Banco Alimentar
Hoje é o segundo dia da recolha de produtos alimentares para o Banco Alimentar Contra a Fome.
Nota-se também aqui, na Blogos, uma crescente preocupação com a carestia dos produtos alimentares e não é raro que essa preocupação se exprima à volta da pobreza que grassa pelo Mundo, principalmente pelo designado Terceiro-Mundo.
Fome é fome e também a há em Portugal, a maior parte escondida na vergonha de quem não pretende assumi-la às claras.
Fome derivada de pobreza de todos os tipos, incluindo a que cada vez é mais sentida nas grandes cidades onde os mais velhos não conseguem atingir os mínimos que lhes garantam farmácia e comida.
Com o encarecimento dos produtos alimentares começam a fazer-se contas e a perceber que haverá milhões de esfomeados que irão perder a vida caso não se tomem medidas imediatas para evitar mais este atentado contra a humanidade.
Como refere Rui Perdigão, uma vez mais as negociatas nojentas, os intermediários sem escrúpulos, os especuladores para quem todo o tipo de negócios é admissível, a que junto o crime da transformação de produtos alimentares em combustíveis, os crimes contra a natureza e as políticas de subsídio ao abandono do sector primário, unem esforços para viabilizar uma catástrofe humanitária sem fronteiras.
Enquanto se não conseguem combater eficazmente as causas mais determinantes para esta crise há que reinventar a solidariedade e apoiar iniciativas como a que decorre para o Banco Alimentar com contributos em géneros e dinheiro de forma a minimizar o desespero de muitos que, por vezes, até nos estão muito mais perto do que há primeira vista possamos pensar.
LNT
Rastos:
-> Banco Alimentar contra a fome
-> Vida das Coisas - Rui Perdigão
-> Vida das Coisas: 'Silent Tsunami'#links
-> Outra Margem - António Agostinho
2 comentários:
Recordando um decisivo slogan - não passou disso - do PS, creio que será assim, " As pessoas não negócios", que pretendia sintetizar as políticas cavaquistas.
Agraço
Rui Perdigão (Vida)
http://vida-das-coisas.blgospot.com
Mais de 200 000 pessoas dependem da ajuda dos bancos alimentares. São cerca de 5% da população. Haverá provavelmente outro tanto em iguais circunstâncias mas aonde essa ajuda ainda não chega.
Actualmente a maioria dos reformados e pensionistas tem que escolher entre comer ou pagar os remédios e taxas moderadoras. Outros entre comer ou perder a casa.
Claro que se conhecem as causas desta situação. É hipocrisia dizer o contrário. São os salários muito baixos, é a facilidade com que se cai no desemprego, são as pensões muito baixas, é o aumento das taxas de juro, é o aumento e alargamento das taxas moderadoras, etc.
Que faz o Governo? Diz, de acordo com Jaime Silva, que não há motivos de alarme porque os portugueses estão mal habituados à comida barata e qe o aumento dos preços é bom. Faz lembrar a Maria Antonieta (S'ils n'ont pas de pain q'on mangent des brioches). Pode ser que a história se repita...
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