sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SMS [ II ]

Parafuso

Caro Pedro Manuel,

Sabendo que vais receber a tua patroa no próximo dia 12 estranho que não tenhas ainda mandado distribuir pelas escolas os bibes e as bandeirinhas pretas, vermelhas e amarelas que tanto te inspiram e que te fazem certamente lembrar o ladeamento das estradas entre Luanda e Silva Porto aquando das visitas feitas às colónias por Américo de Deus Rodrigues Thomaz (no tempo do "Angola é nossa").

Estranho por duas razões essenciais:

1ª porque sei que te agradaria lembrar esse tempo em que as crianças escondiam, com os bibes, os remendos que usavam nos joelhos e no rabo das calças (e que tu estás apostado em voltar a fazer usar);
2ª porque penso que quererás engalanar o percurso do cortejo com muita cor e movimento de forma a fazer crer que todos vivemos humilde mas benzinho, graças a Deus, e muito satisfeitos e resignados com a penitência que nos redime do pecado da luxúria que permitiu que tu e o Gaspar tivessem feito estudos caríssimos para nos poderem governar.

Manda lá tratar disso e, se não poder ser no percurso todo, porque não deve haver papel para tanta bandeira, que seja pelo menos na IT19 entre Lisboa e Massamá quando a senhora for beber um copo de jeropiga à tua singela casinha.

Dá muitos cumprimentos a Dona Laura e às meninas.
Deixo-te com o respeito e a admiração que podes imaginar que por ti nutro
LNT
[0.564/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXV ]

Magalhães
Magalhães - Ensino - Portugal
LNT
[0.563/2012]

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SMS [ I ]

Parafuso

Caro António José,

Sabendo que não és amigo do peito de Cavaco e que, mesmo que o sejas de Coelho, não reúnes com eles para jogar a bisca lambida nem para falar das namoradas da praia, estranho sempre que, quando questionado, refiras que não divulgas as conversas que com eles manténs.

Estranho por duas razões essenciais:

porque aposto em ti e sou teu apoiante desde o início tendo em ti depositado a minha confiança de representação sempre que foi necessário escrevê-la num boletim de voto;
porque penso que reunirás com os dirigentes deste País para falares de mim, dos meus e dos nossos. Logo, gostaria de saber o que de mim, da vida dos meus e da nossa vida é tratado nessas reuniões.

Sei que fazes saber o teu pensamento e que deverá ser isso que te leva a Belém e a São Bento, mas gostaria de o ver confirmado quando te questionam.

De resto, do teu querer saber como está a Dona Maria, a Dona Laura ou as suas proles, pouco me interessa.

Abraço-te com o respeito e a admiração de sempre
LNT
[0.562/2012]

Pólvora seca

português suaveSei que isto de remar contra a maré é cansativo, mas lá vão mais umas remadelas.

A senhora alemã vem cá visitar os seus empregados. Faz bem e espero que seja bem recebida, como é da tradição portuguesa. Devíamos servir-lhe um bom caldo verde, umas migas alentejanas feitas com todos os preparos e um sarrabulho de a fazer chorar por mais. À sobremesa, e seguindo o conselho alvarinho, ficava-lhe bem um pastel de Belém e até poderia levar para a sua terra outros pastéis que por lá mumificaram devidamente conservados na canela e no açúcar em pó.

Em compensação ela poderia trazer-nos um delicioso chocolate de ouro igual a um que, em tempos, uma sua súbdita me trouxe e que confirmo ser delicioso.

A senhora alemã e os senhores norueguês, inglês, holandês, belga, austríaco, dinamarquês e todos os outros, serão sempre bem-vindos neste país de Sol e sombra.

Temos um dos melhores climas do Mundo, bom vinho e petiscos de arromba. Temos também, para seu prazer, estradas como ninguém tem, aeroportos confortáveis e muitas espreguiçadeiras nos nossos SPAS com óptimo(a)s profissionais para a(o)s fazer relaxar das agruras e frustrações de viverem em países de céu cinzento.

Para além de tudo isso temos também refugo suficiente para exportação, no mesmo lote daquele de onde levaram o Presidente da Comissão Europeia, disponíveis a cumprir todas as orientações que achem por bem impor.

O nosso problema não são os nossos visitantes, nem os nossos credores.

Tal como em qualquer empresa, os nossos problemas residem nos seus contabilistas e nos gestores que não sabem satisfazer, com qualidade, os requisitos dos seus clientes e subordinam o interesse dessas empresas aos interesses de quem as financia em vez de gerarem riqueza para os reembolsar, para produzirem e para proporcionar aos seus colaboradores meios sustentáveis de boa qualidade de vida.
LNT
[0.561/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXIV ]

Boi Ovibeja
Ovibeja - Beja - PortugalLNT
[0.560/2012]

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Palpites de barbeiro

Dom JoséO repórter fotográfico que anda a pé teve o azar de se instalar no quarto ao lado do Ministro das Equivalências. Como antes de ir para a cama resolveu ser inconveniente com SEXA, saltou-lhe um cão de guarda à pescoceira e foi algemado e engaiolado. Nada que não seja normal. Para a próxima, em vez de chatear o Ministro, exiba só o cartaz – Vai estudar, Relvas! – que já foi exibido por todos e nunca fez prender alguém.

VEXA decretou, não no seu FaceBook mas no lobby do hotel Sana Vasco da Gama, que os palpites não o influenciarão nas decisões que terá de tomar quando não tiver outro remédio senão tomar uma decisão. Ainda bem, ficamos todos muito mais descansados.

Seguro disse que não revela as conversas que tem com o VEXA nem com os SEXA. Acho bem e, vendo bem a coisa, também não importa a alguém saber o teor dessas conversas. Só se lamenta que, para cada uma dessas conversas, seja convocada a comunicação social para informar que nada há para comunicar.

O Terreiro do Paço está com o Dom José entrapado e com os operários dos andaimes em trabalhos esforçados para montar um palanque. Imagina-se que o patrão do marquês não esteja enclausurado devido à planeada visita da senhora alemanhosa (não vá ela gamá-lo, com já outros gamaram cruzes) e que o palanque não se destine a fazer-lhe uma recepção parecida com a que Tomaz fez em tempos à Queen das queens.

Chove chuva molha-tolos. Cuidem-se!
LNT
[0.559/2012]

Yes, We did

ObamaVoltar a ter Obama a presidir aos Estados Unidos é voltar a acreditar que é possível desformatar os modelos que alguns julgam serem únicos.

Lê-se por aí que aquilo que se passa nos States não nos deveria preocupar e que a eleição do PR dos EUA é um assunto que nos deveria passar ao lado, até porque, seja Obama ou qualquer outro, nada mudará de essencial. Nada de mais errado.

Julgar que é igual ter Obama, que ainda assim disse o que disse de Portugal avant crise, ou ter Romney à frente da potência mais influente do Mundo é pura e simplesmente não perceber o chavão de que “isto anda tudo ligado”. Foi esta falta de visão que acabou por nos tornar no cantinho da Europa que anda de chapéu na mão à espera da visita da imperatriz alemanhosa para gabar o caminho que nos traçou e que tem vindo a ser executado pelos seus súbditos, Pedro, Paulo e Vítor (sempre me escapou a razão porque o homem não segue as escrituras e não se chama André).

Felizmente, do lado de lá do Atlântico, continuamos a ter um parceiro que evitará que a aventura liberal radical esmague de vez a Europa mediterrânica.

Forward Obama.
Congratulations, Mr. President.
LNT
[0.558/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXIII ]

Metro Lisboa
Metro - Lisboa - Portugal
LNT
[0.557/2012]

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Caleidesvaco

CaleidesvavoE no entanto existe!

Não se percebia muito bem para que serviria este Presidente da República mas agora já estamos informados.

Serve para inaugurar hotéis de luxo.

Tanto dinheiro tão mal gasto (não, não estou a falar do dinheiro gasto com o hotel).
LNT
[0.556/2012]

Há Leis mais iguais do que as outras

Vitor Gaspar
Vítor Gaspar garantiu que os cortes estruturais na despesa de quatro mil milhões que o Governo está a preparar poderão ser feitos sem alterações à Constituição.

Sabemos que sim, que não necessitam de uma revisão da Constituição.

Basta desrespeitá-la, como aliás já fizeram antes.
LNT
[0.555/2012]

Cedam o lugar

Gunter GrassOs despedimentos na Administração Pública serão tão eficazes para resolver as nossas questões como foi eficaz todo o tipo de anormalidades que se têm feito para continuar o descalabro crescente.

Não se trata de, como diz o sábio-experimentalista que está sentado na cadeira das finanças, saber quanto se quer pagar para se ter aquilo que se quer, porque cada vez se tem menos com o mais que se paga e começa a ser impossível sacar água de um poço que já tem o saibro à vista.

Trata-se, isso sim, de deixar de teorias empinados e de trabalhar a partir do conceito que nada é mais caro do que o desemprego, a emigração do conhecimento e o empobrecimento. É caro em todos os sentidos, principalmente numa sociedade onde já não reina o analfabetismo e a ignorância e que, por estar sujeita ao desgaste do miserabilismo, se retrai em felicidade, em natalidade, em investimento, em trabalho e em consumo.

Despedir na Administração Pública é pouco mais do que transferir as despesas de uma para outra rubrica do orçamento.

Sabemos ser terreno perigoso reformar refundar tendo por base a rentabilização das pessoas e a racionalização dos meios. Sabemos ser trabalhoso e difícil pegar numa multidão de pessoas que se tem tratado mal e devolver-lhe a dignidade pedindo em troca o que de melhor sabem fazer. Sabemos ser esforçado colocar gente capaz, com provas dadas, no comando das soluções.

Mas a vida é assim mesmo e se, por acaso, se tiver de chegar à conclusão que não basta ter habilitações e que é necessário haver know-how para se dirigir politicamente um País e um povo, então chegou o tempo de se reconhecerem as insuficiências dos experimentalistas e fazer tudo-o-que-for-preciso, custe-o-que-custar, para ir além da mediocridade resultante da impreparação.

Apelo à inteligência linear. Numa situação de emergência, como é aquela que estamos a viver, aponte-se para a produção dos tais quatro mil milhões em vez de se fazer mira de morte aos quatro mil milhões que se pretendem neutralizar. Soluções para o fazer não faltam, falta só inteligência e vontade para o fazer.

Como diz Seguro, esta questão é do Governo e é a ele que a compete solucionar. Se não sabem como, não são dignos de continuar à frente de Portugal.
LNT
[0.554/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXII ]

Obama 2012
Obama - 2012 - USA
LNT
[0.553/2012]

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ich liebe Dich


Já sabemos que no próximo dia 12 iremos ter a chefe no nosso convívio. Como bom aluno encomendei o marisco para que nada lhe falte e como aprendiz do Professor Marcelo (que anda numa fona para contactar os alemães saltando por cima da imensa chachelarina como se ela fosse um porta-chaves) mandei colorir o repasto a preceito.

Também já comprei as bandeirinhas para, com todos os meus clientes, amigos e familiares, ovacionarmos o cortejo fardado com os trajes usados no tempo dos Filipes e que agora Pedro, Paulo e Aníbal mandaram reforçar com joelheiras.

Vou gritar vivas agitados na esperança de que me seja atribuída uma reforma remunerada igual às que se usam no império continental porque me parece justo ter, nesta colónia do Sul, os mesmos cómodos.

Já ensaio o desenferrujar da língua alemã que aprendi nos meus tempos adolescentes em Albufeira. Quero usar as mesmas expressões de satisfação que usava, na altura, com as outras alemanhosas.

Sei que vos choco com esta cisma mas adoro a gorducha, sempre gostei de imperatrizes e rainhas gorduchas, tique que me ficou desde o tempo em que, noutra encarnação, dei vivas à partida de Maria Antonieta.

Aguardo a todo o momento a publicação do despacho que faça feriado municipal em Lisboa e Setúbal, à semelhança do que aconteceu com Ratzinger, uma vez que Merkel não Papa menos que ele.

Anseio o momento de me perfilar para lhe gritar a plenos pulmões e a passo de ganso:

Willkommen, Angela. Ich liebe dich.
LNT
[0.552/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCXI ]

Muro de Berlim
Muro de Berlim - Alemanhas
LNT
[0.551/2012]

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Especificidades portuguesas

Pudim(ou a particularidade de um país onde há Primeiros Ministros e Secretários-gerais de centrais sindicais que fazem greve, uns da governação e os outros dos trabalhadores)

Um secretário-geral de uma central sindical, a quem só se conhece o trabalho de Secretário-geral de uma central sindical, pode fazer greve?

Não terá de cumprir um plano de contingência e de serviços mínimos?
LNT
[0.550/2012]

Mitigações [ II ]

Berbigão
Lembram-se de terem sido bombardeados esta semana com a boa nova de que a taxa de desemprego tinha diminuído?

E isto já para não falar de todos os outros que pura e simplesmente se “desarriscaram” dos Centros de Emprego porque não lhes valia de nada estarem inscritos (a não ser mais uma catrefada de chatices e gastos com transportes).
LNT
[0.549/2012]

Surdinas [ LXXI ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)
Hoje é o dia de fiéis defuntos.

Não poderíamos incluir também os infiéis e chamar os gatos-pingados para fazerem a cremação dos mortos-vivos que nos andam a infernizar a vida?
LNT
[0.548/2012]

FMI – Consultores & Comp.ª Ld.ª

PescaAo ser anunciado que o Governo contratou o FMI para a consultadoria sobre a reforma refundação do estado social português, é bom que os portugueses entendam duas coisas:

1ª - O Governo não tem competência e não reconhece competência a técnicos portugueses para fazer essa reforma. Uma vez mais fica explícita a desconfiança que esta gente tem em relação à tecnicidade portuguesa e ao conceito que têm das competências nacionais, preferindo a parolada habitual de consideram que o que vem de fora é melhor do que o produto nacional.

2ª - O Governo Passos Coelho/Paulo Portas vai, uma vez mais, buscar lá fora e neste caso ao FMI o bode expiatório para as medidas que sempre quis tomar mas que nunca teve coragem de assumir como suas. Quando chegar a altura de apresentarem as razões que o levaram a tomar as medidas que vão tomar (e que ditaram ao FMI, como aliás o têm feito com a tróica no intuito de irem para além daquilo que nos tinha sido imposto pelos credores) irão apregoar aos quatro ventos que estas medidas são-nos impostas pelos credores.

Mantém-se a ideia de destruir o estado social para que as suas funções passem para o privado ao mesmo tempo que o dinheiro arrecadado em impostos servirá cada vez menos como incentivo à melhoria dos cuidados sociais públicos.

Mantém-se igualmente a cobardia de não explicar que esse é um plano desta matilha que se alapou no poder na lógica de sugar o pote e distribuir os seus conteúdos pelas clientelas que a suportam, deixando o povo português entregue à caridade subsidiada com o dinheiro que até agora pagava direitos.

Passos Coelho já avisou que fará isso mesmo, custe o que custar, se necessário só com Paulo Portas, caso o PS não se mostre disponível para apoiar o ataque radical à Constituição.

António José Seguro já disse sonoramente que o PS não está disponível para os ajudar a concretizar o plano radical extremista que está em marcha. Cavaco continua mudo e quedo.

Resta-nos estar atentos e prontos para o que der e vier.
LNT
[0.547/2012]

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Despachemos esta merda e vamos para casa

Assembleia da República - ObrasQue medo, vêm aí os populares. Despachemos esta merda e vamos para casa.

Quando a Assembleia da República deu conta de que haveria uma manifestação contra o OE2013, o PM comeu metade do discurso e os deputados da maioria guardaram a viola no saco com medo de que o cheiro a povo lhes chegasse às narinas.

Verdade, verdade, é que tanto faria piarem loas ou impropérios como estarem calados porque, para o bem e para o mal, a coisa já está decidida no Plano Merkel em curso e era um incómodo ter de ouvir a gritaria da rua.

Assim foi melhor. Os ratos, ratam e se poderem ratar ganhando meio-dia de ponte sem terem de ser confrontados com o hálito do povo, a fondue de queijo gamado saber-lhes-á melhor.

Como muito bem diria Ulrich da tribuna reservada aos boçais sem mandato: aguenta, aguenta.
LNT
[0.545/2012]
Abóboras
A minha relação com o BPI termina aqui.

Hoje mesmo encerrarei a minha conta (com mais de 40 anos) naquele banco.

Já não os aguento mais e prefiro ter o dinheiro enterrado, a tê-lo na mão de Fernando Ulrich.

Mal por mal, o juro é quase o mesmo e ainda ganho por não ter de pagar os impostos que o Ministro Gaspar cobra.
LNT
[0.544/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCIX ]

Castelo de Lisboa
Castelo de São Jorge - Lisboa - Portugal
LNT
[0.543/2012]

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O plano

Ana VidigalMil vezes se falou nesta barbearia que a eleição do PSD, com Passos Coelho para Primeiro-ministro, só poderia resultar naquilo que aí temos.

Passos Coelho e, julgo com mais reticências, Paulo Portas tinham um plano que assentava na mitigação da Constituição da República Portuguesa baseado no discurso salazarento referido hoje por Galamba.

Um acerto de contas com a democracia, a liberdade e o sonho dos portugueses de serem tão europeus como qualquer alemão, francês, inglês, holandês ou dinamarquês.

O PSD tomado por Passos Coelho, Gaspar, Borges e outros que tal sonhavam, e disseram-no, na revisão da Constituição, na privatização daquilo que garantia Estado (EDP, REN, TAP, CGD, etc.), na terminação do SNS e SS e na morte matada do Estado Social.

Têm-no feito de forma covarde. Perceberam que a maioria dos portugueses não queriam ir por aí e foram buscar à esquerda do PS os ódios de estimação para conseguirem todas as desculpas (a que o PCP agora chama de pacto de agressão) que lhes deu cobertura para as tomadas de posição que o actual poder tem estado a tomar.

Cumpre-se assim o plano. Empobrecer para dominar. Desempregar para controlar. Destruir para impor.

O plano que sempre esteve presente na eleição de Passos Coelho (veja-se o programa eleitoral do PSD) resume-se na expressão "Além da tróica".

Com ou sem K
LNT
[0.542/2012]

Aguenta, aguenta

JogadorO que aqui se acha é que Fernando Ulrich aguentaria que os portugueses sacassem o seu dinheiro do BPI e arranjassem um banco onde os seus dirigentes estivessem mais preocupados com o bem-estar dos clientes.

Idem para as acções do Banco.

Aguentaria o banqueiro-político-comentador ou seria mais um dos que ameaçava pôr-se a milhas?

Eu penso que ele aguentará.

Podemos fazer o teste e aceitam-se apostas desde já.
LNT
[0.541/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCVIII ]

Sé de Lisboa
Sé - Lisboa - Portugal
LNT
[0.540/2012]

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Surdinas [ LXX ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Ninguém percebeu o fino sentido de humor de Álvaro quando Álvaro anunciou que devíamos exportar o Pastel de Belém?
LNT
[0.539/2012]

Yes, minister

Bezerro de OuroNo final da passada semana fomos bombardeados, nos canais informativos, com doses maciças de propaganda oriunda da sala do senado da Assembleia da República.

Tratou-se de uma acção violenta de catequização orquestrada para fazer chegar ao cidadão a imagem de um País imaginário governado por pressuposta gente de bem que se estava a dirigir a uma plateia amorfa e concordante. Nem a Assembleia Nacional conseguiu, alguma vez, passar imagem tão alucinada. Nem mesmo no tempo do Partido Único, da repressão, do controlo e da censura, se tinha observado tanta subserviência.

Os cidadãos assistiram ao espectáculo triste da imposição do pensamento único e retiveram em percepção que os seus votos são mera perda de tempo. Sentiram uma afronta ao esforço de eleger e frustraram-se com o sacrifício para sustentar o ócio de tanta gente de cabeça baixa e sem chama.

Foi um espetáculo deprimente de acomodados e venerandos deputados dispostos a aplaudir todas as meias verdades e fantasias proferidas por gente, alguma sem qualquer mandato de representação, que não lhes admitiu a ousadia de uma questão ou a mínima manifestação de desacordo.

Digamos que foi deplorável, para usar só uma expressão suave para tanta ignomínia.
LNT
[0.538/2012]

Já fui feliz aqui [ MCCVII ]

Túmulo de João das Regras
Cão de guarda - Túmulo de João das Regras - Lisboa - Portugal
LNT
[0.537/2012]

sábado, 27 de outubro de 2012

Da vida

ACIMEUma das grandes mentiras do Portugal de hoje é a de que os milhares de jovens licenciados que estão a emigrar, o estão a fazer para ocuparem, nos países de acolhimento, lugares compatíveis com o seu grau de habilitações.

Fazem-no para qualquer emprego, tal como o fizeram recentemente estrangeiros, no Portugal da imigração que, nessa altura, desenvolveu teorias xenófobas contra os que aqui vinham buscar sustento.

Londres está a abarrotar de licenciados portugueses que estão a aviar gelados e hamburgers.

Outras cidades e países também. Basta que essa função seja melhor paga do que uma licenciatura para conseguir um emprego de 500€ atrás do balcão numa loja de perfumes num qualquer centro comercial em Portugal.

Há pouco víamos cartazes xenófobos a atacar engenheiros croatas e ucranianos que acarretavam tijolos na nossa construção civil e hoje gostaria de saber onde anda essa gente que os afixava e que, certamente, terá de esconder as tatuagens de suásticas para guiar um táxi numa qualquer capital estrangeira.

Sei do que falo. Lembro-me de campanhas que ajudei a implementar quando trabalhei com o José Leitão, era ele Alto-Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas.

A vida ensina aqueles que não querem aprender com o conhecimento dos outros.
LNT
[0.536/2012]