quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Botão Barbearia[0.031/2008]
A coisa é simples, pá

Gato na nevePortugal foi o grande impulsionador do Tratado de Lisboa.

O Governo português deriva da Assembleia da República eleita por todos os portugueses.
Os deputados da Nação são tão capazes de representar os eleitores na ratificação do Tratado de Lisboa, como para decidir qualquer outra coisa.

O Presidente da República foi eleito por todos os portugueses.
O Presidente da República é tão capaz de aconselhar o Governo e a Assembleia da República sobre o Tratado de Lisboa como sobre qualquer outra coisa.

A democracia parlamentar é a base do regime escolhido pelos portugueses.

O referendo não tem qualquer importância. Houve quebra de compromisso? Talvez, mas não foi inédito e os compromissos anteriormente quebrados foram bem mais gravosos para toda a população e não se ouviu tanto ranger de dentes.

Será necessário referendar, no futuro, a nossa permanência na União Europeia? Talvez. Então exija-se essa condição no próximo acto eleitoral em vez de multiplicar a abstenção.

Agora, por favor, não nos façam ouvir de novo os habituais comentadores dissertarem sobre o sexo dos anjos provocando a abstenção já provada em actos referendários anteriores onde meia dúzia de não eleitos decidiram por todos os outros.
Ao menos os deputados da democracia portuguesa detêm a representação universal dos eleitores.
LNT
Nota: e lá se foi a discussão da vergonhaça da divisão do retractivo das pensões em 14 sauves prestações e já ninguém vai querer saber mais do BCP, nem da Ota, nem do entra e sai do Governo, nem do resto que anda por aí.
Sejam porreiros, pá e acordem!

3 comentários:

Anónimo disse...

Não podia estar mais de acordo LNT!
Se referendam é porque referendam, se não referendam é porque não referendam...o presidente,o governo, ps e psd parecem estar todos de acordo e de facto representam a vasta maioria dos eleitores... já com o referendo do aborto se achava o contrário, que devia ser a assembleia... depende do interesse... enfim...

Rui MCB disse...

O meu copo estava cheio e antes que evaporasse transbordou.
Essa de a mentira (a quebra das promessas) "ser banal portanto..." é boa para afinar ainda mais as baterias. Quando se pensa assim estamos muito perto de ficar sem argumentos perante um qualquer ditador de pacotilha que nos entre pela cozinha a dentro.
O político vale pelo que se propõe fazer em confronto com o que faz. A figura do referendo faz parte do nosso regime e ele foi prometido como fazendo parte do programa a defender pelos nossos representantes. A mentira sucede-se na boca de José Sócrates e as suas explicações deixam bem claro o que pensa que são os seus eleitores e o que pensa que é o seu papel.
Infelizmente não podemos pedir para que nos devolvam o voto, particularmente perante uma maioria absoluta.

Anónimo disse...

Em questões de soberania nacional ainda é muito mais grave a quebra desta promessa. É gravíssima.