do mês de Abril, findo as exéquias, o féretro segue para o cemitério de Nürnberg.

LNT
[0.109/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXIX ]

Ilha do Pessegueiro

Havia um pessegueiro na ilha plantado por um vizir de Odemira que, dizem, por amor se matou novo, aqui no lugar de Porto Côvo.
LNT
[0.108/2012]

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Surdinas [ XXXV ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Durão Barroso chegou a Presidente da Comissão Europeia porque sabia falar francês. (e era bom a manejar a escova dos sapatos de um pessoal que entretanto foi andando)

Passos Coelho já é da geração portuguesa que deixou de ser francófona para passar a anglófona.

Deve ser por isso que quando Durão fala (em francês) sobre as reformas, Passos descai-se. Cavaco, que ainda é francófono, percebe o trocadilho e prefere dizer que a reforma não lhe chega, a informar que é uma ...
LNT
[0.107/2012]

Ortigas

OrtigaHouve um tempo em Portugal em que a exportação de portugueses foi um óptimo negócio. Desculpar-me-ão os leitores que continuam a achar que o Botas foi uma eminência e um imã de ouro (consta que parte dele desaguou da forja onde se derretiam as alianças retiradas dos dedos nos campos de concentração), mas continuo a entender que, mesmo no tempo dele, teria sido preferível criar condições para que essas pessoas tivessem ajudado a desenvolver a nosso País.

O negócio correu bem porque o Botas exportava portugueses sem nada ter investido o que fazia com que grande parte dessa gente tivesse tão pouca condição lá fora que se via obrigada a amealhar cá, na esperança de um dia poder voltar a sentir-se cidadã.

Eram outros tempos. Tínhamos um banco central que emitia a moeda que o Botas mandava e, para que ele pudesse continuar a guardar os lingotes na cave, havia que garantir divisa estrangeira que cobrisse o cunho da moeda nacional.

Tudo é diferente hoje em dia. As divisas estrangeiras não servem para garantir a moeda internacional que circula em Portugal, a malta nova vai para a escola, em grande parte paga pelo colectivo e os portugueses que se exportam já não se sentem imigrantes nos países de destino. Perdemos o investimento feito na preparação dessa malta e não há qualquer retorno porque o dinheiro é guardado nos bancos da emigração ou num qualquer paraíso a salvo do Ministério das Finanças português.

A irresponsabilidade do discurso da zona de conforto é esta mesma, já não falando no salto geracional que se está a dar e no atraso que as gerações futuras vão sentir quando forem confrontadas com o obsoleto português.
LNT
[0.106/2012]

Crânios

CaveiraSou um zero à esquerda em ciências da economia. Sempre pensei que, com uma crise internacional, com as portas abertas à recessão e com uma divisa internacional como moeda nacional, o melhor que havia a fazer era fomentar o mercado nacional e incentivar o consumo interno.

Julgava eu, mas não se esqueçam que sou um zero à esquerda em economia, que os cientistas da economia, tipo Vitor Gaspar, Cavaco Silva e toda a multidão que inunda os estúdios das televisões para nos dar lições de empobrecimento iriam, mais tarde ou mais cedo, perceber que se estivéssemos a produzir a nossa roupa e sapatos, os nossos telemóveis e televisores, as nossas couves e brócolos talvez não fosse necessário importar tanto, o que diminuiria as saídas de el-contado, aumentaria a circulação interna do pilim, evitaria que as fábricas fechassem, manteria os empregos, desenvolveria o que de melhor temos na agricultura fornecendo para a nossa indústria natural (o turismo) produtos de tal qualidade que fariam com que se viesse a Portugal para comê-los e bebê-los uma vez que lá fora teriam os preços que os produtos gourmet conseguem.

Mas não. Sou um zero à esquerda, confesso. Não só não entendo o código linguístico que os economistas inventaram para parecerem que estão a falar de coisas sérias sem se rirem, como não consigo atingir o alcance desse desígnio maior que é produzir para exportar quando ninguém quer importar. (excepção para a exportação de jovens formados com o esforço nacional servidos de bandeja com uma azeitona na boca e uma alcaparra no nariz).
LNT
[0.105/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXVIII ]

50 escudos

50$00 (PT) - 1/4 de Euro - Portugal
LNT
[0.104/2012]

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Surdinas [ XXXIV ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Aguiar Branco confunde a tropa com o sacerdócio.

Ele devia saber que a vocação é precisa para pregar|é| e não para pregar, que é para aquilo a que os militares estão calhados.
LNT
[0.103/2012]

Tanto se baixam que...

ManequinsComo muito bem costuma dizer a minha vizinha Ana Cristina Leonardo: "Isto vai dar merda"

Depois da senhora Merkel andar aos cestos pelas levadas da Pérola, vem agora um outro matreco dos matraquilhos germânicos, um tal Schulz, meter o bedelho na nossa política interna e nas parcerias que temos ou deixamos de ter, com o intuito de nos segurar na esfera que anda a encher de juros usurários o seu banco central e os "mercados" que ele domina. Esta gente perdeu o tino e parece andar à procura de um bom motivo para que isto acabe mesmo em merda.

Claro que não concordo com muito do que se tem feito na Madeira, com a alarvice do esbanjamento, com as palhaçadas carnavalescas e com o banditismo da sonegação que colocou a Nação numa situação ainda pior. Claro que me custa ver a nossa Bandeira perder as cores nacionais para ser bordada com cores e símbolos da intolerância e da prepotência contra os quais me bati em Portugal.

Mas isso é coisa minha, nossa, e daí até começar a admitir que os bárbaros já nem sequer tenham o bom senso de seguir a regra de ouro que consiste em não interferir na política interna dos outros estados soberanos, vai uma grande distância.

Parece que os gregos sempre tinham razão quando pretenderam questionar o seu povo para saber se ele queria continuar a fazer parte de uma coisa que cada vez menos é um espaço comum de respeito por quem nele coabita e que cada vez mais se parece com um império de senhores e lacaios.

Isto de ter um barítono leggero como Primeiro-Ministro só podia acabar numa commedia lirica. Entretanto aguarda-se que Paulo Portas convoque o embaixador alemão para explicações.
LNT
[0.102/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXVII ]

PMercury

Mercury - Lisboa - Portugal
LNT
[0.101/2012]

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Arraiolos

Cavaco Arraiolos

LNT
[0.100/2012]

╥eguices da chancelarina

MerkelA chanceler, chancelarina, chanceleira, a amiga do governador de Vichy, ou lá como lhe queiram chamar (o Portas até já nem se mete nestes faits divers de que ele tanto gostava antes de se ter evaporado), não perde esta mania de que é a dona da União Europeia.

Diz-nos o Público que a senhora se referiu à nossa Pérola do Atlântico debitando que "Quem já esteve na Madeira, pôde ver para onde foram os fundos estruturais europeus. Há muitos túneis e auto-estradas bonitas, mas isso não contribuiu para que haja mais competitividade", para depois informar que não é para isso que servem os fundos estruturais europeus.

A senhora convenceu-se, de braço dado com o governador de Vichy, de que os fundos estruturais são posse sua, aliás uma postura que Portugal, através do ╥egas-mor do reino, também gosta de fazer passar, como se os fundos estruturais não fossem comparticipados por todos os países que compõem a União.

A chanceler, chancelarina, chanceleira, a amiga do governador de Vichy, ou lá como lhe queiram chamar, tem razão em alertar que, a partir da última cimeira, os fundos estruturais passaram a ser destinados a outros fins, mas não pode armar-se em dona deles, nem ignorar que anteriormente a esta decisão recente, eles se destinavam prioritariamente a promover o desenvolvimento das regiões europeias mais atrasadas.

Não há dúvida que a Europa tem um grande problema e que esse grande problema é a mania da supremacia germânica. A Grécia já vai mandando umas bandeiras para a fogueira. Esperemos que a fogueira se mantenha com a labareda em níveis baixos.
LNT
[0.099/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXVI ]

Piegas

Piegas - Portugal
LNT
[0.098/2012]

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pieguices

Canos de armaUm pai chega a casa e diz à família:

Devemos persistir e exigir.
Depois da vossa mãe ter falido e de lhe terem retirado o subsídio de desemprego tiveram de sair da escola onde andavam e deixámos de poder pagar aquelas pequenas coisas que nos iam mantendo o sorriso.
Nada de grave, não sejam piegas! Continuámos a ter sopa, casa e roupa lavada.

Hoje a minha empresa informou que não consegue pagar o salário pelo terceiro mês consecutivo.
Não quero ser piegas mas acabou-se a sopa, entreguei a casa e não há mais detergente para a roupa.
Custe o que vos custar, aguentem-se, não sejam piegas!

Dito isto meteu o revólver na boca e puxou o gatilho.
LNT
[0.097/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXV ]

Sardinheira

Sardinheira - Alentejo - Portugal
LNT
[0.096/2012]

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

As regras do jogo

As regras do jogoHá aqui qualquer coisa que não entendo. Custa-me perceber como é que um Partido democrático, o mais democrático Partido que existe em Portugal, aquele que nunca voltou as costas à luta pela liberdade, à sua e à dos outros, continua a ter tantos militantes de relevo que não sabem ler o que os eleitores escrevem.

Não me parece um exercício difícil, até porque para fazer essa leitura basta conhecer a letra X, aquela com que os eleitores escrevem o seu voto.

O Partido Socialista é neste momento oposição, facto ocasionado por uma coligação irracional das direitas e das esquerdas. Mas, se esse facto foi ocasionado pela insensata coligação, a verdade é que o PS só é oposição porque os eleitores determinaram que deveria ter essa condição.

Creio que os eleitores continuam a não estar arrependidos da forma como votaram. Creio que a haver arrependidos, e creio haver muitos, são os eleitores que se abstiveram e que hoje já concluem que a vontade de substituírem a anterior direcção do PS saiu-lhes demasiado cara com a eleição desta gente que insiste no "isto é para fazer custe o que custar" sendo que "o custe o que custar" é a sua própria vida.

Regressámos à Índia e à voz de comando do Botas que em vez de tentar a negociação da vida com honra mandou aplicar a teoria da morte.

Voltando a trás.

O Partido Socialista tem hoje nova direcção. Resultou da democracia interna do PS que fez aprovar uma nova dinâmica para um novo ciclo, o que resultará também numa nova estratégia para a governação de Portugal.

Não chegou ainda a altura dessa governação. Mesmo que os portugueses não tenham escolhido entre esta nova orientação do Partido Socialista e aquela que lhes foi apresentada pela direita. Mesmo que as opções de escolha tenham sido entre uma linha orientadora que já não é a do Partido Socialista e uma mentira imensa de ocultação das verdadeiras intenções com que a direita se apresentou às eleições.

António José Seguro é acusado de orientar uma oposição fraca. Os seus maiores críticos são a oposição interna que não se conforma com a orfandade e que se recusa a entender a mensagem passada pelos portugueses. Nada de grave, não fosse o facto de muitos desses continuarem a ter posições de relevo sem que isso resulte da actual quota de poder que representam dado terem sido indigitados anteriormente ao apuramento do actual poder interno. Essas vozes não valem pouco, porque são vozes individuais da democracia, mas não têm o valor da voz do Partido Socialista.

No meu apoio sempre condicional a Seguro (porque nunca dou apoio incondicional a quem quer que seja) penso que AJS só tem pecado por duas razões:

Uma por não fazer ouvir que o acordo com a Troika é mais da responsabilidade do PSD e do CDS do que do Partido Socialista uma vez que o acordo que o PS tinha estabelecido com os seus parceiros comunitários foi chumbado na Assembleia da República pelo PSD, CDS, PCP e BE e aquele que foi celebrado com a Troika foi imposto em virtude desse chumbo e assinado em pé de igualdade com o PSD e o CDS numa altura em que o Governo anterior já estava demissionário e sem qualquer margem de manobra para fazer acordo melhor com os nossos parceiros comunitários.

Outra por não contestar com mais veemência tudo aquilo que este poder insensato está a fazer para além da Troika e que vai levar a nossa Pátria à condição de região indigente da Europa. A política do "custe o que custar" é intolerável e é responsabilidade, principalmente de todos nós que nos comprometemos com este "Novo Ciclo", resistir à sua concretização.

O Novo Ciclo é esperança e é isso que os portugueses esperam ver defendido sem cedências nem meias palavras, para além da Troika, para além da desfaçatez dos actuais detentores do poder nacional e europeu.
LNT
[0.095/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXIV ]

Conseguir o Impossível

Conseguir o Impossível - I Campanha Manuel Alegre - Portugal
LNT
[0.094/2012]

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Corsos

Portas - CarnavalDesta vez Passos Coelho e Paulo Portas não tinham qualquer hipótese. Seriam sempre presos por ter ou não ter cão.

Se o Carnaval saísse à rua (e há-de saír, verão!) estavam fritos e abraçados em todos os carros de corso. Não saindo oficialmente (como eles determinaram que não sairá) pode ser que, em vez de os colocar abraçados num trono, os arrastem pelo nariz neste País onde, segundo as palavras do PM, tudo se fará nem que seja contra tudo e contra todos.

Afinal é carnaval e no carnaval ninguém leva a mal. Perguntem a Cavaco Silva.

Por falar em Paulo Portas: Já repararam como ele nunca se cola a estas coisas... Até parece que nada é com ele, ou que tem vergonha de se mostar ao lado de Relvas e de Passos Coelho. Parece mais uma colação do que uma coligação.
LNT
[0.093/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXIII ]

Marinhas

Marinhas - Minho - Portugal
LNT
[0.092/2012]

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

República das Bananas

BananaA questão é só uma:

Em Portugal manda o que o quadro legislativo determina ou mandam as vontades dos iluminados?

Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição, o Conselho de Ministros resolve:
1 — Determinar que, a partir de 1 de Janeiro de 2012, o Governo e todos os serviços, organismos e entidades sujeitos aos poderes de direcção, superintendência e tutela do Governo aplicam a grafia do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pela Resolução da Assembleia da República n.º 26/91 e ratificado pelo Decreto do Presidente da República n.º 43/91, ambos de 23 de Agosto, em todos os actos, decisões, normas, orientações, documentos, edições, publicações, bens culturais ou quaisquer textos e comunicações, sejam internos ou externos, independentemente do suporte, bem como a todos aqueles que venham a ser objecto de revisão, reedição, reimpressão ou qualquer outra forma de modificação.

Referências:
Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011
E já agora
o Acordo

Nota: Escreverei como muito bem entender, quando o fizer particularmente. Sempre que estiver a escrever pago pelo erário público cumprirei aquilo a Lei determina. Se não querem a aplição do AO basta revogarem a RCM.

LNT
[0.091/2012]

Sejam mansos

Arame farpadoHá uns dias atrás o Ministro das tropas deu um conselho para a caserna:
"Se não sentem vocação, estão no sítio errado. Se não sentem, antes de protestar precisam de mudar de carreira"
Quereria o homem dizer que, num tempo em que a vocação pouco interessa porque se pretende a profissionalização, os profissionais das forças armadas que não sejam missionários devem dedicar-se à pesca e deixar para os submissos o uso do canhangulo?

O Senhor Ministro ignora que disciplina não implica amorfismo e que é mais importante um militar com ideias do que um naco de toucinho pronto a servir de carne para canhão.
LNT
[0.090/2012]

Posto de observação

AvisoDurão Barroso aceitou servir café a uns estrangeiros que lhe prometeram que, se a bica tivesse muito creme iraquiano, receberia prebendas nunca dadas a um barman.

Passos Coelho parece uma Bratwurst. Faz lembrar o Botas que gostava de falar da nossa mais antiga aliança ao mesmo tempo que mantinha subterrâneos por onde escoava ouro dos campos de concentração e se passavam espiões do Reich.

E nós aqui, neste posto observação, vamos questionando se alguém sabe de alguma janela de oportunidade que esteja para se abrir?

Para Portas seria indiferente. Quem já fez de calço a Santana Lopes, também pode fazer de encosto a Relvas.
LNT
[0.089/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXII ]

Gillette

Publicidade Gillette - USA
LNT
[0.088/2012]

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Surdinas [ XXXIII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Será que vai haver um, nem que seja só um, reformado do Banco de Portugal que queira para si aquilo que promulgou para todos os funcionários públicos?

Sabemos que os aposentados do Banco de Portugal não se regem pelas disposições da Função Pública. Sabemos que a moral não é para aqui chamada, nem os bons costumes, nem a ética, nem a condição de pessoa de bem. Sabemos que quem pode, manda e obedece quem deve. Sabemos que há quem jure fazer cumprir a Constituição e sabemos que há quem a cumpra porque nunca poderá jurar que a mandará cumprir.

Aguardemos mas, mesmo sem sabermos se o sinal se dará, já nos devemos pôr no papel de pategos a preparar as canas que farão o foguetório rebentar caso se venha a verificar algo de excepcional. O nosso imaginário já permite conceber que a homilia começará por "Embora a isso não estivesse obrigado...!"
LNT
[0.087/2012]

Era só o que faltava

HavaianasA coisa resume-se na frase "era só o que faltava. As filhas das empregadas agora vestem-se como as meninas da casa" ou, em alternativa, "já não as conseguimos distinguir. Onde já se viu isto!".

A questão não se prende com o emprego para os jovens mas sim com o emprego para os "nossos" jovens, que é como que diz, ando eu para aqui a mandar os miúdos para a escola para depois ficarem desempregados devido a qualquer gato-pingado poder ir estudar.

E como se já não chegasse, até lhes davam novas oportunidades.

Vestem-se todos de igual, parecem-se todos iguais, uma vergonha!
LNT
[0.086/2012]

Imberbes sexualmente activos

MatrecoOntem vi na televisão um alto-dignitário (um Secretário de Estado ou coisa que o valha) com ar imberbe a usar da palavra na Assembleia da República e a dizer que quem reclamava contra o aumento do custo dos passes sexuais eram somente os opositores a este Governo.

É natural que o alto-dignitário (um Secretário de Estado ou coisa que o valha) diga estas coisas mantendo o ar imberbe porque esse ar advém-lhe também do facto de, possivelmente, já usar o carrinho do papá desde os tempos em que tinha de se deslocar para a faculdade e agora, desde que é alto-dignitário (um Secretário de Estado ou coisa que o valha), fazê-lo com uma bomba paga pelo erário público e conduzida por um motorista a quem deixou de pagar o salário no Natal e nas Férias.

Se o tal alto-dignitário (um Secretário de Estado ou coisa que o valha) aproveitasse o seu ar imberbe para se disfarçar de digno contribuinte e tivesse ido para a bicha do quiosque dos passes, tinha ouvido aquilo que já ontem aqui relatei e tinha evitado o falsete e a arrogância que lhe fez estalar o verniz e as falinhas-mansas até agora usados para camuflar o vazio.
LNT
[0.085/2012]