domingo, 7 de março de 2010

Colaborador da Semana [ XCII ]

ManolaApós algum tempo de ausência por falta de inspiração para atribuição da distinção, tais os feitos que a globalidade das nossas colaboradoras têm realizado, volto à rubrica Colaborador da Semana para atribuir o galardão a Manola Big Lips.

Manola é moçoila de trejeito, habla o espanhuel prefeito, tal como o saudoso Anhuca.

As muitas palhaçadas em que se especializou fazem dela uma espécie de bobo da corte e, como Portugal é uma república, gosta de evocar a realeza vizinha na esperança de que a deixem brilhar em empresa castelhana que lhe dê guarida.

Big Lips, seu petit nom, deve-se a características que a distinguem das outras colaboradoras e que a catapultam para o altar da ética onde gosta de satisfazer a clientela com os mais variados solfejos e fífias.

Traz grande lucro, prazer e alegria a este estabelecimento o que justifica a afixação do seu retrato no quadro de honra da semana que termina.
LNT
[0.092/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCVII ]

Catatau
Catatau - Lisboa - Portugal
LNT
[0.091/2010]

sexta-feira, 5 de março de 2010

Valha-nos Don Juan

Nariz e óculos de palhaçoUm País que tem uma comissão de ética na Assembleia da República e a transforma num sítio tão mal frequentado está mesmo a pedi-las.

A pedir desobediência civil. A pedir que os cidadãos deixem de pagar impostos em protesto por verem o seu esforço comparticipativo ser esbanjado em T-shirts e batom para as beiças da palhaçada que por lá vai fazendo os seus números.

A pedir que quando já não houver pão para a boca, porque o dinheiro da farinha está a ser gasto nas vaidades de uns senhores que gostam de aparecer nos jornais e nas televisões, os cidadãos lhes ergam os punhos.

A pedir que quando voltarem a pedir-lhes cidadania e votos os eleitores os mandem para um lado que eu cá sei, que aqui não digo, mas que é uma espécie de comissão de ética das Caldas.
LNT
[0.090/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCVI ]

Lisboa - Rato
Lg. do Rato (outra perspectiva) - Lisboa - Portugal
LNT
[0.089/2010]

quinta-feira, 4 de março de 2010

Manuel Alfredo Tito de Morais

Manuel Alfredo Tito de Morais

Com o avanço do tempo já se perspectiva a semana de 28 de Junho, altura em que está planeado realizar-se um conjunto de acções que evoquem Manuel Alfredo Tito de Morais.

Nos últimos dias têm-se publicado estórias com História de quem teve o privilégio de ter lidado de perto com ele e ter partilhado da sua coerência e determinação. Outras se seguirão.

Manuel Alfredo Tito de Morais não é só um fundador e o grande construtor do Partido Socialista. É acima de tudo uma referência de vida, um exemplo de integridade, um marco de coerência que importa ter sempre presente, principalmente por nos dar pistas de como agir quando as coisas não estão fáceis.

Foi com orgulho que aceitei ser o coordenador da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Manuel Tito de Morais, não pelo cargo ou título, coisas a que pouco ligo, mas pelo que isso representa de confiança pelos meus pares da Comissão Executiva.

Espero conseguir, convosco, estar ao nível de mais esta nobre missão. Por ele, mas principalmente por nós, portugueses de honra.
LNT
[0.088/2010]

Rastos:
USB Link
->
CCTM ≡ Blog das Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Tito de Morais

Já fui feliz aqui [ DCCV ]

Lisboa - Rato
Lg. do Rato - Lisboa - Portugal
LNT
[0.087/2010]

quarta-feira, 3 de março de 2010

Inovação, informação e conhecimento

Pacote de Açúcar

E depois há sempre aqueles que nunca sabem usar a inovação sacando dela as vantagens que a inovação trás.

Por exemplo, tenho reparado que a maior parte das pessoas que gostam do café doce, ainda não perceberam que os novos pacotes de açúcar com o formato de tubo se destinam a ser partidos ao meio. Da análise que tenho feito, 99% dos utilizadores continuam a rasgar uma ponta preferindo a dificuldade antiga do rasgar à facilidade inovada do partir.

Se tiver oportunidade experimente numa pastelaria junto de si. A inovação sem explicação não serve para nada.
LNT
[0.086/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCIV ]

Só balcão
Portimão - Algarve - Portugal
LNT
[0.085/2010]

terça-feira, 2 de março de 2010

Sai um prato de lentilhas para a mesa do canto

Jornalinhos - João Cóias Parece que de repente alguma imprensa descobriu que durante a campanha eleitoral houve blogs de campanha eleitoral. Igualmente descobriu que esses blogs de campanha eleitoral eram escritos por gente ligada à política e às campanhas e, para escândalo dessa imprensa de nojo e do Pacheco Pereira, Ser superior que, por o ser é JPP e não um agente político, embora o Orçamento do Estado o pague como tal, esses blogs poderiam ter informação política e estratégia política.

Claro que a comunicação social, principalmente a "asfixiada" e o "asfixiado" JPP, falam só do SIMpleX e esquecem de mencionar os blogs da campanha das outras forças partidárias, o que pouco importa por ser normal que a asfixia de JPP já lhe tenha toldado a sua sempre selectiva memória, inviabilizando a lembrança do que escreveu no Jamais, coisa da campanha cibernética do PSD. Um direito que lhe assiste, claro, tanto o de escrever e apoiar quem muito bem entende, como o de ser toldado. Já todos lhe conhecemos as manhas, nada de novo.

Eu fiz parte do SIMpleX. Também não é novidade, consta da coluna da direita do SIMpleX e não fui lá apagar o meu nome. Aliás, nunca haveria razão para o fazer porque não participei no SIMpleX ao engano, nunca beijolei ninguém enquanto lá andei, nunca fui condicionado (é difícil condicionarem-me) e apoiei o Partido Socialista como sempre fiz toda a vida e é meu dever de militante. Parece-me coisa normal, tal como me parece anormal que haja quem se surpreenda com o facto de um blog de campanha eleitoral ser um instrumento de campanha eleitoral, de defesa de políticas e de captação de eleitores.

Um horror, há que matar a política e os políticos ou, como melhor diria Salazar e os seus esbirros, dar conta desses subversivos que defendem a liberdade de opção.

É o que temos:
Jornal I JPPzinhos, Pequeninos, Jornalistinhas e Jornalinhos que recrutam infiltrados à boa maneirinha do antigamente, uns Pidezinhos frustradinhos que se alimentam dos pratinhos de lentilhas, sejam elas umas colunazinhas ou umas entrevistadelazinhas que lhes proporcionem uns segundinhos de faminha e de luzinha.

Uns bardamerdas que com umas vidinhas de pocilga que os fazem delatores de segredos de polichinelo e que confundem Jumentos com os porcos que eles próprios são.

Uma gentalha que nem sequer merece aqui citação e como o Eduardo Pitta a faz no da Literatura escuso de sujar o ecrã.
LNT
[0.084/2010]

Rastos:
USB Link ->
SIMpleX
-> O Jumento
-> da Literatura

(actualização impossível uma vez que as referências não acabam) Sobre o assunto ler Simplexianos:
Tomás Vasques
Eduardo Pitta
Pedro Adão e Silva
Miguel Abrantes
Sofia Loureiro dos Santos
Tiago Barbosa Ribeiro
Palmira F. Silva
Ana Paula Fitas
Rui Herbon
João Cóias
Porfírio Silva

os não-simplexianos mas detentores de decência reconhecida na comunidade blogo-lusa:
Gabriel Silva
Ana Vidal (autora do Post e melhor explicação no 2º comentário)
João Espinho
Francisco Clamote
Ricardo Sardo
Rui Bebiano
Valupi
João Pedro Henriques
Carlos Alberto
Paulo Guinote
João Ricardo Vasconcelos
MdSol
Paulo Gorjão
Pedro Correia
Leonel Vicente
Miguel Silva
António P.
José Simões
Ana Matos Pires
Carlos Barbosa Oliveira
Jacinto Bettencourt
Carlos Araújo Alves
Joaquim Paulo Nogueira

e a canalhada:
Paulo Pinto de Mascarenhas (a única notícia que dá (no on-line) é a revelação do verdadeiro nome do pseudónimo Jumento, a que ele chama autor anónimo, bem como o local onde trabalha - uma verdadeira caça ao homem)
Carlos Santos a quem não faço o link por uma questão de higiene mas que lá está a sabujar-se aos seus novos donos (o PPM que se cuide) e que agora já me acusa de estar apoiado na esquerda totalitária.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Nós

AzulejoSucedem-se as devastações com forte impacto na humanidade agravadas pela inoperância dos paradigmas mundiais vigentes que se comprova serem incapazes de responder satisfatoriamente.

O poder mundial, em vez de encarar estes desafios através do salto proporcionador de nova equação, refugia-se nos modelos anteriores (ou na negação da existência desses modelos) e continua a caminhada para o (des)conhecido com base em actos de fé de citações já inscritas, descritas e transcritas.

Parece que a inteligência se fechou nos manuais e na inexistência de coisa nova.

Repetimos sistematicamente os erros, inviabilizando o progresso, progresso que cada vez mais se baseia na invenção de novos instrumentos só úteis para cometer, de forma diferente, as argoladas do passado.
LNT
[0.083/2010]

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lagartagem

Lagarto dragão
Agora que os meninos já se mostraram valorosos (será melhor dizer, valiosos) para os compradores internacionais de passes, façam o favor de mostrar igual galhardia contra os lagartos de asas azuis.

Façam isso por esta nação que se chama Benfica.
LNT
[0.081/2010]

Tenho de pagar as quotas

Cartão PSEste é meu objectivo imediato, embora atrasado. Tenho de pagar as quotas para poder votar, porque quero ir votar um dia destes quando chegar a hora de escolher o próximo líder da concelhia de Lisboa que tudo leva a crer venha a ser o homem de quem Cavaco não gosta.

Pagar as quotas de militante do Partido Socialista pode parecer um duplo crime nos dias que correm por razões que se prendem com o démodé da vida cívica e política e com outras ligadas aos novos conceitos de asfixia democrática, decorrentes da teoria de que as trinta moedas de Judas e as suas pequenas traições (nunca percebi porque é que foram precisos aquele beijo e a prata se não havia Romano que não soubesse quem era o Profeta) são a nova doutrina social da Igreja.

Por isso escrevo aqui, neste meu caderno, que tenho de pagar as quotas, as minhas quotas de socialista do Partido Socialista, já que a militância tem andado muito por baixo.
LNT
[0.080/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCII ]

Lotusphere
Lotusphere - Orlando - USA
LNT
[0.079/2010]

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

67, um número curioso

Miguel Telles da GamaDois dos mais graves problemas da sociedade actual, seja ela política ou civil como agora sói dizer-se, é a falta de identificação dos objectivos e a diminuta seriedade em relação aos membros não executivos dessa sociedade.

Lê-se hoje nos jornais, penso que no tablóide CM, que o Governo irá propor a passagem da reforma para os 67 anos. A acontecer, trata-se-á de mais uma desonestidade, dado que as reformas não dependem dos contribuintes mas sim dos trabalhadores que para elas descontaram com base em pressupostos de contrato que são alterados unilateralmente no decurso da sua vigência. Se é verdade que o tempo médio de vida tende a ser dilatado, não deixa de ser igualmente verdadeiro que quem amealha uma vida inteira tem o direito a usufruir do benefício de poder gozar os últimos anos dessa vida sem ter de cumprir horário. As pessoas têm de ter direito à felicidade e a usufruir das suas poupanças, sejam elas constituídas em amealhamento no privado ou no Estado.

Quanto aos objectivos e à obrigação de serem definidos com verdade e eficácia, há que apurar que o objectivo não é o prolongamento do tempo de trabalho (basta perceber que o Estado e os particulares não contratam trabalhadores com mais de 55 anos) mas sim a sustentabilidade dos esquemas que pagam essas reformas.

Definido o objectivo (sustentabilidade das reformas), deixem em paz e sejam honestos com os trabalhadores e desobriguem-nos da obrigação de trabalhar até aos 67 anos, limitando-se a incluir os descontos nas reformas até que se atinja essa idade.

Evitam a desonestidade de comer uma percentagem do montante a que os contribuintes têm direito (através da penalização), aliviam o mercado de trabalho, promovem o emprego nos sectores mais jovens e ajudam na felicidade de quem já começa a não ter pachorra para aturar esta malta que está convencida que é com o seu contributo que se sustentam as reformas dos que já descontaram toda a vida para as ter.
LNT
[0.078/2010]

Nunca mais é sábado

Prompt De manhã, lá pelas 10:30, caiu em Lisboa uma tromba de água, melhor, um elefante inteiro, acompanhado por um "on the rocks" que dava para fazer milhares de caipirinhas.

O Tejo que já vinha prenho do pasto dos touros ficou ainda mais robusto e turvo, com ar de maldisposto. Fazia lembrar o Sousa Tavares na entrevista de ontem.

Hoje tinha-me apetecido comer um bitoque mal passado à hora do almoço mas fiquei-me por aqui, entre as bolachinhas de água e sal, que já não são redondas nem quadradas, mas continuam a desempenhar o papel de entretém até que chegue o tempo da praia e dos gargarejos com que esquecemos que todos os Invernos são tempo de mau tempo.

Fartinho desta borrasca de País que merecia melhor tempo e melhor gente. Salva-se o SLB.
LNT
[0.077/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCI ]

Janelas Verdes
Janelas Verdes - Lisboa - Portugal
LNT
[0.076/2010]

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Da ética

Xadrez - Vieira da SilvaA primeira característica da ética é a lealdade. Não confundir com fidelidade porque essa é uma característica canina.

O dever de lealdade com quem se partilham, com base na confiança, conhecimentos e informação é a fronteira entre as pessoas de bem e os traidores. A violação desse dever define o carácter de quem o viola, como em tempos distinguia os "informadores" da PIDE dos próprios "trucidadores" sendo os informadores os mais nojentos de todos porque se infiltravam e eram pagos para fazer da confiança a arma da ignomínia.

Ninguém gosta de traidores. A sua natureza de aleivosos torna-os no escarro da ética.

Nota: sobre este mesmo assunto (e lá voltarei mais tarde) ler, entre outros:
Pedro Adão e Silva
Eduardo Pitta
Tomás Vasques e de novo Tomás Vasques
José Reis Santos
Porfírio Silva
Sofia Loureiro dos Santos
Francisco Clamote
Miguel Abrantes
André Couto
LNT
[0.073/2010]

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Insensatez

MacaquicesDepois de meia dúzia de jovens empolgados terem convocado uma manif de bota-a-abaixo que não chegou a encher um triângulo de passeio, vêm agora outros tantos pretender coisa de sinal contrário e recolhem assinaturas que mais não são do que registos anónimos e sem qualquer controlo, para provarem que "o povo unido, não está arrependido".

Portugal continua a ser a galhofa da Europa que já só não ri a bandeiras despregadas, como antes, porque se começa a assustar com tanta falta de bom senso. Uma democracia virtual, não baseada na cidadania mas nos bits e nos teclados de meia-dúzia de telelés que pretendem valer mais do que "um homem, um voto".

Uns e outros fingem esquecer que há preceitos e formas constitucionais válidas para medir a censura e a confiança e chamam cidadania a tretas da NET que são viciadas por definição. Entretanto as regras da Constituição ficam guardadas para melhores dias, bem como a democracia parlamentar que por elas se rege.

Nós sabemos que é Carnaval mas as pessoas, mais dia, menos dia, vão mesmo começar a levar tudo isto a mal.
LNT
[0.071/2010]

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Mimos

BarbeiroMuito gosta este vosso barbeiro de ser mimado. E muitos mimos existem aqui das FatBot, Maloud, MdSol, CPrice, CC e muito mais, e até de homens.

A caixa de comentários é um cofre de mimos só comparável aos que as nossas colaboradoras Katie Melua e Eva Cassidy fazem quando, na coluna da direita, cantam o What a Wonderful World.

Deus as e os guarde. Já fui feliz aqui.

Tenham um bom fim-de-semana.
LNT
[0.069/2010]

Regras da casa e polvo de escabeche

PolvoPeço desculpa aos meus leitores, principalmente aos mais habituais comentadores, mas terei de activar a irritante funcionalidade das letras anti-spam nas caixas de comentários.

Como já devem ter reparado, a Barbearia tem estado a ser parasitada com publicidade, alguma agressiva e sem possibilidade de ser removida, o que não é especialmente grave, mas também não se deseja.

É política desta casa facilitar a vida a quem quiser comentar evitando a funcionalidade de "check" e a de aprovação prévia de comentários.

É uma opção consciente. A primeira para não dissuadir quem pretende deixar a sua opinião e a segunda para dar oportunidade aos covardes que, sob anonimato, vêm aqui fazer os seus insultos. Se lhes servir de terapia, já nos satisfaz, e quando os limites do razoável forem ultrapassados temos o recurso ao delete.

Isto, como se sabe, é uma barbearia. As conversas fluem na cadência dos escanhoados e do coiffeur. Os tratamentos de SPA, a estética e o relaxe são executados à medida. Tenta-se um serviço personalizado.

Existe um contador de visitas para monitorizar e acompanhar a fidelização e não para incrementar e inflacionar, através de truques, a cotação das acções da barbearia. Nesta loja prefere-se a verdade de trezentos leitores diários regulares à mentira de milhares de utilizadores Internet que venham ao engano.

Para acabar esta dissertação umbiguista onde se apresentam razões para a razão das coisas, deixo uma última nota: - Aqui não se vende nada e tudo é imaterial. Sabemos que há técnicas sofisticadas de marketing e sabemos que até há quem use pele de polvo para imprimir letras e conseguir campanhas de venda maciça. Quando se está no negócio da venda das letras e das palavras, o uso da pele de polvo é apropriado dadas as suas características de camuflagem. Não é o caso desta baiuca cujo negócio consiste unicamente no comércio de ideias, por muito idiotas que sejam.

Por falar em idiotices, e aproveitando. Repararam que ontem na Assembleia, enquanto nos serviam uma caldeirada de polvo aprovou-se, na generalidade, o instrumento com que nos metem a mão no bolso? Parecia um daqueles banquetes pelintras em que, não havendo dinheiro para o prato principal, se enche o bandulho dos convidados de acepipes.

Enquanto os jornalistas, o PCP e o BE discutiam se o polvo tinha seis ou oito patas, o CDS, o PSD e o PS...

País de otários, é o que é!
LNT
[0.068/2010]

Já fui feliz aqui [ DCXCVII ]

Passage Longines
Passage Longines - Genebra - Suiça
LNT
[0.067/2010]

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Liberdade de impressão

PapagaioO filho-da-mãe ferve em pouca água, dizia o meu parceiro de mesa entre duas dentadas na sandes de presunto, com os olhos postos na primeira página de um jornal que a ASAI proibiu como embalagem de castanhas.

O gajo é um sacripanta, um trafulha, basta ver-lhe as companhias e os tiques. Até já conseguiu acabar com a merda da livre expressão em Portugal.

E eu olhava de soslaio para o puto e pensava que se ele sonhasse rosnar aquilo há trinta e poucos anos atrás já estava engavetado e com uma chanfalhada nas trombas.

Frócas-se!
LNT
[0.066/2010]

O magano do canito

CanitoQuando o homem apareceu na televisão atrás do palanque, feito Dom Sebastião, a anunciar que se oferecia ao sacrifício de salvar a Pátria a partir das rendas de Bruxelas que entretanto ganhou, o magano do canito, a quem deve encanitar o nome de Rangel, tapou o focinho com as patas e deixou escapar um suspiro.

Eu, que lhes conheço as manhas, ao canito e ao Rangel, passei-lhe a mão pelo pêlo e tugi-lhe de mansinho que não se amofinasse. Aquilo era mais uma massada de cherne, coisa de mau cheiro mas de substanciais calorias, um caldo que mais tarde ou mais cedo se vai entornar.

Nada de novo. Brincadeiras e safanões de meninos guerreiros. Mais um chuto no berço.

O raio do animal, que é fino como um alho, enroscou-se aos meus pés, de costas viradas à pantalha e adormeceu.

Já não havia mais nada para ver nem ouvir.
LNT
[0.065/2010]

Já fui feliz aqui [ DCXCVI ]

Galeirões
Galeirões ao pôr-do-sol - Alentejo - Portugal
LNT
[0.064/2010]

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Funcionários de 1ª

CogumeloSempre que se fala em dívida, em despesa pública e no seu controlo, aparecem os do costume (e hoje em dia já aparecem alguns que não era costume aparecerem) a dizer que há que cortar nos vencimentos dos funcionários públicos e que já não basta congelá-los, mas que se torna imprescindível amputá-los.

Raciocínio recorrente de quem pensa que despesa pública são vencimentos de funcionários e que faz esquecer com esta conversa os milhões esbanjados em serviços, consultorias e fornecimento de serviços com que anualmente se pagam mais uns milhares de funcionários públicos não-quadros da administração, mas de empresas privadas, que fazem do Orçamento do Estado, através de outsourcing e consultadorias, a sua única razão de vida.

Estes funcionários de 1º, os das empresas privadas parasitas do Estado, que auferem vencimentos e mordomias vedadas aos outros, estão na primeira linha dos que reclamam os cortes nos vencimentos e emprego dos funcionários de papel passado.

Percebe-se porquê, não percebe?
LNT
[0.063/2010]