sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Como posso enriquecer se só sei trabalhar?

Rolo de dinheiroÉ mesmo como diz Medeiros Ferreira:
«... a campanha para fazer tributar «os ricos» acabou às mãos do governo para ser aproveitada para aumentar os impostos dos que já mais pagam, normalmente quadros superiores cujas declarações de rendimentos já constam nas repartições das Finanças
Mais do mesmo, acrescento e melhoro substituindo "Repartições de Finanças" por "Serviços de Finanças" que é a designação correcta da coisa.

A questão não é, ao contrário do que ouvimos permanentemente, um acerto de redistribuição pelos que têm declarações de rendimentos mais altas, porque esses contribuintes já pagam bem e até prescindem frequentemente de receber o retorno do que pagam, usando minimamente o SNS, a escola pública e a Segurança Social.

Os mandantes julgam que «os ricos» são os que têm mais rendimentos do trabalho. Não param para pensar e não querem saber se esses contribuintes têm mais rendimentos por trabalharem mais e melhor. Preferem pensar que só o conseguem porque são privilegiados. Enquanto isso, não fazem o mínimo esforço para apanharem na malha todos os «ricos», que o sendo, se apresentam ao fisco como sendo pobres.

O problema é dos que nada declaram, dos que estão fora do circuito da contribuição, dos que tudo usufruem sem nada contribuírem. É sobre esses que é necessário agir, mas isso dá trabalho, exige esforço, inteligência e criatividade e então é mais fácil fingir que eles não existem e acreditar nos fracos rendimentos que sujeitam a registo para fazer do esforço social mais uma regalia a seu favor. É a esses que estão fora do sistema que todos nós, cumpridores espoliados, pagamos a saúde, a educação dos filhos e possivelmente alguma pensão de sobrevivência, enquanto sobrevivemos com dificuldade e ainda temos de aguentar os dislates com que se vangloriam da sua "esperteza saloia".
LNT
[0.340/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLV ]

DinkyToysCorgiToys
DinkyToys e CorgiToys
LNT
[0.339/2011]

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Oh Pê, e se comprássemos uns camarões?

CamarãoÀ boa maneira nova-rica e dos mais-olhos-que-barriga, Tavira também já tem um mega Centro Comercial. No Verão é óptimo para quem se quer refugiar do calor e usufruir de wireless sem custos. No Inverno nem para isso servirá. Para mim, a sua sobrevivência é mais um mistério allgarvio, mas isso são contas para outros rosários.

Vem isto a propósito do supermercado, única loja com uma percentagem razoável de clientes, mercearia explorada pelo nortenho com a arte que Deus lhe deu. Encontra-se lá de tudo, desde a cebola doce espanhola a clientes recentemente ilustres que, a banhos na Manta Rota, preferem o peixe amanhado pelo Belmiro ao do amanho popular no mercado municipal, sustento dos indígenas.

A peixaria avia, junto com as sardas e as chaputas, camarão cozido barato e pronto a comer, um regalo laranja de bigodes farfalhudos. Coisa nada e criada em viveiro e, não fosse um pseudo-sinal exterior de riqueza acabaria no cesto de rodas da clientela do poder para ser lançado no cartão cliente e acumular 50% a descontar nas prendinhas de Natal.

Como o "parece mal" é marca de estilo e a segunda-classe e os chanatos estão na moda, mais sobrou.

Pê, se quiseres umas gambas passa lá por casa, tá?
Nº 3, 2º Esq. Uma casa às tuas ordens.
Podes levar a mulher e as crianças.
LNT
[0.338/2011]

Os ricos nunca pagam as crises

DecomposiçãoPelos resumos que pude observar ontem da apresentação do documento de Estratégia Orçamental 2011/2015 (em conformidade com o Acordo Ortográfico) feita pelo Ministro das Finanças, continuamos no caminho habitual de fazer recair sobre os que produzem toda a carga de esforços até que nada mais lhes sobre para que, com os rendimentos da sua produção, continuem a sustentar a fraca economia do País.

Chama-se a isto caminhar para o precipício.

Mais impostos para os do costume, igualdade de tratamento fiscal para os de maiores e menores rendimentos, mais desemprego somando-lhe agora uma multidão de trabalhadores da Administração Pública a quem já se tinham reduzido o vencimento e congelado todas as perspectivas de progressão de carreira e remuneração, corte das prestações sociais e manutenção do estado de favor da obesidade nos gastos públicos.

Nada de novo, a não ser o reconhecimento actual de que a crise europeia e mundial são factores de insucesso da recuperação portuguesa.

Dado que o impossível só existe enquanto não se descobrir a possibilidade e que a criatividade para a atingir anda longe destes senhores que nunca vão além das useiras e vezeiras receitas, não será desta que nos afastaremos do caminho do mal e o sistema em que estamos mergulhados continuará a impedir que sejam os ricos (os únicos que beneficiam) a pagar a crise.
LNT
[0.337/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLV ]

Meccano
Meccano
LNT
[0.336/2011]

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Rica Machina

Machina SpeculatrixO que mais gosto ao ler o Porfírio não é do saber que ele tem para separar o trigo do joio. Ele sabe e ensina a separar o trigo da sua própria palha e isso é relevante.

Espreitem na Machina Speculatrix (agora graficamente remodelada depois de ter mandado as tartarugas pastar) e leiam, com o mesmo gosto que eu li, qual é a questão dos ricos:
«Ele sabe que, no actual estado da "democracia capitalista", o sistema está blindado, de modo que os ricos escapam sempre, descontado o incómodo de andarem nos jornais a falar neles e nos seus milhões de milhões. É que, mesmo que paguem alguma coisa, a dor passará depressa e eles esperam que depois recuperarão tudo com compensações acrescidas. Pode achar-se que é um pouco pornográfico que um articulista escreva apenas para se rebolar de gozo com o facto de estar do lado dos que gostam disto – mas é isso que este articulista faz
LNT
[0.335/2011]

Palavras que Odeio

Taça de PortugalDurante tempos o Pedro Correia manteve uma rubrica blogueira a que chamava "Palavras que Odeio".

Saco-lhe hoje o título para este post uma vez que passaram a haver palavras que há algum tempo não eram odientas mas que hoje criam aversão por terem perdido o seu sentido original e terem passado a ser a ganga com que se traveste a pouca vergonha daqueles que, depois de escolhidos para nos representarem, pensam ter sido eleitos para exigirem mansidão perante a chibatada e transformarem gente valorosa numa multidão de mortos-vivos.

Três dessas palavras que hoje odeio, penso que todos os portugueses odeiam e delas têm medo, são:

Coragem – que antes queria dizer "Firmeza de ânimo ante o perigo, os reveses, os sofrimentos" e que hoje significa cobardia perante os poderosos e ânimo para esmifrar os mais fracos;
Histórico – que antes queria dizer "que existiu, que não é ficção" e que hoje significa esmagamento colossal de um povo com História;
Heróico – que antes queria dizer "de que se lança mão em caso desesperado" e que hoje quer dizer retornar uma Nação ao estado de miserável.

São palavras ditas sempre em desfavor do elo mais fraco desta cadeia de súbditos que, por sinal, até é o que sustenta e suporta a cambada incapaz de olhar para a frente abrindo fronteiras de esperança.
LNT
[0.334/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLIV ]

Comboios eléctricos
Märklin
LNT
[0.333/2011]

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A peneira que tapa o Sol

CanoagemJá o disse anteriormente mas como agora voltou a moda jornaleira de contabilizar os nomeados para os gabinetes ministeriais, torno à vaca-fria.

Tal como saber o que cada político tinha antes de assumir o poder sem que posteriormente se fique a saber quanto passou a ter, andar nestas continhas de quantos entraram ou saíram dos gabinetes ministeriais é uma medida para desopilar os fantasmas mas não deixa de ser uma tontaria inventada pelos jovens PSD/PP para xingar o Sócrates e que agora serve de pedra de arremesso para pagar na mesma moeda. É um entretém que deixa de parte as nomeações para os lugares que realmente são o apetite das clientelas mergulhadas nas empresas que estão fora da administração directa do Estado, dos grupos-de-trabalho e dos consultores e conselheiros avençados, para já não falar da rapaziada que se vai espalhando por todos os níveis de chefia (e equiparados) da Administração Pública.

Serve de parangona mas nada trás de valor e funciona como a peneira que tapa o Sol e deixa na penumbra a verdadeira sangria conseguida pelas gorduras dos favores.

Tudo isto se insere na mesma lógica que faz com que as receitas nunca cheguem, mesmo cortando no que resta de social, porque funciona na ordem inversa do interesse dos contribuintes e na ordem directa dos que vivem pendurados nas bordas do pote.

Não seria preferível contratar mais médicos para fazer medicina e reduzir o número de chefes de serviço? Não seria preferível contratar mais professores para dar aulas e reduzir o número dos cargos hierárquicos nas escolas? Não seria preferível contratar mais motoristas e maquinistas e reduzir o número de "gestores" das empresas transportadoras? Não seria preferível arranjar mais remadores e menos timoneiros para esta canoa de fundo chato que insiste em naufragar?
LNT
[0.332/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLIII ]


Fim do Governo Santana Lopes
Fim do Governo PSL/PP - Portugal
LNT
[0.331/2011]

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Na ressaca

Caveira/lataAinda na ressaca das férias, tento recolocar-me no Mundo – Portugal incluído embora seja um mundo à parte – e fico com a sensação de que vivemos uma daquelas telenovelas em que, por muitos capítulos que se percam, nada evoluiu desde o último episódio visto.

Desde ciclones que, apesar dos alardes alarves da comunicação social, foram só tempestades tropicais iguais a muitas outras já vistas sem espalhafato em New York, ao senhor FMI que passou de eventualmente condenado na justiça para efectivamente condenado pela opinião publicada, passando pela famosa crise que alegadamente não deixaria que os políticos que andavam a banhos no Algarve tivessem férias, e pelo senhor Kadaffi – grande amigo dos seus aliados a quem há meia dúzia de meses distribuía chazinhos de tenda e agora os tem como carrascos – que deve estar a preparar um “fim-de-festa” digno do terrorista que nunca deixou de ser, nada mais houve a acrescentar à miserável crise que cada vez mais é para quem trabalha ou trabalhou e que deixa sempre de fora para enricar quem já é rico, ou aí anda perto.

Tirando o IVA que os teóricos julgam ser chapa ganha quando se lhe aumenta a taxa e fazem ouvidos-moucos às teses que defendem que esse tipo de saque resulta fracote porque quando as pessoas já não têm muito por onde cortar, cortam ainda mais nos consumos deixando de cara à banda os que lhes querem tudo sacar, aguardamos com calma (e veremos se com sossego) a grande "coragem" que se prepara com o anúncio de medidas e mais medidas para nos esticar a pele numa cura de emagrecimento que, de tão radical, começa a revelar-se anoréctica-suicida.

Como primeiro texto pós-férias até eu próprio estranho o pessimismo. Pode ser que esteja enganado e que a informação que me chega aos bochechos neste primeiro dia de reactivação passe a ser diferente ao arrear da bandeira e que amanhã consiga ver a luz que ilumina a estrelinha que os guia.
LNT
[0.330/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLII ]


Cabanas
Cabanas - Algarve - Portugal
LNT
[0.329/2011]

sábado, 27 de agosto de 2011

Já tenho saudades do mar

Moldura vaziaE ainda agora cheguei, voltei.
Consegui não ler Blogs, não ler o Expresso, não ouvir mais do que dois noticiários.
Vi muitos políticos que, segundo diziam não iam ter férias, a molhar os pés.
Pelo que já ouvi hoje, depois do regresso, o povo é quem mais ordena.
Veremos!
Para já, já tenho saudades do mar.
LNT
[0.328/2011]

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

See You Later, Alligator

Colaboradora


LNT
[0.327/2011]

O nosso mar

Mar
Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só pra mim.
Sophia
Um ano a bulir, anos e anos a bulir, governos e governos a dizer que se bule pouco e muito cansaço, do bulir e dos governos.

Agora venha o sossego antes que ele seja imposto, antes que ele pague imposto, embora já pouco sobre depois do surripio do justo pagamento do bulir.

Depois volto, como sempre tenho feito, embora não saiba porquê, nem para quê.
Setembro é já ali.
LNT
[0.326/2011]

I wish nothing but the best for you, too


LNT
[0.325/2011]

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Coelha Offshore Club

CoelhicesSua Excelência anda aos figos.

Se o Coelho for à Coelha para o beija-mão irá encontrar a fina-flor da banca no curto areal entre as arribas fósseis que ameaçam derrocada. Mais pulseira electrónica, menos pulseira electrónica, aquilo é o ponto de convergência entre os ex e os actuais donos do BPN.

Se o Coelho for à Coelha pode vir de lá com um convite para aplicar os quarenta milhões que rendeu o negócio mais rasca do Mundo em acções particulares e não cotadas do novo banco o que, por experiência anterior, é considerado coisa legal e de alto rendimento.

Se o Coelho for à Coelha receber novas instruções, já que é conselheiro de quem nele manda, que deixe ficar o conselho de transformar aquela coutada particular interdita ao tráfego aéreo numa offshore onde os reformados do norte da Europa e outros alemães possam deixar ficar uns trocados de retorno garantido.
LNT
[0.324/2011]

Gaspar, o fantasminha camarada

GasparLembram-se da explicação que o nosso fantasminha camarada deu para se ter chegado ao "desvio colossal"?

Pois bem, ponham lá os dedinhos no ar para simular aspas no início e no fim de uma frase, façam um gesto lento que represente ler cada uma das sílabas, finjam dislexia e engasgo para marcar a pontuação e extraiam o sound byte que Sua Excelência nos quis transmitir com a seguinte frase publicada hoje no I online:

Cavaco manda Portugal descansar com um olho na crise

Fizeram todo o exercício? Se sim, aqui vai o resultado que consta nas soluções do problema:

Cavaco manda Portugal descansar o olho

Nós entendemos o aviso contido na ordem que veio da Coelha.
Quando vierem de férias verão porquê.
LNT
[0.323/2011]

Já fui feliz aqui [ CMLI ]


Versoix
Versoix - Suisse
LNT
[0.322/2011]

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Concentrados? Venham os charters

ControcionistaQuando voltar das férias já devem haver muitos mais desenvolvimentos das malfeitorias que o Pedro, o Álvaro e os outros estão a cozinhar em lume brando aproveitando este Agosto imberbe que, tal como o Governo, ainda não deu ares de vitalidade.

Não serão coisa pouca.

De mansinho e com explicações do tipo que se não tivéssemos vendido o BPN ao BIC os trabalhadores do BNP ficavam desempregados, um aviso de que o ultra-liberal governo PPC/PP está na disposição de negociar, a baixo custo, todas as fábricas e negócios que correm o risco de fechar, a mão que se instalou no nosso bolso vai continuar a retirar todos os trocados e possivelmente tudo o mais que lá, e nas adjacências, encontrar desde que lhe sirva de consolo e de pagamento do salário da Chefe do Gabinete que, coitada, por espírito de abnegação e de serviço público, se reduziu à mínima expressão da sobrevivência.

Vou fazendo a trouxa e vou-me lembrando destas coisas que muito me ralarão quando o mar tiver ficado para trás, para bandas das terras allgarvias que entretanto deverão ficar recheadas com os charters dos velhinhos nórdicos fazendo lembrar as gaivotas quando o lusco-fusco avança sobre o areal.
LNT
[0.321/2011]

Portas fechadas?

Portas/RumsfeldÉ pena se o PSD não vier a incluir Paulo Portas na sua lista de propositura para Conselheiros de Estado.

Uma pena para Cavaco Silva que ficará privado de doutas e eficazes frases-chave que poderia incluir em futuras comunicações ao País;
Uma pena para Alberto João Jardim que ficará sem ter a possibilidade de finalmente conhecer o líder do Partido "frota de táxi 5x5";
Uma pena para o próprio Passos Coelho que não disporá do espírito-santo-de-orelha quando tiver de dar palpites no Conselho de Estado e, principalmente;
Uma pena para o Conselho de Estado, no seu todo, pois perderá a oportunidade de perceber a importância dos submarinos na problemática emergente das fronteiras marítimas de fundo.
LNT
[0.320/2011]

Já fui feliz aqui [ CML ]


Praia Algarve
Quase a ser outra vez (espero!) - Algarve - Portugal
LNT
[0.319/2011]

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A má gestão pelo preço da morte

Jack NicholsonNão vivemos tempos fáceis. A prová-lo estão os telejornais que passaram a ter os ministros deste Governo como pivots, o que logo à partida é pronuncio de coisa má. Estes tempos já nos ensinaram que a presença de um Ministro representa o anúncio de notícia ruim justificada em português arrevesado.

Ontem foi a vez do Álvaro nos deitar a língua de fora. Anunciou que, para os que pensam que os transportes públicos passaram a custos obscenos, lhes dará novo incremento pelas janeiras. Trata-se de uma acção pedagógica destinada a diferenciar um preço sensual, de um pornográfico. A língua de pau assumiu a forma de gráfico de linhas paralelas, uma vermelha e outra preta, e a má notícia foi a de que, para que essas linhas passem a convergentes, vai ser necessário espessar a da receita uma vez que se prevê que a da má gestão continue o seu caminho.

Nada de novo. Já sabíamos da teoria desde a apresentação do imposto extraordinário do próximo Natal, isto é: Pelo sim, pelo não, arrecade-se mais dinheiro para cobrir a má gestão, não venha ela a ser ainda pior do que aquilo que se espera.

O paleio desta gente veio para ficar e para substituir a menina-de-cinco-olhos com que, em outros idos, se amedrontavam os educandos para os manter no caminho das cabras, a bem da Nação.
LNT
[0.318/2011]

A resposta de 2,4 mil milhões de euros

Dr. HouseTodos sabem que quem compra acções não tem lucro ou prejuízo enquanto as não vender.

Há sempre quem venda as suas acções acima do valor, é uma questão de estratégia e de tempo.

Há sempre quem faça negócios ruinosos e há quem os faça, aparentemente ruinosos, para daí retirar alguns proventos para alguém.

Há negócios que não se fazem. Há negócios que são menos maus do que outros e há perdas menos gravosas do que outras.

Há muitas coisas e, entre elas, muitas que obrigam à responsabilidade de quem trata da coisa pública.

Por haver tudo isto tem também de haver respostas para questões, principalmente para questões de 2,4 mil milhões de euros, e nenhuma delas passa por as encarecer ainda mais.
LNT
[0.317/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXLIX ]


Lisboa
Tolerância - Lisboa - Portugal
LNT
[0.316/2011]
A ler

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A carniça e os ossos

Sanita PionesNos tempos em que se chamavam os nomes tradicionais às coisas dir-se-ia que o BPN foi um negócio da China. Nos tempos que correm chama-se negócio de Angola.

Despachou-se a salganhada ruinosa por 40 milhões sendo que o "custo do Estado com o BPN, descontando do preço de venda, ascende nesta data a cerca de 2,4 mil milhões de euros", com uma salvaguarda de brincadeira e acrescentando à ruína uma responsabilidade a prazo para o Estado dos "custos com a eventual cessação dos vínculos laborais dos trabalhadores das agências e/ou centros de empresa que venham a ser encerrados ou reestruturados num prazo máximo de 120 dias após as transmissões das acções".

O BPN foi, e continua a ser, um negócio maquiavélico para os contribuintes. Todos nós tivemos (e temos) de acarretar com os desfalques, com a má gestão, com os amiguismos, e com as outras trafulhices de toda a espécie, incluindo os favorecimentos de excepção, para que alguns lá fossem buscar aquilo a que agora, por serem "poupanças", se isenta de contribuição especial.

Este negócio acaba na mesma pouca-vergonha que o fez ser uma contaminação sistémica dos impostos que nos são exigidos com agravo sistemático e deixou a rir, na impunidade, quem se encheu “legalmente”.

A expressão "uns comem a carne e os outros roem os ossos" nunca foi tão bem empregue.
LNT
[0.315/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXLVIII ]

Beatles
Beatles - UK
LNT
[0.314/2011]

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Se o ridículo matasse estávamos em autogestão

Laranja MecânicaDepois da inutilidade de fazer publicar em II série do Diário da República um despacho ministerial que determina a desobrigação do uso de gravata quando ela nunca foi obrigatória, o Website do Governo português passou a disponibilizar uma página onde são registados os nomeados para os gabinetes do governo.

Além de mal amanhada, esta página absolutamente inútil (mais não é do que uma duplicação dado que essas nomeações já são do domínio público pelo acesso gratuito ao Diário da República Electrónico), representa o que de pior pode conter o populismo e a demagogia. A composição dos gabinetes dos membros do governo está vertida em diplomas legais e todas as nomeações estão obrigadas a divulgação pública.

Para além do mais, a informação agora disponibilizada não só não é exaustiva, como também não é apresentada de forma a serem perceptíveis as discrepâncias de vencimentos para funções iguais (bastava que tivesse sido apresentada em matriz) nem contém totalizadores para o número de nomeados nem para os montantes globais de despesa que essas nomeações acarretam.

Para terminar.
As nomeações para os gabinetes do governo são uma gota de água no conjunto de nomeações da Administração Pública (que anda num corrupio de "biquinhos-dos-pés" para garantir o seu lugar ao Sol) e essas não constam na página agora disponibilizada.

Mais do mesmo.
Continuamos a brincar ás transparências para empatar o pagode e continuam a desbaratar os recursos do Estado em inutilidades ineficazes e ineficientes.
LNT
[0.313/2011]

Desemprego à vista

Desemprego - Cartaz do CDS/PPJá não sei em que ano ou em que campanha o CDS/PP apresentou o cartaz que se reproduz mas, o canudo por onde a menina espreita, faz adivinhar que seria uma estratégia a utilizar assim que o pote lhes ficasse à mão de semear.

Duvido que a promessa dos cinco ministros se cumpra, uma vez tratar-se de um desígnio do Governo inteiro e desconfio que se cumpra a previsão das 5 políticas uma vez que as políticas actuais são alteradas em cada dia que passa.

Importa o título da propaganda:

Desemprego à vista

Desemprego seleccionado, porque o poder é selectivo como já demonstrou com o assalto ao 13º mês, preventivo, para não se correr o risco de mais tarde ter de taxar os que nunca têm crises para pagar.

Desemprego tendencialmente sem justa causa e sem indemnização, porque se se onerar o lucro este não poderá vir a ser poupança isenta de sacrifícios.
LNT
[0.312/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXLVII ]

Alentejo
Pesca Achigã (Micropterus Salmoides) - Alentejo - Portugal
LNT
[0.311/2011]