quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Botão Barbearia[0.032/2008]
A purificação da raça

Lágrima de CrocodiloComo não podia deixar de ser, porque os fundamentalismos estão sempre à espreita, já anda por aí (leia-se no Destak – pág. 5) quem defenda a proibição de fumar em casa, no carro e na rua.

Os higienistas-moralistas fundamentalistas assanham-se quando se trata de coarctar a liberdade dos outros. Estranha-se que não peçam a ilegalização de fumar, pura e simples, ou então não, se concluíram que os impostos pagos pelos fumadores revertem para o não agravamento dos seus próprios impostos.

Imagino que estes senhores, e outros, tenham em mente avançar igualmente com petições para impedir a circulação automóvel, o uso de ar condicionado, a proibição de perfumes e de desodorizantes e a interdição de preservativos de sabores variados, sabendo-se que a inalação dos resíduos dos quatro primeiros produtos e o paladar dos últimos prejudicam gravemente a saúde pública.
LNT

7 comentários:

Anónimo disse...

Que drama estão a fazer os fumadores - eu que fui um fumador de 3 maços por dia e se não parasse, adeus ó vindima - A minha mulher fuma, evita faze-lo ao pe de mim, quando estão ca os meus netos tambem não ha fumo nem a minha filha aguentava tal - era fumador e muito e dirigente desportivo de basket profissional, era impensavel fumar ao pe daquele gente,tambem não se podia e não se pode fumar em pavilhões desportivos, para matar o vicio, vinha á rua faze-lo o resto do tempo tinha que aguentar e aguentava - qual é o problema quando se esta a ver um filme no cinema tambem se fuma?

Anónimo disse...

a hipocrisia é que não se proíbe de vez o fumo porque é efectivamente uma excelente fonte de receita... senão, bem podem crer que já estava na calha...
haja equilíbrio e bom senso, de todas as partes.
a seguir talvez venha a mesma luta contra o alccolismo... pode ser que se reduzam os maus tratos em casa, que haja menos despesa também com o SNS e tantas coisas mais que se escondem por detrás da garrafa e do copo...
isto sou eu a exagerar! :)

Anónimo disse...

Que exagero Luís. Fale com qualquer médico e as suas comparações entre tabaco num local fechado (é esta a lei) e perfume ou mesmo os gases do carro torna-se uma anedota. Se a questão é onde é que se marca a linha da liberdade individual/ colectiva acho que a proibição do tabaco é uma boa evolução. Tal como em todas as evoluções que favorecem a liberdade colectiva em detrimento da liberdade individual provocam transtorno a alguns (por ex, ao Sr. Smith, fazendeiro de algodão no estado do South Dakota aquando a abolição da escravatura)

Vitor disse...

Qualquer dia os "xungamentalistas" vão chegar àquela parte .... "É proibido Proibir" rsrsrsrsrsrs

e aí ficamos todos na maior...

abraço

Luís Novaes Tito disse...

Não entendo o que é que ficou por perceber no meu texto.

Começo por explicar que sou fumador e aproveito para informar que há muitos anos que não fumo em recintos fechados, excepção para restaurantes onde ainda assim me certificava de não estar a incomodar terceiros e em minha casa, onde faço aquilo que bem entendo.

Se pago impostos sobre o tabaco é porque esta é uma actividade legal.

Após o enquadramento e voltando ao texto.

O exagero não é meu. É de quem já reclama, tal como vem escrito no Destak que se proíba o tabaco em casa, nos carros e na rua.

Entramos claramente no domínio do fundamentalismo, ou não será?

zerapaz disse...

Há um século atrás certas substâncias que hoje são ilegais (cocaína, por ex.) eram utilizadas na legalidade. Acho que se caminha na mesma direcção em relação à nicotina. Daqui a uns anos (poucos, à velocidade que a coisa tá a andar) todos os fumadores serão obrigados a satisfazer o vício na clandestinidade...

maloud disse...

Claro que o seu texto era claríssimo.
E respondendo ao Anónimo, tenho três filhos todos adultos e um marido ex-fumador dos tais três, às vezes quatro, maços por dia. Não fumo no meu quarto, porque o partilho com o ex-fumador, nem nos três quartos, que tenho sempre disponíveis para a descendência que nos visita com a frequência possível. O resto da casa benificia do agora célebre letreiro azul. Nunca ninguém se sentiu incomodado com o meu fumo. Se se sentissem, teriam sempre a opção de saírem, porque em minha casa a única pessoa a quem é reconhecido o direito de dizer que não aguenta é à dona dela.