sábado, 13 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Mimos
A caixa de comentários é um cofre de mimos só comparável aos que as nossas colaboradoras Katie Melua e Eva Cassidy fazem quando, na coluna da direita, cantam o What a Wonderful World.
Deus as e os guarde. Já fui feliz aqui.
Tenham um bom fim-de-semana.
LNT
[0.069/2010]
Regras da casa e polvo de escabeche
Como já devem ter reparado, a Barbearia tem estado a ser parasitada com publicidade, alguma agressiva e sem possibilidade de ser removida, o que não é especialmente grave, mas também não se deseja.
É política desta casa facilitar a vida a quem quiser comentar evitando a funcionalidade de "check" e a de aprovação prévia de comentários.
É uma opção consciente. A primeira para não dissuadir quem pretende deixar a sua opinião e a segunda para dar oportunidade aos covardes que, sob anonimato, vêm aqui fazer os seus insultos. Se lhes servir de terapia, já nos satisfaz, e quando os limites do razoável forem ultrapassados temos o recurso ao delete.
Isto, como se sabe, é uma barbearia. As conversas fluem na cadência dos escanhoados e do coiffeur. Os tratamentos de SPA, a estética e o relaxe são executados à medida. Tenta-se um serviço personalizado.
Existe um contador de visitas para monitorizar e acompanhar a fidelização e não para incrementar e inflacionar, através de truques, a cotação das acções da barbearia. Nesta loja prefere-se a verdade de trezentos leitores diários regulares à mentira de milhares de utilizadores Internet que venham ao engano.
Para acabar esta dissertação umbiguista onde se apresentam razões para a razão das coisas, deixo uma última nota: - Aqui não se vende nada e tudo é imaterial. Sabemos que há técnicas sofisticadas de marketing e sabemos que até há quem use pele de polvo para imprimir letras e conseguir campanhas de venda maciça. Quando se está no negócio da venda das letras e das palavras, o uso da pele de polvo é apropriado dadas as suas características de camuflagem. Não é o caso desta baiuca cujo negócio consiste unicamente no comércio de ideias, por muito idiotas que sejam.
Por falar em idiotices, e aproveitando. Repararam que ontem na Assembleia, enquanto nos serviam uma caldeirada de polvo aprovou-se, na generalidade, o instrumento com que nos metem a mão no bolso? Parecia um daqueles banquetes pelintras em que, não havendo dinheiro para o prato principal, se enche o bandulho dos convidados de acepipes.
Enquanto os jornalistas, o PCP e o BE discutiam se o polvo tinha seis ou oito patas, o CDS, o PSD e o PS...
País de otários, é o que é!
LNT
[0.068/2010]
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Liberdade de impressão
O gajo é um sacripanta, um trafulha, basta ver-lhe as companhias e os tiques. Até já conseguiu acabar com a merda da livre expressão em Portugal.
E eu olhava de soslaio para o puto e pensava que se ele sonhasse rosnar aquilo há trinta e poucos anos atrás já estava engavetado e com uma chanfalhada nas trombas.
Frócas-se!
LNT
[0.066/2010]
O magano do canito
Eu, que lhes conheço as manhas, ao canito e ao Rangel, passei-lhe a mão pelo pêlo e tugi-lhe de mansinho que não se amofinasse. Aquilo era mais uma massada de cherne, coisa de mau cheiro mas de substanciais calorias, um caldo que mais tarde ou mais cedo se vai entornar.
Nada de novo. Brincadeiras e safanões de meninos guerreiros. Mais um chuto no berço.
O raio do animal, que é fino como um alho, enroscou-se aos meus pés, de costas viradas à pantalha e adormeceu.
Já não havia mais nada para ver nem ouvir.
LNT
[0.065/2010]
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Funcionários de 1ª
Raciocínio recorrente de quem pensa que despesa pública são vencimentos de funcionários e que faz esquecer com esta conversa os milhões esbanjados em serviços, consultorias e fornecimento de serviços com que anualmente se pagam mais uns milhares de funcionários públicos não-quadros da administração, mas de empresas privadas, que fazem do Orçamento do Estado, através de outsourcing e consultadorias, a sua única razão de vida.
Estes funcionários de 1º, os das empresas privadas parasitas do Estado, que auferem vencimentos e mordomias vedadas aos outros, estão na primeira linha dos que reclamam os cortes nos vencimentos e emprego dos funcionários de papel passado.
Percebe-se porquê, não percebe?
LNT
[0.063/2010]
(Atos 9.1-22)
Anda em Bruxelas, por Estrasburgo, ou lá por onde é, a refilar com os custos e as despesas embora seja um dos convivas no banquete orçamental e, assim de mansinho como quem fala das coisas que lhe pagam para falar, mete os slipes e as peúgas que devia pôr-de-molho na saponária privada, na máquina de lavar comunitária.
Não se descose, o coiso, o que deixa Coelho aos passos e Branco a guiar, nervoso, e a ler o Novo Testamento:
"Saulo, fervoroso defensor da tradição judaica (e por isso talvez mesmo um zelote), foi enviado a Damasco para fazer face à agitação dos seguidores do "Caminho".
Foi durante esta missão a Damasco que Saulo tomou o partido dos cristãos que perseguia anteriormente. Foi aqui que Saulo, indo no caminho de Damasco, já perto da cidade, viu um resplendor de luz no céu que o cercou, e caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?". Saulo muda de lado.
A esta mudança de partido ele fez corresponder uma mudança de nome. Abandonou o nome Saulo e, deste momento em diante, fez-se conhecer como Paulo."
[0.062/2010]
sábado, 6 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Nicotina Magazine
Neste primeiro número inclui entrevistas, faz referências à blogos(fera), divulga caixas sobre literatura, cinema, artes, dança, teatro e inclui uma crónica minha entre outras da autoria de Maria Isabel Goulão, Maria Inês de Almeida, Tomás Vasques, Nuno Ramos de Almeida e Vasco Campilho. É o que se chama ficar bem acompanhado.
A Nicotina Magazine tem tudo para vir a ser um êxito de edição. Aqui deixo ao João os meus parabéns pelo arrojo da iniciativa, os meus votos de maior sucesso para todas as vertentes deste seu projecto e o agradecimento pelo convite que me endereçou para fazer parte deste número de arranque.
A pouco mais de um ano da escolha do novo Presidente da República começa a ser tempo de se esboçar o perfil de quem queremos que venha a ser o garante do interesse dos cidadãos e do interesse nacional. Urge que se garanta que o próximo Presidente da República seja uma entidade em que o povo português se reveja ética e consistentemente, o que não implica neutralidade política mas recusa ao engajamento nas máquinas partidárias. Alguém que não envolva ou se deixe envolver na “partidarite” e no jogo de pequenas políticas e em que se confie um juízo pertinente capaz de reunir vontades e impor aos poderes não eleitos rumo sustentado na defesa da qualidade e da decência. LNT
[0.059/2010]
Rastos:
-> o Amor no Tempo da Blogosfera ≡ João Gomes de Almeida
-> Nicotina Magazine
-> Nicotina Magazine ≡ LNT - Voltar a acreditar
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Falemos de coisas importantes
Deixemos de lado, até porque há mais vida para além do orçamento, o dito cujo.
Deixemos de lado as festividades comemorativas do centésimo dia da implantação do diálogo e da convergência das rectas paralelas.
Deixemos de lado esse pormenor urgente de construir um comboio foguete interplanetário que tem de mudar de eixos quando chega aos Pirenéus.
Deixemos de lado todas essas manigâncias como são, por exemplo, os exercícios para cálculo da taxa de desemprego e as projecções que advém da possível devolução dos desempregados portugueses que estão no estrangeiro e que são adicionados às estatísticas desses países e subtraídos às nossas.
Deixemos de lado todas essas minudências, essas idiossincrasias, como diria o Paulo Ferreira, e concentremo-nos nas razões que me levam a não poder comprar o Rolls Royce que tem lugar marcado na minha garagem e nunca mais lá entra. Isso sim é motivo sério, sério porque não me reformei aos 50 anos, tenho emprego, trabalho e pago impostos, pago-os para todos e todos me exigem que pague mais, que trabalhe mais, que ganhe menos (agora chamam-lhe congelamento) e não consigo amealhar para o tal bólide que nunca irei ter porque... pago impostos, trabalho, tenho emprego e não me reformei aos 50 anos.
LNT
[0.057/2010]
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Queixa das almas jovens censuradas
Dão-nos um mapa imaginário / que tem a forma de uma cidade / mais um relógio e um calendário / onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim / para dar corda à nossa ausência. / Dão-nos um prémio de ser assim / sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu / para tirarmos o retrato / Dão-nos bilhetes para o céu / levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crânios ermos / com as cabeleiras das avós / para jamais nos parecermos / conosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história / da nossa historia sem enredo / e não nos soa na memória / outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados / que adormecemos no seu ombro / somos vazios despovoados / de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho / e um pacote de tabaco / dão-nos um pente e um espelho / pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça / e uma cabeça presa à cintura / para que o corpo não pareça / a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro / com embutidos de diamante / para organizar já o enterro / do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal / um avião e um violino / mas não nos dão o animal / que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão / com carimbo no passaporte / por isso a nossa dimensão / não é a vida, nem é a morte
Natália Correia
LNT
[0.055/2010]
domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
Colaborador da Semana [ XCI ]
Tal iniciativa tem provocado na nossa clientela a maior expectativa e entusiasmo o que acrescenta valor à actividade desta média e pequena empresa, que é a Barbearia do Sr. Luís, aumentando-lhe a cotação nos mercados nacionais, e lhe projecta uma alavancagem capaz de a transformar num franchising com fortes probabilidades de cotação em Dow Jones.
Pelo feito, atribui-se a Fernandette, a distinção desta semana.
LNT
(Créditos para PMP)
[0.052/2010]
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Pachequismos
Pode um intelectual defender o mesmo que defendeu no passado, verificando que as premissas se transformaram, só para manter a coerência aparente? Poder, pode, se quiser sobrepor a retórica ao evidente e, em nome da solidariedade para além da ética, preferir o silêncio ou a cumplicidade, à honestidade intelectual. É aqui que o povo diz que: “tão ladrão é o que rouba como o que fica à porta”.
Vem isto a propósito das reacções de blogs alinhados, à direita e à esquerda, leia-se: - blogs enquistados em objectos de direita e de esquerda, e não em ideias – que arregalam os olhos e não se poupam a juízos, que os caracterizam mais a eles do que aos alvos a quem se dirigem, que retiram conclusões absurdas por incapacidade de observarem que o mundo evolui e os cenários têm de projectar as consequências dos actos que, em cada momento, os actores praticam.
Há gente que não consegue consolidar-se na democracia, não entende a liberdade e julga sempre os outros em função do bloqueio que o seu acantonamento gera.
Há bandos suicidas que preferem amar mal e mal serem amados até à morte do que evitarem a sua morte e a dos outros que amam usando a inteligência para avisar que o suicídio está perto.
Há muita democracia por cumprir, muita abertura de mente por desenrolhar, muita bolha por explodir.
LNT
[0.050/2010]
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Auschwitz
Há coisas que convém nunca esquecer, principalmente por terem sido possíveis no Continente que gosta de ser considerado como o expoente máximo da civilização.
LNT
[0.048/2010]
Intimidades e loucuras
É muita escrituração (se escrevesse) para tão parcos dedos e é uma canseira para tão cansada cabeça. Para além do mais, trabalho, e aí escrevo que me desunho, porque os bifes que aqui se não ganham, recebem-se lá.
Depois há ainda projectos, sempre adiados, relacionados com uma publicação romanceada em português alternativo, a adopção de um cachorro, o assassínio em série de uma data de gente que passa a vida a picar-me os miolos e, como todos os tugas, o projecto supremo de ganhar o euromilhões.
Não sei porque vos estou a fazer este Post intimista, mas apeteceu-me fazê-lo.
O Júlio de Matos ainda tem uma ala para escritores falhados?
LNT
[0.047/2010]
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Amanhãs
Haverá, caro Pedro, porque há sempre um amanhã mas se esse amanhã não for desenvolvido com a ajuda da comunidade internacional mas com e para os haitianos, será igual ao ontem que havia no Haiti. Talvez tão miserável e ignorado como o Haiti que existia fora das agendas mediáticas quando já era um mundo de orfandade, de abandono, de morte e de devastação.
No Haiti tem de haver um amanhã de esperança, de viabilidade e isso só é possível se for reconstruído pelos haitianos aproveitando, antes que se fechem de novo, os olhos de boa vontade universal.
LNT
[0.045/2010]
Rastos:
-> Delito de Opinião ≡ Pedro Correia - Haiti: haverá um amanhã?
domingo, 24 de janeiro de 2010
Colaborador da Semana [ XC ]
Elas não entendem que há alturas em que um barbeiro nem tempo tem para se coçar, quanto mais para escrevinhar. Possivelmente têm razão, possivelmente este abandono pode parecer lamentável, e o contador de visitas bem tem demonstrado o desagrado, mas a vida nunca é aquilo que se quer. Havendo melhores e mais fáceis dias as coisas voltarão ao seu ritmo, espera-se.
Entretanto aqui fica a menção da nossa colaboradora desta semana que não é mais nem menos que a infatigável Paulette Dors, moçoila de muito alimento que gosta de se banquetear à mesa do orçamento sem ter de o cozinhar, coisa que lhe tem dado tão formosas e consistentes carnes, como se pode observar pela estampa junta.
Paulette é delicodoce e meiga, agressiva q.b., o que muito agrada à clientela, que gosta de lhe sentir as manhas quando se faz de muito responsável.
Não há melhor do que ela nessas matérias e, por isso, foi unânime a sua escolha como a colaboradora desta semana.
LNT
[0.043/2010]
Tora! Tora! Tora!
Tora!, Tora!, Tora! (código de ataque) relata o planeamento, as manobras e o ataque japonês que veio a fazer decidir o envolvimento dos americanos na segunda grande guerra (Pacífico).
É um grande filme/documentário da estratégia militar e da determinação dos japoneses (análise à margem de qualquer concordância com os motivos e métodos por eles seguidos) que demonstra a habitual fraqueza da estratégia americana que normalmente só consegue vencer pelos recursos infindáveis que tem para sustentar a sua máquina de guerra.
LNT
[0.042/2010]
sábado, 23 de janeiro de 2010
Para quem gosta de enganar crianças
LNT
[0.040/2010]
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
The sense of smell
Lisboa acordou com aquele trânsito mal cheiroso causado por quem pára em todas as terceiras vias como se vivesse sozinho em Lisboa.
Lisboa acordou com aquele odor nauseabundo dos comentadores da rádio que iniciam as suas crónicas com um:
"Bom dia, faz hoje quatro anos que Cavaco Silva foi eleito Presidente da República e falta um ano para as eleições presidenciais. Uma sondagem indica que ..."
Lisboa tem dias assim. Dias fedorentos.
LNT
[0.038/2010]