quinta-feira, 7 de julho de 2011

Oxalá o pote não seja de barro

PotesOs portugueses consomem. Como consomem, tem de se lhes sacar parte do dinheiro que usam no consumo. Como os que consomem luxo estão a consumir menos, há que sacar no consumo do não-luxo. Alarga-se o universo, aumenta-se o saque.

Acontece que o dinheiro não é elástico, pelo menos para alguns. Os portugueses passam a consumir menos e, para que se mantenha a receita, há que agravar o valor do saque e compensar o menor consumo. Aumenta-se a taxa, aumenta o saque.

Acontece que os portugueses consomem cada vez menos porque o dinheiro, além de não esticar, também rareia. A coisa complica-se. O dinheiro não chega para o consumo e as receitas do saque, secam.

Os portugueses trabalham. Como ganham dinheiro com o trabalho, tem de se lhes sacar parte do que ganham. Como produzem para um mercado que não consome, deixam de trabalhar.

Os portugueses não trabalham nem consomem. Como têm casas que valem dinheiro tem de se lhes sacar dinheiro dessas casas. Como não têm dinheiro para esse saque têm de vender as casas e o saque monta-se nessas transacções.

Mas os portugueses que não consomem, não trabalham nem têm casas, também já não têm dinheiro para novas casas, aliás nunca o tiveram porque compravam as casas com o dinheiro que depositavam nos bancos para que estes lho emprestassem com juros.

Nada tarda para que o único saque possível seja nas calçadas portuguesas e nem dinheiro de saque vai haver para comprar as balas que evitem os arremessos.
LNT
[0.257/2011]

Não vos esquecemos

Terror - London
Passaram sete anos, não vos esquecemos.

LNT
[0.256/2011]

Um murro no estômago

Apanhar papeisNem pensem que me vou meter com esta gente. Eles têm as suas metodologias, implementam-nas e monitorizam os resultados com ferramentas que não conheço, nem quero conhecer porque já me basta o que basta.

Sei que estas coisas podem ser divulgadas como se tudo não passasse de conversa de café em que, por palpite, se atiram umas atoardas. Sei que foi isso mesmo que quiseram fazer passar na comunicação social. Fazer-nos acreditar que há aí um grupo de gente que manda palpites e que esses palpites são só, como é costume em Portugal, umas bujardas cimentadas na maldade invejosa.

Não explicam as metodologias nem referem as métricas usadas. Fazem crer que tudo isto é só conversa, mas não é.

Sobre o papel que o espaço Euro deve desempenhar como auditado e dos instrumentos implementados para verificar a qualidade das auditorias que a ele, ou a algum dos seus membros, são feitas para que possa ser apresentado o contraditório, nada. O velho continente quer viver o capitalismo e os capitalistas, para que ele viva, usam os mecanismos que aconselham os seus associados.

O Governo Passos Coelho/Paulo Portas queixa-se de ter levado um murro no estômago. Espera-se que não tenha o estômago fraco porque, quando defendeu os tais "mercados", devia ter tratado de fortalecer os músculos que lhe protegem as entranhas.

Estavam mesmo a pedi-las e escusam de mentir porque a transparência e a verdade que prometeram aos portugueses não se compagina com declarações ( (...)que a agência norte-americana "não terá tido em devida conta" o consenso político entre os três partidos (PS, PSD e CDS) que se comprometeram com (...)) e com a verdade evidenciada (Moody's acknowledges that its earlier concerns about political uncertainty within Portugal itself have been largely resolved...).

PS. Quanto a coerência ficam dois ditos de quem tem fama de nunca ter dúvidas nem nunca se enganar. Façam os vossos juízos.
"A retórica de ataque aos mercados internacionais não cria um único emprego, nós devemos fazer o trabalho que nos compete por forma a reduzir a nossa dependência do financiamento externo sempre com uma grande preocupação de distribuir com justiça os sacrifícios que são pedidos aos portugueses"
Aníbal Cavaco Silva
Novembro de 2010


(Cavaco Silva) "
congratula-se com a condenação da atitude da agência de notação financeira Moody's por parte da União Europeia, de instituições europeias e internacionais e de vários governos europeus"
Aníbal Cavaco Silva
Julho de 2011

LNT
[0.255/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXXI ]

Londres
Londres - GB
LNT
[0.254/2011]

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Eu sou uma mulher sem medo*

Maria José Nogueira PintoMaria José Pinto da Cunha de Avilez Nogueira Pinto, jurista e mulher de princípios inabaláveis e de coerência determinada sempre foi, para mim, um modelo da ética em política.

Não me lembro de alguma vez lhe ter faltado coragem para enfrentar aqueles com quem estava em desacordo, não me lembro de a ver deixar de dizer aquilo que entendia ser seu dever dizer, não me lembro que alguma vez tenha cedido nos seus princípios em troca do que quer que fosse.

Defensora de doutrina diferente da minha, nunca me foi indiferente na inteligência e na argumentação com que se batia por aquilo em que acreditava, nem na força que irradiava nos muitos combates que a vi travar.

Nunca a conheci pessoalmente o que não evitou que tivesse por ela o maior respeito e admiração como pessoa de bem.

Devo-lhe esta homenagem.
LNT
*2007
Imagem: Parlamento Global

[0.253/2011]

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Parabéns, América

Bandeira dos EUA













LNT
[0.251/2011]

Livros

Questão

Não está esquecido, Rui Vasco Neto e Teresa Ribeiro.

Neste momento teria de responder a todas as questões com um: - foi o CobiT.

Já falta pouco para que possa puxar pela memória.
LNT
[0.250/2011]

Todos querem eleger o líder do PS

Combate de Blogs nº 54


Cada um tem o seu estilo de intervenção. O meu preferido é pela escrita, até por gostar de argumentar sem ter de expor a imagem. Fica a promessa de não dar qualquer entrevista quando escrever e publicar o romance que tenho planeado há anos.

A convite e por simpatia de Filipe Caetano participei no passado Sábado no programa "Combate de Blogs" da TVI24. Na mesa estavam questões referentes ao imposto especial criado sobre o joelho pelo governo Passos/Portas e a disputa interna da liderança do Partido Socialista.

Tive como interlocutores a Marta Rebelo do Blog de Esquerda que aproveitou o directo para informar que não é "propriamente apoiante de Francisco Assis" e que se situa "nos antípodas de António José Seguro" o que me deixou ficar na situação de lhe apresentar condolências pelo orfanato revelado. Fiquei sem saber em quem irá votar a ex-deputada do PS e como o voto é secreto morrerei com essa curiosidade por esclarecer. Não se faz ao barbeiro.
Do lado oposto da mesa esteve Duarte Lino do Cachimbo de Magritte que irá passar a integrar a equipa dos residentes do programa em substituição do combatente Miguel Morgado que, entretanto, partiu para outras guerras.

Sobre a primeira questão, a relacionada com o imposto extraordinário, não tive direito a pronunciar-me. Nada de grave, uma vez que centraria a minha atenção na necessidade de fazer política de forma decente e sobre o assunto já me referi aqui, neste meu espaço de reflexão.

Sobre a segunda questão, o novo ciclo do Partido Socialista, foi o Duarte que não teve direito a pronunciar-se embora nos últimos segundos tenha tido tempo de manifestar a sua discordância comigo e deixar ficar a ideia que essa discordância deveria tomar forma de Lei da República.

Filipe Caetano mandou-o escrever no Blog. Fez-me lembrar o recado que em tempos o José Magalhães deixou a Pacheco Pereira.

Quem não viu e ficou curioso, faça o favor de consultar o registo em vídeo que já está disponível aqui.
LNT
[0.249/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXIX ]

Vá-Vá
Vá-Vá - Lisboa - Portugal
LNT
[0.248/2011]

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Transparência e coragem

Tens cá disto? - Pátio das CantigasO significado destas palavras (transparência e coragem), quando usadas na Assembleia da República para justificarem mais um apertão nos cidadãos, já é sobejamente conhecido dos portugueses. Em linguagem de rua querem dizer que nos estão a tramar (ou a lixar, se preferirem).

O que não têm, e a isso já os portugueses também estão habituados, é o significado que a língua portuguesa lhes dá.

Pedro Passos Coelho usou-as ontem na A.R. para informar os eleitores de que lhes vai meter a mão no bolso ao contrário daquilo que não teve coragem de anunciar durante a campanha eleitoral, quando isso lhe poderia ter trazido consequências.

Passos Coelho e Paulo Portas só tiveram coragem para anunciar a medida extra-troika do "gamanço" depois de já terem no bolso os votos dos incautos e os lugares do hemiciclo ocupados.

Perante tão opaca transparência e coragem tão covarde resta dizer-lhes que, por menos, a fada madrinha lançou o feitiço ao Pinocchio e não houve Geppetto que o salvasse.
LNT
[0.247/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXVIII ]

Anta - Arraiolos
Anta - Arraiolos - Alentejo - Portugal
LNT
[0.246/2011]

quinta-feira, 30 de junho de 2011

PEC V

GritoDeve estar a começar o debate do PEC V na Assembleia da República. O IV, como disseram, não bastava e, por muito estranho que possa parecer, também não bastou o acordo com a Trindade.

Agora montados na besta do poder, depois de tudo terem argumentado para fazer desmontar os que a cavalgavam, parece não haver fardo de palha que lhes baste.

Já conseguiram meter cá os estrangeiros para se poderem desculpar das malfeitorias que pretendem fazer enquanto continuam a ir aos "mercados" independentemente de terem justificado que a Trindade tinha de cá se instalar para não terem de lhes recorrer (até dizem que estamos "fora dos mercados" ao mesmo tempo que neles continuam a comprar ao preço de quem ainda não sabe que Cavaco Silva foi eleito à primeira volta e há mais de cinco meses).

Hoje irão além. Além da Trindade, da Troika, do Triunvirato, ou lá como lhe queiram chamar. Irão, tal como os antigos, além do Bojador – além da dor.
LNT
[0.245/2011]

Para que conste

Combate de Blogs
Os Blogs existem para serem escritos.

As barbearias têm dias, uns meio escritos, outros meio falados e, outros ainda, meio engasgados. Esta já se meteu em algumas cavalgadas, blogconf’s, coisas de jornais e noutros "sociais" mais ou menos da moda.

Chegou agora o convite para uma actuação na pantalha, coisa nova para a qual este vosso escrevinhador não se sente especialmente à-vontade, mas seja.

Na TVI24, no próximo Sábado, ou melhor, no Domingo porque aquilo vai para o ar à meia-noite e picos (em horário para adultos), o Combate de Blogs, terá como convidados a Marta Rebelo, o Duarte Lino e moi-même.

A coisa é moderada por Filipe Caetano e tem como residentes Filipa Martins, Nuno Ramos de Almeida, Rodrigo Moita de Deus e Tomás Vasques.

Fica a nota.
LNT
[0.244/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXVII ]

Praia do Cabeço
Sem Espinhas - Praia do Cabeço - Algarve - Portugal
LNT
[0.243/2011]

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Honra ao regime

Assunção Esteves

Estava de portas fechadas quando Assunção Esteves subiu para a tribuna que há muito merecia. Por isso na reabertura deste espaço ficaria mal se aqui não pendurasse, na galeria dos heróis do corredor das massagens, a sua moldura engalanada com o aplauso que em Conceição de Tavira lhe fiz e atrasou a tarde de mergulhos na Ilha de Cabanas.

Prefiro não estragar este post com a recordação do espectáculo triste que antecedeu, num dia medíocre, tão brilhante festa da sensatez e do sentido orgulho de pertencer a uma Nação democrática que, de vez em quando como foi desta, tem a capacidade de deixar o óbvio besunta e avançar para soluções de futuro com um olho no mérito e o outro no novo.

Derrotados ficaram os imbecis que julgam que o papel de o Presidente da Assembleia da República se resume a mandar levantar e sentar os nossos eleitos, uma imbecilidade que durante alguns dias se ouviu nas nossas televisões para justificar a teimosia na tolice de tentar impor o absurdo que representou a repescagem de Nobre com um anzol em trilátero.

Ficaremos sem saber de quem foi o golpe de asa que guinou o bom senso e, nós que não somos apoiantes desta maioria, teríamos todo interesse em sabê-lo para que nos pudéssemos precaver de futuro.

A eleição de Assunção Esteves, à primeira volta e em primeira escolha por quem tinha que a escolher, para desempenho de tão relevante cargo foi um acto de inteligência e demonstra que, afinal, ainda não chegámos ao fim do regime.

Resta desejar-lhe os maiores êxitos, que serão também nossos.
LNT
Imagem retirada do "da Literatura"
[0.242/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXVI ]

Cacela Velha
Cacela Velha - Algarve - Portugal
LNT
[0.241/2011]

terça-feira, 28 de junho de 2011

Marcelo, digo, Senhor Professor

Serpente - Basílica da EstrelaReconheço que Marcelo é dos poucos comentadores televisivos que não tem língua de pau. A dele é em pele.

No último marcelar reparei que Marcelo, digo, Senhor Professor, evocou Sá Carneiro (pobre homem que todos evocam até para justificar as piores tontarias) para comprimir as glândulas segregadoras de neurotóxicos numa mordidela relâmpago que desferiu no Senhor Ministro que gostava que o tratassem pelo nome.

Marcelo, de cognome Senhor Professor, é um tratado. Oxalá nunca venha a ser Presidente senão ficaríamos sem saber o tratamento que lhe deveríamos dar.
LNT
[0.240/2011]

Nostalgia

MarEsta coisa de estar uns dias de papo para o ar à espera que o Sol se ponha na praia e a rezar para que as melgas não nos comam vivos quando o lusco-fusco avança tem o encanto que a vida de todos os dias não tem até porque, nessa altura e por muito que se reze, as melgas estão sempre presentes e mordem sem se importarem com a hora a que o fazem.

Sei que estou em férias, mesmo curtas, quando olho para o pulso e não vejo as horas, quando olho para a tv e os noticiários já foram, quando olho para um teclado e só lá vejo o gelo a temperar a vodka e a lima.

Cansa-me esta rotina dos minutos contados, da correria para que nenhum deles escape ao alinhamento de forma a evitar que a agenda se transforme num monte de simultaneidades e num exercício de omnipresenças impossível.

Pronto. Ponto marcado, tarefas anotadas, presenças garantidas. Lufa-lufa, que os Senhores Secretários de Estado já tomaram posse e a coisa vai começar a doer.

O que mais me custa é a saudade do mar, mesmo do de levante.
LNT
[0.239/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXV ]

Ostras
Ostras - Cacela Velha - Algarve - Portugal
LNT
[0.238/2011]

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Preciso de ar

Até já


LNT
[0.237/2011]

Ai que prazer, não cumprir um dever *

Ricardo PaulaJá sonho com a bela da sardinha assada na marginal de Portimão num entretanto de portagens Lisboa/Tavira.

Já sonho com o daqui a um bocadinho para deixar esta traquitana entregue ao sossego e dedicar-me ao mar.

Avio-me Seguro. Os escanhoados e caldinhos seguirão dentro de momentos.


Fiquem bem.
* Fernando Pessoa
LNT
[0.236/2011]

Ai Costa, Costa

Paula RegoAntónio Costa sabe que eu sei que ele sabe que é falsa a sua frase: "é uma boa praxe parlamentar e não deve ser quebrada." (relativa à praxe de se votar no candidato do Partido com melhores resultados eleitorais)

António Costa sabe que eu sei que ele sabe que já se tiveram de repetir muitas eleições para Presidente da Assembleia da República porque muitos deputados resolveram votar contra os candidatos apresentados pelos diversos Partidos vencedores nas legislativas.

António Costa sabe que eu sei que ele sabe que já houve Presidentes da Assembleia da República que não saíram do Partido mais votado (embora da AD, Oliveira Dias era do CDS e esse nunca foi o Partido mais votado em Portugal)

António Costa sabe que eu sei que ele sabe que a eleição do Presidente da Assembleia da República é feita por voto secreto e que por isso se presume que não se saiba quem votou a favor ou contra os candidatos e, sabe que eu sei que ele sabe, que as eleições do PAR não têm sido, por praxe, unânimes. (Ignoro se houve já algum Presidente da Assembleia da República eleito por unanimidade)

Todos nós sabemos que António Costa sabe que nós sabemos que ele sabe que gosta de dizer coisas e também nós sabemos que ele sabe que nós sabemos que ele sabe que às vezes era preferível ficar calado a expor-se com calinadas deste teor.

Nós sabemos que aquilo vai ser um imbrólio, pá, mas não te metas nisso.
LNT
[0.235/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXIV ]

Galeirões
Galeirões - Alentejo - Portugal
LNT
[0.234/2011]

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Aluados

LuaCom o eclipse total da Lua em momento Lua Cheia, a Europa, com os pés ao léu, anda a constipar-se. É a regra do cobertor que se puxa para tapar o peito e deixa as extremidades de fora no convencimento de que a pneumonia aguda nada tem a ver com o frio apanhado nos artelhos.

Na Grécia já não se chora. Mata-se e morre-se. Em Espanha ainda são só os "à rasca deitados" (que lá são "os indignados", designação mais condizente com a civilidade da coisa e que marca a diferença entre o original e a cópia) mas adivinha-se que está eminente a passagem de geracional a inter-geracional.

Enquanto isto, diz-se que Passos e Portas já deram o abraço do urso e se preparam para fazer aquilo que prometeram:
- Formar um Governo curto com muitos ministérios;
- Não contratar entre si a nomeação do Nobre para um lugar de eleição;
- Prestar vassalagem ao baronato sediado em Belém e nas sedes de concelho; e, claro está,
- Mergulharem no pote para chafurdar no mel.

Diz-se também que o mal global, no futuro imediato, não é o aquecimento global mas sim o frio que se alinha num novo ciclo do Sol, o que promete uma década de arrefecimento moderado e mais resfriados.

Tudo isto que se diz e mais umas cretinices à volta das trafulhices de uma centena de votos sul-americanos que igualmente não aquecem nem arrefecem, coisas de psicadélico, de piscolello, ou lá o que é, conduzem-nos ao retorno do dito tribuno que vaticinava só nos conseguirmos livrar do mal se o esfregarmos com benzina.

Ontem, enquanto olhava a Lua a esconder-se, tinha vontade de lá estar, de fazer parte do eclipse, até que o cone de sombra passasse.
LNT
[0.233/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXIII ]


Tomates
Tomates - Produção nacional - Algarve - Portugal
LNT
[0.232/2011]

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Falemos de Belém

Sapatos
Ao cuidado de António José Seguro:

Se eles têm Belém porque não poderemos nós ambicionar o mesmo?
E que bem que nos ficaria uma mulher na presidência do Partido.
LNT
[0.231/2011]

Ruralidade

SecaVoltemos então à ruralidade. Voltemos ao campo, ao interior, à couve portuguesa, ao caldo verde, aos passarinhos que, tão engraçados, fazem os ninhos com mil cuidados.

Voltemos ao xisto, ao granito, ao minifúndio, à vinha da uva morangueira euro-proibida.

Voltemos, mas só de férias porque no labor sejamos urbanos, litorais, bronzeados, com mansões de ripanço viradas a Sul, ao mar e ao Sol, rodeados de amigos-sócios-companheiros, com uma ou outra figueira ou alfarrobeira para recordar a ruralidade da infância, a lavoura de subsistência, a dependência dos merceeiros que compram os produtos da terra abaixo do valor do adubo e os transaccionam no lucro. Intervalemos a monotonia da contagem de notas que a aplicação financeira promoveu com a pastorícia de um qualquer dez de Junho.

Voltemos à lavoura, à desmatação da cortiça, ao negócio da lata, à exploração transgénica, ao bucólico e à caça aos melros nos jardins de um palácio do Estado feito sede de poder, à mão de semear de uma canhoeira que se alinhe no Tejo.

Ou então naveguemos no mesmo mar que nos trouxe ouro e especiarias que estoirámos com a mesma displicência com que derretemos os milhões oferecidos pelo continente que nos abriu as fronteiras quando desfizemos o Império e devolvemos aos seus indígenas as terras padroadas a ferro e fogo.

Fiquemo-nos pela nossa intrínseca ruralidade, agora quase todos doutores, com tiques urbanos, com a tronchuda numa mão e na outra as rédeas de uma azémola que nunca soubemos conduzir mas que, por sermos broncos que renegam o saber da raiz e não se desenvolvem nas luzes, fazemos precipitar a Nação no destrutor de quem muito se engana por nunca ter dúvidas.
LNT
[0.230/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXXII ]


Balugães
Balugães - Minho - Portugal
LNT
[0.229/2011]

terça-feira, 14 de junho de 2011

Portugal dos Pequeninos

Portugal dos PequeninosGosto do João dos Pequeninos.

Gosto de saber que o Pequeninos do João fez, no passado dia 11, oito aninhos. Gosto de gente que conheço só de meia dúzia de apertos de mão mas que se mostrou sempre gente em cada um deles.

Um abraço ao João Gonçalves e os votos de que o Portugal dos Pequeninos continue a ser para que eu o possa ler diariamente, quase sempre com um sorriso a tender para a gargalhada, o que confirma a minha estima pela liberdade.

Nota: Estava eu a alinhar este post e parece que, por transmissão de pensamento, o João andava por aqui a mandar-me à merda. Pouco importa. Penso já vos ter dito que é esse seu mau feitio e frontalidade que me fazem sorrir, a tender para a gargalhada.
LNT
[0.228/2011]