sábado, 31 de maio de 2014

O que faz falta

VotarTambém eu que não apoiei a proposta de Assis, na altura em que foi necessário pegar nos destroços do PS esmagado pela maioria absoluta da coligação no poder, entendo que, perante os sinais dados pelos cidadãos que se abstiveram, votaram branco ou anularam os seus votos nas Europeias, é necessário equacionar formas de melhorar a qualidade da democracia representativa em Portugal com soluções mais participativas.

Vai ser um trabalho hercúleo porque exigirá muita imaginação e esforço.

É este o essencial que os cidadãos esperam porque já se aperceberam que a seu alheamento da política não está dependente de aparições salvíficas e milagreiras.

Como é evidente, sempre que um incidente é criado, há que encontrar uma solução urgente que evite a sua transformação em problema. No caso do Partido Socialista, o incidente milagreiro está criado e há que resolvê-lo com celeridade para o mitigar e voltar às questões sérias relacionadas com o estado da democracia e, principalmente, com o bem-estar dos portugueses.

Espero que, até ao fim da Comissão Nacional de hoje, seja também aberto o caminho para encerrar celeremente a questão que está a inviabilizar a concentração da atenção política naquilo que diz respeito aos cidadãos.
LNT
[0.194/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXII ]

Rissol
Rissol - Por aí - Portugal
LNT
[0.193/2014]

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Ontem deu-me para a milícia, hoje viro-me para o divino

Pé FranciscanoPortugal sempre foi dado ao divino.

Tirando o fundador, não o Pai Fundador, porque desse pouco comento, o Afonso Henriques, o que cascou na Mãe e por isso era pouco dado a morais e religiões, todos os que por aí andaram (sejamos justos e façamos também a excepção aos que se refugiaram nas Choças da Carbonária) acreditaram e fizeram acreditar que aquilo que não se explicava era conseguido por inspiração divina.

Umas vezes fizeram a aplicação prática dessa inspiração pelo Santo Ofício, outras pelas revelações do Sol rodopiante que proclamavam a conversão da Rússia (comunista).

Faltava-nos agora a aparição salvadora, redentora e milagreira do Santo a quem não bastou a consagração da Capital do Império.

Oremos!
LNT
[0.192/2014]

Oratórias

MagritteMais uma oratória, desta vez a de António Vieira e do seu sermão aos peixes
(os Antónios multiplicam-se, Santo Deus):

Olhai, peixes, lá do mar para a terra. Não, não: não é isso o que vos digo.
Vós virais os olhos para os matos e para o sertão? Para cá, para cá; para a cidade é que haveis de olhar.
Cuidais que só os Tapuias se comem uns aos outros? Muito maior açougue é o de cá, muito mais se comem os Brancos.
Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer às praças e cruzar as ruas; vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e sair sem quietação nem sossego?
Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão-de comer e como se hão-de comer.
Morreu algum deles, vereis logo tantos sobre o miserável a despedaçá-lo e comê-lo. Comem-no os herdeiros, comem-no os testamenteiros, comem-no os legatários, comem-no os acredores; comem-no os oficiais dos órfãos e os dos defuntos e ausentes; come-o o médico, que o curou ou ajudou a morrer; come-o o sangrador que lhe tirou o sangue; come-a a mesma mulher, que de má vontade lhe dá para a mortalha o lençol mais velho da casa; come-o o que lhe abre a cova, o que lhe tange os sinos, e os que, cantando, o levam a enterrar; enfim, ainda o pobre defunto o não comeu a terra, e já o tem comido toda a terra.
LNT
[0.191/2014]

Dá-me o teu bracinho, vem bailar comigo

Santo AntónioCá vai a marcha, mais o meu par
Se eu não o trouxesse, quem o havia de aturar?
Não digas sim, não me digas não
Negócios de amor são sempre o que são
Já não há praça dos bailaricos
Tronos de luxo num altar de manjericos
Mas sem a praça que foi da Figueira
A gente cá vai quer queira ou não queira

Ó noite de Santo António
Ó Lisboa de encantar
De alcachofras a florir
De foguetes a estoirar
Enquanto os bairros cantarem
Enquanto houver arraiais
Enquanto houver Santo António
Lisboa não morre mais

Lisboa é sempre namoradeira
Tantos derriços que já até fazem fileira
Não digas sim, não me digas não
Amar é destino, cantar é condão
Uma cantiga, uma aguarela
Um cravo aberto debruçado da janela
Lisboa linda do meu bairro antigo
Dá-me o teu bracinho
Vem bailar comigo

Reportório de Amália Rodrigues
Música de Raul Ferrão e Norberto Araújo
Cerâmica de Teresa Rezende
Ouvir aqui: www.youtube.com/watch?v=XK3kXrEZcow
LNT
[0.190/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDXI ]

Pastel de Bacalhau
Spencer Tunick - Melbourne
LNT
[0.189/2014]

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Contra os canhões, marchar, marchar

MagritteDetesto personalismo e abomino o seguidismo.

Prefiro guiar-me por princípios de lealdade e pela honra. Coisas fora de moda, sei, mas coisas minhas. É inaceitável que alguém venha dizer: - Estou aqui - sem dizer ao que vem e para o que ali está.

Que ele estava ali já se sabia. Que ele já se fez invisível na altura em que foi necessário suceder no PS quando o Partido tinha acabado de ser esmagado por uma maioria absoluta da direita, que ele já avançou para recuar quando ainda havia dúvidas sobre se a direita já estava derrotada, fez, mas nunca deixou de se ver que ele ali estava.

Tinha agora obrigação de se apresentar às tropas dizendo quais são as armas de que dispõe e qual a estratégia a usar no combate a que se dispôs.

Não o fez. É pena e mais pena é constatar que está a formar um exército regular protegido por um pelotão de snippers refractários, desertores e mercenários.

Onde andavam essas tropas especiais quando foi necessário eleger deputados europeus para fortalecer, com uma equipa abrangente e diversificada de alto nível, o grupo do Partido Europeu Socialista e combater a direita que nos comanda a partir de Bruxelas?

Alguns, sabemos. Desfraldavam bandeiras ditas Livres que só serviram para enfraquecer o PES e outros entretiveram-se em faits-divers que ajudaram a deitar por Terra as pretensões de termos na Europa um grupo parlamentar capaz de defender as bandeiras sociais que os socialistas empunham em Portugal.
LNT
[0.188/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDX ]

Pastel de Bacalhau
Pastel de bacalhau - Por aí - Portugal
LNT
[0.187/2014]

quarta-feira, 28 de maio de 2014

O que tem de ser feito tem muita força

Partida/chegadaO triste espectáculo montado na sequência do sound byte lançado por Portas no seu discurso de derrota enche paragonas e distrai-nos do que os portugueses registaram no passado Domingo.

Em duas linhas, os eleitores que ainda se deram ao trabalho de dizer que acreditam neste regime mas que os Partidos do poder vão ter de fazer melhor se quiserem que neles continuem a acreditar, explicaram claro que estão fartos da coligação de direita embora ainda não tenham esquecido as razões que anteriormente os levaram a dar uma maioria absoluta ao poder instalado.

Portas, que é o sábio das sonoridades, lançou na noite em que sofreu uma das maiores derrotas da sua vida, uma farpa maquiavélica que pretendia desvalorizar a penalização que sofreu escondendo-a naquilo que designou por uma “perda menor” dado que o maior Partido da oposição não tinha capitalizado os votos que lhe escaparam.

Foi o suficiente para que políticos experientes do Partido Socialista se deixassem enrolar nas palavras de Portas e passassem a fazer eco do sound byte lançado. Foi suficiente para que, com base nisto, os vitoriosos vestissem os fatos de combate para fazer o jogo de “vitória menor” que Portas lançou.

Pouco interessa. O mal está feito.

O milhão e tal de eleitores do Partido Socialista olham para esta desfeita com incredibilidade.

Pensarão certamente que andaram a brincar com eles e com a honra das bandeiras que, nos dias anteriores à votação, desfraldaram junto de amigos e vizinhos no jogo democrático do convencimento de alternativas às malfeitorias feitas nos três últimos anos.

Mas agora, com o mal feito, a legítima direcção do Partido Socialista tem de reagir à contrariedade e reafirmar a seriedade com que se apresentou nos dois últimos Congressos Nacionais e o nosso Secretário-geral deverá confirmar, mais uma vez, que o seu único interesse é a defesa da melhoria da condição de vida dos portugueses.

Para o fazer tem de clarificar urgentemente a situação interna no Partido Socialista e evitar que o empastelamento criado pelo mal feito mine o que resta da credibilidade que os Partidos políticos ainda detêm em Portugal. Tem de ser rápido, tem de ser seguro, tem de ser clarificador.

Temos de seguir em frente. Há gente demais a viver mal demais para que se arrastem estes jogos de poder.
LNT
[0.186/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDIX ]

Açorda de Bacalhau
Açorda de bacalhau - Amieira - Alentejo - Portugal
LNT
[0.185/2014]

terça-feira, 27 de maio de 2014

Há sempre quem cavalgue

olho de cavaloAntónio José Seguro garantiu que o Partido Socialista não só não se tivesse desmoronado, como conseguisse derrotar por duas vezes a coligação da direita que, aliada à extrema-esquerda, derrubou um governo do PS quando inviabilizou uma saída da crise à espanhola e obrigou o País a ajoelhar-se perante o capital internacional.

António José Seguro teve a coragem de avançar quando todos se esconderam e preferiram calcular as suas vidinhas futuras, fugindo às responsabilidades de suceder na oposição a um desaire eleitoral que levou a direita ao poder com maioria absoluta.

À segunda vitória consecutiva do Partido Socialista, mesmo sendo "de Pirro" como diria Mário Soares, mas uma vitória conseguida pela afluência às urnas de mais de um milhão de eleitores que votaram PS, equivale uma derrota esmagadora dos partidos da coligação de direita no poder, e uma descarga de frustração dos portugueses que se deram ao trabalho de ir votar e misturaram a sua revolta com a vontade de punir todos os "Partidos do poder" elegendo um partido (MPT) de que nunca tinham ouvido falar, de que não conhecem a ideologia nem o programa, e fizeram eleger dois deputados europeus, um por direito próprio e o outro por efeitos colaterais.

Com o calor do poder acordaram os que hibernavam.

Sempre com a ideia naquilo que estará a pensar o milhão e tal de eleitores que se deram ao trabalho de ir às urnas eleger 8 deputados europeus pelo PS, fico a observar o que se seguirá.

Gostaria de que, em vez do personalismo redentor, se tivesse optado pelo aumento e consolidação da qualidade, do saber e do projecto com que o PS se deveria apresentar a legislativas.

O povo eleitor que, em menos de 48 horas, está a ser desrespeitado por aqueles em quem confiou, continua a sofrer na pele as políticas da direita enquanto Passos Coelho, Paulo Portas e Cavaco Silva se riem do triste espectáculo público que a oposição montou para disfarçar a derrota colossal que a direita sofreu.
LNT
[0.184/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDVIII ]

Olaf Palme
Olof Palme - Saudades de políticos com P e F de fraternidade - Europa
LNT
[0.183/2014]

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Na peugada do cherne

CherneÀ laia do relógio do Caldas que serviu para contar o tempo ao contrário de forma a chegar a um resultado negativo, também a cebola de Durão Barroso se finou ontem ficando a contar os segundos negativos que o separam dos cetins europeus.

Pelo menos, por isso, podemos dar-nos por satisfeitos com o dia de ontem.

O Primeiro-ministro que abandonou o seu cargo por lhe terem acenado com um proposta milionária irrecusável, há-de vir agora a boiar – como diz a poesia que lhe dedicaram – para tentar encher-nos os olhos de água, da mesma água onde Marcelo em tempos mergulhou e de onde, por ainda estar vivo, nunca conseguiu emergir.

Com a saída de Barroso abre-se novo caminho para a esperança de que a gelatina molenga volte a ganhar consistência e fibra embora se reconheça que o estado de miséria em que Durão a deixou possa ser uma tarefa hercúlea.

Basta olhar para o Parlamento Europeu escolhido ontem e perceber que as suas linhas fundadoras estão em total declínio e que os lugares vagos vão ser preenchidos por inimigos do projecto europeu agora de malas aviadas para as cadeiras azuis com o único intuito de lhes pegar fogo.
LNT
[0.182/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDVII ]

Mudar
Mudar - Portugal - Europa
LNT
[0.181/2014]

O que se diz

Europeias1- O grande vitorioso – Marinho Pinto
2- O vitorioso de sempre – PCP vestido de CDU
3- O pouco vitorioso – PS que sozinho tem mais 4% que toda a direita (e que segundo Pacheco Pereira perdeu as eleições)
4- O pouco derrotado – o PSD+CDS que tiveram menos 12% que nas últimas europeias
5- Os grandes vitoriosos - os abstencionistas que são praticamente tantos como os das últimas europeias principalmente se se considerarem os números de população residente actual e que se limitam sempre a dizer mal e a ausentarem-se das responsabilidades.

É assim Portugal. É assim o respeito que se tem pelos 3 milhões e tal de pessoas que não desistem de votar.

Boas noutes e beijinhos à prima.
LNT
[0.180/2014]

domingo, 25 de maio de 2014

Resultados on-line

Europeias 2014Os resultados eleitorais podem ser acompanhados on-line em:

http://www.europeias2014.mai.gov.pt

Neste momento (ainda decorrem as eleições) só é possível acompanhar a abstenção (neste momento - 19:00 horas - anda pelos 70%) e está previsto que os resultados oficiais só comessem a ser divulgados pelas 22:00 horas.
LNT
[0.179/2014]

sábado, 24 de maio de 2014

Chiu!

Bola Lisboa

Hoje é dia de bola que, como se sabe, é coisa fina para reflexão.

LNT
[0.178/2014]

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Na recta final

Europeias 2014Agora, na recta final, há que sacar da caneta e dizer-lhes aquilo que todos os dias ouvimos de toda a gente, mas que é necessário fazer ouvir a quem se esconde nos gabinetes ou atrás de um ecrã de televisão.

Isto está pior, muito pior!

No Domingo teremos finalmente possibilidade de os fazer ouvir e poderemos contribuir para que “isto” fique melhor na Europa fazendo, em simultâneo, que por cá se perceba, mesmo estando-se lixando, que este pior, este empobrecimento e esta escravidão a que nos sujeitam, não tem a nossa aprovação.

Se é verdade que a campanha de pouco serviu para nos esclarecer, também o é que não apagou da nossa consciência o resmungo de que, como está, não pode continuar.
LNT
[0.177/2014]

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Farsantes

Cão/Coelho

Felizmente a campanha está a acabar. A nossa sanidade merecia menos massacre. Vimos de tudo, menos do que interessa, ou seja, nada vimos de propostas que alterem o panorama europeu para que a nossa vida melhore em todo o Continente e consequentemente em Portugal.

Preferiram andar no vazio a repetir a sua indigência. Desde a habitual escusa das responsabilidades no empobrecimento que nos impuseram, descartando noutros as malfeitorias de que são autores e responsáveis, até ao repetir incessantemente que um homem de 90 anos, que evidentemente não está na disputa e que faz parte da História que nunca terá lugar para eles, fosse fazer campanha para a rua.

A culpa é nossa que demos a estas abéculas, a esta rufiagem sem qualquer estatuto, a possibilidade de se sentirem representantes dos portugueses.

No Domingo temos de correr com esta malta, para já da Europa, e dar-lhes um sinal claro de que estamos fartos da forma alarve com que olham para nós.
LNT
[0.176/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDVI ]

ACIME
ACIME - Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas - Portugal
LNT
[0.175/2014]

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Adelante

Gatos pretosO PCP, desculpem, a CDU, desculpem mais uma vez, o PCP, porque só é CDU em períodos eleitorais em que, pelo sim, pelo não, esconde a sua bandeira não vá alguém lembrar-se de outras bandeiras que se erguiam antes da demolição do muro que separava as democracias da ditadura, tem uma peculiar forma de conseguir queimar a terra onde todos nós poderíamos viver melhor caso o PCP não fosse um incendiário permanente.

Sabemos que o método anda de braço dado com a sobrevivência porque todas as conquistas que o PCP (agora CDU porque estamos em tempo de votos) defende foram conseguidas pelo Partido Socialista, embora na altura em que foram conseguidas tenham contado com a oposição do PCP, ou CDU, conforme estivéssemos ou não em período eleitoral.

E é fácil perceber o instinto de sobrevivência que faz o PCP (ou a CDU conforme o contexto já explicado anteriormente) atacar sempre o PS quando pretende defender o que sobra daquilo que o PS construiu em Portugal e está em fase de terraplanagem pela direita radical que o PCP (ou a CDU) sempre ajudou a guinar ao poder desde que Portugal é democrático.

É que se o PCP (ou a CDU. idem) permitir que se perceba que aquilo que sempre recusa de início vindo do PS e que depois reivindica como sendo sua obra se juntar à constatação de que nunca construiu nada, porque nunca foi poder para o construir, pode acontecer passar a ter o único fim de ser o promotor da Festa Anual da Atalaia.

Ainda assim, e mal, por mal, o PCP (ou a CDU, conforme a época) tem a utilidade de ser o depósito de votos desperdiçados que, mesmo tendo pouca ou quase nenhuma utilidade, sempre são úteis para não serem desperdiçados em coisas piores.
LNT
[0.174/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDV ]

Albufeira
Albufeira - Algarve - Portugal
LNT
[0.173/2014]

terça-feira, 20 de maio de 2014

Novo jornal online

Tenho andado distraído e só agora dei pelo surgimento de um novo jornal online que, pelo pouco que folheei, me parece ser de seguir de perto.

Deixo o link e os votos de sucesso, prometendo voltar ao assunto assim que tiver uma ideia mais esclarecida sobre a sua linha editorial.

Para já, o Estatuto Editorial (de que transcrevo os dois primeiros parágrafos) dá garantias de jornalismo orientado por linhas humanitárias e de independência que me são caras.
"Jornalistas Sem Fronteiras é um jornal online de âmbito internacional e uma equipa de profissionais da comunicação social independentes de poderes económicos, financeiros e políticos e que orientam o seu trabalho segundo os interesses, valores e direitos do Ser Humano, pela defesa e sobrevivência do Planeta em que vivemos.

A matriz da actividade profissional de Jornalistas Sem Fronteiras é a Declaração Universal dos Direitos Humanos."
LNT
[0.172/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDIV ]

Anjos
Anjinhos - Papudos (com suásticas e tudo)- a estrear por aí
LNT
[0.171/2014]

segunda-feira, 19 de maio de 2014

A CNE e o OMO

Não pagoA CNE anda nesta fona de ameaçar os blogs e as redes sociais com as punições que poderão advir para os identificados com nome de BI e para os outros que inventam nomes ou se apresentam como anónimos e carinhas de flores ou de bonecos nos Facebooks e quejandos, se ousarem fazer propaganda no período de adormecimento que antecede as eleições.

Entretanto fecha os olhos à barrela televisiva da nossa celta ministra da Fazenda, do rapazito Moedas e do dentuças branqueado que deixou de ser irrevogável assim que lhe deram um palacete e um título nobiliário na treta governativa desta triste República de barões e baronetes.

Igualmente entende que o OMO gasto com a saponária de um Conselho de Ministros destinado a falar de Sócrates e uma magna reunião dos chantagistas internacionais que se andam a banquetear com o que nos devia entrar na boca, são acções correntes sem fins lucrativos e que não exercem qualquer influência sobre os papelitos a botar nas urnas.

Não será caso para nos sobressaltarmos com este branco mais branco, não há, e fazermos uso do constitucional direito de desobediência civil?
LNT
[0.170/2014]

You must remember this. A kiss is just a kiss,

Beijosa sigh is just a sigh. The fundamental things apply. As time goes by.

E as eleições do próximo Domingo não são mais do que um kiss e um sigh.

Um kiss, porque o que interessa é responder à questão coelhinha do "está melhor, ou está pior". Não lhe responder, ou responder dizendo que está melhor é dar-lhe ânimo para continuar a sacar para encher almofadas que lhe permitam dormir descansado em vez de trabalhar para que nós possamos dormir sem medo de acordar com a mão dele metida no nosso bolso.

Um sigh, porque independentemente de ser o Francisco, o Manel, a Maria ou a Vanessa a eleger para o bem-bom de Bruxelas, o que importa é haja um suspiro nos grupos do Parlamento Europeu de modo a que os donos da Europa baixem a bolinha nas suas pretensões hegemónicas.

You must remember this e deixarem-se de ruisinhinhos unicamente destinados a libertar pretensões, himself.

Lembrem-se do que Rick "apesar de..." fez no final e do "round up the usual suspects" que o Louis Renault decretou para permitir que a bela Ilsa Lund partisse com Victor Lazlo para Lisboa.

What the *** are you playing, Sam?
LNT
[0.169/2014]

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O inacreditável preto e branco

SócratesParece que Sócrates estará presente na habitual descida do Chiado com que o PS conclui as suas campanhas eleitorais.

Isto, segundo o Público (e outros, alguns que até habitualmente primam pelo bom senso e que no geral se recusam a ver tudo a preto e branco), deveria provocar espanto. Leio que há quem entenda que as críticas anteriormente dirigidas a algumas acções promovidas pela direcção Sócrates eram um combate a TODAS as acções da direcção Sócrates. Até há quem queira fazer passar que essas críticas culpabilizavam a direcção Sócrates por todos os males do Mundo, incluindo os que advieram da actual crise especulativa mundial.

Nada mais falso, nada mais preto e branco. Sempre houve quem, assumindo a sua condição de homem livre mesmo estando filiado num Partido, nunca tivesse deixado de criticar aquilo com que não concordava mas sempre se colocou na defesa do Partido por entender que sem o PS, mesmo apesar de alguns erros históricos aqui e ali cometidos, Portugal nunca teria chegado ao desenvolvimento social a que chegou, estado que agora está a ser desbaratado pela direita radical instalada na Europa e em particular, em Portugal.

A crítica dentro do PS nunca fez com que, em alturas de defesa do Partido, os socialistas deixassem de agir a favor do seu Partido. Nunca baralharam o Partido que construíram, com as suas direcções. O Partido é aquilo que a sua Declaração de Princípios anuncia e é o conjunto dos seus militantes.

Se é verdade que algumas das acções do anterior Governo foram criticáveis, muitas outras foram de grande valor e umas e outras são inegavelmente melhores do que o terrorismo social provocado pelo ultrarradicalismo instalado no poder.

O Partido Socialista não tem no ADN o apagamento da sua História e os seus líderes terão sempre lugar no corredor da memória do Rato que liga a sala da direcção do Partido ao salão nobre onde se reúnem os militantes para trabalhar a favor de Portugal e do bem estar dos portugueses.

Estranho seria se um anterior Secretário-geral se recusasse ou fosse impedido de participar em defesa desses princípios.
LNT
[0.166/2014]

Nouvelles e novelas

Cavaco China
O Terreiro do Paço engala-se para receber nuestros hermanos na final da Luz. Os turistas são aos magotes. O paquete lá está, ao fundo da rua dos Bacalhoeiros, a despejar para a Augusta rua de Lisboa gente de países docemente intervencionados porque os seus governos não permitiram colossais assaltos ao poder.

Por cá o PIB, caído há muito, só agora é capa de jornal para comprovar que tudo isto que tem sido apresentado como milagre foi só conseguido pelo saque autorizado a esta gente mergulhada no pote.

Na China também continua o cruzeiro, mas ao contrário de cá, os nacionais arreganham para cima os cantos da boca, em sorriso, e os estrangeiros arreganham-nos para baixo, devido ao treino de abocanhar. (aquela gravatinha laranja é como o algodão)

Bom fim-de-semana. Aproveitem a praia antes de terem de pagar para lá poder ir.
LNT
[0.165/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDII ]

Fernando Pessoa
Metro - Lisboa - Portugal
LNT
[0.164/2014]

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Tende cuidado

BandarilhasAnda por aí na rua um gadelhudo rufião de garrafa na mão e bandeirola ao ombro pronto a arregaçar as mangas e a atirar com um sócrates na tola de quem lhe faz frente.

Normalmente anda acompanhado por um tipo de óculos com voz esganiçada que também tem um bolso cheio de sócrates para atirar às ventas de quem passa.

Se os virem por essas ruas fora, afastem-se. Se por acaso se cruzarem com eles ao lusco-fusco apressem o passo e deixem-nos a socratinar com os seus próprios botões.

Aquilo é tudo de má raça (como diria o presidente). Não são flores que se cheire.
LNT
[0.163/2014]

Truques

EstatísticasCansado da conversa da treta que por aí vai, deu-me para mergulhar em 2009 e sacar que o PSD obteve nas últimas europeias 31,71% e o CDS 8,37% (logo, 40.08%). O PS obteve 26,58%.

Segundo os truques do costume faz-se saber que o PS poderá ter este ano mais uns 3% que a soma da coligação no poder, fazendo crer que se trata de uma vitória de pirro porque a alternância entre PSD e o PS exigiria que o PSD fosse fortemente penalizado dado ser poder.

Propositadamente esquecem-se os resultados que o CDS obteve em 2009. Aí reside o truque da propaganda, curiosamente também propagandeada pela esquerda dando boleia a facções do próprio PS, onde se esconde que os tais 3% significam uma desastrosa derrota dos partidos da coligação de direita que estão no poder.

Houvesse um CDS na esquerda portuguesa e já tudo seria diferente, mas a esquerda à esquerda do PS sempre conseguiu ser mais aliada à direita para derrubar o centro-esquerda do que a própria direita.
LNT
[0.162/2014]

quarta-feira, 14 de maio de 2014

O caneco

Taça UEFA Europe Ligue

Tchim, tchim!
Fica para a próxima
LNT
[0.161/2014]

Voltando aos assuntos sérios

Águia

Águia

Águia
Águia

Águia

Águia
Águia

Águia

Águia
Águia

Águia
LNT
[0.160/2014]

Novas do terceiro mundo

PiercingA CNE tem toda a razão.

Neste 1640 da demagogia populista de 2014 temos sorte pelo FMI e resto dos senhores dos “mercados” (e o veículo elevador designado por Conselho de Ministros) não terem exigido que as eleições fossem adiadas para não incomodar as suas reuniões.
LNT
[0.159/2014]

Todos os direitos adquiridos são iguais embora uns sejam mais iguais do que outros

Pássaros praiaAlertado pelo meu vizinho João Gonçalves chego ao conhecimento da alarvidade que se prepara para, na senda do “vivermos com as nossas posses”, nos retirarem também a possibilidade de gozar, de borla, um pouco de Sol e um mergulho no mar.

Mais um avanço nestas preia-mares que se destinam a retirar-nos o pé para nos afogar.
LNT
[0.158/2014]

As badaladas do Caldas

Bébés chinesesQuando no Caldas soarem as badaladas de 1640 e o fogoso cavalo dos dentes brancos se voltar a transformar num rato, quando o brilhante atrelado laranja voltar a ser a abóbora retornada em que se transformou há muito, só vai sobrar o sapatinho de cristal e a procura do pezinho que lhe sirva.

Nós, os personagens desta fábula da treta, desta fantasia de estarmos melhor por estarmos mais purificados e pobres, voltaremos a ser os servos e os nossos filhos vão ter de continuar a servir os príncipes no carrego da chinela que lhes garanta uma formosa gata borralheira.

Enquanto isto, o inclino* de Belém anuncia no Império do Meio que gostaria de ver uma linha alada directa entre o Mar da Palha e o Rio Amarelo sem sequer tentar saber as razões que levaram a companhia de bandeira a abandonar a rota de Taipa. Pouco lhe interessa, a demagogia que o assiste é sempre mais forte, e como o seu sonho é, à laia do homem da Indústria e das Imperiais, diminuir a taxa de desemprego exportando os desempregados nem que seja para uma roleta chinesa que controla a natalidade preferindo importar gente já formada a ter que a formar, não hesita no sound byte.

Aguardemos as badaladas, as mais sérias que soarão no dia 25, para ver se os ratos e as abóboras tomam consciência do desprezo que por aí lhes têm.

Este 1640 dos ratos do Caldas sem defenestração anunciada será aquilo que nós quisermos, sendo certo que a praga se propagará caso não se blinde o pote que lhe continua a encher a prosápia.

*para evitar que os habituais correctores ortográficos que abundam por aí venham chamar à atenção, declara-se que a palavra foi escrita com o propósito que tem.
LNT
[0.157/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDI ]

Bengala águia
e espero voltar a ser feliz mais logo
LNT
[0.156/2014]

terça-feira, 13 de maio de 2014

Contrafeito

Quasimodo
Inda outra muita terra se te esconde
Até que venha o tempo de mostrar-se;
Mas não deixes no mar as Ilhas onde
A Natureza quis mais afamar-se
Esta, meia escondida, que responde
De longe à China, donde vem buscar-se,
É Japão, onde nace a prata fina,
Que ilustrada será co a Lei divina.
Os Lusíadas (canto X)
Voltamos ao início. Compraram-no numa loja chinesa e agora é vê-lo, já em fim de validade, a regressar às origens. Podia ficar por lá, embora, por ser um produto descontinuado, lhe reste pouco mais que um carregamento das pilhas.

Como todos os outros produtos contrafeitos parece o que não é e a própria etiqueta que lhe pespegaram contém produtos inconseguidos. Ninguém pode dizer que foi enganado porque as características do trebelho nunca deixaram dúvidas quanto à origem do fabrico. O chip marado, a repetição em loop do “consensual com ele”, a certeza de nunca se enganar e raramente ter dúvidas, o respeitinho exigido, o gatilho rápido contra os adversários e a surdez de Tiananmen são características que só enganam quem nunca se importou de comprar coelho por lebre.

Se a nossa electricidade já foi sino-nacionalizada, mais pintelho, menos pintelho, deveríamos exigir a contrapartida de arcarem com os resíduos tóxicos. Uma questão de negócio, uma melhoria na qualidade das nossas trocas comerciais, embora sejamos fracos na gestão de contrapartidas, vide os negócios submersos do demagogo-mor.

No fundo tudo isto é um desperdício. Pagámos a ida para a passeata, devíamos ter deixado clara a cláusula de que a volta só se desse daqui a dois anos. Lucrávamos nós que compensávamos o prejuízo e lucravam os nossos amados golden-líderes que passavam a dispor de mais um ocidental que os idolatrasse, agora que o ideólogo maoísta está de abalada do poleiro europeu.
LNT
[0.155/2014]

Já fui feliz aqui [ MCD ]

Orlando
Orlando - USA
LNT
[0.154/2014]