sexta-feira, 30 de março de 2012

Simpatizante, de vez em quando

Ron MueckIsabel Moreira é deputada independente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

Foi eleita para a Assembleia da República pelo Círculo de Lisboa e desconheço se foi incluída nas listas de candidatura por indicação de alguma estrutura do Partido Socialista.

Isabel Moreira faz saber que irá furar a disciplina de voto, o que é um seu direito como deputada, principalmente por ser deputada independente. Sobre este assunto nada tenho a comentar.

Como militante do Partido Socialista não deixo no entanto de me admirar com as declarações de Isabel Moreira onde ela sugere que António José Seguro deva demitir o porta-voz do PS porque, segundo Isabel Moreira, "essas dicotomias socráticos e não socráticos são puras invenções".

Como já disse anteriormente, desconheço se Isabel Moreira foi alvo de indicação por alguma estrutura do Partido Socialista. Embora seu eleitor, sou igualmente ignorante sobre se a sua inclusão nas listas de Lisboa foi feita pela cota do anterior Secretário-geral. A assim ter sido, então estamos perante uma socrática não socialista (no sentido de não ser militante do Partido Socialista). A assim ter sido, que tal acharia a deputada independente que eu fizesse sobre ela recomendações, "acrescentando mais uma vez que cabe ao secretário-geral avaliar as consequências das afirmações de Isabel Moreira, mas que a minha opinião é que deveria optar pela "demissão imediata" da deputada independente do PS".

Como Seguro não o poderá fazer, porque tal lhe está vedado mesmo tratando-se de uma deputada que não acata as decisões do Grupo Parlamentar onde está inserida, é minha opinião que, no mínimo, lhe coloque a questão de saber se ela entende que o seu socratismo é condição bastante que lhe permita mandar bitaites deste calibre sobre assuntos de um Partido com o qual ela simpatiza de vez em quando.
LNT
[0.186/2012]

Apetência/Resiliência

Laranja simplexEstou como Sofia. Também não me apetece. E tirando aquilo que nos diferencia, que é uma parte importante porque por não ter sido atalhada em tempo faz com que hoje não nos apeteça, no essencial não me apetece pelas mesmas razões que não apetece a Sofia.

Sei que não apetecer, não faz com que não aconteça e por isso vou combatendo a falta de apetite com esforço.

Há gente que nasceu para o não-conformismo e o futuro continua a estar nas mãos dos resilientes.
LNT
Imagem: Simplex
[0.185/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCV ]

Casulo

Bicho da seda - Casulo - Portugal
LNT
[0.184/2012]

quinta-feira, 29 de março de 2012

Cinismo no superlativo

laranja mecânicaPoderia dizer que o homem é sínico, dados os negócios em que mete a Nação, mas é de cinismo que falarei neste apontamento.

Uma Nação que escolhe um cínico para Primeiro-Ministro merece que os sínicos fiquem a mandar em tudo isto.

Não tendo tido uma avozinha do interior, recordo sempre de ouvir a minha avó citadina dizer que: "homem de beiça fina não é de fiar".

Mesmo que o sorriso, com que antecedia as questões que Judite de Sousa lhe colocava, fosse estudado para a empatia, Passos Coelho nunca conseguiu disfarçar a brutalidade e a dureza das respostas baseadas na sua insensibilidade e no desprezo por quem sofre e na obsessão de continuar a sugar do lombo dos mais fracos, custe o que custar.

Zorrinho apontou aquilo que mais me chocou: Perante a calamidade do desemprego, o Primeiro-ministro referiu, como sua primeira preocupação, a diminuição de receitas que isso acarreta para o pote onde se lambuza. Sabemos que esta é a sua prioridade, todos nos lembramos da sua gulosa ambição. Mas o cinismo de Passos Coelho não se ficou por aqui e disse, cobardemente, quando Judite de Sousa o questionou sobre as desigualdades no apertar do cinto, que as malfeitorias que vai fazendo aos trabalhadores da Administração Pública derivam do anterior governo (e ainda menos que a gravidade reside no cúmulo dessas medidas com o corte de mais 2/14 do vencimento anual) não especificando que, se ele as mantém, é porque está de acordo com elas.

Estamos perante uma personalidade fraca e de carácter incapaz de assumir os seus próprios actos. Sabemos que foi com estas meias verdades e muitas outras mentiras que ele chegou ao poder, mas duvido que ainda alguém possa, tal como Judite de Sousa pôde, deixar passar impunemente tanta desonestidade intelectual e política.
LNT
[0.183/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCIV ]

White

White - Portugal
LNT
[0.182/2012]

terça-feira, 27 de março de 2012

Let's go

Águia

LNT
[0.181/2012]

PREC – Processo revolucionário de empobrecimento em curso

GrelhaSoares dá o mote: O que se está a passar em Portugal não é uma reforma, mas sim a contra-reforma. O que se está a passar não é uma revolução silenciosa, mas sim uma contra-revolução.
Veremos até quando ela se manterá silenciosa.

Uma das mágoas maiores do último século português foi o processo de descolonização. Primeiro, por não ter sido verdadeiramente um processo uma vez que nunca foi planeado pelo sucessor de Oliveira Salazar que, não sendo um tacanho como o ditador que o antecedeu, deveria ter preparado o inevitável e, segundo, porque nunca se acautelaram os interesses daqueles que tiveram de retornar com a roupa na pele e deixar para trás vidas de trabalho.

A violência dos factos e a violentação dos agentes deste não-processo tiveram sequelas graves, também elas nunca tratadas por equipas multidisciplinares. Sempre se preferiu fazer crer que a integração desses nacionais foi exemplar e se fez por osmose.

Quem viveu as situações, retornados ou não, lembra-se do caos.

Os adultos retornados fizeram pela vida, foram subsidiados, emigraram, ou safaram-se como puderam e como o engenho e o “desenrasca português” lhes permitiu.

Hoje estão mortos ou para lá caminham. Os mais novos e as segundas gerações chegaram agora ao poder. Sem que nunca tenham sido objecto de acompanhamento trazem consigo a mágoa que não lhes foi atenuada, perdem-se nas imagens das savanas, na irrealidade que a sua infância e juventude retiveram e possivelmente nas recordações daquilo que nunca tiveram mas que sempre lhes disserem ter perdido.

Talvez esteja por aí, na espoliação, o ressentimento e a inconsciente vontade do ajuste de contas.

Talvez residam nessas estórias mal contadas e no verdadeiro assunto-tabu da nossa História recente, a vontade da contra-reforma e da contra-revolução. O retorno ao empobrecimento, o ajuste à miséria e à falta de ambição a que chamam “adaptação à realidade” e “a viver à medida dos seus meios” (sem que lhes permitam novos meios) como se a mediocridade e a infelicidade fossem o desígnio nacional. Este desamor, esta desesperança, esta não-ambição, podem muito bem ser o resultado de nunca se ter encarado cientificamente a necessidade de acompanhamento e da cura de mazelas de uma geração retornada e nunca verdadeiramente integrada. E como se todos nós, uns e outros, tivessemos de voltar a passar por tudo.
LNT
[0.180/2012]

segunda-feira, 26 de março de 2012

Só Sócrates consegue superar Lady Di

Cartaz proibidoBem, a coisa não é tal e qual assim. Lady Di está morta e enterrada e Sócrates está bem vivo e recomenda-se. Mas, em termos de saída de cena, podemos fazer o paralelo e por muito estranho que seja, Sócrates, pelo menos na Lusitânia, consegue superar as caixas altas e baixas dos jornais e até consegue ter sido, um ano depois de já pouco ter a ver com a porcaria que os actuais senhores do Governo andam a fazer, o assunto mais discutido e debatido no Congresso absolutamente Coreano que o PPD/PSD convocou para impor a vontade de Passin Il I (aquela de subir à tribuna para mandar votar bem o que ele entendeu ter sido mal votado pelas bases do seu Partido nem lembrava ao próprio Kim da Coreia).

Sócrates nunca foi o meu forte, confesso. Confesso também que, de todos os Secretários-Gerais do Partido Socialista, foi o que menos me agradou. Confesso também que nunca votei nele dentro do Partido Socialista. Nada disto é novidade. Quem me lê regularmente e/ou me conhece partidariamente, sabe-o bem. Mas uma coisa é ser discordante e outra é ser raivoso e foi esta última característica que mais se fez ver na laranjada norte-coreana do multiusos.

Até o busto de bronze montado no altar onde se fazem aquelas missas corou com tanta pouca vergonha e se é verdade que dali não arredou pé, nem quando se malhou no lombo da coisa (vá lá que ainda não foi desta que o homem citou aquela outra popularuchada do "a quem não sabe ***** até os ******* atrapalham"), deve ter-se enfurecido por nunca ter sido citado enquanto que Sócrates fazia parte de todas as frases.

Uma pepineira de Congresso só igualável à falta de sentido de Estado que fez as parangonas do Expresso desta semana. Decididamente estamos muito mal entregues.
LNT
[0.179/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCIII ]

Esposende

Esposende - Minho - Portugal
LNT
[0.178/2012]

quinta-feira, 22 de março de 2012

Macumba

MaiosEnquanto os Ministros europeus das agriculturas e afins se reuniam para tratarem da vida dos seus governados, a nossa ministra Cristas navegava para terras mais quentes com o fito de conhecer as palhinhas onde Passos Coelho deu os primeiros guinchos e saber se por lá existia algum feiticeiro macumbeiro que faça chover no nabal lusitano.

Bem vi que ontem andava um dos submarinos de Portas a passear pelas bordas ribeirinhas do Tejo, possivelmente em missão de reconhecimento dos viveiros de berbigão, actividade importante para o mercado exportador, o que justifica que o Ministro dos Negócios, também Estrangeiros, tivesse disponibilizado a sua frota subaquática.

Sobre o CDS e da relação com o governo é tudo o que se sabe desde que Mota trocou os cabelos soltos ao vento na correria louca da sua vespa pelo recato do ar condicionado e dos estofos de pele da bomba alemã.

Tudo o que acontece, por cá e lá fora, lhes é alheio e indiferente.

Nem a miséria que devolvem aos lares da terceira idade em paga dos votos regateados com o populismo e a demagogia do grande defensor da lavoura, os faz mudar de rumo confirmando-se que a sede do poder só acalmará quando se extinguir, no pote, a réstia de mel com que se lambuzam.
LNT
[0.177/2012]

Sem ranger de dentes

SubmundoParece que o sacana foi enviado para os braços das virgens. Só espero que cada uma delas tenha, pelo menos, cento e vinte anos e seja seca como o diabo que o carregue.

Imagino que a choradeira não se faça esperar na defesa de mais uns quantos direitos humanos, coisa de que o fanático quis fazer acreditar ser defensor para poder assassinar inocentes que nada tinham a ver com os seus pesadelos.

A minha qualidade de acérrimo defensor da abolição da pena de morte não sai minimamente beliscada com este "apagar" ocorrido no decurso da missão de assalto para capturar o terrorista.
LNT
[0.176/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCII ]

Papoila

Papoila Luz - Primavera - Portugal
LNT
[0.175/2012]

quarta-feira, 21 de março de 2012

Senhor dos Passos

Confessionário Basílica EstrelaEsta via-sacra é o caminho do Calvário. Talvez por isso, o povo português entregou a sua devoção ao Senhor dos Passos misturando o ritual das estações de sacrifício e resignação judaico-cristã com o paganismo da pata de Coelho. Quis fazer o impensável, recometeu a blasfémia de, pelo sim, pelo não, evocar o divino e ao mesmo tempo adorar o boi de ouro, não entendendo que o caminho pedregoso pelo qual passamos calçados pretende-se passar a fazer descalço.

Também para o efeito tanto faz. Seja, ou não, coisa mística, só choverá quando tiver de chover e, com ou sem água, acabaremos na cruz porque é esse o destino do Senhor dos Passos.

Sei que é um mistério de fé. Na sexta-feira da agonia poderão tocar os sinos, as matracas e fazer zurzir os chicotes da auto-punição. Poderão vestir-se de violeta, como agora se chama ao roxo, poderão fazer desfilar a procissão dos encapuçados.

Vamos acabar crucificados e mais valia que nos abreviassem a agonia até porque, para nós infelizmente, está mais destinada a grecialização do que a ressuscitação.
LNT
[0.174/2012]

A inveja é a arma (com que se controla) (d)o povo

SócratesA estratégia da comunicação passa pelo bem mais radioso que abraça a sociedade portuguesa. Esse bem, a inveja, está a ser usado à exaustão sacando os resultados que a propaganda fez implementar. Fala-se, toda a gente fala, da forma como Sócrates vive em Paris, enquanto que por cá vamos vivendo sempre pior.

Esquece-se que há, em Portugal, muita gente a viver muito melhor que Sócrates e que nunca declarou os vencimentos que Sócrates declarou toda a vida. Gente que nunca produziu nada, que não se lhe conhece actividade lucrativa, que nunca foi titular de lugar que lhe permitisse amealhar, que nunca herdou fosse o que fosse, que nunca ganhou ao jogo.

Pela minha parte quero lá saber como é que Sócrates vive em Paris. Sei que se tivesse sido deputado a maior parte da minha vida, que se tivesse sido ministro boa parte dela e Primeiro-Ministro durante sete anos, teria certamente possibilidade de viver bem, aqui ou em Paris.

Neste momento quero saber como estão a viver aqueles que estão a governar, donde lhes vem o dinheiro e o que fazem com o que deixaram de me pagar pelo trabalho que desenvolvo. Quero saber isso e quero deixar claro que entendo repugnante que se use a calúnia (porque é só de calúnia que se trata até ao dia em que alguém produza prova) para puxar pela inveja, o sentimento mais baixo e mais forte de todos os sentimentos existentes em Portugal. A máquina de diversão e propaganda revela-se bem oleada.
LNT
[0.173/2012]

Já fui feliz aqui [ MXCI ]

Palácio Fronteira

Palácio Fronteira - Lisboa - Portugal
LNT
[0.172/2012]

quarta-feira, 14 de março de 2012

Vai ser colossal

CaralhosesFica um exercício simples para qualquer um, até para um Ministro das Finanças:

Se, para medir qualquer coisa, tomarmos como base uma percentagem sobre uma variável temos de controlar essa variável, caso contrário...
Um exemplo:
5% do PIB.
Se o PIB for 1.000, então 5% são 50. Se o PIB for 100, então 5% são 5. Fácil, não é? Agora não se esqueçam de que a diferença entre 50 e 5 é de 45, tá?

Outro exemplo:
Um merceeiro, p.e., o Jerónimo Martins, vende 1.000 kg de caralhoses ao preço de 10 Euros/kg caralhoz e entrega ao Estado o IVA a 10%.
(calculo que a entrega ao Estado seja de 1.000 Euros)
Outro merceeiro, p.e., o Belmiro de Azevedo, vende 100 kg de caralhoses ao preço de 10 Euros/kg caralhoz e entrega ao Estado o IVA a 20%.
(calculo que a entrega ao Estado seja de 200 Euros)
Conclusão: entre uma coisa e a outra o Estado embochou menos 800 Euros e como o PIB era de …, ora … façam o favor de fazer as contas, porra!

Nota: Caralhoz é o nome que se dá ao lingueirão (navalha) na região da Ria de Aveiro. Foi aqui usado como exemplo para vos manter interessado(a)s no acompanhamento do raciocínio.
LNT
[0.169/2012]

Surdinas [ XLI ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Lembram-se daquele senhor com nome de alfaiataria da Rua dos Fanqueiros, (um tal Campos e Cunha, Santos e Nascimento, Lourenço e Santos, ou lá o que era) que quando levou um chuto de Sócrates se transformou em comentadeiro oficioso de tudo quanto era televisão?

Agora todos falam das razões de um Secretário de Estado que se demitiu porque não tem saúde para tanta sacanice e não há um canalzito que lhe dê uma oportunidade de desopilar. Decididamente atravessamos um tempo de relva e, como se sabe, a ganância da relva seca tudo à sua volta.
LNT
[0.168/2012]

Sobre o gás

ExplosãoO gás desta loja anda na reserva estratégica.

O PRECPrograma Retrógrado de Empobrecimento em Curso faz-se sentir e, embora não faltem clientes às tosquiadelas e às massagens ao ego, as colaboradoras e o CEO barbeiro trilham a picada para a solução vegetativa imposta ao todo nacional.

Uma boa carteira de clientes não significa economia de mercado e, devido à seca com que se transvestiram a nossa querida crise e os nossos queridos líderes, o legume rei passou a ser o rabanete, pelo menos para aqueles que não tiveram o sopro e a oportunidade de amealhar um milhões à conta de privilégios no BPN (o que hoje em dia lhes permite ir vivendo, apesar das reformas insuficientes).

O estado menos produtivo instalado neste Blog barbeiro acompanha a tendência revelada na generalidade dos sectores. Uma espécie de estado Paulo Portas, isto é, um regime invisível de marionetes colocadas estrategicamente em cena, com cordelinhos capilares, para que se não perceba, à vista desarmada, que são manobrados e quem os manobra. Ainda falam de triangulações, trialaterações, troikas e outro prismas destinados a refractar.

Deixemos o gás assentar. A explosão segue dentro de momentos.
LNT
[0.167/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXXXIX ]

FRS

FRS - Frente Republicana e Socialista - Portugal
LNT
[0.166/2012]

segunda-feira, 12 de março de 2012

Corridas

ElmoPara quem não consegue encontrar uma definição correcta para a palavra “serpentear”, e Marcelo ontem parecia ter a serpente no corpo, é recuperar o improviso estudado da TVI e observar as contorções que o professor comentadeiro articulou quando foi levantada a questão da Casa de Bragança e o mergulho no Tejo, frente aos pasteis e nas barbas de Afonso de Albuquerque.

Barroso, que anda a tocar piano e a falar francês pela corte europeia antes que se lhe acabe o pagamento pelo serviço de café prestado nas Lajes, deve ficar roído quando Marcelo demonstra já ter as vacinas em dia. O homem não está pelos ajustes nem na disposição de esperar mais catorze anos. Até já se vale do louvor a Passos Coelho na esperança de reconhecimento quando o conclave laranja tiver de decidir a sucessão de Cavaco.

Não sei se no espólio de Dom Manuel II existe alguma coroa real que caiba na cabeça de Rebelo de Sousa, mas não lhe faltará um ceptro com que ele vá treinando o poder
LNT
[0.165/2012]

Poupem-nos

Cavaco desfocadoA única coisa que me surpreende nos defensores do preâmbulo de Cavaco é que ainda tentem argumentar com algo positivo sobre as razões que o levaram, quando faltam quatro anos para concluir o mandato, a mais este momento zen da política portuguesa.

Sabemos que temos de aturar um Presidente da República de só alguns portugueses, como ele próprio fez questão de o vincar nos seus discursos de vitória e de posse, sabemos que o homem está convencido de que é superior aos seus concidadãos e que julga que o facto de ter ganho eleições o transforma numa espécie de espectro arrogante de patamar superior, sabemos que ele entende não ter de responder às questões que lhe são colocadas por julgar que os seus tabus e as suas omissões são suficientemente claras e, como sabemos tudo isso e nos resignamos, prescindimos do acrescento de conteúdo que as suas fieis muletas tentam acrescentar à ausência de pensamento, ao ressabiamento e à falta de princípios.

Até mesmo a tarefa de o tentar ajudar a cumprir este mandato com alguma dignidade se revela impossível pela má qualidade de carácter e pela incapacidade de discernimento.

Poupem-nos, por favor.
LNT
[0.164/2012]

Já fui feliz aqui [ MLXXXVIII ]

Albacora

Albacora - Tavira - Portugal
LNT
[0.163/2012]

sexta-feira, 9 de março de 2012

Comer do pote

PanelaAquela coisa do "pagas na ponte e não bufas" e aqueloutra do "toma lá quatro milhões para não bufares", significa que, em Agosto do passado ano, se confirmou que o calor dilata os corpos (neste caso a "di lata" vale por dois).

Com o nosso Primeiro na ribalta a jurar que nada sabe deste negócio (até porque se faz desentendido sempre que um dos seus "boys" dá mais uma rapadela no pote), Portas escondido num qualquer saguão de onde não sairá enquanto não tiver mais um pouco de banha da cobra para impingir e Cristas a perder a fé e a virar-se para a trindade de Bruxelas uma vez que A da Pomba não lhe deu ouvidos nem chuva, todos os portugueses pagaram, em Agosto, as idas de alguns a Cacilhas e os que efectivamente lá foram tiveram de voltar a pagar, o que significa que nesse mês os contribuintes não utentes da Ponte, mantiveram o preço por lá não passar e os usufrutuários sofreram um aumento de 100%.

Com este novo conceito de "utilizador-pagador" faz-se doutrina liberal: - A diferença entre um "utilizador-pagador" e um "não-utilizador-pagador" é que o primeiro paga duas vezes e o segundo só paga uma.
LNT
[0.162/2012]