quarta-feira, 8 de abril de 2015

Negócios de saúde

SaúdeDiz-nos o mais santo ministro de todos os santinhos que temos que:
“a obsessão do poder é manter o Serviço Nacional de Saúde”.
Paulo Macedo não diz, mas à boa maneira deste Governo, faz saber por um seu Secretário de Estado que é necessário repensar o modelo de financiamento da saúde pública esclarecendo que:
parte dessas transferências (de doentes do público para o privado) é suportada pelo Estado, demonstrando assim que este cenário não se deve a um esforço de alívio das contas públicas”.
Como ficamos a saber que:
É nestas unidades de saúde privadas que se verifica também um aumento exponencial tanto no número de atendimentos na urgência, como nas consultas externas ou exames. Enquanto nos hospitais públicos tem diminuído essa procura, aumentou para o dobro a corrida às urgências nos privados, e para o triplo o número de consultas externas e de meios complementares de diagnóstico.
percebemos finalmente, pela própria boca do Governo, que a destruição do SNS passa pelo esvaziamento de pacientes no SNS que transitam para os privados subsidiados com o dinheiro que deixa de entrar nos hospitais públicos.

Bem diz Macedo que:
"a saúde em todo o mundo é um grande negócio"
LNT
[0.186/2015]

Celeumas

PS

Como se esperava, o texto nº 180 levantou muita celeuma no Facebook.

Mas esperavam que, lá por a direcção de Seguro ter cometido a infantilidade de abrir a “simpatizantes” uma votação interna do Partido Socialista em vez de ter convocado de imediato um Congresso Nacional para debelar a insurreição de meia dúzia de deputados que viram em risco a sua inclusão nas próximas listas do PS, os militantes que sentiram os seus votos desrespeitados ficassem submetidos aos eleitores do “Livre” e de Marinho Pinto?

Então esses mesmos que foram tão pródigos no recrutamento dos tais “simpatizantes” e que agora se opuseram a que os “simpatizantes” se pronunciassem na feitura das próximas listas de deputados esperavam que os militantes, que viram os seus votos em Seguro anulados, tivessem um comportamento diferente, em relação a membros do Secretariado Nacional, daquele que os actuais dirigentes do PS tiveram em relação à direcção anterior?

Pois desenganem-se e que o primeiro amotinado contra a direcção anterior atire com os militantes que agora se amotinam para a Comissão de Jurisdição.
LNT
[0.185/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXIX ]

Poupa Upupa Epops
Poupa Upupa Epops - Alentejo - Portugal
LNT
[0.184/2015]

terça-feira, 7 de abril de 2015

Quo vadis PS?

Pavilhão PresidencialMarcelo é conhecido de meio mundo.

É normal, dado os anos em que anda nisto, dado que as televisões não o largam e que não prescindem de o contratar, dado o seu agrado por Deus e pelo Diabo.

Santana Lopes, com aquele seu jeitinho de menino guerreiro, idem.

O primeiro, espantosamente conhecido, nunca conseguiu mais do que derrotas. O segundo, ainda mais espantosamente, alcançou a cadeira de São Bento, na sequência da fuga de Barroso, num acto de tira-teimas que Sampaio quis deixar claro antes de o arrumar a um canto.

Os dois quiseram lançar a estratégia de atrasar os anúncios de candidatura presidencial por se sentiram suficientemente conhecidos dos eleitores e não quererem deixar perceber que o seu concurso à presidência mais não é do que vaidade.

A comunicação social e grande parte das elites falantes e escrevinhadoras deram-lhes razão e não tardou a mensagem de que as intenções de candidatura presidenciais só seriam bem-vindas após as legislativas.

Enquanto isto, Marcelo aproveita o seu espaço televisivo semanal para se manter visível e notável.

Enquanto isto, Pedro aproveita toda a simpatia da comunicação social para se fazer ver, ouvir e ler.

Enquanto isto, os que não andam a dormir na forma ignoraram os ditames de Marcelo e fizeram-se à vida.

Enquanto tudo isto, ilustres do PS, dedicam-se a destruir bons pretendentes ao cargo, deixando Marcelo e Pedro em rédea solta.
LNT
[0.183/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXVIII ]

Monsaraz
Monsaraz - Alentejo - Portugal
LNT
[0.182/2015]

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Aqui-d’el-rei

AtoleirosNuno Álvares Pereira, ao mandar apear os cavaleiros para desferrarem uma tosa aos Castelhanos, conseguiu entalar os invasores montados nas bestas e, nos cabeços de Atoleiros, prepará-los para a tosa que seguidamente os arrumaria em Aljubarrota.

O que o Condestável nunca pensou foi que, uns séculos depois, gente tão rendida aos interesses estrangeiros fizesse a evocação do seu feito e aproveitasse a oportunidade para vender a propaganda que justifica o mal-estar dos cavaleiros apeados de hoje mas que em vez de lanças e escudos são armados com fisgas para defender a Nação.

E não se ouviu um Aqui-d’el-rei.
LNT
[0.181/2015]

O Pátio dos Bichos

Leonora CarringtonSobre as bocas facebookianas de Sérgio Sousa Pinto relativamente a Sampaio da Nóvoa diz o actual Secretário-Geral do PS (em exercício permanente a seguir às seis da tarde de hoje) que os militantes do PS são livres de expressarem o que bem entendem e que isso não representa o PS, coisa estranha quando retira competência a componentes do Secretariado Nacional do PS.

Não comentarei a facebocarra de SSP porque António Costa já fez o que lhe competia, ao reduzir à ínfima espécie aquilo que o seu secretário nacional escreve, mas preocupa-me que seja exactamente esta gente que ameaçou a candidatura de Costa à Presidência da República com o sebastianíssimo Guterres - estratégia socratiana para levar Costa a assaltar o poder democraticamente eleito no Partido Socialista - que agora espingarda contra todos os que se apresentam como eventuais candidatos a Belém. (Já antes Santos Silva, Lellos & compª. se tinham referido a H. Neto de forma inadmissível)

O que será que os apoiantes socretistas de Costa têm na manga? A lebre de Guterres já lhes serviu para o derrube de Seguro e assim que conseguiram este intento logo deixaram o recado de que Guterres não lhes serviria por ter sido contra o aborto.

Agora, com a inviabilização de verem Sócrates na Presidência, mantêm uma estratégia ainda difusa que tardam em revelar mesmo que ela passe por guindar Marcelo, ou outro do género, à Presidência como fizeram quando preferiram Cavaco a Alegre com o absurdo da terceira candidatura de Soares.
LNT
[0.180/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXVII ]

Leonora Carrington
Leonora Carrington - GB - México
LNT
[0.179/2015]

quinta-feira, 2 de abril de 2015

A arte circense das reformas em curso

PalhaçoJá não há muito mais a considerar sobre a Lista VIP. Nem seria lícito fazê-lo uma vez que nem a própria Comissão Parlamentar se mostrou interessada em promover mais do que politiquice à volta deste assunto porque, se o quisesse aprofundar para indagar algumas pistas importantes sobre eventuais iniciativas legislativas, teria chamado a depor a pessoa com competências de Subdirectora-geral dos Sistemas de Informação da AT.

Estranha-se que nunca tenha sido equacionada a extinção das DGITA, DGCI e DGAIEC, efectuada pelo actual Governo, que as fundiu na actual AT para poder anunciar, com pompa e circunstância, uma pseudo-reforma da Administração Fiscal desvalorizando mecanismos de controlo de segurança e qualidade que a DGITA tinha em execução (só para referir a segurança informática).

O que a deliberação da CNPD refere em 2.a (e outras) em relação às políticas de segurança é bem o exemplo do desinteresse de boas práticas de qualidade dos sistemas de informação resultantes da integração dos serviços informáticos no negócio do fisco que necessariamente não tem sensibilidade para estes assuntos (a não nomeação formal da Subdirectora dos Sistemas de Informação – já validada há meses pela CRESAP (2014.07.02) – é disso prova).

Isto é a política dum País onde politicamente se troca eficácia e eficiência (neste caso relativamente às garantias dos cidadãos – dados sigilosos) por números de circo para “parecer” que as “reformas” estão em curso.

Quanto à responsabilidade política, nem é preciso dissertar. Ela consta do artº 182 da Constituição onde se lê: "O Governo é o órgão de condução da política geral do país e o órgão superior da administração pública".
LNT
[0.178/2015]

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Chatices

É uma chatice o Presidente da República não marcar o dia das eleições. Assim não conseguimos cortar os dias que ainda faltam para nos vermos livres desta gente.
LNT
[0.177/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXVI ]

Castelo São Jorge
Castelo de São Jorge - Lisboa - Portugal
LNT
[0.176/2015]

terça-feira, 31 de março de 2015

Lido na Web [ VI ]

Like/Unlike
LikeJosé Carlos Alexandre
No tempo de Seguro, o PS apresentava entre 36 a 38% das intenções de voto nas sondagens. No tempo de Costa, o PS apresenta entre 36 a 38% das intenções de voto nas sondagens. Estes valores eram o “caminho das pedras” de Seguro. Na comunicação social, eram vistos como um sinal de fracasso e uma prova irrefutável da mediocridade e vacuidade do homem, que andava na política desde pequenino e não tinha feito mais nada na vida. Curiosamente, estes mesmos valores não suscitam os mesmos sentimentos e interpretações em relação Costa, que também anda na política desde pequenino e não fez mais nada vida.

LikePedro Correia
António Costa participou na campanha eleitoral da Madeira, apoiou o candidato fracassado, envolveu-se. E perdeu.
Estivesse ainda Seguro ao leme do PS nacional, acossado por um batalhão de bitaiteiros televisivos dispostos a "fazer-lhe a folha", e não faltaria o coro das carpideiras a bramar contra a "frouxa" liderança no Largo do Rato.
Como Seguro já não está, resta o silêncio.

LikeValupi
Nesta edição do Eixo do Mal conseguiu-se um raro momento de televisão. Aliás, único, irrepetível. Aconteceu no genérico final, no seguimento da bela homenagem a Herberto Helder servida pelo dizer de Fernando Alves, e também das admiráveis palavras do Daniel pedindo respeito pela memória do seu pai.
LNT
[0.175/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXV ]

Comboio
Costa de Caparica - Almada - Portugal
LNT
[0.174/2015]

segunda-feira, 30 de março de 2015

Fama

FamaAs televisões e jornais continuam a publicitação da cara e do nome do assassino da Germanwings, bem como das notícias da sua namorada, conhecidos e até do Pastor que o assistia, contribuindo desta forma para a concretização do pretendido que o levou a cometer o mais cobarde de todos os ataques perpetrados nos últimos anos, na Europa, contra inocentes sem qualquer hipótese de defesa.

Um pouco na senda do que já havia aqui escrito, continua-se a comprovar que estas acções criminosas valem pelo “conseguimento” da fama que se quis atingir.

O inqualificável e desumano psicopata agradece lá do Inferno, ou do raio que o parta, a quem transmita o seu nome e imagem de forma a garantir-lhe um lugar na história da aviação civil.
LNT
[0.173/2015]

Acidez e maus fígados

LimãoÉ, no mínimo, estranho que um candidato a Primeiro-ministro não felicite publicamente, na noite eleitoral, o futuro Presidente do Governo Regional da Madeira com quem irá ter de se relacionar caso venha a ser eleito chefe do governo da república.

Mais estranho ainda quando Miguel Albuquerque substitui Alberto João Jardim dando assim por concluído um ciclo de quatro décadas de poder democrático musculado numa região de Portugal que agora, com o novo líder eleito, se disponibiliza para ser mais dialogante com as políticas nacionais.

São estas estranhezas que não se entranham e que deixam preocupação quanto à atitude política pós-legislativas e quanto à afirmação necessária de alternativas à postura política que tem sido seguida em Portugal desde a noite eleitoral em que Cavaco destruiu a ideia de que os órgãos de soberania de topo não o são do todo, mas só da parte que os elege.

Por muito que o Partido Socialista esteja enxofrado com a primeira derrota eleitoral conseguida nos últimos quatro anos, não se justifica que a praxe democrática de saudação dos vencedores seja quebrada.

No fundo, em democracia, há sempre que desejar bom desempenho e sucesso aos vencedores porque é desse sucesso que depende o bem-estar de todos os cidadãos, sejam eles nacionais ou regionais.
LNT
[0.172/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXIV ]

Azulejos
Azulejos portugueses Séc. XVIII - Lisboa - Portugal
LNT
[0.171/2015]

domingo, 29 de março de 2015

Já chegámos à Madeira?

EscorregaEspero bem que não, porque se já chegámos à Madeira então acabaram-se as vitórias de Pirro – como foram os últimos resultados autárquicos na pérola do atlântico – e entrámos na fase das valentes cabazadas da nova era em que os líderes partidários são apeados a meio do mandato.

Não me julguem feliz com os resultados vergonhosos obtidos pelo meu Partido coligado ao absurdo, (a coligação obteve menos 5 deputados do que em 2011) porque preferia não começar a ter razão antes do tempo, mas isto não augura nada de bom.

Pena que os simpatizantes recrutados à pressão não consigam mais do que isto e, sem querer extrapolar para o nacional o que foi regional, não consigo deixar de pensar que mais vale uma vitória de Pirro na mão do que duas derrotas a voar.
LNT
[0.170/2015]

Reciclar o poder

LixoPassos Coelho diz, a partir do Japão, que não se admira que continuemos considerados lixo pelos “mercados” uma vez que ainda não se realizaram eleições.

Nunca tinha estado tão de acordo com ele. Enquanto não se realizarem eleições (e não só legislativas) continuaremos neste lixo em que nos atolaram, do qual só sairemos quando Governo & up se reciclarem.

Pena que os actuais detentores do poder não ponham os interesses nacionais acima dos seus próprios e antecipem o acto eleitoral.

Vamos ter de esperar que os almeidas os levem devidamente acondicionados nos sacos de plástico da taxa verde que o lixo inventou.
LNT
[0.169/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXIII ]

Última Ceia
Quinta El Carmen - Arrábida - Portugal
LNT
[0.168/2015]

sexta-feira, 27 de março de 2015

Loucuras

LoucosLoucos existem em toda a parte.

Em 2013 um maquinista entrou numa curva em Santiago com o dobro (ou mais) da velocidade permitida e assassinou umas dezenas de passageiros. Em escolas americanas sucedem-se entradas de jovens armados até aos dentes que matam tudo o que mexe. Em Portugal entra-se com um Governo que vai matando de fome e nos bancos dos hospitais uma data de gente e anuncia, com ar satisfeito, que tem os cofres cheios (de dívida e de saque). Nas televisões entra-se com reality shows em catadupa que têm por cerne o amesquinhamento e a desumanização de gente inqualificável que se prontifica a trocar a dignidade por notoriedade. Em países civilizadíssimos entra-se com loucos que fazem caça a jovens que estão acampados e, tiro a tiro, os abatem sem dó nem piedade. Em países menos civilizados entram com armas nas mãos de crianças para executarem reféns. Noutros, ainda, entram com bandos armados e raptam dezenas de jovens para servirem de escravos.

Uma barbárie completa centrada no egoísmo, no individualismo, na ambição de fama tout court e no espectáculo mediático, com ou sem razões ideológicas à mistura, com ou sem fanatismos que mais não são do que a procura do notável que transforma a loucura em notícia e escarrapacha, através dos vendedores de notícias, a cara e o nome de quem quer ressair do cinzento.

O louco que aterrou de forma pouco convencional numa montanha dos Alpes foi só mais um desses.

É a amoralidade que andamos a criar.
LNT
[0.167/2015]

quarta-feira, 25 de março de 2015

Listas e fitas: Festa brava

PicassoQuando a Assembleia da República quis ouvir quem menos tinha para dizer sobre as Listas VIP, uma vez que não se preocupou em chamar a responsável pela Área dos Sistemas de Informação (que seria quem melhores esclarecimentos poderia ter dado) O Secretário de Estado com nome de cavaleiro tauromáquico montou um alazão e, para início da lide, desferrou um curto informando que já tinha o nome de Helena Borges para superintender a Autoridade Tributária.

O ferro cravado ao estribo não provocou qualquer reacção em quem o recebeu, nem sequer para lembrar que foi este Governo que inventou uma tal CRESAP com o intuito de fazer passar a ideia, junto da opinião pública, de que os dirigentes da Administração Pública passavam a ser nomeados por mérito e não por critérios de satisfação das clientelas políticas.

Já todos sabíamos que a CRESAP (Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública) era só faena por chicuelinas para inglês ver (basta o caso revelado de todos os directores regionais da SS em funções serem próximos dos Partidos da coligação no poder) mas ainda não tínhamos assistido ao vivo e em directo como a arte se processava.
"A nova diretora-geral da Autoridade Tributária (AT) candidatou-se duas vezes, em 2014, ao cargo, mas em nenhuma das vezes chegou à lista de 3 candidatos avaliados como tendo mérito para o cargo. A confirmação é avançada à TSF pelo presidente da Comissão de Recrutamento e Seleção na Administração Pública (CRESAP), que faz ainda um reparo à forma como o governo avançou esta nomeação na última sexta-feira."
Todos recolherem alegres e contentes emparelhados pelas chocas. O povo ovacionou os artistas em praça que deram duas voltas exibindo uma orelha e um rabo.
LNT
[0.165/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXXI ]

CDS
CDS/PP - 2009 - Portugal
LNT
[0.164/2015]

terça-feira, 24 de março de 2015

A ver se me faço entender

Escrevo porque me apetece e só me apetece escrever de vez em quando. Do que escrevo, como escrevo, o que escrevo, é minha responsabilidade.

Da vossa (responsabilidade) é o que lêem, o que interpretam daquilo que escrevo e do que não deixo escrito nem nas letras, nem nas palavras, nem entre elas ou nas entrelinhas.

Um ponto final, uma vírgula, um travessão, não são ideias, não são lavra, só pontuação.

Espero ter-me feito entender.
LNT
[0.163/2015]

o silêncio de tudo no mundo inteiro

Herberto Helder

Ninguém acrescentará ou diminuirá a minha força ou a minha fraqueza. Um autor está entregue a si mesmo, corre os seus (e apenas os seus) riscos. O fim da aventura criadora é sempre a derrota irrevogável, secreta. Mas é forçoso criar. Para morrer nisso e disso. Os outros podem acompanhar com atenção a nossa morte.
Obrigado por acompanharem a minha morte.

Photomaton & Vox
Herberto Helder

LNT
[0.162/2015]